Texto e fotos: Arnaldo Moreira
Quando a Honda, em 2006, decidiu trazer para o Brasil o seu modelo City que já produzia para diversos países, desde 1981, acertou bem no centro do alvo. Afinal, vendia aqui somente o Fit, um compacto pequeno com alto índice de confiabilidade, e o moderno e esportivo Civic, um sedan grande mas que à época tinha um porta-malas de pouco mais de 330 litros - que subiu para 525 l.
|
Bancos rebaixados geram mais de 1.100 l |
A montadora também supriu no País a lacuna que tinha entre esses dois modelos e atendeu aos fãs da marca com um carro que não é apenas um citadino como o seu nome indica, mas um veículo para viagens, pelo privilegiado espaço interno que oferece para ocupantes e bagagem em seus 536 litros de porta-malas sem rebatimento de bancos, economia e conforto.
Às vésperas de viajar do Rio para Salvador, e com o City emprestado a outro jornalista, a Honda me propõe que faça a avaliação na capital baiana. Ideia excelente e aceita na hora. Imaginei logo belas fotos no Farol da Barra.
|
O boêmio Largo Santana, conhecido como Largo da Dinha, no bairro do Rio Vermelho |
|
Peguei o carro na concessionária Imperial Honda, em Alphaville, longe do simpático, boêmio e agitado bairro do Rio Vermelho onde fiquei, o que permitiu logo um teste de estrada, pela Via Paralela (Av. Luís Viana) do City, ELX, branco, com pouco mais de 3.600 km.
Desempenho muito interessante para o motor de alumínio de 115 cv (gasolina) e 116 cv (etanol) 1.5 i-VETC flex one, de 16 v e 15,3 kgfm de torque, aos 4.800 rpm, com câmbio automático CVT de seis velocidades, de trocas macias, imperceptíveis.
O carro roda macio, com pouco ruído interno, que só aumenta quando se exige mais potência do motor, que se pode obter com mais rapidez trocando a marcha nas borboletas atrás do volante - reducão (-) do lado esquerdo e aumento (+), do lado direito.
O que logo chama a atenção no City é o design da nova frente que ganhou um ar mais agressivo e forte, com um para-choques mais robusto, enriquecida pela moldura do conjunto ótico, renovado e incorporado pela luz de presença diurna de LED azulada e faróis de LED na luz baixa e alta, na versão avaliada.
O aspeto segurança é reforçado com a instalação de seis air bags frontais, laterais e de cortina, todos os cinco ocupantes têm cintos de segurança de três pontos e há sensor de estacionamento na traseira. Senti falta dos controles de tração e estabilidade, num carro com claras características de estradeiro.
Tem um bom sistema de ar condicionado digital que garante conforto aos passageiros.
Os instrumentos estão bem dimensionados e à vista do motorista.
Ele pode regular a altura do seu assento manualmente. Internamente, ou na chave, os retrovisores externos podem ser recolhidos.
No volante os comandos de som, do controle de velocidade cruzeiro (vulgo, piloto automático), e de multimídia, cuja central conta com monitor de 7", câmera de ré, GPS, compatível com os sistemas Google Android Auto e Apple Car Play, que permitem acesso ao Google Maps ou ao Waze e o espelhamento do smarthfone.
Espaço interno é o que não falta no City.
O banco traseiro, com encosto de cabeça e cinto de três pontos para os três ocupantes, acomoda os passageiros com conforto, sem o perigo de desmanchar o penteado no teto ou viajar como no aperto da classe econômica dos aviões.
É importante lembrar que o conforto do novo City está ligado à boa regulagem da suspensão na frente tipo MacPherson e de barra de torção na traseira que absorvem bem as irregularidades do piso, inclusive em piso de paralelipípedos.
A dirigibilidade do City muito boa, graças à direção elétrica, e, como já citei acima, ao bom posicionamento dos instrumentos, ao volante de empunhadura confortável, tem a ver também com a excelente visibilidade que tanto frontal como lateral, pela correta localização das colunas frontais.
O City é vendido em cinco versões:
City DX – R$ 61.90
City Personal CVT – R$ 68.700
City LX CVT – R$ 73.600
City EX CVT – R$ 79.000
City EXL CVT R$ 84.600
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu comentário