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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

MAIS UMA FÁBRICA DE JIPES PASSA PARA UMA GRANDE MONTADORA, NO CEARÁ. PRIMEIRO FOI A TROLLER QUE PASSOU PARA AS MÃOS DA FORD E AGORA A TAC, CEARENSE DE SOBRAL, JÁ FOI COMPRADA PELA CHINESA ZOYTE. MAS, TEM MUITO MAIS NO



Coluna nº 4.415 - 29 de outubro de 2015 

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Fábrica de automóveis em seu estado? Fale com a Zotye

Negócio pequeno, apalavrado, com vigor em 2016, a compra da TAC, fábrica do jipe Stark, pela chinesa Zoyte, pode gerar 
maiores desdobramentos. 

A compradora quer manter o bom jipe, mas pretende ações mais amplas e para isto considera e estuda propostas de mudança da operação atual, na cearense Sobral, para outro estado com maior pacote de vantagens, incentivos e benefícios. 

Neimar Braga, ainda executivo maior da TAC confirma o negócio, informa do aumento de produção para quatro unidades mensais. 

Não comenta valores e diz ser período de gestão compartilhada e de due diligence – análise criteriosa da operação, antecedente à gestão pelo comprador. Tudo certo, ocorrerá em 1º de janeiro de 2016, início do exercício fiscal.

Por valor não divulgado pela partes, a Zoyte Brasil (pronunciam Zoytê) adquiriu a TAC para aproveitar a oportunidade, o fato de ter produto ímpar, dar velocidade ao seu projeto local. 

Aqui chegou, em 2014, e no Salão do Automóvel anunciou planos de importação seguida de produção local de pequeno utilitário T200 e automóvel Z100 com vendas anunciadas para maio 2016.

Produtos, explica Luiz Eduardo Barbosa, executivo da Zotye em Brasília, em homologação federal, e o projeto de implantação industrial em Linhares, ES, está bem encaminhado, porém moroso. Com a TAC exige passos mais rápidos.

Neste caminho, além de oferecer as informações do novo desenho empresarial ao governo do Espírito Santo, também o fez ao de Mato Grosso, onde o governador Pedro Taques se interessa por receber a indústria, em adquirir o jipe para serviços oficiais, estado de ampla demanda por este tipo de produto – o estado pode ser a conexão com a América do Sul e Central.

Nada fechado com relação a novo local, empresa está aberta a propostas.

Mais
A sinergia entre as duas marcas permitirá elevar volumes de produção – 10/u/m – em janeiro; lançar a linha Stark 2016; picape; versões com motor Otto em versão Flex e transmissão automatizada de fornecedor nacional; importação e início de montagem dos produtos chineses. Atrativo à rede de revendedores.

Por registrar, o Brasil se distância cada vez mais da postura de ter pelo menos uma marca nacional. 

No ranking dos maiores países em produção e vendas de veículos, o único sem tê-la. 

Últimas tentativas inviabilizaram-se: Gurgel, única com motor próprio, fechou; Troller, projeto nacional, foi comprado pela Ford. Remanescente TAC agora é chinesa.

Jipe Stark, agora Zotye



Em novembro, o Golf nacional
Volkswagen aperta os parafusos finais para lançar o Golf ainda em novembro. Processo demorou, tornou-se paralelo ao do Audi A3 sedan, com a mesma plataforma e produzido na mesma linha.

Informações desencontradas variam desde dificuldades para acertar agenda de executivos estrangeiros, providências internas e, até, findar o estoque das unidades importadas do México.

Automóvel não será igual às versões em circulação, alemãs ou mexicanas, em especial na suspensão traseira, substituída, simplificada. 

Saiu o eixo traseiro multi link e em seu lugar, solução barata, sistema assemelhado aos utilizados nos Gol, eixo de torção chamado eufemisticamente de inter independente.

No primoroso motor 1,4 TSI, duplo comando, 16 válvulas, injeção direta, turbo, um ganho: retrabalhado para operar como Flex, a potência a álcool será de 150 cv – atuais 140 cv na versão a gasálcool. 

A transmissão não será DSG, automatizada com duas embreagens, mas efetivamente hidráulica. 

O susto tomado pela Ford e seus clientes e os problemas da transmissão PowerShift fizeram optar pelo sistema mais antigo, com seis velocidades, entretanto, menos problemático em países com piso irregular.


Golf, nacional, novembro



Borgward renasce. Agora Xing-Ling
Segunda maior marca alemã de automóveis ao início dos anos 1960, a criativa e brilhante Borgward voltará ao mercado.

Há uma década seu neto Christian investe e aplica-se no renascer. Ano passado, ameaçou – mas frustrou a apresentação no Salão de Paris, como a Coluna relatou. 

Voltou em grande estilo em idêntica mostra em Frankfurt, e com novo desenho de negócio factibilizando a produção.

Vendeu todas as ações da nova Borgward à chinesa de caminhões Foton – tem operação no Brasil -, e a nova controladora absorveu tudo, inclusive a equipe, experiente em produto, planejamento, estratégia, comunicação, veteranos contratados à Daimler, GM, Saab, Mitsubishi.

SUV

Para o primeiro produto tomaram o caminho mundial do Sport Utility Vehicle, moda da década, e apesar da mesmice no segmento – confortos, tração permanente nas quatro rodas, eletrônica – diz diferenciar-se por linhas com traços lembrando aeronáutica, e elevado conteúdo de infodiversão, incluindo tela de toque com 30 cm.

Produção será iniciada em 2016, destinada ao mercado doméstico, o maior do mundo e, posteriormente, Europa e USA. 

Diz o grupo gestor da marca, apesar do refinamento terá preço competitivo com Audi Q5.

Origem

A Borgward foi das marcas mais carismáticas na história. Seu fundador, Carl Borgward, engenheiro, fazia de tudo. Do desenho da mecânica ao estilo, condução da fábrica, mercado...

