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quarta-feira, 10 de abril de 2013

KIA APOSTA NO SEU NOVO MODELO CERATO, UM CARRO DE DIMENSÕES MAIORES. O TEMA É APRESENTADO PELO ROBERTO NASSER QUE FALA AINDA DAS SEGUNDAS MARCAS DE MAIOR OU MENOR LUXO CRIADAS PELAS FÁBRICAS PARA CONCORRER COM OS PRÓPRIOS PRODUTOS. LEMBRA AINDA QUE A FORD É CAMPEÃ DE VENDAS HÁ VÁRIAS DÉCADAS DE PICAPES NOS ESTADOS UNIDOS, MAS A GM LANÇA NOVAS VERSÕES COM MOTORES V8 PARA FAZER FRENTE À CONCORRENTE. MAS, TEM MAIS...


Coluna nº 1513 de 10 de Abril de 2013 
Tudo novo no Kia Cerato 

Um novo carro, mais espaçoso internamente, melhor equipado em conteúdo de confortos e segurança, design atrativo a compradores jovens em idade e espírito, o Kia Sorento começa a ser vendido. 

Engenharia econômica para passar pela barreira dos 35% de impostos, mais 30 pontos percentuais sobre o IPI, fazendo cascata com os múltiplos penduricalhos tributários, e preços de R$ 67.400 para a versão mecânica, e R$ 72 mil do automático, ambas seis velocidades.

Previsões otimistas, vender 5.000 unidades, este ano. Ano anterior, mesclando com estoque e impostos antigos, vendeu quase 7.200 veículos. 

A Kia não está inscrita no programa Inovar-Auto do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e, por isto, é penalizada. A rede da Kia tem hoje 152 pontos de venda.

Produto
Atualmente há um nome mágico em design e sua influência comercial. O do austríaco Peter Schreyer, contratado como designer chefe da Kia e, pelo traço de individualização, harmonia de linhas, conforto de uso, adequação industrial, auxiliou as vendas da marca e tal resultado o guindou à presidência da Kia Motors Corporation, caso inédito na história do automóvel.

A 3a. geração do Cerato, é voltada ao conforto e bons resultados de uso: maior – 4,56m; mais baixo – 1,44m; mais largo – 1,78m e 2,70m de distância entre eixos - que a versão anterior. 

O design sugere agilidade e se adiciona à linha de esforços e aperfeiçoamentos para melhor processo construtivo, aprimoramento no motor 1.6, gerando 122 cv a gasálcool e 128 cv com etanol, câmbio de seis velocidades, para rendimento e redução de consumo. 

Na prática, diz entusiasmado o importador José Luiz Gandini, “o pacote é mais rico que o encontrado nos concorrentes Chevrolet Cruze, Honda Civic, Hyundai Elantra, Toyota Corolla e VW Jetta.” O Cerato é maior que todos os concorrentes.

Produto atualizado em segurança, conforto, ergonomia, comportamento dinâmico, começa uma nova era.

Há, atrás de cada definição, a incontida e determinada decisão da Hyundai/Kia em se tornar uma das cinco maiores do mundo.

Olhar técnico
Motor – quatro cilindros em linha, dianteiro, transversal, duplo comando com 16 válvulas, sistema CVVT – de aberturas variáveis, injeção indireta, eletrônica, sequencial, 122 cv e 128 cv a etanol, torque de 16 e 16,5 kgmf respectivamente a gasálcool e etanol.

Transmissão
– Tração dianteira, seis velocidades mecânicas e automáticas, ambas com 5a. e 6a. multiplicadas.

Suspensão – Frontal Mc Pherson, traseira eixo de torção. Amortecedores a gás.

Direção – Assistência elétrica.

Freios – Disco ventilados à frente, sólidos atrás.

Rodas e pneus – liga leve, tala 6,5”, aro 16”. 205/60R16.

Bitolas – D 1.555mm; T 1.568mm.

Porta malas - 421 litros.

Tanque – 50 litros.

 Kia Cerato 

Segunda marca, uma tendência. Na Nissan, Datsun 
Há alguns anos grandes montadoras entenderam ter segunda marca para separar-se da principal, tanto para veículos melhores e mais refinados em engenharia, equipamentos, quanto ao contrário, modelos com economia de construção e equipamentos, vendidos a preço menor. Por exemplo, Lexus e Infinity são as marcas de luxo da Toyota e da Nissan, respectivamente.

