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sexta-feira, 14 de setembro de 2018

DE CARRO POR AÍ,por Roberto Nasser

DE CARRO POR AÍ - Roberto Nasser


Coluna nº 3.718 - 14 de setembro de 2018
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Araxá, a grande festa do automóvel antigo


 Best of the show


Araxá, a grande festa do automóvel antigo

O Brazil Classics Renault Show, realizado em Araxá, MG, no recente feriado de 7 de setembro manteve o adequado rótulo de mais elegante dos encontros de veículos antigos no País. Foi grande o esforço para viabilizá-lo e exigiu capacidade de improvisar, resolver, re-inventar-se. Superou dificuldades, obstáculos, e foi evento marcante, referencial.

Questão é, neste País sem projeto, uma greve de caminhoneiros, de origem e comando desconhecidos, sem pai, mãe ou responsáveis, parou o Brasil, pôs a administração em letargia e trouxe prejuízos sem indenização. 

Um deles, fez abortar a realização do Encontro, antes marcado, com estrutura instalada, bancas de comércio montadas, veículos em trânsito. Em meio aos problemas gerados pelo adiar, muitas composições com fornecedores, com o hotel sede, o êxito do evento ficou ameaçado, mas a administração tocada pelo Instituto Veteran Car, de Belo Horizonte, superou as dificuldades e apresentar soluções.

Como foi
Patrocinadora, a Renault foi compreensiva – manteve e aumentou o aporte para compensar o incremento de custos com a desmontagem da estrutura sem uso e a montagem de outra, três meses após. Colecionadores com a cabeça no lugar entenderam a razão institucional, mantendo inscrições e presença.

Na prática, quase 300 veículos presentes, nele avultando núcleo de destacada qualidade e raridade, e o deslumbramento da reunião de 38 Ferraris, incluindo dois modelos de séries especiais, os F 40 e F 50. Núcleo de colecionadores se amplia. 

Neste ano o Museu de Carmo do Paranaíba, MG, do colecionador mineiro Rúbio Fernal, a coleção privada do empresário paulista José Luiz Gandini, e o novo foco da coleção de Leo Steinbruch, antes dedicada exclusivamente a nacionais. 

Fernal exibiu raro e aqui desconhecido Fiat com projeto de estilistas da Zagato, insolitamente construído pela Riva, famosa fábrica de lanchas durante estreito período ao início dos anos ’50. 

Gandini, dedicado aos Cadillacs dos anos ’50, amplia o leque a veículos mais erados, como o imponente Packard 1931 em carroceria Roadster, conversível. 

Levou o transitório Prêmio Roberto Lee como Best of the Show. Steinbruch expôs Ford T de 1909 – apresentado erroneamente como 1908 -, e Mercedes-Benz 300 SL, o Asa de Gaivota,

Item e abertura de caminho importante, o Alfa Br, grupo internético de aficionados de Alfa Romeo, montou barraca, instou presença da marca, criou premiação específica. Um caminho para outros clubes de marca, criar sub eventos sob o guarda chuva da festa principal.

Outro ponto de relevo foi manter a tradição de promover leilão. Neste ano. demandas superaram o teto de 70 ofertas estabelecido pela empresa de leilões, ampliadas a 83. Vendas foram 29, arrecadando R$ 3,5M. Estrela do evento, Alfa spyder 2.000 ex-ator Otelo Zeloni.

Homenagem, o evento criou troféu transitório, o Og Pozolli, para distinguir o melhor automóvel dentre os não restaurados. No caso, indicado foi Cadillac 1927, modelo 314, Coupé, de Aparecido Guadain.

Oportuno pelo relevo do evento, mas não é pioneirismo. O Carro do Brasil, evento criado em Brasília para festejar os produtos nacionais, criou tal láurea em 2001. Chamou-a Pátina do Tempo, e o distribui aos eventos que buscam auxílio e orientação ao Museu Nacional do Automóvel. 

O insólito e sua divulgação instigaram o Pebble Beach Concours d’Élegance, em Monterey, California, tido como o mais refinado da especialidade, a copiar a láurea e, a partir daí, a Federação Internacional de Carros de Coleção, a FIVA, a instituir o prêmio. 