Fez coisas marcantes, como ser o primeiro automóvel alemão lançado após a II Guerra Mundial; o primeiro com a definição de espaços em três volumes, ditos Ponton; nos anos ‘50 a mágica dos Isabella sedan 2 portas e Coupé; a elevada potência específica dos motores – em 1957 seu 1.5 fazia 75 hp, idêntica medida do VW Passat quase 20 anos após; e um projeto de internacionalização, focando produção durante o inverno europeu – quando as vendas caem – para os países abaixo do Equador.

O fim, inexplicado pela lógica, somou queda nas exportações com noticiário informando dificuldades financeiras, provocando corrida de credores e nunca esclarecida posição da cidade de Bremen, onde instalada, e sócia da empresa, em destituir Borgward da gestão, substituindo-o por uma comissão. 

Este desenho todo mundo entende, e a empresa foi fechada. Feito o balanço, os haveres em muito superavam os débitos. As instalações industriais hoje pertencem à Daimler.

Registro do óbvio, o brilho de Borgward e seu comportamento autocrático não lhe permitiram criar uma rede de sustentação e proteção, e esta ausência se somou aos fatores ou ações contra sua empresa. Ou seja, amigos são acervo.

Como registro, junto ao último Isabella produzido, os operários colocaram uma placa: Você é muito superior a este mundo. Referiam-se ao produto e ao Patron.

Tradição e novidade. O Isabella (e) e o novo Borgward SUV BQ7



Roda-a-Roda

Líder – Fim do terceiro trimestre do ano, Toyota retomou a liderança mundial em vendas. 

Volkswagen antecedeu, perdendo pelo atual quadro institucional traçado pela emissão de seus motores diesel. 

Diferença pouca. Toyota 7.498 mil e VW aproximadamente 50 mil unidades menos, 7.430 mil. GM atrás, 7.200 mil.

No ar – Previsões impossíveis. Toyota sofre com problemas de re call; GM idem e ainda com queda de vendas na China; VW caiu muito menos ante o projetado como danos pelo Dieselgate, o escândalo das emissões.

Dieselgate – Com as complicações geradas pelas emissões dos motores diesel VW, e no desvario mundial de ameaças e ações contra a fabricante, a PSA – Peugeot-Citroën prepara dossiê para exibir comportamento de seus motores. 

Receia medidas midiáticas criminalizando os diesel, independentemente de marca ou origem. Burocrata atemorizado ou midiático pode custar muito caro.

Futuro – Toyota divulgou diretrizes para os próximos anos: fábricas 40% mais baratas, 25% menores; redução de custos operacionais; maior autonomia nas operações regionais; mais pesquisa em motores alternativos.

Carro – Em produtos, design mais eficiente e emocional, centro de gravidade mais baixo, melhor sensação de condução, direcionamento para uso de turbo, injeção direta e diesel. Quer deixar a fama de carros confiáveis, porém sem graça.

Caminho – Em meio ao processo de catarse onde mergulhou para se reinventar, solucionar o problema com as emissões de diesel, e retocar os arranhões em sua imagem, Volkswagen foi ao mercado. Contratou Thomas Sedran, 51, ex-presidente da concorrente Opel, como líder de estratégia. Foi responsável pela virada do Opel, quase fechando em razão de prejuízos.

Mais - Junto recrutou Christine Hohmann-Dennhardt, chefe do jurídico e compliance da Daimler – é o limite de comportamento entre o lucro e a ética social. 

Negociações de hora em diante não envolverão apenas clientes e países, mas líderes de outras marcas.

Materialização – Mexicanos irmãos Iker e Guillermo Echeverria concretizaram o sonho: desenvolveram o VUHL 05 – na origem Vehicles of Ultra-Lightweight and High Performance. Numeral homenageia pai.

Razão – Projeto segue a lógica do inglês Colin Chapman em seus Lotus: pouco peso. Assim, plataforma em alumínio em chapa, tubos, e colmeias, juntos por adesivos aeronáuticos, pesa apenas 78 kg. Pronto, vazio, 655 kg.

Força – Projeto racional, sem firulas do tipo construir motor próprio, mas aproveitar máquina disponível. 

No caso, motor Ford EcoBoost, 2.000 cm3 de cilindrada, 280 cv de potência. Posição entre eixos traseiro, transmissão de seis velocidades. 

A relação peso-potência permite acelerar 0 a 100 km/h em 3,7s e final em 245 km/h.

Produção – Não são estreantes. Iker ganhou prêmio em design e ambos tem empresa fornecedora destes trabalhos para fábricas estadunidenses. 

Fábrica, processo industrial, fornecedores e assistência técnica montados em plataforma de software FileMaker e gestão empresarial ERP. 

As 1.500 peças de fornecedores mundiais, tem número para permitir gestão. FileMaker empresa Apple.

Griffe – Strasse, empresa paulistana de veículos personalizados, ampliou mercado. Agora, além dos Mercedes-Benz com aplicação de kit da preparadora Brabus, incorporou serviços da também alemã Oettinger a VW Golf.

Golf - Por R$ 9.900 aumenta a potência em 20 cv, e em troca reduz 0.3 segundos na aceleração da imobilidade aos 100 km/h. 

Por adicionais R$ 26.900, rodas Oettinger e pneus 235/35/19. 

Carro O Km, versão Comfort Line, básica, com alguns equipamentos, a partir de R$ 85.900.

Novo ciclo – Honda e Nissan levaram jornalistas brasileiros ao Salão de Tóquio. Caso Honda, anunciar nova geração de motores no Brasil: 1,5 litro, quatro cilindros, comandos variáveis, injeção direta, turbo, projetados 180 cv versão álcool. Demais, 1,0 três cilindros; 2,0 com quatro. No novo Civic, 2016.

Outra – Nissan pretendia atenções para seu modelo interativo, com tecnologia avançada para se tornar factível. 

Mas a cereja do bolo aos mais especializados foi o Mazda RX-Vision. Fora do mercado nacional, assinala o retorno dos motores rotativos. 

