Pesquisar este Blog do Arnaldo Moreira

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

2015 ESTÁ PRESTES A INAUGURAR SEU ALVORECER EM MEIO AOS ESTAMPIDOS DE FOGOS DE ARTIFÍCIO E DE GARRAFAS DE CHAMPANHE PELO MUNDO AFORA, TUDO ISSO EM NOME DE DESEJOS DE UM ANO MELHOR DO QUE O QUE SE VAI E ISSO VALE PARA O SETOR AUTOMOTIVO, EM QUE SE ESPERAM NOVAS MEDIDAS E NOVIDADES TECNOLÓGICAS QUE APRIMOREM A SEGURANÇA DOS CARROS QUE NOS SERVEM. A COLUNA DE CALMON PREVÊ O QUE SERÁ O PRÓXIMO ANO.



Alta Roda 

Nº 816 — 26/12/14

Fernando Calmon 


O QUE NOS ESPERA EM 2015

O ano automobilístico de 2014 realmente não deixará saudades em razão da queda de vendas no mercado interno em torno de estimados 10%. 

Mesmo que seja ligeiramente menos, se somada ao encolhimento de 0,9% em 2013, significará que em relação ao ano recorde de 2012 os brasileiros terão comprado 10% menos. 

Este ano tão difícil não estava no radar dos analistas em dezembro de 2013. Até a Anfavea, que costuma acertar previsões, fez inesperadas revisões para baixo ao longo dos meses. 

E o que esperar para 2015? Que passe o mais rápido possível, segundo os mais pessimistas?

Na indústria automobilística a maioria das previsões aponta para crescimento nulo por razões tangíveis ou mesmo medo de errar: subida de impostos, inflação alta, PIB de novo perto de zero, aperto nos gastos públicos, balança comercial deficitária. 

Bem poucos apostam em alguma alta por outros fatores: base comparativa baixa sobre 2014, possível expansão de crédito (por retomada do veículo facilitada em caso de inadimplência) e reação nas exportações se o real continuar em desvalorização com tendência do dólar a R$ 2,80. 

A Coluna aposta em 2 a 3% de aumento nas vendas.

Quanto à oferta de novos produtos, 2015 será uma festa e olhe que ninguém pôde reclamar de 2014. 

Afinal este ano foram mais de 50 lançamentos entre nacionais e importados, de subcompactos a modelos grandes, de automóveis a comerciais leves, de reestilizações a novas gerações (Corolla e Fit/City), sem contar modelos inteiramente novos (Ka e up!) e importados a serem nacionalizados (A3 sedã e Classe C). 

Até novo carro elétrico, BMW i3, fez sua estreia.

Para o próximo ano o ritmo esperado é o mesmo e os SUVs terão relevância como nunca. 

De produção local serão três produtos inteiramente novos: Honda HR-V, Jeep Renegade (volta da marca americana à produção nacional e arquitetura inédita no Brasil) e Peugeot 2008. O Renault Duster receberá re-estilização. 

Utilitários esportivos importados também se destacarão com a chegada do novo ix35 (a nacionalizar em 2016), do JAC T6 e do Suzuki S-Cross, entre outros.

Comerciais leves terão um ano importante, no segundo semestre. 

Fiat lançará sua primeira picape média para uma tonelada de capacidade, inédita estrutura monobloco no segmento, cabine dupla de quatro portas e motorização flex e diesel. 

Renault contará com a Duster Oroch, primeira picape compacta (anabolizada em dimensões) a oferecer cabine dupla e quatro portas. 

GM planeja nova geração da Montana construída na mesma plataforma de Onix/Prisma/Cobalt, inclusive cabine dupla, mas talvez a produção não se inicie em 2015. 

VW partirá para um furgão leve, baseado na Saveiro, na mesma faixa de mercado do Fiorino.

Também haverá novidades entre os automóveis, a começar pelo Focus argentino alinhado ao europeu. 

Além do Golf nacionalizado, sua versão sedã, o Jetta, terá operação de montagem embora com poucas peças brasileiras. 

A Volkswagen já decidiu produzir o crossover derivado do Golf (em 2016), mas o Taigun, com base no up!, ainda carece de confirmação.

Fiat apresentará reformulação de meia geração do Palio e leves reformas no Punto e Bravo. Seu novo subcompacto é para 2016. 

No próximo ano a GM entra na reta final para o substituto do Celta, que estará mais para Ka do que para up!, e incluiria também sedã e SUV compactos. 

Chery terá seu segundo produto nacional, o subcompacto QQ em nova geração.

RODA VIVA

AGITAÇÃO em 2015 graças à nova leva de motores turboflex de última geração. 

VW terá o de 1,4 litro (Golf, Jetta e A3 sedã); Ford, o EcoBoost de 1 litro 3-cilindros EcoSport e Fiesta); Honda, o de 1,5 litro (City, Civic e HR-V). Se somarão aos da BMW e da Citroën. 

A GM igualmente produzirá na Argentina motores turboflex para o Cruze, mas só a partir de 2016.

TEREMOS final de ano emocionante para as lideranças, ambas envolvendo a VW. 

No plano mundial, talvez ultrapasse o Grupo Toyota pela primeira vez, embora resultados de vendas nos EUA e no Brasil tenham puxado para baixo o desempenho do grupo alemão. 

E aqui há a disputa roda a roda entre Gol e Palio (mais Palio Fire), depois de o compacto da VW estar à frente por 27 anos. 

A diferença entre os dois produtos será mínima no fechamento do ano.

SANDERO Stepway demonstra que superar buracos, quebra-molas e valetas é com ele mesmo. 

Sem grande prejuízo para estabilidade direcional e em curvas, cumpre seu papel em ótimo acerto da engenharia brasileira da Renault. 

Direção e comando do câmbio deixam algo a desejar. 

Mas a decoração aventureira não está exagerada e no interior há retoques discretos e válidos nesta versão.

NOVA carteira nacional de habilitação será adotada em junho de 2015. 

Vem em boa hora porque terá elementos adicionais de segurança e se tornará até mais confiável do que cédulas de identidade tradicionais. 

