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quinta-feira, 9 de março de 2017

Depois de cinco anos de muita luta, liderada pelo vereador Carlo Caiado, o Rio de Janeiro, embora ainda sem data definida para estar concluído, poderá voltar a ter um autódromo, com a assinatura, ontem à tarde, pelo prefeito Crivella e o governador Pezão, e a publicação, hoje, no Diário Oficial do Município, do PMI, que antecede as licitações. Cerca de 200 pessoas, carros de competição e a comunidade de competição a motor estiveram no Palácio da Cidade para participar. Será em Deodoro e contará com complexos comercial e residencial, além das áreas de competição, com 2 milhões de m2. Cacá Bueno sugeriu a criação do Campeonato Latino-Americano de automobilismo. Crivella disse que estamos trazendo a iniciativa privada para um negócio que é bom para o Rio



Com a assinatura, na tarde de ontem, pelo governador Pezão e o prefeito Marcelo Crivella, do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) foi dada a largada para a construção do novo Autódromo do Rio de Janeiro, em Deodoro, diante de uma plateia, formada por gente apaixonada por automobilismo, motociclismo e kart, liderada pelo vereador Carlo Caiado, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Construção do Novo Autódromo, da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. 

A prefeitura publica hoje (9/3) no Diário Oficial do município o chamamento público para elaboração de estudo técnico para implantação, operação e manutenção de Autódromo Parque, na região de Deodoro.


A cerimônia solene aconteceu no átrio superior do Palácio da Cidade, ao lado do majestoso e belo Salão Nobre, em Botafogo, onde as autoridades defenderam e mostraram as vantagens do Rio de Janeiro voltar a ter seu autódromo.



- Tenho um filho piloto de kart que reclama comigo, direto, a falta do autódromo do Rio porque é obrigado a ir a Volta Redonda para treinar e participar das corridas, comentou Pezão no seu discurso de improviso.

O governador frisou que o Rio não podia ter perdido o autódromo, mas hoje temos certeza de que ele sairá do papel. "Crivella, você pode contar com o Estado", afirmou.



Cerca de 200 pessoas, que depois se reuniram junto à escadaria do palácio, onde estavam estacionados diversos carros de competição, entre líderes das entidades do esporte motor, pilotos, comissários de pista, mecânicos, jornalistas, que sofreram com a destruição do Autódromo de Jacarepaguá, em 2012, hoje, estavam unidos assistindo à assinatura do PMI - um documento municipal que a prefeitura usa antes de abrir um licitação.



O piloto Cacá Bueno, lembrou que foi em Jacarepaguá que conseguiu sua primeira vitória na Stock Car Light e que foi ali que Ayrton Senna obteve sua primeira vitória na F1.

Mas ressaltou também a importância econômica e turística de um autódromo no Rio, que terá uma atividade intensa, inclusive, sugeriu um Campeonato Latino-Americano, além de voltarmos a possuir escolas de pilotagem, pois hoje sou o único piloto carioca, com 40 anos, e na hora que me aposentar o Rio não tem quem me substitua, alertou.



Outro piloto, José Campiti, usou a tribuna para lembrar que um autódromo no Rio, com absoluta certeza tirará das ruas os jovens que perigosamente aceleram pelas avenidas da Barra disputando pegas.

- Eles terão um local apropriado para acelerar com a devida segurança e chamou a atenção para o aumento de acidentes registrados após 2012 causados por pegas, assegurou Campiti.

Marcello Crivella será o prefeito que ficará na história da cidade como o grande construtor do Novo Autódromo do Rio de Janeiro, sacramentou o piloto.



Carlo Caiado que lidera Frente Parlamentar em Defesa do Autódromo e há anos vem desenvolvendo um intenso "trabalho de formiguinha" junto às autoridades federais, estaduais e municipais e às entidades do setor, para tornar a construção do novo autódromo realidade.