Mazda os produziu até 2012 e com o esportivo de distribuição masculina – motor frontal, tração traseira – sinaliza voltar. É o mais 
lógico dos motores endotérmicos.

Uber – Senador brasiliense José Antonio Reguffe relatará projeto sobre o Uber como variedade de transporte. 

Pelo perfil liberal deve ter opinião favorável ao consumidor – ou seja, à nova opção.

Investimento – Levantamento anual pelas agências Auto Informe e a Molicar Listam três Fiat como de menor depreciação: Strada na categoria de picape pequena; 500 entre os hatch Premium; e Weekend como camioneta.

Maior – Fechadas as contas das vendas de veículos O Km em todos os 25 países de América do Sul e Central, apesar da queda de comercialização de 21% no Brasil, mantemos liderança numérica: 1.370.000 vendas. Somados, os outros 24 países indicam no mesmo período 970 mil unidades.

Negócio – A fim de caminhão Scania ? Avie-se. Preço aumentou 3% em outubro, e outros 7% em novembro. Aumentos tem sido mensais em todos os nacionais para repassar inflação e preços dos componentes pagos em dólar.

Gente – Confusão na prorrogação de incentivos fiscais regionais, envolvendo Ford, Mitsubishi e CAOA surpreende o setor. 

OOOO Participação da fórmula pela antiga família real não estranha por sua aura de perfeição, onisciência e o gravitar acima do bem e do mal. 

OOOO Pessoalmente não imagino o Eduardo Souza Ramos, de sua MMC, envolvido com subornos e afins.

OOOO Não é de seu perfil de esportista, ex representante olímpico, ganhar fora das regras. E quem o conhece, sabe e aplaude a condução de sua vida e negócios.

_________________________________________________________________________edita@rnasser.com.br 

HOTELARIA DE CURITIBA INAUGURA UM SERVIÇO INOVADOR PARA OS HÓSPEDES QUE VIAJAM COM SEUS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO. O REAL PLAZA FLAT RESIDENCE ACABA DE INCLUIR EM SEUS SERVIÇOS ESSE TIPO DE SERVIÇO

Real Plaza apresenta solução para quem não quer abandonar o seu animal de estimação na hora de viajar

Em Curitiba, o Real Plaza Flat Residence, opção ideal para hospedagem de longa permanência, acaba de incluir em seu leque de serviços mais um diferencial de atendimento. 


Os hóspedes que precisam permanecer por mais tempo na cidade e que têm dificuldade em alojar seu cão, encontram no Real Plaza a solução. 

O empreendimento passou a aceitar locatários com o seu bicho de estimação, de pequeno a médio porte.

O setor hoteleiro aparece como um dos novos nichos no mercado pet. "Recebíamos muitas solicitações de clientes a procura de estadia, desde que pudessem permanecer hospedados com o seu animal de estimação, por isso decidimos implantar o serviço", explica o presidente da Comissão de Representantes dos Proprietários do Real Plaza, Luiz Gonzaga Bettega Sperandio.

O Real Plaza é uma opção ideal para hospedagem de longa permanência. Os apartamentos de 44 m² possuem sala com dois ambientes, quarto, cozinha totalmente equipada, lavanderia e janelas antirruídos, além de decoração nova e moderna. 


São equipados com ar condicionado, televisão LED, móveis padronizados, enxoval completo e jogos de louças e talheres. 

O prédio conta com piscina, sala de convivência, área comercial e garagem terceirizada. Restaurante e academia estão em processo de implantação.

Localizado na região central de Curitiba, o empreendimento tem excelente mobilidade para os principais bairros de cidade, sendo uma ótima opção de hospedagem para quem busca praticidade e agilidade na estadia. 

Os valores de hospedagem, com base de cálculo em tabela progressiva que vai diminuindo conforme o tempo de estadia, já incluem o condomínio, luz, gás, serviços de internet e TV à cabo, além de limpeza básica, troca de roupa de cama e portaria 24 horas.

Mercado Pet
Além do hoteleiro, outros setores que surgem como nichos no mercado pet são o veterinário e o gastronômico, com receitas exclusivas para cães e gatos. Muitos shopping centers também abriram passagem para cães e gatos. 

O segmento de alimentação ainda lidera as atividades que fazem parte do mercado, seguido por serviços e cuidados com animais, que vão de equipamentos a acessórios e produtos para higiene. São milhares de pets shops e lojas especializadas espalhadas pelo país.

Pesquisa do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística aponta que 44,3% dos domicílios do país têm pelo menos um cão e 17,7%, um gato. 

Em números absolutos, o levantamento indica que são 74 milhões de animais. Uma população que aquece a economia nacional. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), mostram que, em 2014, o mercado de pets movimentou R$ 16 bilhões, alta de 8,2% em relação ao ano anterior. 

A cifra coloca o Brasil como o segundo maior setor da indústria pet no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

Serviço:
REAL PLAZA FLAT RESIDENCE
Rua José de Alencar, 20 - Cristo Rei
(Viaduto Capanema, esquina com a Presidente Affonso Camargo)
Reservas: (41) 3025-0999 ou reservas@realplaza.com.br

Mais informações: (41) 3025-0888 ou www.realplaza.com.br

BMW ENTREGA DOIS I3 AO PROGRAMA VEÍCULO ELÉTRICO EXECUTADO PELA ITAIPU BINACIONAL

    Foto: Rubens Fraulini / Itaipu Binacional


A montadora alemã BMW é a mais nova integrante do Programa Veículo Elétrico, da Itaipu e diversos parceiros. 

No início do mês, duas unidades do modelo elétrico i3 foram fornecidas pela BMW Brasil, em sistema de comodato, ao Programa VE. 

Os carros serão submetidos a uma série de estudos e ensaios, entre eles, a análise de desempenho e a avaliação de impacto na rede elétrica. 

Além da montadora alemã, já integram o Programa as empresas Fiat, Renault, Agrale e Iveco.