Placas de veículos com quatro letras e três algarismos, unificadas no Mercosul, estão previstas para 2016, embora já em 1º de janeiro próximo estreiem em carros novos na Argentina.
____________________________________

fernando@calmon.jor.br e twitter.com/fernandocalmon

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

O BALANÇO AUTOMOTIVO-AUTOMOBILÍSTICO BRASILEIRO DESTE ANO DE 2014 QUE SE ESVAIRÁ NA PRÓXIMA SEMANA, NA OPINIÃO AVALIZADA DO NOSSO COLUNISTA ROBERTO NASSER



Coluna nº 5214 - 24 de Dezembro de 2014
_________________________________________________________________________

Um ano para lembrar

2014 não foi ótimo, nem foi péssimo. Seus resultados finais apenas não repetiram o caminho ascensional dos seis anteriores, e os 9% perdidos em vendas têm a ver com uma indigesta combinação.

Misturaram-se o menor número de dias úteis, com a falta de competência gerencial do País, apenas superada pela Argentina. 

Copa do Mundo e eleições, e todos os dias em seu entorno, dividiram atenções e bolsos. 

O descontrole da economia forçou aumento de juros, redução do prazo de funcionamento, filtros menores para aprovar cadastros, auxiliaram a puxar o mercado para baixo. 

Ainda assim os meios, instalações, insumos e mercado forte em autopeças e demanda garantiram resultados impossíveis de serem criticados: fazer 3,3 milhões de veículos é coisa para gente grande.

No sobe e desce de mercado e vendas já fomos maiores. 

Terminamos 2014 sem saber se fomos superados pelo ascendente México, desfrutando de bom projeto industrial, aberto a acordos comerciais externos, colhendo os resultados na recuperação econômica do mercado estadunidense, seu cliente maior.

Queda em demanda não significa pasmo. A indústria automobilística, numa imagem, é como um transatlântico manobrando. 

Mesmo decidindo parar ou dar marcha à ré, ainda assim a grande massa se move para a frente. 

As reações são lentas. Na prática, os investimentos programados são mantidos pois seu espectro de tempo atende a estudos com maior prazo, incluindo construção de fábricas, projetos para produtos e agregados, lançamento de veículos. 

A indústria – do automóvel e bens duráveis de elevado valor – não considera o presente. 
A pequena janela temporal não inibe planos estudados durante prazo maior. 

Os R$ 50 bilhões anunciados para aplicação em três anos, foram e estão mantidos.

2015 deverá ser igual ou levemente superior a 2014; 2016 pequeno salto, nivelando-se aos resultados de 2013. Crescimento, 2017.

Como foi
Caso da Coluna, imodestamente foi ótimo. Não quantificadas antecipações de informações, análises corretas, corajosas – como vaticinar, para surpresa de jornalistas europeus, que o então apresentado VW XL1 não passava do demonstrar poder pessoal maior do presidente do Conselho da VWAG, de desenvolver componentes para conseguir consumo em torno de um número mágico: 100 km/litro. 

Depois, permear os ganhos tecnológicos a outros produtos, ajudando a Volkswagen a abrir caminho para aumentar economia e diminuir emissões, tudo dentro do projeto de ser líder mundial em 2018. Acertou.

Também, ocasião de verbalizar opinião em eventos internacionais, e participar de indicações de produtos e motores em dois prêmios internacionais e um brasileiro. 

Se 2013 se encerrou contabilizando em torno de nunca imaginados 5 milhões de leitores, e veiculada em 23 veículos impressos e eletrônicos, 2014 fez melhor, mudando números: arranhamos 10 milhões de leitores com publicação em 28 meios de Imprensa. 

Balanço resumido, faltou um item importante: não consegui dirigir o AMG GT – apesar de presente ao lançamento na Alemanha.

Mercado
Internamente o conjunto de números mostra contração. Vendas domésticas caíram em torno de 9%; exportações baixaram mais. 

Em motos números aproximados, porém a caracterização maior é a mudança de perfil de produtos. 

Os de menor cilindrada, de maior presença, têm sido ofuscados pelo crescimento das marcas famosas, de motos maiores e mais caras, aportando ao mercado, com montagem nos favorecimentos da Zona Franca de Manaus.

Lá fora

Na indústria foi ano de novidades. Começou com a surpresa da centenária e familiarmente controlada Peugeot pedir água e aporte de capital para socorrer o caixa. 

Outra surpresa, a rapidez de decisão do governo francês em socorre-la, adquirindo 15% de suas cotas, para impedir de a chinesa Dongfeng, também presente na adesão, superar o quantitativo de ações da família Peugeot, assumindo o mando da empresa. 

Na área, empresa faz cortes, porém mantém investimentos, mas reduziu acordos com a GM para dividir plataformas e motores. 

Medida para mostrar-se viva, ativa e de volta à competição no mercado, fez da linha DS, antes modelos Citroën, nova marca.

Novidade tecnológica e industrial foi trazida pela Ford, aplicando na cabine e carroceria 70% em alumínio em seu produto mais vendido, o picape F 150, em nome de baixar peso total, obedecer regras e patamares de consumo e emissões.

Alargou a trilha de outros fabricantes em espectro menor, aplicando-o em carrocerias especiais, como o Audi A8, e suspensões. 

Utilizá-lo em veículo apto a suportar trabalho duro facilita a outros fabricantes incrementar percentuais de uso – como pretende a Jeep, na próxima edição do Wrangler.

No caminho das surpresas, a Fiat SpA, a matriz italiana, conseguiu negociar e assumir a totalidade das ações da norte-americana Chrysler LLC. 

Somou o caixa da Chrysler com o da Fiat e criou holding, a FCA, sede na Holanda, ações na Bolsa de Londres. 

Pagou, no total, US$ 6,3 bilhões pela companhia. Barato. 

A antiga dona, empresa de participações Cerberus LLC comprara 80% da Chrysler à Daimler, por US$ 7,4 bilhões. E esta assumira o controle acionário pagando US$ 36 bilhões.

Da Fiat, outra surpresa maior: colocou em sinuca Luca de Montezemolo, há décadas bom presidente da Ferrari, fazendo-o sair. 

E, inimaginado, colocou ações de tal mito no mercado, para fazer caixa e subsidiar os custos de novos projetos. 

Dona das mágicas, mudou o nome das empresas regionais e, nos EUA, berço da Chrysler, suprimida da razão social. 

Agora é FCA US. Aqui, FCA Latam (de Latin America).

Luca, ciao



Mercedes surpreendeu, em 2014, com o GLA derivado da plataforma de entrada no mercado. 

Também, com o novo Classe C extremamente bem dotado e identidade focada no insuperado Classe S. 

Arrematou o ano lançando o AMG GT, esportivo com plataforma e carroceria em alumínio, valente para concorrer com Porsche 911. 

A Mercedes quer números, lucros, voltar à liderança dentre automóveis alemães.

