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quarta-feira, 1 de maio de 2013

GASOLINA JÁ TEM MAIS ETANOL MISTURADO, MAS O PREÇO NAS BOMBAS CONTINUA ALTO E COMO A DIFERENÇA ENTRE O PREÇO DE AMBOS É ÍNFIMO, NÃO VALE A PENA ABASTECER O CARRO COM ÁLCOOL

Por Arnaldo Moreira

Como milhões de brasileiros imaginaram, o aumento do percentual de 20% para 25% da mistura do álcool na gasolina não fez cair o preço do produto nas bombas, nem da gasolina, nem do etanol.

Aliás, quem pensou que os combustíveis ficariam mais baratos estava apenas viajando, pois as declarações da presidente da República, Dilma Rousseff, e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, aquando da alteração da mistura, na semana passada, deixaram isso claro.

Os brasileiros pagam uma das gasolinas mais caras do mundo e ninguém até hoje conseguiu conseguiu resolver esse problema que podia ter sido minimizado com o Programa do Álcool, se o governo em 1978/79 - já nos estertores da ditadura militar - não o tivesse criado, como a maioria das coisas que acontecem na área governamental neste País, em cima das coxas.



No Brasil, um governante - e Lula abusou desse expediente - anuncia o que lhe vem à cabeça ou de algum conselho de um amigo, do tipo: Cara, acho que se tu criar esse projeto vai ser bem bacana. Tu é presidente e manda em tudo, bicho.

Nos países sérios, quando o governo lança determinado projeto, o tema é submetido a técnicos competentes - que aliás não faltam no Brasil -, é estudado financeiramente, levantados os efeitos sociais e ambientais e só então com dados seguros o governo decide executá-lo. 



Um dos exemplos dessa prática irresponsável é a refinaria de petróleo Abreu e Lima, em construção, em Pernambuco, que vai custar nove vezes mais do que a projeção inicial quando concluíde está três anos atrasada. 

No Brasil, o programa do Álcool foi um fracasso - o governo ficou nas mãos dos poderosos produtores de cana e usineiros -, o projeto ferroviário para escoamento da produção até os portos foi um fiasco, porque quando há trem não há porto, quando há porto o trem não chega lá. Tudo é transportado pelas esburacadas e desfiscalizadas estradas na carroceria de caminhão.

As linhas ferroviárias que deveriam unir o Brasil de lés-a-lés são entrecortadas pela incompetência, a corrupção, o descaso e o desrespeito ao dinheiro público e aos cidadãos. E é desse desrespeito que o brasileiro sofre quando para no posto.



Mais uma vez, o governo eleva em 5% o percentual de mistura do álcool na gasolina, graças ao fim da entressafra da cana. Desta vez, parece haver preocupação com as amargas faltas de etanol sempre que os usineiros decidem produzir mais açúcar do que álcool.

Para isso, zerou o Confins e o PIS na atividade e abriu linhas de crédito para aumentar as áreas de plantio. Na verdade, a redução do preço dos combustíveis depende de uma série de medidas que também englobam troca da frota de veículos velhos por novos, redução dos impostos no País, principalmente sobre a gasolina e o Diesel que são os autênticos geradores da elevação da maioria dos produtos.

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