O interesse pela BMW surgiu quando os técnicos da Itaipu pesquisavam um motor a combustão movido a etanol para aplicar no novo protótipo de ônibus elétrico híbrido, que o Programa VE está desenvolvendo. 

A encomenda da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, tem o objetivo de investir em uma tecnologia que possa atender à demanda mínima de percurso no transporte público, em torno de 250 km por dia, com mínimo impacto sobre o meio ambiente.

De acordo com o coordenador brasileiro do Programa VE, Celso Novais, a tecnologia atual das baterias não consegue atender, a baixo custo, esta demanda de percurso diário do transporte de passageiros. 

Por isso, boa parte dos projetos de ônibus já existentes em outros países não utiliza ônibus puramente elétrico, mas híbrido a diesel ou a GNV, o que causa uma redução de 30 a 40% das emissões. 

No caso brasileiro, o motor elétrico híbrido a etanol traria uma redução de 90% das emissões, devido às características da cadeia de produção da cana-de-açúcar.

Segundo Novais, o motor flex da BMW produzido na fábrica em Araquari (SC) é um dos que apresentam as melhores características de torque e velocidade para ser utilizado no gerador etanol que será incorporado ao projeto do ônibus hibrido.

Primeiro contato
O interesse pelo motor da BMW fez o Programa VE entrar em contato com a fábrica alemã. 

Uma comitiva da montadora visitou Itaipu em junho de 2015, no lançamento do primeiro avião elétrico da América Latina, e conheceu o programa.

“Eles gostaram tanto do nosso trabalho voltado para a mobilidade elétrica sustentável que propuseram ceder dois veículos em comodato como um primeiro passo numa cooperação técnica no programa de mobilidade da Itaipu”, explica Novais.

Além de se integrarem imediatamente ao Programa VE com os dois veículos i3, os representantes da BMW se comprometeram a contatar a sede da empresa, na Alemanha, para avaliar também a possibilidade de participar do projeto do ônibus elétrico híbrido etanol de Itaipu.

Tradicionalmente, a BMW não pratica a venda de motores para aplicações fora dos veículos projetados por eles. 

Ainda assim, os técnicos do Programa VE confiam numa possível exceção. “Estamos confiantes em conseguir essa autorização, até porque a Alemanha e o Brasil firmaram, em agosto deste ano, um acordo de cooperação tecnológico bilateral, para o desenvolvimento de propulsão eficiente em áreas urbanas, o que está em consonância com iniciativas da Itaipu”, conclui Novais.


A FCA registrou receita líquida de € 27,5 bilhões (em torno de R$ 118 bilhões) no terceiro trimestre de 2015, representando um crescimento de 17% na comparação com o mesmo período do ano passado, e um EBIT ajustado de € 1,3 bilhão, 35% maior, puxados por uma forte performance na América do Norte (NAFTA), na Ferrari, e no setor de c
omponentes, além da melhoria contínua na Europa, Oriente Médio e África (EMEA). 

O grupo registrou provisão de € 602 milhões (excluída do EBIT ajustado), principalmente para adequar as reservas de forma a refletir o atual ambiente regulatório e futuras campanhas de recall.

As vendas globais da FCA totalizaram 1,1 milhão de unidades entre julho e setembro, em linha com o terceiro trimestre de 2014. 

O bom desempenho da Jeep continuou em todo o mundo, com as vendas crescendo 27%.

O lucro líquido ajustado ficou em € 303 milhões, comparados com € 230 milhões no mesmo trimestre de 2014. 

Sem o ajuste, houve um prejuízo líquido de € 299 milhões, enquanto o terceiro trimestre do ano passado registrou lucro líquido de € 188 milhões. 

O débito industrial líquido foi de € 7,8 bilhões, € 200 milhões menor que no trimestre anterior.


O Grupo confirma suas previsões para o ano completo, conforme revisadas no segundo trimestre: 

· Vendas globais de aproximadamente 4,8 milhões de unidades; 

· Receita líquida maior que € 110 bilhões; 

· EBIT ajustado igual ou superior a € 4,5 bilhões; 

· Lucro líquido ajustado de aproximadamente € 1,2 bilhão, com ganho básico por ação ajustado de cerca de € 0,77; 

· O débito industrial foi ajustado para € 6.6 bilhões a € 7,1 bilhões (antes era de € 7,5 bilhões a € 8 bilhões) para refletir a transação completada com o IPO da Ferrari.

SEMINÁRIO DE URBANIDADE QUE ACONTECERÁ EM BRASÍLIA, EM 2/11, DISCUTE AÇÕES POR UMA MOBILIDADE MAIS SEGURA

Evento será no dia 3/11 e reunirá poderes executivo, legislativo, iniciativa privada e sociedade civil na busca de soluções para ampliar a segurança no trânsito

Com a proposta de discutir soluções e ações para os cinco eixos que contornam o tema Trânsito e que são definidores para a redução dos acidentes e mortes nas vias e rodovias pela ONU, o ONSV (Observatório Nacional de Segurança Viária) e o Grupo Diário Associados, em parceria com a FPTS (Frente Parlamentar por um Trânsito mais Seguro) e a Seguradora Líder DPVAT, realizarão, de forma inédita, o Seminário Urbanidade, por uma mobilidade segura, em Brasília, no dia 3 de novembro (terça-feira).

O Seminário vai reunir em cinco painéis: Infraestrutura e Gestão, Educação, Segurança Viária, Saúde e Fiscalização, representantes dos poderes público e legislativo, da sociedade civil e do setor privado, para apontar alternativas para as principais questões do trânsito em cada área.


“Essa participação multissetorial parte do pressuposto que para alcançarmos as metas de redução da violência no trânsito precisamos do engajamento e compromisso de todos”, defende José Aurélio Ramalho, diretor-presidente do Observatório.

Os cinco painéis refletem os eixos de atuação para ampliar a segurança viária em todo o mundo, já preconizados pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e ONU (Organização das Nações Unidas).

