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domingo, 30 de agosto de 2015

DIVERSOS MODELOS E MARCAS DE CARROS JÁ CONTAM COM INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS RESULTANTES DE PEQUENOS BÔNUS OBTIDOS CADA VEZ QUE A MONTADORA REDUZ MAIS O CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS. DIVERSOS ITENS, COMO SISTEMA LIGA-DESLIGA, INDICADOR DE MARCHA NA TROCA DE MARCHA NO PAINEL, SISTEMA DE MONITORAÇÃO DE PRESSÃO DOS PNEUS E CONTROLE DA AERODINÂMICA DA GRADE FRONTAL. VEJA A IMPORTÂNCIA DESSES EQUIPAMENTOS


PRESSÃO MONITORADA 
DOS PNEUS


Por Fernando Calmon



Uma das recentes novidades no programa Inovar-Auto (2012-2017) foi a adoção de pequenos bônus nos ciclos de aferição para as metas de redução de consumo de combustível. 

Trata-se de recursos técnicos que não podiam ser captados em laboratório, porém efetivos no uso cotidiano. 

Quatro itens passaram a valer:
· Sistema desliga-religa o motor em paradas

· Indicador de troca de marcha no painel

· Controle da aerodinâmica da grade frontal

· Sistema de monitoração de pressão dos pneus (SMPP)

SMPP é o mais importante não apenas por evitar aumento de consumo de combustível de pelo menos 1% a cada 10% de calibragem dos pneus abaixo do recomendado. 

Deve-se notar que mesmo circulando por vias bem pavimentadas, com rodas e pneus novos, é normal perder no mínimo 10% de ar por ano. 

Mas, dependendo de outras condições, um pneu sem a checagem quinzenal recomendada, pode rodar com pressão de 20% a 30% abaixo do normal sem que o motorista perceba.

O segundo aspecto está na segurança. Pneus com pressão baixa dificultam o controle do veículo em manobras e frenagens emergenciais. 

Pesquisas no exterior indicam que em 86% de acidentes analisados pelo menos um pneu estava subinflado.

Também compromete sua durabilidade e atinge o bolso do motorista. Pneus sem pressão normal ficam mais sujeitos a furar. Assim, além do incômodo, pode comprometer a integridade dos ocupantes do veículo, se acontecer em locais de risco criminal.

A pressa e o esquecimento são, em geral, citados pelos motoristas por negligenciar a calibragem. 

Recentemente, SMPP tornou-se obrigatório em toda a União Europeia e já o era nos EUA, valendo também para motocicletas e veículos pesados. 

Uma luz no painel indica a baixa pressão e, em modelos mais caros, aparece em qual ou quais rodas está o problema.

Existem dois tipos de SMPP: direto e indireto. O direto é o mais utilizado e consiste de sensor de pressão na válvula de ar de cada pneu, pequeno transmissor de radiofrequência, além de microcontrolador e bateria. 

No painel há o receptor e ícone iluminado que aponta a anomalia em qualquer dos pneus sem individualização. 

Os mais sofisticados indicam a pressão em cada pneu, inclusive do estepe, e usam pequenas etiquetas ou transponders que dispensam bateria. Há vários fornecedores, inclusive no mercado de acessórios.

Na Inglaterra, a empresa WheelRight desenvolveu uma máquina para registrar automaticamente a pressão dos pneus em questão de segundos. 

Sem sair do carro (veja foto), o motorista recebe a informação na tela do aparelho ou imprime.

SMPP indireto trabalha com os mesmos sensores que medem a rotação de cada roda do sistema ESC (em inglês, controle eletrônico de estabilidade), também obrigatório nos EUA e Europa. 

Se há perda de ar, altera-se o diâmetro dinâmico do conjunto roda e pneu, suficiente para acender a lâmpada no quadro de instrumentos. 

O arranjo é mais simples, porém exige que o motorista restabeleça o sistema por meio de um botão ou no computador de bordo, após recalibrar os pneus.

Pelas vantagens diretas e indiretas, além de preço acessível, o SMPP deveria também ser obrigatório no Brasil. Por enquanto, é apenas equipamento incentivado no Inovar-Auto.

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