No extremo oposto, há anos, a Renault comprou a romena Dacia, montadora sob licença do R 12, irmão do Corcel, e resolveu criar produtos mais resistentes e baratos utilizando a marca, associada a produtos rústicos. 

Sobre plataforma antiga e resistente, conteve-se em projeto e construção, e criou o Logan, bom e barato. Dele derivaram Sandero, Duster e, na Europa, o Lodgy. A fórmula funciona ao atingir o comprador do carro usado.

A Nissan, japonesa aliançada com a Renault, quer fazer a mesma coisa e, radical, vai ao extremo. Buscou sua marca Datsun, sucesso durante anos nos EUA, maior mercado do mundo, especialmente pela imagem do esportivo Z. Como plataforma pinçou a empregada no Kalina, um russo Lada.

O Novo Kalina, a ser lançado ainda este ano, é o primeiro produto totalmente desenvolvido sob ordens da Renault, agora controladora da AutoVaz, fabricante dos Lada. 

Serão inicialmente dois produtos, hatch, sedan, e, em 2014, station wagon com opção de sete lugares. A linha Kalina a ser substituída tem base GM Opel, do Corsa primeira geração.

A marca estreia na Índia, este ano, na Indonésia, em 2014, e Malásia, em 2015, todos mercados em desenvolvimento e com baixa motorização. Aqui, viabilizados acordos comerciais com o bloco asiático, tem chances.

Desenho do Datsun sobre o novo Lada Kalina. Breve aqui? 

Roda-a-Roda 

Conjuntura – Para aumentar vendas a Fiat fez o inimaginado pelos cinco irmãos Maserati, iniciadores da saga esportiva: colocou motor turbo diesel VM 3.0, o mesmo do Grand Cherokee, em sua versão Ghibli, esportivada a partir do Quattoporte. Transmissão com 8 velocidades e opção de tração total.

Foco - 50% das vendas de automóveis na Europa é de diesel e tal cultura migra aos EUA. Foca o futuro no mais ambicioso plano de crescimento já tocado por uma montadora. Na específica marca a Fiat quer fazer as vendas da Maserati crescer de 6.288 em 2012 para 50.000 até 2016.

Mais – Qual o veículo mais vendido no mercado norte-americano? Não é automóvel. Há décadas, os picapes Ford. E, como extremamente rentáveis, as montadoras estadunidenses, incluindo Toyota e Honda, aplicam-se ao negócio. A Ford lidera, com quase o dobro de vendas sobre a GM Silverado. Outras marcas a seguem.

Mais do mais – A Ford mostrou detalhes de seu novo F 150 Raptor, emagrecido quase 10% em peso, expondo o momento de recuperação do mercado e novas condicionantes, controle de consumo e emissões. 

Fez revolução interna focando nos motores turbo, os EcoBooster, menores cilindrada, peso, emissões, consumo. A mudança preservou-a na crise de 2009.

Nem tanto – Para aproveitar o evento, a GM divulgou, sua a próxima geração de picapes grandes manterá os motores V8, porém 5% mais econômicos e menos poluentes que os V6 EcoBoost da Ford.

Crise? - Vendas da Porsche na América Latina aumentaram 35% entre o primeiro trimestre de 2012 e 2013. Restante do mundo, cresceu 21%. Na região, o Brasil é o maior mercado.

Novela – A venda, ou não, da Alfa Romeo à Audi, incluindo a fábrica de Pomigliano d’Arco, Nápoles, ganhou dois capítulos. Especialistas da Audi e da fábrica Fiat na Sérvia visitaram as instalações.

Caminhos – Os alemães para ver o que, o como se faz ali, e se são capazes de se entender com os italianos do Sul. Os da Sérvia, especular se conseguem absorver a produção do novo Panda ali produzido.

Mais – Lá, nesta semana a Fiat fez votação entre sindicatos e operários, de novas regras para aumentar produtividade, de seis para dezoito turnos semanais, refeições ao fim do turno e por meia hora... Pomigliano tem quase seis mil funcionários e faz 35.000 Pandas. A Sérvia, 6.000 e faz 180.000. O negócio trabalhista está numa encruzilhada: quer trabalhar ou ver a fábrica fechar?

Silêncio – A Hyundai não se pronunciou publicamente sobre a má colocação, indicando perigo, obtida por seu modelo HB20 nos testes de impacto da LatinNCap, por ter aplicado cadeirinhas baratas, letais para crianças em caso de impacto.