O Observatório pretende, com o evento, mapear a situação atual do país, as boas práticas que sendo realizadas, e como podemos avançar em cada um dos eixos, para reduzir a violência nas vias.

A dinâmica do Seminário Urbanidade será diferente de eventos dessa mesma natureza. Todos os integrantes das mesas de debates terão acesso a um vídeo sobre cada eixo ou tema do painel e a partir desse material farão suas abordagens. 


Os vídeos garantirão a contextualização de toda a problemática, divididos no cenário e nas perspectivas de cada tema do painel em questão; a partir daí, os explanadores darão a sua contribuição. 

Os vídeos serão veiculados na abertura de cada painel para os palestrantes e público.

O Observatório destaca que os palestrantes não deverão usar apresentações, pois o objetivo é promover o diálogo entre os setores.

A participação do público também será estratégica, no sentido de catalisar os anseios da população por um trânsito mais seguro. 

Ao final de cada painel, o público poderá enviar questões aos debatedores, que deverão ser encaminhadas via mensagens de textos. 

Um número telefônico ficará disponibilizado para receber as perguntas do público. 

Com essa estratégia, pessoas de todo o país poderão participar, uma vez que o Seminário terá transmissão ao vivo, via internet, pelo site do Observatório, no endereço www.onsv.org.br.




O Seminário será realizado no Auditório do Diários Associados, em Brasília, na SIG – Quadra 2, Lote 340, a partir das 09h e tem previsão de término às 17h30.




O mestre de cerimônia do Seminário será o jornalista Felipe Bueno.




Mais informações no OBSERVATÓRIO pelo telefone (19) 3801-4500 ou pelo celular (19) 99937-3270, com Daniela Gurgel.


Confira a programação do evento:

08:30 - 09:00  - Credenciamento e welcome coffee
09:00 - 09:20  - Abertura com Ministro das Cidades, Gilberto Kassab

09:20 - 10:20  - Painel 1 - Fiscalização
Debatedores:
  • Maria Alice - Diretora da Polícia Rodoviária Federal
  • Coronel André Cavalcanti - Coordenador-Executivo da Operação Lei Seca
  • Silvio Médici - Presidente-Executivo da ABEETRANS
  • Coronel Marco Andrade - Coordenador da Operação Lei Seca
  • Paulo Guimarães - Diretor-Técnico do Observatório Nacional da Segurança Viária

10:20 - 10:40  - Coffee break

10:40 - 11:40  - Painel 2 - Infraestrutura
Debatedores:
  • Alexandre Castro Fernandez - Coordenador Geral de Operações Rodoviárias DNIT
  • Eduardo Cury - Deputado Federal
  • Jorge Tiago Bastos – professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Núcleo de Dados e Informações do Observatório Nacional da Segurança Viária
  • Fernando Castilho - Superintendência de Exploração de Infraestrutura Rodoviária - SUINF/ANTT

11:40 - 12:40  - Painel 3 - Segurança Veicular
Debatedores:
  • João Marcelo Gueiros - Coordenador de Educação do DETRAN RJ
  • Luiz Moan Yabiku - Presidente da ANFAVEA
  • José Eduardo R. Gonçalves - Diretor-Executivo ABRACICLO
  • José Aurélio Ramalho - Presidente Observatório Nacional da Segurança Viária

12:40 - 14:00  - Almoço - Livre

14:00 - 15:10  - Painel 4 - Saúde
Debatedores:
  • Deborah Carvalho Malta, Diretora do Depto. de Vigilância de Doenças e Agravos não transmissíveis em Promoção da Saúde - Ministério da Saúde
  • Ricardo Xavier - Diretor-Presidente do DPVAT
  • Gustavo Fraga - ex-presidente da SBAIT (Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado) e atual membro do Comitê de Prevenção da entidade

15:10 - 16:30  - Painel 5 - Educação
Debatedores:
  • Daniel Cândido - Coordenador Geral de Qualificação do Fator Humano no Trânsito do DENATRAN
  • Júlio Perdigão - Diretor-Presidente da Concessionária Rota das Bandeiras
  • Christiane Yared - Deputada Federal
  • Roberta Mantovani - Núcleo de Educação do Observatório Nacional de Segurança Viária

16:30 - 17:00  - Coffee break
17:00 - 17:30  - Encerramento

CARRO DOS HORRORES DE QUE TODOS FOGEM QUEM NEM O DIABO DA CRUZ, MAS FIQUE TRANQUILO QUE TRATA-SE DE UM VEÍCULO CONSTRUÍDO COM O QUE HÁ DE PIOR EM CADA UM DESSES MODELOS QUE SÃO VENDIDOS NO MERCADO BRASILEIRO. O QUE VALE É QUE SÃO COMPONENTES DE MODELOS ANTIGOS

  

MECÂNICA ONLINE®

30 / 10 / 2015



Carro dos horrores



Não poderia existir momento melhor do que a véspera do Dia das Bruxas, ou Halloween, como é conhecido o dia 31 de outubro, para descobrirmos qual seria a “configuração ideal” do Carro dos Horrores, ou aquele que deixa sempre o proprietário a pé ou aflito com tantos problemas.

Uma empresa que oferece serviço de assistência de reparos para veículos por meio de extensão de garantia no Reino Unido, atendendo até mesmo contra falhas causadas por desgastes, resolveu montar a partir da análise de 50 mil atendimentos, o Carro dos Horrores, literalmente o Frankenstein do mundo automotivo formado por partes de carros com maiores taxas de falhas.

Com esse “modelo” temos a oportunidade de oferecer ao proprietário pesadelos durante todo o ano, pois a confiança nos itens que montam o Carro dos Horrores vai deixar qualquer motorista de cabelos em pé!

O Carro dos Horrores recebeu a denominação H-0WL3R e tem sua construção a partir de componentes de automóveis, que são estatisticamente mais propensos a falhas.

Como resultado ele quebra a cada dois meses e regularmente ataca seu dono também na conta bancária, causando um custo médio de aproximadamente R$ 3 mil em reparação.