Nos últimos anos, Carlo Caiado, garantiu, junto ao Exército, a limpeza do terreno das minas que existiam na área usada para exercícios militares.

Na Câmara de Vereadores, Caiado lidera a Frente Parlamentar em Defesa da Construção do Novo Autódromo do Rio de Janeiro

Caiado disse acreditou sempre que o terreno de Deodoro é ambientalmente viável para ser usado como autódromo, que não será exatamente um simples circuito de corridas, mas uma arena multiuso onde serão realizadas corridas, shows, haverão áreas comerciais e residenciais, hospital, de última geração - necessário perto dos autódromos -, equipamentos de lazer integrados ao Parque Radical - por onde inicialmente estava acertada a entrada para o autódromo.

Caiado vem se reunindo sistematicamente com os pilotos, lideranças e demais pessoas engajadas na construção do novo autódromo na Câmara Municipal.

O vereador ressaltou ainda que a construção desse equipamento significa dentre muitos aspectos, o impulsionamento da economia, gerado pelos grandes eventos; a fomentação do turismo, bem como a geração de empregos e o aumento da arrecadação de tributos, digo em especial o ISS, que obrigatoriamente deve ser destinado 25% para educação e 15 % para a saúde”, destacou Caiado.

Citou o exemplo da corrida de F1, no circuito de Interlagos, que ano passado injetou mais de R$ 500 milhões em São Paulo, além dos milhares de empregos criados - uma corrida de Stock Car garante mais de 1.500 empregos.


O prefeito Crivella encerrou a solenidade dizendo que "estamos trazendo a iniciativa privada para fazer um que será bom para todos junto com a prefeitura. 

- Estamos dando a bandeirada de início de uma corrida para a realização desse complexo tão desejado e importante para o Rio de Janeiro, que será construído, prometeu.


Projeto
Os estudos que deverão ser entregues à Sub-Secretaria de Projetos Estratégicos, em 90 dias, contados a partir da publicação no Diário Oficial.

Esse trabalho terá de apresentar um diagnóstico social, legal e econômico para uma concessão público-privada na região delimitada pela Avenida Brasil, Estrada Marechal Alencastro, Avenida Nazaré, Rua Paraúna, Rua Lobo, Rua Araí e Rua Argos, além da área do Parque Radical, que soma em torno de 2 milhões de m2.

O Novo Autódromo Parque terá circuito de automobilismo padrão internacional, incluindo de Fórmula 1 (FIA), circuito de kart padrão internacional, circuitos adaptáveis ou específicos para demais competições automotivas, de motovelocidade e caminhões e ainda circuito para testes de veículos automotores e treinamento de pilotos.

A moto da foto foi a vencedora da última corrida de motovelocidade realizada no autódromo de Jacarepaguá.

O complexo requer ainda edificações complementares, como boxes, paddock, pit lane, parque fechado, área de sinalização de equipes, sala de comando de prova, sala de comissários desportivos, sala de cronometragem, PSDP, postos de sinalização, sala de briefing, ambulatório e secretaria de provas, oficinas e demais equipamentos necessários à competição automobilística.


O estudo definirá ainda implantação de subestação de energia elétrica, iluminação pública e das pistas para provas noturnas e redes de dados, drenagem, instalação elétrica subterrânea, estacionamentos, estruturas para público, heliponto e instalações para mídia e televisões.


O chamamento sugere ainda a construção de complexo de lojas comerciais, de alimentação e serviços, além de centro de convenções, hotéis, museu e estrutura de segurança.

O valor máximo do estudo é de R$ 11,6 milhões a serem pagos pela vencedora da licitação.



Palco de 10 corridas da Fórmula 1, entre 1978 e 1989, o Autódromo Nelson Piquet, em Jacarepaguá, foi demolido, em 2012, sob protestos da comunidade automobilística, motociclista e de kart, de competição, para dar lugar ao Parque Olímpico, que hoje se encontra abandonado.

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