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sábado, 4 de fevereiro de 2017

Honda criou SUV todo novo apostando na liderança do segmento. Tem 4 m de comprimento, rodas de 16", quase 20 cm de altura do solo, e motor comum aos companheiros de linha V-Tec desenvolvido na Fórmula 1, com 115/116 cv (álcool/gasolina) e câmbio CVT. Preço vai ficar acima de R$ 70 mil. E a picape 3 marcas em 1 vai sair da fábrica de Córdoba, na Argentina, soma Nissan, Renault e Marcedes e deve ser vendida por aqui depois do Salão de S. Paulo de 18. A Ford tomou um susto com a nota da EuroNCAP que recebeu nota 2 no teste de impacto, por culpa dos airbags. E a Ford mexe de novo no EcoSport




Coluna nº 0517 - 4 de Janeiro de 2017
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Novo Honda, tudo para liderar marca


WR-V, novo SAV Honda

Passo corajoso, Honda Automóveis desenvolveu seu primeiro veículo no Brasil. Nada do figurino praticado nos 20 anos de industrialização, apenas ajustando projetos estrangeiros às características nacionais, mas a liberdade de desenvolver produto único. 

É o WR-V, à primeira vista, imaginado como um Fit com as extremidades modificadas, mas visto em detalhes passou por grande evolução. 

É o corolário da implantação de centro de pesquisa e desenvolvimento, hoje, com 300 engenheiros, em seu primeiro exercício de independência. 

Dedicaram-se a analisar exigências de mercado e compradores brasileiros, e à criação de novo produto com características diferenciativas dos outros SAV da Honda para restringir a canibalização. 

Plataforma foi esticada para permitir maior distância entre eixos, no caso 2,55 m. Bitolas alargadas a 1,49 e 1,47 m dianteira/traseira, suspensões revistas, amortecedores com mais capacidade, novas peças desenvolvidas, buchas aumentadas para cumprir pretenso uso: elevar-se quase 4 cm e oferecer estabilidade e bom controle. 

Lista das peças mudadas é grande, incluindo até a caixa de direção com assistência elétrica agora com três pontos de fixação. Trabalho de fôlego e pouco visto.

Pretensão da Honda foi criar produto novo, com cara de SUV, apesar de o projeto não consentir a tração nas quatro rodas, marco separador entre esses e SAV. 


O tratamento foi para dar-lhe cara de valentia com mais altura do solo, 17,9 cm, e capacidade de enfrentar os buracos e os desníveis dos pisos da América do Sul. 

Emprega rodas de liga leve, aro 16”, pneus 195/60, com lateral de quase 12 cm, medida apta a enfrentar buracos razoáveis sem corte. 

Design auxilia com a frente elevada e atrás as grandes lanternas abraçando as laterais sugerem largura. Será exportado a países vizinhos e Honda, na Índia, querer produzi-lo.

Apesar de mais espaço aos passageiros e bagagens, do aumento a 4 m de comprimento, e da colocação mercadológica com preço abaixo do HR-V, Honda não descurou do interior, revestido em plástico preto de boa qualidade, com insertos de frisos em cromado fosco. 


Estofamento mescla tecido liso ou estampado e partes em cinza ou laranja com sobre posição de uma espécie de véu. 

É simplificado relativamente ao Fit e ao HR-V, entretanto, bem ajustado quanto a pretensões e colocação mercadológica, moldando seu próprio espaço.

Mecânica comum aos irmãos de linha, motor dianteiro, transversal, L4, duplo comando para 16 válvulas e o mecanismo V-Tec, desenvolvido para a Fórmula 1 e aplicado aos carros de produção em série para melhor eficiência na abertura e fechamento de válvulas. 


Produz com gasálcool e álcool, 115 /116 cv a 6.000 rpm, torque de 15,3/15,2 m.kfg a 4.800 rpm. Transmissão CVT com conversor de torque, tração dianteira.

Com tal conformação e desenho mais limpo, quer aumentar o poder de competitividade da marca, para operar em faixa inferior de preço ao HR-V, cuja versão mais econômica anda em torno de R$ 90 mil. Preço não divulgado, mas projetado, a partir de R$ 70 mil.


Sigla resume WR-V Winsome Runabout Vehicle, ou veículo recreacional e cativante. Winsome significa alegre, agradável e atraente em inglês. 


Das marcas operando no Brasil, Honda lidera no uso de termos ingleses. Lançamento em 15 de março, comercialização imediata. 

Projeção necessária, o WR-V por desenho, constituição, preço e a demanda do mercado por SAVs, pode se tornar o mais vendido da Honda. 

Companhia anseia por retorno às vendas: fez fábrica nova, em Itirapina, SP, inaugurou - e fechou. 