Então, vamos conhecer os componentes catastróficos do Carro dos Horrores:




Modelo ----------- Ano ---------- Parte do carro

· Mitsubishi Outlander 2007 – Motor

· Mazda 5 2005 - Conjunto Suspensão

· Chevrolet Tacuma 2005-11 – Caixa de transmissão

· Lexus GS 2005 – Parte elétrica

· Mazda MX-5 2005 - Sistema de freios

· Honda CR-V 2007- Sistema de ar condicionado

· Chevrolet Tacuma 2005-11 - Sistema de direção

Antes de pegar a estrada com o seu Carro dos Horrores é bom pensar melhor que o conjunto suspensão do Mazda 5 vai encontrar grandes dificuldades para superar as estradas esburacadas. 75% desses modelos já tiveram problemas com o conjunto da suspensão.

Mas talvez você nem consiga chegar à estrada. O conjunto propulsor oriundo do Mitsubishi Outlander 2007 apresentou cerca de 50% dos problemas que não permitiram se quer ligar o modelo.

Mas se ainda assim você tiver sorte e conseguiu ligar seu Carro dos Horrores, o próximo susto pode surgir na hora de parar e fazer seu coração saltar em uma batida. 

Equipado com o sistema de freios do Mazda MX-5, seu Dia das Bruxas tem tudo para ser um suspense total! hahahahahahahahahahahahahahahahahahah

Problemas no sistema de direção e também na caixa de transmissão atingem 33% dos Chevrolet Tacuma. Assim, os condutores do H-0WL3R vão encontrar uma experiência nada agradável.


No interior o Carro dos Horrores também vai causar impacto. O sistema elétrico complexo do Lexus GS vai causar dores de cabeça regulares, com taxa de insucesso de 67%. 


O chiado no ar condicionado é oriundo do Honda CR-V, com variação estranha nas temperaturas e lamentável taxa de falhas de 18,4%.

"Este Carro dos Horrores vai gerar muitos pesadelos aos motoristas, garantindo muitas avarias e precisando de recursos financeiros para sempre ser reconstruído.”, comentou David Gerrans, diretor da Warranty Direct.


"Felizmente ele é fictício e não pode ser encontrado no mercado, no entanto, ele faz realçar o calcanhar de Aquiles de veículos diferentes, alguns dos quais são geralmente de confiança, mas poderiam causar medo com o resultado de um componente desonesto."

A coluna Mecânica em Dias passou alguns dias ausente. Agora com nova estrutura e ambientação, voltamos com força total. 

Então, todos os dias 10, 20 e 30 tem novidades para você em mecânica, tecnologia, inovação e muito mais no mundo automotivo. Obrigado pela atenção e parceria de sempre.
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Tarcísio Dias – Profissional e Técnico em Mecânica, além de Engenheiro Mecânica com habilitação em Mecatrônica e Radialista, é gerente de conteúdo do Portal Mecânica Online® (www.mecanicaonline.com.br) e desenvolve a Coleção AutoMecânica.
E-mail: redacao@mecanicaonline.com.br


Coluna Mecânica Online® - Menção honrosa (segundo colocado) na categoria internet do 7º Prêmio SAE Brasil de Jornalismo 2013, promovido pela Sociedade de Engenheiros da Mobilidade.

VOLARE ACCESS É DESTAQUE EM SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE COMPÓSITOS


Caxias do Sul (RS), 29 de outubro de 2015 – A Volare, Unidade de Negócios da Marcopolo S.A. e líder brasileira na produção de veículos leves para o transporte de passageiros, participará do Seminário Internacional de Compósitos, promovido pela Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (Almaco) e JEC Group. 


A empresa irá expor o Volare Access, o primeiro miniônibus da fabricante com piso baixo, suspensão pneumática “Full Air” e motor traseiro.

Projetado e concebido para oferecer total acessibilidade, mais conforto e segurança para os passageiros e atender à crescente demanda nacional por um transporte coletivo com o mais elevado padrão de qualidade, o Volare Access foi desenvolvido para proporcionar total acessibilidade para o transporte urbano, sem elevador, conforme norma NBR 15570 e também, no segmento escolar, para atender a demanda da secretaria de direitos humanos. 

O modelo amplia o conforto e a segurança para os passageiros, com maior espaço interno e área exclusiva (box) para cadeirantes.

O veículo incorpora uma plataforma diferenciada (Low Entry) e recebeu importantes mudanças e aperfeiçoamentos que resultaram na ampliação do conforto e da segurança para passageiros, cobrador e motorista. 

Outro destaque do Volare Access é a ampla visibilidade, proporcionada pelos enormes vidros do salão de passageiros, o que propicia sua utilização em roteiros de turismo urbano. 

O veículo foi concebido para oferecer menores custos operacional e de manutenção para o operador, além de mais ergonomia e praticidade para motorista e cobrador.

Com rodado duplo traseiro e suspensão pneumática dianteira e traseira “Full Air”, com seis bolsas, o Volare Access possui sistema de rebaixamento de 70mm e tem como grande benefício reduzir a frequência e amplitude da suspensão, proporcionando a todos os passageiros um rodar macio e confortável.

Com maior espaço interno e configuração com área exclusiva para PCDs, pode transportar, na versão urbana, até 35 passageiros, além do cobrador. 

Na versão escolar, o Volare Access pode transportar de 16 passageiros, com três boxes para portadores de necessidades especiais, a 21 passageiros, com um box para cadeirantes.

O Volare Access é equipado com motorização traseira Cummins ISF 3.8, com 162 cv de potência e torque de 450Nm a 1.500 rpm, transmissão mecânica EATON FSO 4505 C de 5 marchas e direção hidráulica. 

O posicionamento do motor possibilita fácil acesso a todos os componentes, que ainda possui sistema de refrigeração gerenciado eletronicamente com quatro ventiladores, reduzindo o nível de ruído e assegurando temperatura constante de funcionamento.

