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segunda-feira, 10 de julho de 2017

Em 2016 as indenizações gerais pagas pelo DPVAT (Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) registraram redução ante o ano de 2015. Os casos de invalidez permanente que representaram 80% das indenizações caíram 33%. As mortes reduziram-se em 21%. O motivo foi a crise que reduziu o número de veículos nas estradas e nas cidades, ou foi o aumento do cuidado dos motoristas? A Audi lançou um novo A5 Sportback com condução semiautônoma nos engarrafamentos



Alta Roda 

Nº 948 — 10/7/17

Fernando Calmon


Estímulo para todos

Em meio a tantas notícias ruins, nada como um sopro de otimismo em relação à violência do trânsito brasileiro. 

No portal na internet da Seguradora Líder, responsável pelo pagamento de indenizações por mortes e feridos em acidentes, o boletim estatístico relativo ao ano passado trouxe uma grande surpresa. 

Apesar de escassa repercussão nos meios de comunicação está lá com todas as letras:
“Em 2016 as indenizações gerais pagas pelo DPVAT (Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) registraram redução ante o ano de 2015. 

Os casos de invalidez permanente, apesar de representarem a maioria das indenizações no período (80%), caíram 33%. 

As mortes reduziram-se em 21% e sua participação foi menor em relação às demais coberturas (7%). Em despesas médicas houve 42% menos indenizações.”

Em números absolutos, perderam a vida em ruas e estradas do Brasil no ano passado 33.547 pessoas entre motoristas, pedestres e motociclistas. 

Ainda de acordo com o citado boletim estatístico, prossegue a mesma tendência dos anos anteriores: a motocicleta representou a maior parte das indenizações, 76%, apesar de significar apenas 27% da frota nacional.

Ao levar em conta que apenas cinco anos atrás as vítimas em acidentes fatais chegaram a mais de 55.000 pelo mesmo critério estatístico, a evolução para melhor impressiona. Claro que ressalvas precisam ser feitas. 

Antes os pedidos de indenização retroagiam 10 anos (agora, três anos), um incentivo a fraudes. 

A própria Líder deve ter apertado seus controles sobre indenizações suspeitas depois de casos rumorosos apontados em investigações.

A frota brasileira de veículos também diminuiu drasticamente o ritmo de crescimento, como já registrado nessa coluna.

Ao mesmo tempo, a retração de consumo de combustível por veículos leves em grandes centros urbanos aponta para menos circulação e, portanto, menor probabilidade de acidentes. 

Ainda assim, esses dados indicam um cenário alentador em termos de esforço com resultados de governos, entidades públicas, organizações civis e não governamentais, além de melhoria nos próprios veículos em circulação tanto em segurança passiva quanto ativa.

Um dos movimentos marcantes é o Maio Amarelo, mês dedicado a estimular ações coordenadas e incentivadas pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) com apoio de entidades de vários setores. Contabilizados ao longo de junho passado os números impressionam.

Mais de quatro mil ações em diversas cidades do país; 80 mil likes nas páginas oficiais do Movimento no Facebook (FB); cinco milhões de pessoas alcançadas no FB, 500 mil acessos no site do Maio Amarelo (entre janeiro e maio de 2017); mais de quatro mil empresas e entidades (públicas e particulares) promoveram atividades; dois milhões de visualizações nos dois vídeos da campanha; mais de 385% de aumento de mídia espontânea em relação a 2016 e mais de 115% de aumento nas palavras “Maio Amarelo” em pesquisas do Google.

Vamos agir juntos por um trânsito mais seguro. Que o bom resultado de 2016 seja tendência e não apenas melhora pontual. Um estímulo para todos.

RODA VIVA

SOBREVIVER como importador no Brasil é tarefa ingrata. Ao completar 25 anos como representante da marca Kia no Brasil, o Grupo Gandini experimentou da euforia ao desânimo. 

Até tentou montar a van Besta, na Zona Franca, de Manaus, inviabilizada pela logística, em 1995. 

Depois de 400.000 unidades importadas espera novos tempos com o fim do Inovar-Auto no final de dezembro.

MEIO século de tradição em modelos de alto desempenho completa a subsidiária AMG da Mercedes-Benz. 

A despeito do preço elevado, comercializou quase 300 unidades no primeiro semestre ou 45% desse nicho que inclui BMW (M) e Audi (RS). 

Topo de linha GT-R tem 585 cv, controle de tração ajustável e eixo traseiro direcional entre outros itens por R$ 1.199.000.

MAIS impressionante é o sedã Mercedes-AMG E 63 S Matic+, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 3,4 s apesar de quase duas toneladas de peso. 

Com 612 cv e acachapantes 85 kgfm (cerca de três vezes mais que turbo de carro médio) tem tração nas quatro rodas variável, suspensão pneumática e controle de largada para disparar adrenalina. Começa em R$ 699.900.

AUDI lançou segunda geração do sedã-cupê A5 Sportback com preços que vão de R$ 189.990 a 268.990. 

Linhas ganharam dinamismo e a potência parte de 252 cv do motor turbo de 2 litros. Espaço para joelhos atrás cresceu 2,4 cm. 

Reações ao volante são bastante precisas. Sistema de condução semiautônoma permite aliviar estresse no para-e-anda do trânsito.

VIAGEM entre Santarém e Alter do Chão, no Pará, colocou à prova aptidão do novo Land Rover Discovery em situações fora de estrada de grau médio de dificuldade. 

Mesmo com pneus não adequados para a “aventura”, o SUV de grande porte não se intimidou inclusive em passagens de vau de até 90 cm de profundidade. Controles eletrônicos mais atuantes facilitam tudo.
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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

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