AMG GT, nova marca, novo carro



Aqui
Disputa mais acirrada, em 2014, foi entre o VW Gol, líder de vendas à 27 anos, e o Fiat Palio, surpreendendo ao assumir a liderança, mantendo-a por seis meses.

Não se sabe quem venderam mais. 

Vésperas do Natal VW fez pacote em vendas corporativas e promocionais e ultrapassou o Palio em 900 unidades. 

Fechará o ano como o mais vendido? Ou a Fiat terá carta guardada para virar o jogo? 

Colocados contra a parede, peitados por um adicional de impostos, fabricantes alemães – exceto Porsche -, passaram o ano implantando fábricas no Brasil. 

Na prática pequenas montadoras, produtos com pouca nacionalização, baixa quantidade, resultado do projeto oficial Inovar-Auto para conseguir ter preço no mercado interno. Farão grandes lucros.

No mercado de importados Audi cresceu mais, com produtos bem escolhidos e atrevimento comercial. 

O modelo A3 sedan com motor 1.4 e preço em torno dos R$ 100 mil ajudou a acelerar crescimento de 105% em relação a 2013.

A3 sedan 1.4: alavanca da Audi


Mercedes passou período ruim, sem produtos entre o fim da geração anterior do C e a chegada da nova, mas vendeu 25% mais. 

No projeto de abrasileirar-se BMW foi mais ágil e inaugurou sua pequena fábrica em Santa Catarina. 

Montagem com pouca nacionalização – carrocerias vêm da Alemanha montadas e pintadas. 

Cresceu pouco em vendas, porém manteve a liderança dentre as marcas alemãs em instalação.

Em Jacareí, SP, fábrica inaugurada, dificuldades com mão-de-obra, a chinesa Chery iniciou produzir e estocar o Celler. Quer vendê-lo a partir de janeiro.

Grupo SHC, representante da também chinesa JAC, conseguiu montar fórmula com a matriz chinesa passando-lhes 2/3 do capital da fábrica a ser feita em Camaçari, BA. 

Diz, novo sócio assinará contrato de financiamento com novo governo baiano e erigirá fábrica em um ano. 

Grupo SHC mantém 1/3 da fábrica e toda a distribuição.

Outra chinesa gaguejou, tossiu, parou e deu marcha a ré. 

A Geely iniciou costurar acordos para montar automóveis da marca no Uruguai, vender no Brasil, mas não viabilizou o principal: rede de revendedores. 

Quem, de sã consciência, quer investir mínimos R$ 3 milhões para montar loja para vender pequenas quantidades? 

O grupo Gandini, importador, deu uma travada geral no projeto. Sobrou até para o advogado Ivan Fonseca e Silva, ex presidente da Ford, emprestando aval institucional ao exercer a presidência da Geely.

Land Rover Jaguar finalmente soltou o freio de mão e fixou pedra fundamental de fábrica a ser construída em Itatiaia, RJ. Land Rover convive com o rótulo de Carro do Mal Feito.

Nos governos petistas um Defender foi presente a Silvinho Land Rover, orgulhoso corrupto agraciado com modelo da marca, e recentemente o mal afamado Paulo Roberto Costa, levou modelo Evoque do poderoso doleiro Alberto Youssef.

Em produto
Novidades locais, ano rico. Começou com o up!, corajosa quebra de parâmetros pela Volkswagen, mudando conceitos de construção e de motorização, três cilindros, 1.000 cm3, e 80 cv, motor em alumínio, conjunto muito bem acertado.

Para fazer o up! a VW foi instada a mudar motores, atualizando-se como o 1.0 de três cilindros, logo em seguida o EA 211, quatro cilindros, e a novidade a ser vista neste ano, o primeiro com injeção direta de combustível, turbo – aliás, furo da Coluna. 

Além do up! e dos novos motores, aprimoramento dos processos e capacidade de produção do picape Saveiro, agora incluindo versão cabine dupla.

up! iniciou a mudança da Volkswagen


Da marca, o fim do Golf geração 4 e ½, parte da política de internacionalização – produzir veículos iguais aos das outras usinas da empresa pelo mundo.

Outro lançamento, longo parto, inúmeras apresentações de pedaços, o Ford Ka, projetado na Bahia, produção prevista a outros mercados em desenvolvimento, os BRICS.

Ford também aderiu ao motor de três cilindros, embora com bloco em ferro, aplicando-o ao Ka e sedã K+. Motores Ford são os mais modernos do País.

Preferência popular redesenhou a operação Peugeot, preferindo versões luxuosas, desprezando as de menor preço e equipamentos. 

Daí, marca acabou com as mais simples, equipou-as, refinou-as. Quer vendê-las como carros de charme, saindo das faixas iniciais de preço e lucro menores. 

Vender menos, ganhar mais.

Outra marca da PSA, a Citroën também mudou por decisão do público. 

Seu modelo C4 Lounge com mix projetado de 70% do motor 2.000 aspirado e 30% do 1.6 injeção direta e turbo, sofreu inversão por demanda do público. 

Agora 70% turbo e 30% aspirado. Citroën desenvolveu versão flex para o turbo.


Citroën C4 Lounge 1.6 turbo flex, preferido pelo público

 

Renault encerrou a ampliação de sua fábrica, aumentou capacidade industrial e voltou a crescer baseada nos produtos sobre plataforma Dacia – Logus, Duster e Sandero. Cortou para si 7% do bolo do mercado. 

Quer mais. Em 2015 lançará pick up médio anabolizado.

Associada Nissan inaugurou fábrica em Resende, RJ, fazendo o modelo de entrada March em duas versões, atualizada e antiga. 

Percalços, dificuldades com o mercado, acontecimentos exigindo rápidas respostas, mas não comprometem o projeto maior de querer 5% das vendas.

Japonesas Toyota e Honda foram-se bem. Primeira, cortando preço e fazendo pequenas mudanças no Etios. 

Tirou-o da condição de mico, mas não consegue posição de liderança como os outros produtos da marca. 

Na Honda sorri-se: Fit e City renovados cresceram nas vendas.

Mitsubishi iniciou montar o sedã Lancer no Brasil. Conteúdo maior, preço menor.

Paralelo
Gasolina mudou de formulação, para ser menos poluente. Álcool, combustível renovável, em crise, atrelado ao seu preço. 

E esta, oriunda de petróleo, cujo preço caiu quase 50% em três anos – US$ 110 a US$ 60. O valor pode inviabilizar o Pré Sal.

