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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

As coisas continuam ruins para as importadoras de carros. O governo não atendeu ainda ao pleito que o presidente da Abeifa vem repetindo que o governo precisa acabar com os 30 pontos percentuais no IPI pra que o setor possa se recuperar, já que a concessão de incentivos está totalmente descarta por ora. A Abeifa rebate a tese de renúncia fiscal do Inovar-Auto. Em 2016 foram vendidos no País menos de 200 mil carros. Os brasileiros habituaram-se a carros de qualidade e gostam muito dos importados


11/01/2017 – “A tese de renúncia fiscal do Inovar-Auto não existe porque o programa nasceu em outubro de 2012 já com a premissa de que as montadoras não recolheriam os 30 pontos percentuais extraordinários do IPI”. 



A afirmação é do presidente da Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, José Luiz Gandini, ao basear-se na reportagem intitulada “Incentivos fiscais de R$ 3 bilhões podem ser extintos até 2018”, publicada hoje na Folha de S. Paulo.

“O projeto embrionário do Inovar-Auto, que surgiu dentro do Programa Brasil Maior, em setembro de 2011”, esclarece Gandini, “teve objetivo muito claro de segurar o setor de veículos importados, que chegou a comercializar 199 mil unidades, 5,82% do total de 3,4 milhões de unidades do mercado interno naquele ano. 


Foi uma dura punição aos veículos importados porque, a partir daquele ano, as vendas anuais do setor caíram drasticamente, chegando a apenas 35,8 mil unidades em 2016, ou seja, participação de somente 1,8% do mercado interno”.


Para o presidente da entidade, “desde o primeiro momento, a Abeifa se posicionou favorável ao Programa Inovar-Auto como instrumento de política industrial, como o próprio nome se define, de incentivo à inovação tecnológica e adensamento da cadeia produtiva de veículos automotores. 


De fato, a qualidade dos produtos nacionais melhorou, mas o objetivo do programa de maior conteúdo local e elevação da eficiência energética dos veículos ainda não foi alcançado”.


“Em paralelo, vale ressaltar que, nos últimos cinco anos de vigência do Inovar-Auto, o setor de veículos importados, ao comercializar, 199 mil unidades em 2011, recolheu aos cofres públicos impostos da ordem de R$ 6,5 bilhões.


Em 2016, o montante de impostos não ultrapassou a R$ 1,2 bilhão. Além disso, o nosso setor, em 2011, empregava 35 mil brasileiros e hoje está reduzido a 13,5 mil empregos diretos”, elucida Gandini.


“Por isso, a Abeifa volta a insistir que os pleitos pelo fim dos 30 pontos percentuais no IPI precisam ser atendidos, para que o setor inicie seu processo de recuperação", deixou claro o presidente da Abeifa.


Ele ressalta que como o governo no momento não permite incentivos de qualquer natureza, por ora, ao menos a liberação das cotas não utilizadas por outras marcas em 2016. Com esta alteração não há benefícios fiscais, pois as cotas existem e não estão sendo utilizadas por algumas marcas que perderam seu canais de distribuição ou encerraram suas atividades ou até foram descredenciadas do Inovar-Auto, portanto sem qualquer renúncia fiscal. Com esta simples alteração, não corremos o risco de gerar mais desemprego no setor com o fechamento de mais concessionárias e com certeza aumentaremos nossos recolhimentos de tributos aos cofres públicos, mas sobretudo estaremos em consonância com a agenda positiva que o governo Temer deseja estabelecer para o País", finaliza Gandini.


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