Mantém 30 engenheiros de manutenção operando as máquinas à espera de demanda de compra para esgotar a capacidade industrial da fábrica piloto em Sumaré, a 100 km e permitir operar a fábrica nova.

Um picape, três caras, três marcas

Nissan acelera para iniciar vender novo picape no Brasil e na Argentina, até março, em coincidência com o ano assinalador da tradição de fazê-los há oito décadas. 


Quer iniciar formar mercado até demarrar produção do novo modelo no vizinho país. Leitor da Coluna sabe, a Renault, sua associada, cedeu parte em sua fábrica de Santa Isabel, Córdoba, instalada pela IKA-Willys, pioneira no país e ali serão produzidos.

Curiosidade é o fato de ser um picape Nissan a ser vendido com três marcas. A óbvia Nissan; a hospedeira Renault; e a associada Mercedes-Benz. 


Processo industrial acertado pela simplicidade, a Nissan produzi-los-á em três versões. 

Com a sua cara; trocando para lamas, capô e grade para ter assinatura Renault; e, serviço mais amplo, manterá a cabine, mas nela aplicará maior quantidade de partes para ser identificada como Mercedes, além de utilizar motor desta marca. 

Será o de maior destaque, pois a marca estrelada quer tê-lo dentro da imagem de seus produtos.

Terá melhor isolamento termo acústico, painel diferente. Produção imaginada após o Salão do Automóvel, outubro 2018.


Mercedes picape 



Roda-a-Roda


Trombada – Em intensa campanha para aceitação mundial Mustang deu grande susto à Ford. 


Nos testes de impacto pela EuroNCAP avaliando a segurança dos veículos vendidos na Europa, levou nota dois em escala de cinco. 

Pior avaliação geral em nove anos e ante o modelo anterior. Problema nas bolsas de ar.


Mustang reprovado pelo EuroNCAP




Curiosidade – Por menos de 1% - 10,3 milhões x 10,2 milhões - fechados números mundiais Volkswagen, aparece como a marca mais vendida do mundo em 2016. 


Superou a Toyota, líder nos últimos quatro anos. Como registro, foi o ano do Dieselgate para a VW e o Brasil deu pequena ajuda de problemas sustando produção por conta da falha de fornecimento de autopeças.

Surpresa – Durante assembleia para acionistas e investidores, Dana de autopeças anunciou fornecerá eixos para o Ford Bronco, previsto para 2020.


P’ra valer – Volta empregará, como picapes F-150 e Ranger, aços especiais e alumínio militar para reduzir peso. 
Diferenciais serão AdvanTEK, rígidos na dianteira e traseira. 

Uma curiosidade. Há anos, após série de acidentes com SUV Explorer, Ford trocou os traseiros pelos articulados. Rígidos apenas nos picapes.

De volta – Quando produzido, 1965-1996, Bronco tinha mais garra para andar em lugares sem estrada e mais velocidade no asfalto. 


Volta, foca no Jeep Wrangler e suas características, incluindo capacidade de ser personalizado.

Porque não? – Curioso, Ford projetar produto novo quando poderia partir do chassi rolante do Troller, recém-desenvolvido por ela no Brasil e teoricamente aplicável ao desejado jogo duro. Utiliza boa parte de componentes do Ranger.


Ajuste – Uma das medidas da Volkswagen para solver questão dos motores diesel de automóveis poluindo acima das normas legais, foi recomprar centenas de milhares de seus veículos. Solução legal, logística problemática. 


E aí? – VW da América tem imensurado mar de VWs e Audis estacionados em enormes áreas alugadas enquanto busca solução.


Atualiza os sistemas? Substitui motores por versões a gasolina – operações gigantescas em movimento e custos – para vender como usados? 

Esmagá-los, como já o faz, para usar os ferros caros transformados em sucata? Ou manda-os à Russia para revende-los a preço de liquidação em mercado sem rigor com emissões poluentes?

Não sabia – Semana passada, seu ex-poderoso CEO, Martin Winterkorn, depondo em comissão de deputados alemães, disse ter sabido dos truques de engenharia para burlar as regras de emissões poucos dias antes do escândalo surgir. 

Autowäsche – Procuradores federais contestam mostrando, em meio à montanha de e-mails enviada num fim de semana, um ano antes do escândalo, problema foi levado ao seu conhecimento. 

Mandados judiciais autorizaram buscas em 28 casas e escritórios. É a Lava-Jato de lá, a Autowäsche.

Renovação – Mercado automobilístico argentino cresce lentamente após grande queda causada pela crise no Brasil, comprador de metade de sua produção. 


Conversa – Buscando solução governo Macri discute sugestão de empresários: isenção da carga tributária. 