Em termos de tecnologia aplicada ao conforto dos usuários, dois programas tiveram sucesso em 2014. 

Por aplicativo gratuito o Easy Táxi localiza o táxi mais próximo, indica o tempo a chegar até o cliente, permite pagar eletronicamente por cartão. Ideia boa atraiu investidores estrangeiros.

Também, o CittaMobi facilita a vida: aplicativo gratuito para celular, fornece horários de ônibus, horário de chegada ao ponto onde está o usuário, soa alarme para o usuário saber se vai descer, em um ano opera em doze cidades. 

Aplicativo especial faz o indicativo para pessoas sem visão.

Lado oficial
Sem projeto, governo é lento em medidas. Sem direção a seguir, apenas costura remendos na colcha de retalhos dos problemas diuturnos, a indústria de autopeças sob controle nacional foi-se, assumida pelas concorrentes estrangeiras. 

O índice de nacionalização se esvai, com incalculável percentual hoje importado e, junto, a capacidade de competir – a barreira tributária imposta aos veículos importados, não protege a indústria local - apenas incentiva a falta de produtividade. 

Resultado, nossos veículos só conseguem ser exportados com desvalorização do dólar.

Proposta de revitalização do mercado interno teve proposta de Thomas Schmall, presidente da Volkswagen: renovação de frota. Sem notícias.

A queda de importações, pela redução da produção interna e vendas ao exterior, desbalanceou em US$ 8,6 bilhões. 

Para facilitar, Governo Federal listou 111 grupos de peças para fazer veículos - automóveis, caminhões, tratores -, reduzindo imposto de importação, da média de 15% para 2%. 

Debate-se, abrindo mão de receita, para manter o setor vivo. 

Não fala em política setorial, objetivos a ser cumpridos, não se incentiva maior desenvolvimento de componentes, nem se imagina porque, ou se explica o demérito institucional de, dentre os maiores, ser o único país sem um reles veículo de projeto e construção nacional. 

Coréia, China, Índia, começando depois, conseguiram faze-los.

A política de refrear relações comerciais, sem agilidade para fazer acordos internacionais, de manter o olhar curto, focando no Mercosul, e a tentativa pelo Inovar-Auto, de aumentar a produção local, mesmo com enorme conteúdo importado, gerou decisão de investigação internacional no âmbito da Organização Mundial do Comércio. 

Acusam o País de praticar medidas protecionistas no citado programa. Se consideradas procedentes, países autores poderão impor sobre taxação a produtos brasileiros.

Curioso, no rol dos reclamantes está a Argentina, grosseira praticante dos mesmos atos.

Em matéria esportiva, boas notícias. Ascendente Filipe Nasr chegou à Fórmula 1, e Rubinho Barrichello, dela aposentado, foi campeão em Stock Car. 

Gabriel Medina surpreendeu ganhando o inédito Mundial de Surf. Jovem, mas safo. 

Não esperou a inexistente ajuda oficial das verbas desaparecidas. Quis, preparou-se, foi e venceu.

Registro importante, o DVD Homem-carro, sobre a criativa vida de Anísio Campos – piloto, empresário do automobilismo, designer prolífico, pintor, escultor de automóveis, amigo generoso, grande personalidade.

Antigomobilismo sofreu mudança em seus principais eventos do Sudeste. 

O Encontro de Lindoia mudou-se para Campos do Jordão, e quando se imaginava o evento perdido, outro preencheu o espaço. Agora serão dois. 

Colecionadores de Alfa 2300, integrantes do grupo AlfaRomeoBR mostraram fidelidade à paixão: fizeram périplo incluindo o espaço onde foi a Fábrica Nacional de Motores e à da Fiat, onde o modelo foi produzido.

Como cultura do automóvel se expande em participantes, criação de clubes, em estruturas de restauração, movimento superior à inércia da federação do setor. 

Falta de reclamação e demanda por uma política talvez indique seja a imobilidade o desejo de todos.

Boa novidade foi a aquisição pelos passofundenses irmãos Azambuja, do imóvel onde operou o Museu Anos Dourados, em Canela, RS. 

Ampliado o espaço, será reinaugurado expondo acervo próprio. Detém a melhor coleção de nacionais.

Continua a novela do Museu Nacional do Automóvel, em Brasília, peitando o governo federal na Justiça, para impedir o Ministério dos Transportes remova o acervo para colocar no espaço, como diz, “arquivo morto de órgão extinto.” 

A promessa do governo do DF em levá-lo ao ocioso espaço do multimilionário estádio de futebol ficou na promessa. 

A direção do Museu acredita na renovação do governo local substituindo a inconsequência do PT.

Em resumo

Dificuldades consideradas apenas pelo ângulo do prejuízo são apenas perdas e estas devem ser assim lançadas na sua contabilidade pessoal do último dia do ano. Perdeu, está perdido. Valem as experiências.

Nossos problemas econômicos não têm, como prioritariamente alegado pelos governos, origem estrangeira. 

O problema está aqui, no despreparo, no foco diverso ao que deveria ser feito, na sobrevivência do sistema, no enriquecimento ilícito. 

E isto só mudará, e o País, o espetáculo, apenas melhorará se cada um dos pagantes reclamar da qualidade do espetáculo.

_________________________________________________________________________

edita@rnasser.com.br

FALHAS NOS AIR BAGS FABRICADOS PELA TAKATA JÁ CAUSARAM A MORTE DE CINCO PESSOAS E A EMPRESA É ALVO DE CENTENAS DE AÇÕES JUDICIAIS, ALÉM DE TER REALIZADO JÁ O RECALL EM 21 MILHÕES DE VEÍCULOS DE DIVERSAS MARCAS, A MAIS ATINGIDA A HONDA. O PREJUÍZO ESTIMADO SERÁ DE QUASE 800 MILHÕES DE DÓLARES - R$ 2,157 BILHÕES.


Falhas nos air bags fabricados pela Takata  já provocaram a morte de cinco pessoas e geraram centenas de ações judiciais contra a empresa. A Honda foi até agora a marca mais atingida por esses problemas.

A fabricante de "airbags" Takata diz ter dinheiro suficiente para lidar com os sucessivos "recalls" que os seus componentes têm originado. 

No total, foram já 21 milhões de veículos no mundo afetados por essas falhas.

Em entrevista a um jornal japonês, um responsável da Takata garantiu que a empresa tomará recorrerá a financiamento se necessário. 

A Takata anunciou que fez uma provisão de 774 milhões de dólares para enfrentar os prejuízos com esta questão.

