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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Os mais vendidos por marca e modelo em 2016.



Alta Roda 

Nº 923 —  11/1/17

Fernando Calmon

Vencedores e vencidos

Em ano tão difícil como o de 2016, as preferências do consumidor não mudaram tanto. 

Continuou a forte aceitação de utilitários esporte compactos: cresceram 7% em um mercado que recuou 19%. A maior surpresa aconteceu entre picapes médias. 

A Toro, enquadrada por carregar até uma tonelada, além de garantir liderança, foi a principal razão desse segmento ter subido nada menos de 21% sobre 2015.

Compactos hatches e sedãs continuam a liderar com folga a preferência dos brasileiros. 
Venderam-se no ano passado 1.128.309 unidades, correspondentes a 57% do total. 

No entanto, os SUVs divididos por essa Coluna em quatro subsegmentos responderam juntos por 14%, um resultado anos atrás quase impensável. 

Para se ter ideia, todos os demais segmentos de automóveis reunidos (incluindo stations, monovolumes e crossovers) representaram 10% do total comercializado.

Destaques para os Mercedes-Benz liderando as três divisões em que competiu com BMW, Audi e outros. 

Também impressionou a posição inabalada do Corolla e o Compass, em segundo lugar, com pouco mais de um mês de vendas em 2016.

Classificação da Coluna soma hatches e sedãs da mesma família, independentemente do nome do modelo. 

Sedãs com entre-eixos de significativa diferença classificam-se à parte (Grand Siena, Logan, Etios e outros). Base é o Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores). 

Citados apenas os modelos mais representativos e pela importância do segmento. 
Compilação de Paulo Garbossa, da consultoria ADK.

Compacto
Onix/Prisma, 19%; 
HB20 hatch/sedã, 15%; 
Ka hatch/sedã, 9%; 
Gol/Voyage, 7%; 
Palio/Fire/Siena, 6%; 
Sandero, 5,6%; 
Fox, 3,9%; up!, 3,4%; 
Etios hatch, 3,3%; 
Uno, 3%; 
Etios sedã, 2,64%; 
Grand Siena, 2,6%; 
Mobi, 2,5%; 
Logan, 2,1%; 
Cobalt, 2%; 
Versa, 1,9%; 
Fiesta hatch/sedã, 1,7%; 
March, 1,6%; 
City, 1,4%; 
C3/DS3, 1%. 
Dupla Onix/Prisma consolida-se.

Médio-compacto
Corolla, 39%; 
Civic, 13%; 
Cruze hatch/sedã, 9,5%; 
Golf/Jetta, 9%; 
Focus hatch/sedã, 7%; 
Sentra, 4%; Fluence, 3%; 
Corolla inabalado.

Médio-grande
Mercedes Classe C, 29%; BMW Séries 3/4, 26%; Fusion, 25%. Classe C é novo líder.

Grande
Mercedes Classe E/CLS, 35%; 
Audi A6/S6/RS6, 21,6%; 
BMW Série 5/6, 21,3%. 
Mercedes mantém posição.

Topo
Mercedes Classe S, 46%; 
BMW Série 7, 17%; 
A8, 15%. 
Líder recua só um pouco.

Esportivo
Camaro 39%; 
TT, 34%; 
WRX, 12%. 
Camaro segurou a ponta.

Esporte
718 Boxster/Cayman, 31%; 
911, 30%; 
BMW Z4, 14%. 
Equilíbrio alemão.

Station
Weekend, 65%; 
SpaceFox, 22%; 
Golf Variant, 9%. 
Weekend sem adversárias.

SUV compacto
HR-V, 28%; 
Renegade, 26%; 
EcoSport, 14%. 
Liderança bem disputada.

SUV médio-compacto
ix35/Tucson, 37%; 
Compass, 11%; 
Outlander, 8%. 
Resultado vai mudar.

SUV médio-grande
SW4, 54%; 
Pajero Full/Dakar, 12%; 
XC60, 9%. 
Líder sem ameaças.

SUV grande
Trailblazer, 26%; 
BMW X5/X6, 14%; 
Range Rover Sport/Vogue, 10%. 
Com mais folga.

Monovolume pequeno
Fit, 45%; 
Spin, 36%; 
C3 Aircross, 12%. 
Sem surpresas.

Crossover
ASX, 58%; 
Range Rover Evoque, 24%; Freemont/Journey, 16%. 

Picape pequena
Strada, 49%; 
Saveiro, 28%; 
Montana, 12%. 
Strada imbatível.

Picape média
Toro, 29%; 
Hilux, 24%; 
S10, 19%. 
Novo líder já esperado.

RODA VIVA

APESAR de vendas de automóveis e comerciais leves e pesados no último mês do ano passado terem sido animadoras (as melhores de 2016), a quarta queda anual consecutiva trouxe frustrações. 

Afinal, os números foram bem inferiores ao projetado no final de 2015. Exportações conseguiram se destacar: subiram 25% em volume, porém apenas 1,6% em dólares.

PARA este ano, Anfavea fez previsões conservadoras em razão da instabilidade mais política do que econômica. 

A entidade, entretanto, aponta números positivos para 2017: 12%, produção; 4%, mercado interno e 7%, vendas ao exterior. 
Ano de 2016 terminou com apenas 26 dias de estoques totais (abaixo do normal), em parte por efeito estatístico.

CRUCIAL para o futuro da indústria as diretrizes setoriais de médio e longo prazos a serem anunciadas pelo governo federal no segundo semestre. 

Talvez o programa nem se chame Inovar-Auto II, mas exige consistência, foco em inovação, competitividade e eficiência energética.

VOLKSWAGEN espera recuperar-se do seu pior ano no Brasil: perdeu 45 dias de produção em um contencioso com o grupo Prevent (fornecedor de bancos).
Em 2017, terá ofensiva de lançamentos como up! retocado e novo Tiguan. 

Maior aposta é no Gol, com mesma arquitetura do novo Polo (estreia na Europa, agora em março). 

Empresa nega, mas fontes da Coluna indicam início da produção no segundo semestre.

NADA
fácil para o Citroën C4 Lounge concorrer no segmento tão povoado como os médio-compactos, em que marcas japonesas imperam. 

Mas o modelo argentino se ajustou ao longo do tempo, em particular no acabamento geral e nos equipamentos de série incluído sistema multimídia. 

Motor 1,6 turboflex e câmbio automático de seis marchas são os destaques.
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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

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