Alta Roda
Nº 981 — 23/2/18
Fernando Calmon
DOENÇA CURÁVEL
Congestionamento de trânsito é algo que afeta, além da
paciência dos motoristas, a qualidade de vida dos habitantes, a arquitetura das
cidades e custa muito dinheiro para governos e população.
Motores dos veículos
sofrem e aumentam os gastos de manutenção. No Brasil, começou a alterar hábitos
de consumo, a exemplo da súbita ascensão do câmbio automático, antes restrito a
modelos grandes. Agora, avançou muito em carros médios e até começou a crescer
entre os compactos.
Se serve de consolo, o país mais congestionado do mundo é a
Tailândia, seguida por Indonésia, Colômbia e Venezuela. O Brasil divide a
quinta colocação com EUA e Rússia.
Esse levantamento foi feito pela Inrix,
empresa sediada em Washington, EUA, especializada na coleta e análise de dados
de tráfego em cidades e estradas ao redor do mundo.
O relatório sobre o ano de
2017, publicado recentemente, compilou dados de 1.360 cidades. Para quem vive na maior cidade brasileira,
São Paulo parece ser
a mais congestionada do globo. Mas não é. Esse “troféu” fica com Los Angeles, seguida
por Nova York e Moscou (empatadas).
Aí sim, aparece a capital paulista, em
quarto lugar, seguida por San Francisco, Bogotá, Londres, Atlanta, Paris e
Miami (décima colocada).
A conta é bastante pesada nos EUA, país desenvolvido que
mais sofre com o trânsito lento, segundo a revista Fortune. No ano passado,
atingiu US$ 305 bilhões (R$ 980 bilhões), média de US$ 1.445 (R$ 4.600) por
veículo.
Grande parte do problema, no entanto, pode se resolver quando
automóveis autônomos se inserirem na paisagem urbana.
Eles vão permitir melhor aproveitamento das vias ao
gerenciar a distância de segurança entre os veículos, praticamente eliminar acidentes
(inclusive atropelamentos) e manter velocidade mais constante possível para
menor consumo de combustível e menos emissões.
A companhia de telecomunicações
francesa Orange prevê que frotas de carros sem motoristas diminuirão bastante a
necessidade de estacionamentos, livrando espaço nas cidades para parques e árvores. Outro estudo interessante foi feito pela KPMG, empresa de
consultoria de âmbito mundial.
Quais seriam, hoje, os 20 países mais preparados
para a era dos veículos autônomos, mesmo sem ser possível saber quando
realmente se tornarão relevantes?
Cenário ideal, porém ainda mais difícil de
prever, seria associação dessa tecnologia com veículos elétricos.
Ainda assim, conseguiu concluir o primeiro levantamento
desse tipo já realizado.
Considerou disposição da população em adotar o recurso,
ambiente regulatório, atividades de pesquisa e desenvolvimento e também a
disponibilidade de pontos de carregamento de veículos elétricos.
O primeiro lugar ficou com a Holanda, seguido por Cingapura,
EUA, Suécia, Reino Unido, Alemanha, Canadá, Emirados Árabes Unidos, Nova
Zelândia e Coreia do Sul, nas dez primeiras posições. Brasil aparece em 17º, à
frente de Rússia, México e Índia.
Por aqui, os grandes problemas serão mesmo a infraestrutura
de telecomunicação e da própria malha viária, pois regulamentação e tecnologias
poderiam vir do exterior. Até lá, é sofrer com os congestionamentos.
RODA VIVA
GENERAL MOTORS pretende tornar-se primeiro
fabricante com produto idêntico para Brasil e Argentina. Ideia é reduzir custos
ao produzir um veículo padronizado que dispense adaptações para um ou outro
mercado, incluindo central de gerenciamento do motor. Produto será o Spin que
receberá atualizações de estilo e interior, em maio próximo.
RENAULT iniciou a
comemoração de seus 120 anos de existência com participação especial no maior
salão europeu exclusivamente dedicado a automóveis antigos e clássicos, o Rétromobile,
em Paris.
Na exposição encerrada dia 12 último, exibiu 20 modelos de maior
importância em sua história. Marca francesa criou o segmento de minivans com o
Espace, em 1984.
TRÊS modelos
compactos da Audi chegam ao Brasil como automóveis mais potentes do mundo no
segmento: RS3 hatch e sedã (mesmo preço de R$ 329.900) e o cupê TT RS (R$
424.990).
São nada menos de 400 cv e 49 kgfm gerados de um 5-cilindros turbo,
também único de ciclo Otto no mercado. 0 a 100 hm/h em 3,7 s. Quem guia, não
quer mais largar.
ÓTIMO motor EcoBoost
(1-litro, 3-cilindros, turbo) na versão intermediária do Fiesta foi decisão
acertada da Ford. Ainda com câmbio automatizado de dupla embreagem, tem
respostas vigorosas, nível de ruído/vibrações contido e consumo baixo.
Faz até
esquecer ser menos equipado. Na versão superior Titanium, mais recheada, motor
de 1,6 litro, 4-cilindros, anda bem, porém gasta mais combustível. Assentos curtos
dos bancos dianteiros, principal senão.
COMPRADORES de
carro 0-km já sabem: despesas extras – impostos, serviços e taxas – são
inevitáveis. Empresa americana de precificações, Kelley Blue Book instalada aqui
faz pouco tempo, criou em seu site a ferramenta Chave-na-mão.
A pesquisa
gratuita inclui, além da faixa de preço de comercialização, todos os chamados
penduricalhos para evitar surpresas.
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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2
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