Há margem para redução. Lá, automóveis recolhem entre 54 a 65%. Renovação recebendo usados não deu certo.

Novidades – Chery confirmou acrescer o suv Tiggo II e o sedã Arrizo 5 em sua linha de produção na fábrica de Jacareí, SP. Tiggo abril, Arrizo 5, em setembro.


O que – Tiggo, primeiro representante da marca no país, terá motor 1.5 flex e transmissão CVT de cinco marchas.




Tiggo II, produção local em abril


De novo – Ford iniciou produzir o EcoSport revisto e melhorado. Frente nova, realce para conectividade, estepe mantido na tampa traseira, curiosa preferência nacional. 


Ex-líder solidário vem despencando em vendas e agora enfrenta renca de competidores. Fevereiro avant-première à Imprensa. Lançamento em março. 

Sinal – Eco já foi o queridinho do mercado, onde, exclusivo, fazia a festa e muitos lucros. Chegada do Duster e novos participantes no segmento restringiu vendas. 


Nesta semana, em apresentações de novos savs, não foi citado como concorrente.

Mercado – Cálculos de crescimento doméstico de veículos leves têm projeções entre 5 e 10%. Entretanto, o de picapes e utilitários esportivos terão salto nas regiões de agro negócio. 


Previsão de crescimento da safra de grãos em 16% injetará cerca de R$ 237 bilhões no mercado.

Crescimento – Strasse, revendedora das preparadoras alemãs Brabus, Oettinger e Gemballa, cresceu 300% nas vendas em dezembro. De um veículo/mês foi a três unidades.


Clientela – Expectativa de Julico Simões, dono do negócio, é expansão maior em 2017. Conjuga redução de preços em até 20% acompanhando queda no valor do Euro, e financiamento em 10x por cartão de crédito. 


Degrau inicial é o Mercedes C 180 por R$ 168.800, e vai a R$ 3.037.000 para o S 65 Brabus Rocket.

Aumento – Em 2016, Ford cresceu 10% no segmento de picapes médias. Maior expansão faixa dos diesel, onde versão 2,2 com transmissão automática auxiliou versões intermediárias crescer 31%.


Recall – Fiats Punto em chamada para verificar e trocar o eixo traseiro. Um dos fornecedores cometeu erro técnico e peça pode trincar e romper-se. 


Não há ocorrência mas Fiat se previne. Tens? Veja em www.fiat.com.br .


Questão – CADE - Conselho Administrativo da Defesa Econômica -, do Ministério da Justiça, travou a compra da distribuidora e revendedora de combustíveis ALE pela Ipiranga. 

Justifica como redução da concorrência, e lembra os sete processos sobre cartelização dos preços por redes de revendedores. 

Apoio
– Inglesas BP e Castrol novas patrocinadoras da equipe Renault na Fórmula 1. 
Fornecerão combustíveis e lubrificantes. 

Próximo movimento, produtos Renault e Nissan em todo o mundo deverão ter óleos Castrol como primeiro enchimento e para futuras trocas.

Confiança - Imagem da categoria máxima do esporte motor ajuda vendas e faturamento. As inglesas acreditam no time francês superando a alemã Mercedes, vencedora nos últimos anos.

Outra? - Da usina de boatos da Fórmula 1, mais recente diz Bernie Ecclestone, 86, após deixar o comando do negócio, voltaria com nova categoria, distante dos custos da Fórmula 1 e da insossa e inodora Formula E.


Outra – Tiago Songa, organizador da Pé na Tábua, corrida de calhambeques, conseguiu viabilizar a 7ª edição. 


Perigava pelo mau estado do asfalto onde realizado, em Franca, SP. 

Será no final de semana de 11 a 13 de março. É a corrida mais divertida do País. 
A fim? 
www.penatabua.com



Cartaz do Pé na Tábua


Gente - Maxwell Vieira, 31, bacharel em direito, promoção. 

OOOO Diretor de Habilitação do Detran/SP, foi à Presidência. 

OOOO Coerente. Seu nome foi marca de automóvel até os anos ’20 nos EUA quando assumida pela novata Chrysler. 

OOOO Rafael Miotto, engenheiro mecânico e de armamentos, promoção. 

OOOO Diretor de Produtos e Serviços da CNH Industrial – marca Fiat de tratores e máquinas de construção -, novo Vice-Presidente para América, Presidente para América Latina. 

OOOO Luiz Carlos Mendonça de Barros, economista, presidente do Conselho da Foton, trabalho. 

OOOO Acumulará a executividade da presidência às vésperas do lançamento dos caminhões da marca. 

OOOO Bernardo Hamacek, na função desde o surgimento da companhia, saiu ou saído sem explicações ao mercado, exceto o carimbo de novos desafios... OOOO
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