As falhas já provocaram a morte de cinco pessoas e levaram a centenas de ações judiciais contra a empresa. 

O caso surge numa altura em que a segurança automóvel tem estado debaixo de grande atenção, devido às sucessivas campanhas de serviço realizadas pela General Motors

Só em 2014, a fabricante automóvel americana já realizou mais de 80 "recalls".

Recall em marcas premium
A Mercedes-Benz vai convocar 4.871 veículos devido a uma falha no abastecimento do combustível. 

Também a Jaguar Land Rover chamará às oficinas 1.571 veículos por problemas de freio. Ambas as operações terão lugar nos Estados Unidos da América.

A BMW JÁ TEM À VENDA EM SUAS CONCESSIONÁRIAS NO PAÍS OS NOVOS MODELOS DA LINHA X: O BMW X4 xDRIVE 28i X LINE CUSTA R$ 264.950,00 E NA VERSÃO 35i M SPORT R$ 314.950,00. O MODELO X6 cDRIVE50i M SPORT CUSTA R$ 459.950,00. OS NOVOS CARROS SURGEM COM DESIGN DIFERENCIADO, ALTA TECNOLOGIA E ALTO DESEMPENHO TODOS COM MOTORES TURBINADOS.


Apresentados no Salão do Automóvel de São Paulo, deste ano, os SACs (Sport Activity Coupé) chegam para completar o line-up 2015, da linha X. 


“Desde que o apresentamos no Salão, o BMW X4 tem sido um dos modelos mais esperados pelos clientes no Brasil. Com o novo BMW X6, temos a continuidade de uma linha de muito sucesso. Esperamos resultados muito positivos com esses modelos, em 2015”, afirma Nina Dragone, diretora de Marketing da BMW do Brasil.



Design e dinâmica esportiva
O BMW X4, novo membro da família é o primeiro Sport Activity Coupé no segmento crossover médio, uma combinação perfeita de esportividade e alto desempenho, sem abrir mão da versatilidade de um SUV 4x4, com comportamento dinâmico que é referência em sua categoria.

Suas linhas sofisticadas e, ao mesmo tempo, imponentes sugerem a potência dos motores turbo de alto desempenho da BMW nas duas versões, ambas com motores BMW TwinPower Turbo com injeção direta de combustível, e câmbio automático de oito velocidades com troca de marchas no volante.


A motorização 28i é de quatro cilindros em linha, 2.0l e gera 245hp de potência, com torque de 350Nm. 


Com essa potência, o modelo alcança de 0 a 100 km/h em 6,4 segundos. A motorização 35i é de seis cilindros em linha, e gera 306hp de potência. 


O torque de 400Nm, torna as arrancadas empolgantes e vigorosas. Os 100 km/h chegam em 5,5 segundos.


O BMW X4 xDrive28i contempla um pacote de design externo X Line combinando elementos em alumínio satinado e black high-gloss shadow line, com rodas de liga leve aro 19 e faróis Bi Xenon. 



O nível de equipamento é superior, com teto solar, sistema de navegação, câmera de ré, sistema de destravamento de portas Comfort Access. 

O modelo traz acabamento interno em alumínio e Piano Black. Os bancos, revestidos em couro Nevada, possuem ajustes elétricos e função de memória.

Já o BMW X4 xDrive35i M Sport traz design M Sport e rodas aro 20. 


O pacote M Sport inclui parachoques e saias laterais M Sport, soleiras e pedaleiras em alumínio, volante esportivo M em couro e bancos esportivos. 

O modelo conta com tecnologia de ponta da engenharia BMW: Direção esportiva variável, controle eletrônico dos amortecedores, Head-up Display, câmera de ré com função top view, TV Digital, Som Harman Kardon e faróis Xenon adaptativos com assistente de farol alto.


Novo X6: Máximo de luxo e desempenho
A excelente dirigibilidade do novo BMW X6, que mesmo com suas grandes dimensões, se comporta praticamente como um modelo esportivo nas pistas, comprovando a expertise dos especialistas de engenharia da BMW.

Reconhecido pelo seu grande porte visual único e potência de sobra, o novo BMW X6 xDrive50i chega renovado às concessionárias em sua segunda geração, com performance muito superior e mais tecnologia embarcada.

Potência e esportividade são atributos essenciais do BMW X6 e nortearam a evolução técnica da nova geração.


O motor V8 4.4l BMW TwinPower Turbo, aliado à transmissão automática de 8 velocidades, gera uma potência de 450hp, o que representa um ganho de 43hp em relação à sua antecessora. 


Com torque de 650Nm, um ganho de 50Nm, o modelo acelera de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos, 0,6 segundos mais rápido do que a geração anterior. A velocidade máxima é limitada eletronicamente em 250km/h.


O modelo conta com pacote visual M Sport, acabamento BMW Individual em high-gloss shadow line, teto solar elétrico e rodas forjadas M de 20 polegadas. 


Por dentro, conta com bancos esportivos em couro Dakota, pedaleiras e soleira M, volante M em couro, revestimento de teto BMW Individual e acabamento em Alumínio Hexagon.

O BMW X6 traz o máximo de tecnologia, além de trazer embarcada uma série de equipamentos que melhoram o desempenho e a segurança do veículo: 



Direção Ativa, Chassis M adaptável, faróis adaptativos em LED, BMW Head-up Display, Driving Assistant, BMW Night Vision e Active Protection. 

Sistema de Navegação Professional, Display multifuncional, TV Digital com 2 telas de LCD no banco traseiro, Som Bang&Olufsen com 20 GB para armazenamento de músicas e gerenciamento de playlists, ar condicionado de quadrante que proporcionam o mais alto prazer de dirigir para os entusiastas desse ícone da marca BMW.


terça-feira, 23 de dezembro de 2014

AS PISTAS DE CORRIDA, PRINCIPALMENTE DE FÓRMULA 1, SÃO VERDADEIROS LABORATÓRIOS DAS FÁBRICAS DE AUTOMÓVEIS E MUITOS BENEFÍCIOS TECNOLÓGICOS NÃO APENAS DE DESEMPENHO, MAS PRINCIPALMENTE DE SEGURANÇA TÊM SIDO APLICADOS NOS CARROS QUE USAMOS COTIDIANAMENTE NAS RUAS E ESTRADAS.




APRENDER 

COM A FÓRMULA 1



Por Fernando Calmon




Afinal o que as corridas de F-1 e, especificamente, seus carros podem trazer de vantagens e conquistas para o motorista em ruas e estradas? 