Com a participação de empresas de todo o mundo, o Seminário Internacional de Compósitos tem como principais patrocinadores a Morquímica, MVC Soluções em Plástico, Owens Corning, Reichhold e Stabilit MVC. O evento será realizado entre os dias 4 e 6 de novembro, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.




Crédito da foto: João Luiz

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

BRASIL ESTÁ SEM RUMO, A ECONOMIA EM BAIXA, DESEMPREGO EM QUEDA, INFLAÇÃO SUBINDO, QUADRO QUE JÁ VIMOS VÁRIAS VEZES. FERNANDO CALMON NOSSO COLUNISTA FAZ A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR: PAÍS DO FUTURO, DE NOVO?



Alta Roda 


Nº 860 — 29/10/15
Fernando Calmon


PAÍS DO FUTURO, DE NOVO 

Frases como essas não costumam partir de altos dirigentes da indústria automobilística sobre o cenário desolador atual: “O Brasil precisa de um plano, como uma empresa. 
Não temos um plano”; “A crise está ligada fundamentalmente à questão política, uma doença degenerativa, uma cirrose, que corrói a economia”; “Brasil precisa de um ajuste ético e político. Enquanto isso não acontecer, a economia e o mercado automotivo não voltarão a crescer.” 

Até parece orquestração, mas não foi. No Congresso AutoData Perspectivas 2016, semana passada, em São Paulo, parece que todos reverberaram, ao mesmo tempo, o clima de mal-estar com os rumos de curto e médio prazo do País desde o final do ano passado. 

Na realidade, as fabricantes do setor muitas vezes “apanham” caladas, mostram-se sempre na defensiva, quer as críticas sejam pertinentes ou impertinentes, justas ou exageradas. Essa nova postura só agora brotou publicamente, em tom de desabafo mesmo.

A explicação óbvia vem daquela frase imortal do jornalista Joelmir Beting. Ele dizia que o órgão mais sensível do ser humano é o bolso. 

Ninguém ignora que a indústria automobilística ganhou muito dinheiro com o crescimento quase explosivo das vendas internas entre 2004 e 2013, alimentadas por demanda reprimida (1999 a 2003), crédito fácil e descontrolado, aumento do poder aquisitivo dos compradores e estímulos fiscais em momentos difíceis. Geraram-se lucros remetidos às matrizes.

O cenário de hoje, exatamente o oposto, atacou o bolso. Os prejuízos começaram já no ano passado e no momento as matrizes estão socorrendo as filiais com empréstimos até para fechar as contas no fim do mês. 

Afinal, salários na indústria acima da inflação e preços dos carros corrigidos por percentual inferior não dão liga. Essa fase acabou e aumentos reais pioram tudo. 

Nenhum acionista gosta de saber que perde dinheiro, se antes ganhava, e está agora “devolvendo” parte do que havia embolsado. São da regra econômica os ciclos bons e ruins, mas importa a tendência apontar para cima.

Também se ouviram vozes ainda mais pessimistas. O início da tímida recuperação poderia ficar para 2017 e não começar no último trimestre de 2016. 
Parece haver um desconhecido porão no fundo do poço. 

Somando-se veículos leves e pesados as vendas talvez não cheguem a 2,1 milhões de unidades em 2016 ou 16% menos que os prováveis 2,5 milhões deste ano. 

No rumo contrário, o instituto Ipsos Brasil disse ter detectado em pesquisa que nos últimos meses cresceu a intenção de compra de carros novos pelos consumidores. Infelizmente, isso não foi confirmado pelos bancos. 

A associação das instituições vinculadas aos fabricantes (ANEF) reafirmou a procura menor por financiamentos, independentemente da maior seletividade na aprovação de cadastros de interessados.

Em meio a interpretações e previsões de alguma forma divergentes, pelo menos há um consenso positivo. 

Nenhum fabricante admitiu cancelar investimentos. Eles estão mantidos, certamente a um ritmo menor, mas a ameaça de desinvestimento, como já ocorrida no passado, parece descartada. 

Voltar à condição de país do futuro é algo bem desconfortável, mas é o consolo que restou.

RODA VIVA 

EMBORA a FCA não tenha decidido sobre a produção – mesmo em regime de montagem de componentes importados (CKD) – do seu novo sedã médio-compacto na fábrica de Goiana (PE), as chances de isso ocorrer aumentaram. 

O carro existe, recuperou o nome Tipo, dos anos 1990, em alguns mercados, mas nem mesmo isso se confirmaria aqui por problemas do passado.

EXEMPLO correto de uso de vidros escurecidos no novo monovolume C4 Picasso (segunda geração): da coluna central para trás. 

Nas janelas dianteiras eles são apenas esverdeados para garantir visibilidade correta. 

No Brasil a regulamentação do Contran é exatamente essa, mas quase ninguém respeita. Inexiste fiscalização e, portanto, mais uma lei que não “pegou”.

FOCUS FASTBACK vem alcançando resultados superiores de vendas em relação às gerações anteriores do mesmo sedã não apenas por esforço de marketing da Ford. 

Sua dirigibilidade ficou melhor, direção mais precisa e suspensão traseira independente multibraço com barra estabilizadora é referência no segmento. Espaço para pernas atrás poderia ser melhor.

GOVERNO FEDERAL
criou incentivos fiscais para veículos puramente elétricos ou híbridos recarregáveis em tomadas, como em outros países. 

Desculpa anterior era risco de apagão elétrico, mas a procura por esses veículos é tão baixa que soava ridículo. 

Tarifa de importação cai de 35% para algo entre 2% e 7% (híbridos) e de 0% a 2% (elétricos), dependendo de sua eficiência.

SEGUNDO o Observatório Nacional de Segurança Viária, ao analisar dados oficiais, mais de 15% dos mortos no trânsito são idosos (60 anos ou mais), apesar dessa faixa etária corresponder a cerca de 11% da população. 

