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sábado, 15 de julho de 2023

Em maio, turismo paulistano fatura média de R$ 54 milhões por dia. Valor é 11,6% maior que o registrado no mês anterior, aponta levantamento da FecomercioSP

 

Terminais rodoviários registraram queda mensal de 7,2% em 2023

Impulsionado pelo turismo corporativo, no mês de maio, o setor de turismo faturou média de R$ 54 milhões por dia, na cidade de São Paulo. O montante é 11,6% maior que o registrado em abril e 71% acima do constatado no quinto mês de 2022. Sem interferências significativas de feriados no período, o setor foi impulsionado pela movimentação do turismo corporativo, carro-chefe da cidade paulistana. 

Após recuo de 6,9% em abril, o Índice Mensal de Atividade do Turismo (IMAT), apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) em parceria com o Observatório de Turismo e Eventos, da SPTuris, apresentou variação positiva de 2,9%. Esse cenário já era previsto pela Federação.
 

Outro crescimento relevante observado foi na movimentação de passageiros nos terminais aéreos da região: de 160 mil, em abril, para 163 mil, na média diária do quinto mês do ano. Em relação ao mesmo período do ano passado, a elevação foi de 24%.

Por outro lado, os terminais rodoviários registraram queda mensal de 7,2%, ao passar de 38 mil para 35 mil. No entanto, o montante está 6% acima do registrado em maio de 2022.
 

De acordo com a FecomercioSP, apesar de a redução na movimentação nos terminais rodoviários se mostrar uma tendência, não representa queda significativa, mas uma manutenção em nível mais baixo do que os resultados constatados há alguns meses. Essa conjuntura pode ser explicada pela alternância de modais, dado o custo relativo menor das passagens aéreas. Consequentemente, os consumidores voltaram a optar pelo deslocamento por meio dos aeroportos.

 

A taxa de ocupação ficou praticamente estável: 64,9% em maio, ante 64,3% do mês anterior. Há um ano, esse número estava pouco acima dos 70%. Embora tenha havido uma queda anual, a diária média registrou elevação de R$ 200 em um ano. No quinto mês de 2023, ficou em R$ 657,80, valor que aponta o aquecimento da demanda turística na cidade.

 

Por fim, os empregos formais obtiveram leve aumento de 0,2% no mês. São 416,2 mil trabalhadores com carteira assinada que estão direta e indiretamente ligadas ao turismo. A evolução do emprego é um ótimo indicador antecedente, explica a FecomericoSP, uma vez que os empresários só contratam em uma conjuntura mais promissora.

 

Para os próximos meses, a expectativa da Federação é de uma oscilação nos resultados, pois, em junho, o feriado de Corpus Christi pode ter gerado um impacto de redução da atividade no mês. Além disso, julho é um período tradicionalmente fraco no mundo corporativo em decorrência das férias escolares.

 

Ainda segundo a FecomercioSP, o cenário futuro é otimista para o setor em São Paulo. O Produto Interno Bruto (PIB) do País tem evoluído de maneira satisfatória, frente ao forte crescimento do agronegócio e dos serviços. Portanto, há mais negócios sendo realizados, o que representa mais eventos e feiras ocorrendo durante o ano na cidade de São Paulo.
 

Nota metodológica

O indicador é composto por cinco variáveis que têm os mesmos pesos para a criação do índice. São analisadas as movimentações de passageiros dos aeroportos de Congonhas (Infraero) e Guarulhos (GRU Airport), assim como dos passageiros das rodoviárias (Socicam), a taxa média de ocupação hoteleira na cidade (FOHB), o faturamento do setor do turismo na capital (FecomercioSP/SMF-SP) e o estoque de emprego nas atividades exclusivas do turismo (Caged). O índice tem sua base no número 100, usada como referência de comparação em janeiro de 2020. Ele pode sofrer mudanças mensais em decorrência dos dados que compõem o cálculo, com a saída de projeções e a entrada de números consolidados na série.

 

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