Há controvérsias sobre isso, mas o regulamento atual da categoria máxima do automobilismo introduziu conceitos de eficiência energética bastante severos que podem perfeitamente migrar, com as devidas adaptações, para os automóveis comuns.

Existem, porém, pontos menos visíveis que merecem análise mais meticulosa. Este ano já se sabe que os monopostos Mercedes-Benz AMG Petronas não tiveram adversários na competição. Foi um passeio poucas vezes visto na categoria em razão da superioridade técnica do seu motor em particular.

A empresa alemã aceitou o desafio de demonstrar que, sim, há transferência de tecnologia das pistas para as ruas. Mais do que isso, a F-1 é um imenso laboratório de testes que ajuda e acelera o desenvolvimento de novas soluções. Para se ter ideia da rápida evolução basta o exemplo do KERS, sistema de recuperação de energia cinética. Em 2007 ele pesava 107 kg e sua eficiência era de apenas 39%. Apenas cinco anos depois o peso caiu para 24 kg e a eficiência foi a 80%, o que permitiu adaptá-lo à versão elétrica do Mercedes AMG SLS.

As áreas-chave de cooperação são as seguintes:

Hidridização: no campo de motores elétricos, baterias e sistema de controle há uma importante integração de componentes a serem aplicados no sedã de topo S 500 híbrido, plugável em tomada.

Simulação: avanços permitiram encurtar prazos de projetos. Substituiu-se o método tradicional de tentativa-e-erro por técnicas de simulações em programas de computador. Na F-1, até 5.000 componentes e 15.000 desenhos podem ser concluídos em apenas quatro meses. No caso importa menos o que os engenheiros estão desenvolvendo e sim como estão fazendo.

Aerodinâmica: as ferramentas utilizadas são semelhantes como túnel de vento e dinâmica de fluidos computacional.

Turbocompressor: pesquisas em conjunto levaram à solução criativa de distanciar a turbina do compressor, no motor de F-1, que permitiu grande vantagem. Em um automóvel comum não seria fácil aplicar a mesma solução.

Lubrificação: pacote complexo de aditivos para óleos sintéticos, que diminuem desgaste e atrito, poderá estar disponível para automóveis de grande desempenho da divisão AMG.

Redução de atrito: novos revestimentos e tratamentos de superfície interna dos cilindros em blocos de motor de alumínio estão paulatinamente sendo transferidos para os modelos de produção de maior volume.

Alívio de peso: preocupação de sempre desde que as competições automobilísticas começaram em 1894. Exemplo recente é a aplicação de compósitos em fibra de carbono conhecidos por sua extrema leveza e resistência. Desde 2003 começaram a fluir para os carros esporte de ponta, como o Mercedes SLR McLaren, que estreou as estruturas de cabine e frontal anticolisão. O carro compacto elétrico i3, da BMW, tem cerca de 80% de seus componentes estruturais feitos nesse material para compensar em parte o peso das baterias.



Os altos custos tornam as transferências de tecnologias mais lentas. À exceção dessa limitação, os objetivos são semelhantes dentro e fora das pistas, em termos de eficiência e desempenho.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A AVALIAÇÃO DO CHEVROLET PRISMA FEITA PELO BLOG DO ARNALDO MOREIRA PUBLICADA NO ZIPPCAR JÁ É A TERCEIRA MATÉRIA DE TEST-DRIVE MAIS LIDA DO SITE



AVALIAÇÃO: CHEVROLET PRISMA, UM CARRO PARA O QUE DER E VIER.




20/12/2014
Texto e fotos de Arnaldo Moreira 


A matéria de avaliação executada pelo jornalista Arnaldo Moreira, editor-chefe do Blog do Arnaldo Moreira, sobre o Chevrolet Prisma LTZ publicada no site ZippCar, de São Paulo, já é a terceira mais lida entre as matérias de test-drive publicadas pelo site, informou, hoje, o diretor da publicação, jornalista Darlan Helder.

http://www.zippcar.net/2014/12/avaliacao-chevrolet-prisma-um-carro.html#more

domingo, 21 de dezembro de 2014

O CHINÊS CELER DA CHERY, QUE SAIRÁ DA FÁBRICA DE JACAREÍ, AGORA EM JANEIRO, CUSTARÁ MAIS CARO DO QUE O MESMO MODELO FABRICADO NA CHINA, APESAR DO ALTO CUSTO DA LOGÍSTICA PARA CHEGAR AO BRASIL. A VOLKSWAGEN ACERTA AS ARESTAS PARA COMEÇAR A MONTAGEM DO JETTA SEDAN NO PAÍS


Coluna Nº 5.114 - 21 de Dezembro de 2014
____________________________________

Ícone brasileiro, GT italiano

Automobile Maggiora e Carrozzeria Viotti, italianas, fornecedoras da indústria automobilística, mostraram no Motor Show de Bolonha, Itália, ve
ículo chamado Viotti Willys AW380 Berlinetta. 

Interpretação de carro brasileiro, o Willys Interlagos – versão melhorada do francês Alpine A 108. 

Local adequado, próximo a Modena, onde estão míticos esportivos Ferrari e Maserati.

Numeral 380 não indica cilindrada ou potência mas, curiosa e argentariamente, o preço: 380 mil euros – perto de R$ 1,2 milhão -, e apenas 110 unidades serão construídas. 

Fabricantes querem homenagear o modelo nacional, A 108, mas farão 110 unidades lembrando a versão francesa, sucessora da nacional.

Dados técnicos
Motor boxer, bi turbo, 3.800 cm3, 6 cilindros e 610 cavalos de força – deve ser Porsche ou Subaru -, capaz de, por caixa com seis marchas, acelerar de zero a 100 km em 2s7, e atingir velocidade final em 340 km/h. 

Freios em compósito de cerâmica, carroceria em fibra de carbono, suspensão McPherson frontal, traseira por multi link. 

Para parar, freios com discos frontais com diâmetro de 380 mm, pinças com seis pistões, e traseiros 360 mm e quatro pistões. Peso total 1.350 kg.

Em números um comparativo: no brasileiro Willys Interlagos, comprimento 3,78m; largura 1,45m; altura 1,14m; peso 540 kg. 

No projeto italiano, respectivos 4,43m; 1,94m e 1,22m, peso 1.350 kg. É outro bicho. 

A justificativa do projeto é tipo capaz de inspirar o samba do crioulo doido histórico/mecânico. 

