Coluna Fernando Calmon
Nº 1.211 — 28/7/22
Airbags externos protegem
os vulneráveis no trânsito
No último dia 25 de
julho comemorou-se o Dia do Motorista. Para quem desconhece a origem da data, trata-se
do dia de São Cristóvão, santo católico padroeiro dos motoristas, motociclistas
e viajantes. No entanto, acidentes acontecem e grandes esforços têm sido
direcionados nos últimos anos para aumentar a segurança ativa e passiva dos
automóveis. Há uma preocupação adicional na proteção dos usuários mais vulneráveis
no trânsito. Selecionei dois exemplos de tecnologias em desenvolvimento que
podem ajudar a salvar vidas.
Airbags externos já
são aplicados em alguns automóveis com proteção parcial na junção do capô e
para-brisa. Veículos autônomos continuam em testes e robô-táxis estão em
estágios avançados. Furgões são monovolumes e com superfície frontal maior.
Segundo a Organização Mundial de Saúde 50% dos acidentes fatais envolvem pedestres,
ciclistas e motociclistas.
Uma das empresas
especialistas em veículos autônomos é a americana Nuro, não tão conhecida,
porém entre as mais avançadas. Seu modelo elétrico, um furgão desenvolvido para
serviços de entregas urbanas, recebeu autorização do Departamento de
Transportes dos EUA para testes em ruas. Autoliv, multinacional sueca
especialista em segurança veicular, criou para a terceira geração do Nuro,
ainda em desenvolvimento, um airbag externo que quando inflado cobre toda a
frente do veículo, aumentado as chances de sobrevivência dos vulneráveis.
Prazos para elétricos dividem fabricantes europeus
Legisladores da União
Europeia estabeleceram 2035 como data limite para que apenas veículos 100%
elétricos possam ser comercializados nos 27 países do bloco. Essa decisão
implicou diferentes reações dentro da Acea (sigla em francês para Associação dos
Fabricantes Europeus de Automóveis). A posição da entidade apontou que seria
melhor cumprir a primeira meta de redução de 50% de carros com motores a
combustão interna, até 2030, para depois avaliar quando a substituição poderia
ser total.
Pouco depois a
Stellantis avisou que se desligaria da Acea no fim deste ano. Alegou que
trabalha com firmeza para reduzir os custos até 2030. O grupo acrescentou que
pretende lançar 75 modelos elétricos nesta década. Ressalvou, porém, que “se estes
veículos não ficarem mais baratos, o mercado entrará em colapso”. O presidente
da empresa, Carlos Tavares, afirmou à publicação Automotive News Europe que a Stellantis cumprirá a decisão, porém
acrescentou: “Os formuladores de políticas parecem não se importar se teremos
matéria-prima suficiente para sustentar a mudança”.
Posição oposta tomou
a Volvo que também pediu desfiliação da Acea no final de 2022. A fabricante sueca se comprometeu a ter uma
gama de carros totalmente elétricos até 2030, à frente da proposta da União
Europeia. Por isso discorda das outras associadas.
Maior fabricante
europeu, o Grupo VW destacou que a produção de baterias é desafio maior do que
banir motores a combustão.
No Japão, Toyota,
Suzuki, Subaru e Daihatsu se associaram para pesquisar produção mais eficiente
de bioetanol e sua utilização em automóveis.
E nos EUA fabricantes,
frente à escalada de custos, pediram a volta do subsídio federal para elétricos
previsto apenas para as 200.000 primeiras unidades. O governo ainda negocia com
o Legislativo. Mas alguns Estados continuam com incentivos, em especial Califórnia
e Washington.
ALTA RODA
TOYOTA YARIS, nas versões hatch
(dois terços das vendas) e sedã, recebeu atualização estética apenas na
dianteira e novas rodas nas versões 2023. Pontos altos dos dois modelos: acerto
das suspensões em qualquer condição de carga, sete airbags e assoalho traseiro
plano. Motor 1,5 L com 110 cv (E)/105 cv (G) vai bem no consumo de combustível,
porém limita o desempenho. Câmbio CVT de 7 marchas, no modo Sport, melhora as
respostas, ainda longe de empolgar frente a concorrentes diretos. Central
multimídia de 7 pol. (Android Auto e Apple CarPlay) conecta apenas com fio. A
favor, duas entradas USB atrás.
PARA quem viaja nas férias de julho a primeira providência, em geral, é
fazer antes uma revisão no carro com troca de óleo do motor. Nem sempre há
necessidade das duas operações simultaneamente. Correto é fazer as revisões
preconizadas por tempo ou quilometragem e isso se aplica também ao óleo. Lucas
Fiuza, da Tamco Lubrificantes, destaca “a importância de seguir viscosidade e
aditivação recomendadas pelas fabricantes do veículo. Estas pedem para encurtar os prazos de troca no
caso de uso intenso, o que significa situações de trânsito pesado”. Trajetos
curtos e frequentes também são deletérios para o óleo.
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