Registro histórico se faz presente para manter não apenas a verdade, o pioneirismo brasileiro e a importância do conceito expresso pelo Museu Nacional do Automóvel, seu criador: historicamente mais vale a pátina do tempo sobre a construção original que os brilhos e reflexos pós restauração, décadas distante dos métodos e partes empregados à época. O Museu o distribui nos eventos que buscam seu auxílio e orientação.

Og ad aeternum
São raras as coleções de veículos antigos a permanecerem unas, unificadas, concentradas, após a partida de seu criador. Atividade solitária, exige dedicação, interesse e também, como diz o Curador do Museu Nacional do Automóvel, 3 Ts – Tempo, Tesão e Talão. 

Sem tal envolvimento e meios, coleções não subsistem, são vendidas aos blocos ou em unidades, se desfazem. Desde novembro do ano passado, quando passou Og Pozolli, um dos implantadores do antigomobilismo no Brasil, a espada da dúvida voltou a ser lembrada, e o receio da disseminação, sempre manifestada por ele, escaldado pelas vazias promessas municipais e estaduais de aquisição. 

Quem do ramo foi ao Brazil Classics encontrou aléia de honra com cinco estelares unidades da coleção Og, capitaneada por exemplar de Moon, um touring dos anos ’20, acreditado como do então Presidente Washington Luiz e único no mundo. 

Conversinhas, teses, teoria dizia da aquisição pelo poderoso Bradesco, num projeto de expor que, além da atividade selvagemente argentária – milionária, rica, capitaneada pelos ganhos de dinheiro - faria efeito demonstraçã o de dedicação cultural.

Verdade surgiu na noite de sábado, durante a premiação: a coleção fora adquirida pela Fundação Lia Maria Aguiar, mantida por filha do criador do banco, mas sem ligações operacionais com o estabelecimento. 

Projeto útil, dedica-se à formação artística de jovens, e a ampliará com a construção de um museu e a formação de cursos para ensinar dados e segredos dos reparos e manutenção de automóveis antigos, um exercício de talento a cada dia mais empobrecido com o desaparecimento dos profissionais antigos. O Museu será construído em Campos do Jordão, SP, com a promessa de operação em dois anos.

A coleção do Og estará unida e preservada


 Modelo do projeto do Museu de dona Lia


Roda-a-Roda

Honda – Marca apresentou seu modelo Fit modelia 2019, marcando-o simploriamente com nova cor, a Vermelho Vênus metálico, e maior conectividade.

$? – DX Mt – simples e transmissão manual, R$ 60.500; Lx Convert a R$ 60.500; Personal, com câmbio CVT, inscreveu-se para atingir público com 68.700; e versão luxuosa R$ 72.800.

Pesquisa - FCA nos Eua aplicou US$ 30M no campo de provas recebido à Chrysler em Chelsea, perto de Detroit, USA. Quer adaptá-lo a testes de direção autônoma; sistemas avançados de assistência ao motorista. Aqui empresa continuará usando ruas e estradas como pista de testes.

Mais – Japonesa Sumitomo impulsiona sua marca Dunlop no Brasil. Aplica R$ 640M para aumentar capacidade industrial de pneus de passeio e carga. Fábrica não está em Campinas, endereço da Dunlop original, mas beiradas de Curitiba, Pr.

Quem é – Petronas, empresa malaia, mais conhecida como copatrocinadora da equipe Mercedes-Benz na Fórmula 1, está no Brasil. Mais precisamente em Contagem, município industrial lindeiro a Belo Horizonte. Ocupa as instalações da antiga Tutela, a fábrica de óleos e lubrificantes da Fiat e da estatal Agip.

Melhor – Investiu R$ 20M no atualizar laboratórios em Centro de Excelência em Pesquisa e Tecnologia na América Latina. Deve manter o pioneirismo: primeira a fazer óleos lubrificantes semi sintéticos no País – e responsável pela quebra da nunca entendida barreira limitando os lubrificantes nacionais à classificação SD.

Questão – Crescimento de produção e vendas da indústria automobilística se dissociam da noção de estagnação da economia. Números a ser fechados ao final do ano devem indicar otimismo. Até agora mercado cresceu 15%. Seria melhor sem a greve dos caminhoneiros, vitrine de nossa fragilidade e da inabilidade da cúpula do poder em gerir o problema.