Cita, corretamente, as 822 unidades construídas pela criativa e ativa Willys-Overland, entre 1962 e 1966, e aí escorrega no restante, enfatizando a fama dos campeonatos mundiais de rallye com os irmãos Fittipaldi, e Bird Clemente mais Luiz Pereira Bruno. 

Os Interlagos, assim como os pilotos brasileiros, nunca competiram em rallyes externos. 

Ao contrário, eram carros de velocidade no Brasil. E o citado Bruno é Bueno.

Restam apenas 109 unidades. A primeira, exposta no Motor Show, foi vendida ao Gruppo Rumo, russo representante nos Balcãs.

Negócio difícil

Os italianos viabilizaram a tentativa do designer brasileiro João Paulo Melo. 

Paulista, formado em design industrial pela Belas Artes de São Paulo, seu premiado trabalho de graduação, foi a recriação do mesmo Willys Interlagos.

Batizado de Interlagos 2006, com desenhos coloridos e pequena maquete, Melo tem ido de Seca a Meca – aliás, tivesse negociado com algum oriental, possivelmente o projeto teria decolado. 

Ex-designer da Fiat, atualmente na Marcopolo de ônibus, ofereceu o projeto ao tri-campeão Nelson Piquet, não interessado em diversificar negócios; buscou auxílio na Karmann-Ghia; e em fábrica de plástico de engenharia, em lento andar.

Não arrefece. Agora retoma contatos com a Renault: o conjunto moto propulsor do Fluence, motor 2.0, turbo, transmissão de seis velocidades, colocados sobre o eixo traseiro, tem tudo a ver com a interpretação original, pois utilizava o pequeno motor de 845 cm3, evoluído a partir da mesma unidade empregada nos Renault Dauphine e Gordini. 

A combinação baixo peso, aerodinâmica e motor forte tem tudo a ver com o projeto - e a renda nacional.

Para demonstrar a viabilidade da proposta propõe-se à construção de protótipo para aplicação esportiva, articulando o fornecimento mecânico pela Renault e o financiamento de empresas interessadas – valor ridículo ante a possibilidade: estimado em R$ 95 mil. 

Com o feedback gerado pelo veículo em si, pode-se imaginar a construção para categoria mono marca destinada a jovens talentos do automobilismo, o berço atualizado do já feito há meio século pelas Berlinette Willys Interlagos.

No Brasil, o projeto se chama A-108 Berlineta. O nome Interlagos, por oportunidade negocial, foi registrado pela Fiat.

O projeto nacional não é, como o italiano, cópia borrada do veículo original, anabolizando as curvas, estilizando as bases dos faróis auxiliares, não existentes no modelo A108, mas apenas no A110.

É muito superior em design e proposta, apesar das limitações nacionais para a mecânica no país dos motores 4 cilindros, e da pouca coragem para investimentos em projetos novos. Interessado em dar uma força? www.berlineta.com.br


AW380: Interlagos à Italiana


A-108 Berlineta: Brasileiro é melhor

Fundação social, o rentável negócio social da Volkswagen
Negócio interessante da Volkswagen, sua Fundação, não ganha dinheiro – só gasta. E pouco conhecida por quem consome seus veículos. 

Festeja 35 anos e apresenta soma invejável: beneficiou, apenas na última década, 1.374.630 alunos e 18 mil professores em 13 estados brasileiros.

A Fundação coordena os investimentos sociais da marca, oferecendo projetos de Desenvolvimento Social para comunidades de baixa renda. 

Ultrapassou os municípios e estados onde tem operação industrial, e abriu amplitude nacional. 

Na prática aplica, de forma voluntária, recursos privados para finalidade pública.

Seu leque de projetos tem base interna, com a instigação aos 18 mil funcionários a se envolver em voluntariado, e na criação de projetos, gerando legião de cidadãos de bem. 

Neste ano os voluntários indicaram 569 projetos de instituições em 23 estados brasileiros. 

Não se busca apenas repassar recursos, mas implantar projetos dentro da linha educacional e de desenvolvimento social, buscar parceiros, ONGs, para tornar as ideias factíveis e auto financiáveis, explica Kelly Smaniotto, executiva no. 1 da Fundação.

Os projetos cumprem o objetivo estratégico de Fortalecer a Sustentabilidade como Princípio de Gestão, explica Eduardo Barros, superintendente da Fundação e diretor jurídico da Volkswagen. 

Amplo leque com 10 projetos, destes 7 educacionais. 

O ponto mais visível, ou audível, é o patrocínio ao Instituto Bacarelli, atendendo a mais de 1.400 crianças e jovens em programas sócio culturais de formação musical artística e de excelência, instigando o desenvolvimento pessoal, criando uma vitrine para profissionalização em música. 

Um dos destaques é a Orquestra Sinfônica de Heliópolis, surgida na enorme favela paulistana, tentando oferecer oportunidades ao público carente.


Roda-a-Roda

V – Análise do dr. Joseph-Fidelis Sehn, ex-diretor de Recursos Humanos da VW Brasil e atual presidente da VW Argentina, em português fluente e correto: mercado brasileiro é um V. 

Cairá mais um pouco, chegará ao chão, e acelerará de volta. Em três anos, 2017, ultrapassará os resultados de 2013 – 3,6 milhões de veículos produzidos.

Telhado - A reformulação interna da fábrica VW de São Bernardo do Campo, SP, e a falta de investimentos para melhorar o Polo definiram o seu fim. 

Deambula pela beirada do telhado. Vida curta e inglória: foi o melhor dos Volkswagen construído aqui até a chegada do up!

Enfim – Janeiro, a Chery iniciará distribuir o Celer, de produção iniciada em outubro, na fábrica de Jacareí, SP. 

Instalação industrial quer fazer os novos Tiggo e QQ, em 2016. 

Previsão, curiosa, custará acima do modelo importado, submetido a cara logística e pagamento de impostos de importação.

Pré – Boa notícia, Peugeot apresentou seu próximo modelo 2008 às revistas especializadas, parte da estratégia de lançamento. 

O 2008 é um SAV-Sport Activity Vehicle - sobre o 208, de invejáveis sensações para conduzir.

Má, marcou início de comercialização para junho.

Início – Volkswagen está nos acertos finais para o início da montagem do sedã Jetta, ponto superior de sua gama no Brasil. 

Pelo simplório processo industrial – as carrocerias virão montadas e pintadas -, não pode misturá-lo na mesma cadeia de produção com os outros produtos construídos integralmente aqui.