De cara - Posição lembra a Mercedes quando o antigo Classe A capotou em testes de imprensa e a marca preferiu fingir que não era com ela, e colocar a culpa no jornalista. Não resolveu e custou uma fortuna – e alguns empregos –, e equipar os carros com equipamentos capazes de corrigir o projeto - que nunca decolou.

Ford – É a única com três veículos incluídos no rol da segurança pelo LatiNCap – Novo EcoSport, Novo Fiesta e Fusion, indicando avanços de design e engenharia.

Curiosidade – Peugeot é dona da Citroën, mas de irmandade apenas industrial. No comércio, cada uma por si. 

O acerto do produto ao mercado e a sintonia de preços dão boas vendas à Citroën puxadas pelo Novo C3 e calçadas pela importada linha DS.

Previsão – Frédéric Chapuis, diretor de Vendas, calcula vender medianamente 3.500 unidade/mês do novo C3. Se válido, mais que o novo Peugeot 308.

Recomeçar – Após fechar por 60 dias a fábrica em São José dos Pinhais, P
R, para inteira reformulação, por falta de estoque a Renault, em março, viu cair os números de participação, de 6,9% para 5,3%. Seria pior se os importados Clio e Fluence, e o furgão Master, feito à parte, não tivessem crescimento excepcional. 

Adeus – A Volkswagen prepara a despedida da Kombi, um ícone. É o veículo mais antigo em produção no País – 56 anos; de pouca evolução; sua linha de fabricação é uma exceção industrial, uma viagem no tempo. Na consideração entre custo e o que oferece, e a falta de competidor, é confortavelmente lucrativa.

Lei – Fim será consequência da incapacidade técnico/econômica de receber, por imposição legal, freios com ABS – fácil para todos, e almofadas de ar – impossível para Kombi e Fiat Mille.

Sugestões – Circular interna pede a colaboradores opiniões sobre como deve ser a última série: decoração, cores, equipamentos, material de revestimento, referências especiais para marcar a efeméride.

Reposicionamento – A insólita condição brasileira de lançar produto novo e manter o antigo em produção, provocou a Ford a revisar o Fiesta com motor Rocam 2014, sucedido pelo novo Fiesta, produzido em São Bernardo, SP.

Assim – Resumiu as versões em S e SE, agregou equipamentos. Assim, hatch 1.0 completo – ar direção, trio elétrico, computador faróis de neblina, outros detalhes,
air bags e freios ABS, sai a R$ 31 mil. Versão 1.6 a R$ 35 mil. 

Segurança - Faz o dever de casa do Governo, INSS, Ministério do Trabalho, Denatran: fomentar itens de segurança para reduzir danos físicos, absenteísmo, ferimentos e mortes causadas pela ausência de equipamentos de segurança. Na prática air bags, o ABS e detalhes a mais custam apenas R$ 1 mil.

Questão $ – A Toyota contornou a repulsa inicial por seu produto Etios pelo método direto: baixou preço. Somado ao fato de a marca ter certa imagem de qualidade, de haver carros a pronta entrega, a redução amoleceu os compradores que esquecem a má construção interna.

Oficial – Cortou preços: R$ 1.500 no 1.3 de entrada, e R$ 2.900 no 1.5. Há interessante apelo comercial: entrada de 40%, e 48 x de R$ 450 – dá, como enfatiza, R$ 15/dia.

Duas Rodas – Lançadas em novembro, entre importações e produção em Manaus, a Triumph revê projeções para vender 2.500 unidades/ano, expansão de 25%. 

Quer quase dobrar o número de operários em Manaus, iniciando produzir motos Daytona 675 e Street Triple. 

Resultado surpreende porque possuía apenas um revendedor. Agora, nomeou a Euro Bike, distribuidora BMW, para Porto Alegre, RS e Ribeirão Preto, SP. Até dezembro quer 12 lojas.

Motos Triumph. Mercado maior que projeção.

Consumidor – Ação de coragem. Com o mais elevado número de reclamações por serviço deficiente, cobranças indevidas, as telefônicas deram demonstração de poder perante o Legislativo: não atenderam ao convite para a Audiência Pública sobre estes problemas. São superiores. Espera-se troco educativo. 
End. eletrônico:edita@rnasser.com.br - Fax: 55.61.3225-5511



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