Pedestres representam a maior parte das vítimas. Ou seja, motoristas precisam ficar ainda mais atentos às limitações da terceira idade.
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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

NISSAN LEVA AO SALÃO DO AUTOMÓVEL DE TÓQUIO UM CARRO CONCEITO INSPIRADO NA LIBERDADE DE CRIATIVIDADE. TEM BANCOS GIRATÓRIOS, PAINEL DE INSTRUMENTOS QUE PODEM SE MOVER E O INTERIOR PODE SER ALTERADO A BEL PRAZER DO DONO


Tóquio, Japão – A Nissan Motor Co., Ltd. está exibindo um carro-conceito surpreendente na edição 2015 do Salão do Automóvel de Tóquio.

O Teatro for Dayz é o primeiro carro cujo design foi especialmente concebido para a geração conhecida como 'nativos digitais'.

O Teatro for Dayz é mais do que um carro para uma geração de consumidores acostumados às transformações possibilitadas pela tecnologia e a liberdade de utilizar dispositivos digitais para o compartilhamento de experiências. 

Trata-se de um conceito totalmente 'fora da caixa', que não aceita restrições e desafia qualquer convenção.


A necessidade de eliminar valor agregado"Para desenhar um carro com apelo para a geração que chamamos de 'nativos digitais' tivemos de abrir mão de conhecimentos e abordagens testadas e já consideradas verdades que tínhamos acumulado", afirmou o diretor executivo de Design da Nissan, Satoshi Tai. 

"Por exemplo, através do design, normalmente tentamos transmitir uma sensação de aceleração, potência ou a qualidade suprema. Mas estes valores não ressoam com os compartilhadores nativos. Estes traços de carro apenas chamam a atenção para a tecnologia antiquada que tem pouca relevância para suas vidas", acrescentou.

A Nissan pesquisou profundamente os gostos desta geração, conforme comenta Hidemi Sasaki, Gerente Geral de Planejamento de Produto: "Os nativos digitais consideram que o tempo gasto dentro de um carro deve ser utilizado para compartilhar experiências e conectar com os amigos. Não podemos mais atrair a atenção deste público com os mesmos valores de antigamente".


Design voltado ao compartilhamento de ideias e experiências
O conceito do Teatro for Dayz remete a uma tela em branco, proporcionando liberdade de criação e compartilhamento de experiências. 

O carro é uma plataforma de inspiração, permitindo que os nativos digitais criem suas próprias experiências, conectem com amigos, exibam e compartilhem suas atitudes.


Interior do amanhã é uma tela em branco
Você é apaixonado por carros? Se este é o seu caso, vamos entender se a sua primeira reação ao vir o Teatro for Dayz for "Ué, mas isso é um carro?". 

Tudo bem, porque do lado de dentro são encontrados apenas dois pedais, a direção e bancos brancos.

A este conceito de espaço interno chamamos de "Future Canvas". A aparência pode ser modificada de acordo com a vontade de cada um, graças a tecnologias de exibição de imagens. 

Assim, os bancos giratórios, encostos de cabeça, revestimentos das portas e painel de instrumentos se tornam telas em movimento.

Tai explica como isso funciona: "O interior pode ser alterado visualmente, de acordo com o humor do usuário, seja para jogar games, ou para surpreender seus amigos em um piscar de olhos. Com isso, é a imaginação do nativo digital que determina o que o Teatro for Dayz é, como vai ser usado e no que ele pode se tornar".

À primeira vista, pode parecer estranho encontrar apenas a direção e um painel de instrumentos 'pelado', mas o espaço interno que imaginamos para o conceito não poderia ter maçanetas e controles convencionais, que limitariam as opções de layout e visualização. 

É por isso que a Nissan adotou sistemas por comando de voz e movimento para os equipamentos de áudio e ar-condicionado.

Quando o veículo está em movimento, os dados de navegação e os mostradores são visualizados no painel de instrumentos. Mas quando o carro está parado, tudo isso desaparece. 

Os bancos têm bases que se assemelham a bolas de ginástica, oferecendo uma sustentação bem diferente daquela proporcionada por bancos automotivos tradicionais, com uma pegada bastante original e longe das convenções.


Design externo remete a um dispositivo digital
A Nissan deu mais um passo além ao apresentar o design do Teatro for Dayz que, apesar de não ser orgânico, é acolhedor. Tai comentou: "Adotamos os faróis e a grade frontal em forma de V característicos da Nissan, mas abrimos mão de componentes que transmitem uma ideia de agressividade associados à velocidade, tamanho, elegância e outros atributos que normalmente se esperam encontrar em um carro. A identidade deste carro pertence ao proprietário. Se fizéssemos propostas estilísticas, estaríamos limitando a criatividade do usuário. Isso dá uma ideia daquilo que as pessoas podem esperar de um veículo elétrico no futuro".

Com um esquema cromático em torno de branco e prateado com acabamento acetinado, o design do veículo remete a dispositivos móveis de última geração, oferecendo à geração dos nativos digitais ainda mais espaço para a criatividade.

O design simples e anguloso do Teatro for Dayz maximiza as possibilidades de comunicação e compartilhamento, tanto do lado de dentro como do lado de fora. 


O interior amplo e aberto é o local perfeito para se reunir com os amigos, enquanto que a superfície externa desprovida de ornamentos apresenta telas de LED que oferecem ainda mais opções para expressar a criatividade de cada um. 

De forma geral, o design externo atipicamente simples dá uma impressão de compacidade e solidez, com para-choques e teto arredondados, rodas que se estendem até os cantos externos e balanço dianteiro e traseiro radicalmente mais curtos.

Tanto por dentro como do lado de fora, o Teatro for Dayz é uma folha em branco, permitindo a expressão individual de cada um. 

"Como será que os nativos digitais utilizarão este carro para expressar sua própria personalidade? Vamos aguardar para ver. As primeiras impressões e experiências poderão ser vistas nas redes sociais", comenta Tai.

O Teatro for Dayz é um conceito único nascido dos corações e das mentes dos motoristas do amanhã, permitindo que sejam criadas formas totalmente inovadoras de curtir o automobilismo.


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