... II – Os números não deverão mentir. Somente em 2023, produção e vendas repetirão os cravados em 2013. Na prática, a atrapalhada gestão (sic) da presidenta que se dizia formada em economia, atrasou o País por 10 anos.


E querem levá-la ao Senado…

Situação – Boletim automobilístico AutoData perguntou aos seis candidatos melhor colocados na disputa para a Presidência da República, quais os planos de cada um para a indústria automobilística. Ao ver do atento leitor/eleitor, qual o percentual de respostas? O%, acredite. Ninguém se manifestou.

O que – Desinteresse, desconhecimento? Vicente Alessi, filho, editor, tem visão pragmática: o fim das doações para campanhas, as regras de compliance, o receio de multas ou prisão reduziram a capacidade de entendimento.

Programa – Gostas de veículos? Tecnologia? Programa a ser considerado: dia 18, às 9h30, Audi transmitirá o evento The Charge, cuja estrela maior será o modelo e-tron, seu primeiro totalmente elétrico.

Onde – Meios diversos: Audi MediaTV:
www.audiamedia.tv (Em alemão e inglês, incluindo link para compartilhar a transmissão em outros sites); Via Smart TV: usando o aplicativo Audi MediaTV; Via satélite: (Chinês e inglês)

Via mídias sociais: na página do Facebook de Audi AG e no canal do Youtube Audi MediaTV;

Via website: www.e-tron.audi


Lanchas Lexus, outro negócio da Toyota


Luxo - Veículo mais luxuoso da Toyota não é sua família automobilística Lexus, mas os iates com esta marca. Projetados em conjunto com a divisão marítima da casa, seu produto de topo, o Lexus LY 650 é iate de luxo com 65 pés – uns 20 metros. Dois motores Lexus de corrida, a gasolina, e 885 cv de potência final.

Negócio – Toyota está em barcos há 20 anos utilizando o nome Ponan, por isto, o que parece uma aventura merece crédito, neste período em que fabricantes de automóveis se aventuram em outros modais.

Variedade – Aston Martin e Bugatti têm colaborado com outros produtores de lanchas e barcos; Honda fabrica jato; Mercedes-Benz tem acordo com a Cigarette Racing promovendo os modelos AMG.


Cada Qual – Toyota não fará os novos LY 650, contratando o estaleiro Marquis-Larson Boat Group. Primeira unidade daqui a um ano.

Triton 460 Fly. R$ 1,7M (Triton Yachts/Divulgação)


Al mare – Estaleiro catarinense Triton Yachts levará ao São Paulo Boat Show – SP, 27,set/02.out -, duas novas embarcações. Uma, a 460 Fly, 46 pés, 14 m de comprimento, expõe as últimas tendências europeias; três suítes, com a master ocupando toda a parte central. Motorização sugerida, dois motores diesel, entre 330 e 400 cv cada. Quanto? Cerca R$ 1,7M.

Mais – Há novidade tipo esportiva, a 350 HT, com espaço para 12 pessoas durante o dia e 4 para pernoite. Menor, outra proposta, outro preço: R$ 510 mil. Motorização diesel, 2x 250 a 350 cv.

De volta – Gol retomará ligar Brasília a Buenos Aires por voo direto. Seis por semana, equipamento atualizado, Boeings 787 800 Next Generation. Fomenta Brasília como hub de distribuição ao trazer argentinos para tomar voo da companhia com destino a Miami.

Porém – Pousará no aeroporto de Ezeiza, outro município, distante, táxi caro, e outra situação – os motoristas de táxi em Buenos Aires hostilizam os de aplicativos. E o voo de volta decola às 4h40. Na prática, um longo jantar, quase uma hora até Ezeiza e as regulares 2 horas antes do voo.



Gente – Cláudio Rawics, comunicólogo, ex-Fiat, mudança. 

OOOO Deixou a área de propaganda da Renault e foi-se à Audi.

OOOO Nova diretoria na empresa, administrando publicidade, marketing e comunicação. 

OOOO Gustavo Perini, 33, engenheiro na DAF - fábrica de caminhões – aplauso. 

OOOO Ganhou o Prêmio Jovem Engenheiro da SAE, grêmio de engenheiros automobilísticos. 

OOOO Láurea reconhece seus estudos estruturais nos caminhões para reduzir tempo de testes de rodagem. OOOO


________________________________________________edita@rnasser.com.br 


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