Herança – Assim, para não misturar intervenções industriais, será montado no antigo espaço onde se processava a Kombi. 

A Velha Senhora (1957-2013), tinha manufatura separada das linhas de produção por razão assemelhada: seu método de fabricação era tão antigo e com tantas intervenções manuais, não permitia sinergia com processo moderno. 

Na prática, se misturasse, atrapalhava.

Nova – Fiat inaugurará novas instalações na pernambucana Goiana. Apesar de ter começado como projeto com seu nome, com a incorporação da marca à FCA, o grande letreiro de identificação será Jeep.

Caminho – Escolha simples. O primeiro produto será o Renegade, com o emblema Jeep, apesar de desenvolvido sobre plataforma original Fiat. 

Mas os formuladores comerciais da FCA entendem, a marca de maior crescimento mundial será a Jeep. 

Esforço – Fábrica faz e lança veículos, mas quem vende é a rede de distribuição. Sem esta, não há escoamento. 

Assim, para evitar um balcão diminuto em relação à boca do forno, a divisão da marca corre para viabilizar rede. 

E quer fazer festa importante, nomeando 150 no mesmo dia, em abril. Três vezes o feito da JAC Motors inaugurando meia centena no mesmo dia.

Foi – Nos EUA, Chrysler não é mais Chrysler. A razão social foi alterada para FCA US LLC.FCA é a abreviatura da razão social da holding, Fiat Chrysler Automobiles; US para indicar a operação norte americana; LLC é o equivalente à formatação de sociedade limitada. 

O guarda-chuva empresarial da holding mantém o sobrenome do fundador Walter P Chrysler. Operação no Brasil também mudará de nome. Será FCA Latam (de Latin America) Ltda.

Do ano – Veículo ainda não chegou ao Brasil, mas o motor 2.0, injetado e com turbo, do automóvel japonês Subaru WRX foi eleito um dos 10 melhores motores de 2015 pelo júri da respeitável publicação especializada estadunidense Ward’s. 

Faz 268 cv e 35,7 m.kgf de torque entre 2.000 e 5.000 rpm. Novo, reforçado para resistir às grandes pressões internas, e turbo relocado para maior eficiência.

Começou – Finalmente, Estado do Espírito Santo volta a contar com atividade automobilística, após o fechamento da Revisa, fábrica dos ônibus Itapemirim. 

A Volare, empresa Marcopolo, concluiu primeira parte das obras de sua fábrica em São Mateus. 

Fará 800 unidades em 2015 para mercados doméstico e exportação.

Atual – Instalações industriais conversam com a natureza. 

Área plana, pé direito com 10m, telhado e laterais duplos para reduzir calor, iluminação natural, captação de energia solar para lâmpadas de LEDs, de águas de chuva, armazenadas em lago com 10M de litros.

Consequência – Resultado da desvalorização do Real frente ao Dólar, veículos para exportação baixaram de preço, permitindo à Fiat voltar a enviar ao México. 

Marca projeta em 2015 relação entre as moedas em R$ 2,80 x USD $1.

Descendo - Produção de veículos no México sobe, no Brasil, desce. 

A inversão dos ponteiros fará do parceiro nortista o 7º produtor mundial, Brasil caindo à 8ª posição.

Despedida – Tomas Schmall, deixando a presidência da Volkswagen para assumir diretoria mundial de componentes e lugar no board da marca, deve ter-se surpreendido com elevado número de festas de despedidas e homenagens.

Brasilianische - Schmall, 51, será o mais jovem membro e, nacionalizado, declara será o primeiro brasileiro do board da VWAG, e em seu discurso de despedida em coquetel a amigos, confirmou a informação sabida por antecipação pelos leitores da Coluna: o motor com injeção direta e turbo será fabricado em São Carlos, SP.

Livro – Publicação interessante a quem gosta da indústria automobilística e, em especial, do Mercosul, é o livro Falcon, un clasico hecho história, por Gustavo Feder, editor de Autohistoria. 

Conta a saga do Ford Falcon, com produção iniciada na Argentina logo após o lançamento nos EUA, feito por três décadas. 


Gente – Olivier Philippot, francês, 40, novo presidente da autopecista Magneti Marelli. 

OOOO Manterá gestão sul americana da marca. Sub-continente representa 20% dos negócios da marca pertencente à Fiat. 

OOOO Manuela Hoehne, jornalista, ex-Aston Martin, mudança. 

OOOO Relações com a Imprensa pela Bugatti. OOOO

-------------------------------------------------------------

Mercedes lidera em ônibus. Tecnologia ajuda.

Criticada implantação de faixas exclusivas para transporte coletivo em várias capitais buscando dar maior fluidez e velocidade ao trânsito, caminha para resultado maior: a escolha do ônibus como modal de transporte pelo usual motorista do automóvel de transporte individual.

Opção ocorre pelo deslocamento mais rápido sobre a faixa exclusiva, e pelo ganho de conforto de marcha continuadamente aplicado aos ônibus.

Eventual incremento da frota circulante de coletivos terá pequeno efeito nas emissões de poluentes. 

Um ganho silencioso vem-se processando nestes equipamentos. 

Desde 1998, quando a Mercedes-Benz pioneira e corajosamente desenvolveu no Brasil motor para alimentação por injeção de combustível através de comando eletrônico, em lugar da secular bomba mecânica e, mais recentemente, com a adoção da tecnologia Blue Tech, as emissões poluentes foram cortadas drasticamente. 

A injeção eletrônica permitiu regrar melhor a alimentação do motor, oferecendo economia, redução de emissões, melhor comportamento, confiabilidade. 

Passo recente, novo degrau tecnológico, o motor enquadrado no regulamento do Proconve - Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores -, norma oficial de redução de emissões. 

Em sua regra 7, equivalente à européia Euro 5, oferece sensíveis ganhos no setor. 

Se comparado com as regulamentações anteriores, Proconve 4 = Euro 2, as reduções de emissões foram sensíveis: desceram de 100% para 13%. 

Base para a mudança, a disponibilidade do novo diesel S50 - contra o anterior S500.

A Mercedes lidera nas vendas de ônibus no país. Coerente. 

A marca criou o ônibus e fez a primeira aplicação de motor diesel em chassis para trabalho - caminhões e ônibus.


Corredor de transporte e ônibus de operação limpa querem mudar hábitos
____________________________________edita@rnasser.com.br 

ACESSE TODAS AS POSTAGENS E SAIBA TUDO SOBRE O MUNDO AUTOMOTIVO.