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domingo, 13 de outubro de 2013

O BRASIL PELA SUA DIMENSÃO E ECONOMIA EMERGENTE VEM DESPERTANDO O INTERESSE DAS GRANDES FÁBRICAS DE AUTOMÓVEIS MUNDIAIS QUE ESTÃO CONSTRUINDO SUAS FÁBRICAS NO BRASIL E OS CARROS DE LUXO ESTÃO NA VANGUARDA DOS INTERESSES DESSAS PODEROSAS COMPANHIAS. VEJA AS QUE ESTÃO CHEGANDO


Por Cleide Silva

Em 20 dias, Audi, Mercedes-Benz e Volks anunciaram investimentos no País com a meta de vender veículos na faixa de R$ 100 mil

A nova leva de fabricantes de veículos que chega ao País, numa nova onda de investimentos do setor, coloca o Brasil no mapa da produção de carros da categoria premium, com maior conteúdo tecnológico, segmento hoje atendido em grande parte por importados. 


Também vai deixar o mercado brasileiro mais próximo do mundial com os chamados carros globais, produzidos e vendidos em várias partes do mundo, com peculiaridades locais.


Em menos de 20 dias, três fabricantes alemãs anunciaram investimentos de R$ 1,52 bilhão em novas fábricas (Audi e Mercedes-Benz) e ampliação de instalações (Volkswagen). 

Os três projetos são para produzir modelos considerados de luxo para o padrão brasileiro (ver box).

Essa fila foi puxada pela também alemã BMW, que há um ano decidiu instalar sua primeira fábrica local, em Santa Catarina. 




E não vai parar por aí. Nas próximas semanas, a Land Rover deve anunciar produção local, provavelmente no Rio de Janeiro. A empresa produz utilitários premium.

No grupo das fabricantes de carros de luxo, só a BMW de fato estreia no Brasil. Audi, Mercedes-Benz e Land Rover já tiveram fábricas locais – instaladas nos anos 90 durante a segunda onda de investimentos no País, – mas fecharam as portas. Naquele período, também chegaram Renault, Nissan, Toyota, Honda, Peugeot e Citroen.


“Houve erros estratégicos naquela época”, opina Thomas Schmall, presidente da Volkswagen do Brasil: "Hoje, o País está preparado para o mercado de luxo.” 

Além do programa Inovar-Auto, do governo federal, que taxa as importações e dá incentivos à nacionalização, o executivo cita como atrativos o crescimento da renda dos brasileiros e as boas perspectivas para a economia local.

Schmall ressalta ainda a estabilidade macroeconômica, que dá mais segurança aos investidores, ainda que o momento atual não seja tão favorável. 


As vendas de veículos caíram nos últimos dois meses e, no ano, está praticamente empatada com os números de 2012, com 2,78 milhões de unidades.

A projeção da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de um crescimento de 3,5% a 4,5% em relação aos 3,8 milhões de veículos vendidos no ano passado foi revista para 1% a 2%. “Ainda assim teremos recorde de vendas”, afirma Luiz Moan, presidente da entidade.

Segundo Moan, “tudo indica um futuro muito bom para a economia brasileira e para o setor automotivo”. 


Ele prevê vendas de 4,5 milhões de veículos em 2017 e produção superioras milhões. As novas fábricas e a ampliação das atuais vão adicionar 1,4 milhão de veículos à atual capacidade produtiva, de 4,3 milhões de unidades.

Em agosto, a Honda também anunciou investimentos de R$ 1 bilhão para uma segunda fábrica no País, em Itirapina (SP), inicialmente para a produção de um utilitário compacto premium

Estão em construção no País, para inaugurações em 2014 e 2015, instalações da Fiat (Goiana/PE), Nissan (Resende/RJ), JAC Motors (Camaçari/BA) e Chery (Jacareí/SP).

Populares. Todas as novas fábricas vão produzir veículos globais. Hoje, poucos produtos têm esse selo, como o novo Fiesta e o EcoSport, da Ford. 


A maioria dos produtos nacionais é de modelos vendidos só no Brasil, inclusive os campeões de venda Gol (Volks), Uno e Palio (Fiat).

Segundo o sócio da consultoria Price Waterhouse Coopers (PWC), Marcelo Cioffi, para concorrer no mercado internacional, todas as empresas precisam trabalhar com plataformas globais, em busca da redução de custos e maior escala: “Difícilmente hoje uma fabricante terá estratégia apenas local”.

Cioffi acredita que o aumento da renda e o maior acesso ao crédito vão levar a um crescimento de vendas no segmento de carros mais sofisticados (na faixa de R$ 100 mil), o que não significará o fim dos chamados populares. 


“O Brasil vai continuar sendo um mercado de carros de entrada, compactos, mas também terá um crescente mercado de carros mais caros.”

Carros com motor 1.0 representavam 70% das vendas em 2001. Hoje, a participação é de 40%. 


Nos últimos 10 anos, as grandes montadoras direcionaram a produção de veículos mais sofisticados para Argentina e México, quadro que se altera com os novos projetos.

Com a produção do novo Golf, a Volks passará a ser, por enquanto, a única a ter um carro global “premium” e um do segmento de entrada o compacto up!,, que deverá ser feito em Taubaté. 


Em poucos anos, todos os modelos da marca serão globais, diz Schmall. A Ford promete o mesmo para 2015.

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Volkswagem
R$ 520 milhões para a produção do novo Golf em São José dos Pinhais (PR). O modelo lançado na Europa há cerca de um ano começou a ser importado em setembro

Mercedes-Benz

R$ 500 milhões em fábrica a ser construída em Iracemápolis (SP) para produzir o sedã Classe C e o utilitário GLA. Ambos serão lançados na Europa em 2014.

Audi
R$ 500 milhões para produzir no Paraná, na fábrica conjunta com a VW, o A3 seda (lançado este ano na Europa) e o utilitário Q3.

Caoa
RS 600 milhões para ampliar a fábrica de Anápolis (GO) e iniciar a produção do utilitário ix35

Honda
R$ 1 bilhão em nova fábrica em Itirapina (SP) onde será feito um utilitário compacto ainda em desenvolvimento.

BMW
R$ 520 milhões na construção de uma fábrica em Araquari (SC), onde provavelmente serio produzidos o Série 1 e o XI, que já rodam na Europa.


(Fonte: O Estado de S. Paulo)

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