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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

A FIAT DESPEDE-SE DO QUASE LENDÁRIO FIAT MILLE COM UMA PRODUÇÃO ESPECIAL DE 2 MIL UNIDADES QUE DENOMINOU GRAZIE MILLE. PELA FALTA DE FREIOS ABS E AIR BAGS NA FRENTE, OBRIGATÓRIOS A PARTIR DE JANEIRO, A ITALIANA TEM ATÉ O DIA 1º DE MARÇO PARA VENDER TODOS. OUTRO QUE SAIU DE LINHA FOI A KOMBI, QUE CIRCULA NO BRASIL DESDE 1953 E FOI USADA EM TODO O TIPO DE TRANSPORTE. A ÚLTIMA KOMBI - SEM O ABS E OS AIR BAGS - NASCEU NO ÚLTIMO DIA 18 DE NÃO TEM DATA DE VALIDADE. GUERRA É GUERRA E RENAULT LEVOU A MELHOR, NA CHINA.


Coluna nº 5213 - 24 de Dezembro de 2013
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Grazie Mille, grazie

Barrado no baile do mercado pela exigência legal de portar air bags – coisa inviável em seu projeto do início dos anos ’80 – o Fiat Mille vai sair de produção. 

A fábrica realiza esforço nestes dias para levar a produção ao limite máximo que permita vendê-lo, até 31 de março.

É a série Grazie – obrigado – Mille, com duas mil unidades. Coisa especial, numerados em plaqueta aposta ao painel. 

Identificados pela exclusiva cor Verde Saquarema, decoração externa, faróis com máscara negra, rodas em liga leve aro 13”, adesivos Grazie Mille. 

Dentro, revestimento em tecido com bordado, sobre tapete, pedaleira, rádio connect, subwoofer, painel de instrumentos com outra grafia, cobertura no porta-malas. Ar condicionado, vidros e travas elétricas. R$ 31.200.

Há muito a agradecer. O Mille chegou em 1983 e nestes 30 anos vendeu bem e se manteve em produção junto com seus sucessores, uma proeza de mercado. 

Foi bem dimensionado e transformou-se no carro de frota e trabalho, posto antes ocupado pelos VW Fusca e Gol.
Mille, série final Grazie Mille


Para provocar, um Mercedes a US$ 499 mil


Fim do ano, hora de 13º salário, participação nos lucros das empresas, balanço nos negócios individuais, é período de generosidades, presentes, gastos largos, muitos rótulos para a injeção de dinheiro na economia do país.

A Mercedes-Benz surgiu como oferta para integrar a lista de presentes: a última edição do esportivo SLS AMG Coupé, em edição especial, a Black Series. 

É o mesmo automóvel superlativo, com desenvolvimento em motor, transmissão, suspensão e aerodinâmica.

Não é um tapa, maquiagem para caracterizar a fornada de despedida deste modelo, mas trabalho amplo. 

Redução de peso, aumento de potência, melhor operação da transmissão. Peso baixou a 1.625 kg, potência subiu consequente ao trabalho nos comandos de válvulas, virabrequim, lubrificação, a 464 kW / 631 cv, a 8.000 rpm, relação onde cada cavalo carrega apenas 2,57 kg. 

A transmissão automática de sete velocidades duas embreagens, foi rebaixada 1 cm para melhor distribuição de peso, e tem coxins gasosos para absorver vibrações. 

O conjunto permite acelerar da imobilidade aos 100 km/h em 3,6s. Para detê-lo, freios de cerâmica, rodas forjadas em liga leve, pneus resistentes aos 317 km/h de velocidade de pico. 

Pacote de eletrônica para garantir segurança, e a sofisticação desnecessária do sistema de som Bang & Olufsen.

O motor, o mais potente ciclo Otto atual, é montado por um engenheiro, que nele aplica uma plaqueta, assinalando seu orgulho.

É automóvel referencial e reverencial. Custa, aqui, chaves na mão, entregue pela Mercedes na porta de sua casa, US$ 499 mil dólares.

AMG SLS, série especial, mais potente. 


Roda-a-Roda

Embolou – PSA – leia Peugeot + Citroën – negociava com a chinesa Dongfeng acordo comercial visando sociedade de amplo espectro. 

Foi atropelada. A Renault fechou negociação com 50% do capital para produção local.

Mercado – O tentativo entendimento mundial com o Irã deve reabrir o bom mercado do país – 1,6 a 2 milhões de
 veículos/ano – a importações e produção local. 

As francesas já estão lá e o Peugeot 208 é o mais vendido. Os EUA pressionam para remoção das barreiras que os demonizava, permitindo aos produtos chegar por exportações ou acordo com as montadoras locais.

Mercosul – Globalização pode trazer alguma novidade Peugeot ao Mercosul, com entrada pela Venezuela, variante ao atual produto. 

Lá se comete misturada de Peugeot 405 dos anos ’90 – três gerações anteriores - com peças locais, e exemplo da estatização: caro ao estado, ruim ao comprador. 

Missão peculiar: vendas subsidiadas a jovens oficiais das forças armadas. Tipo Bolsa Milico.

Amarok 2014 - Para criar novidade e marcando como linha 2014 Volkswagen incrementou o picape Amarok. 

Na versão Highline, de topo, equipamentos antes opcionais, como controle de estabilidade (ESC), a assistência para partida em rampa (HSA), controle automático de descida (HDC), air bags laterais para cabeça e tórax, e a exclusividade setorial dos faróis de neblina que se movimentam em manobras.

Mais - Nestes periféricos incorporados à versão de topo, espelhos retrovisores externos são rebatíveis eletricamente, diminuindo 17 cm na largura do picape. 

E mudança na estrutura do painel para receber tela do computador de bordo, e volante com teclas para som e computador. 

Há engates Isofix – padrão mundial para fixação de cadeirinhas de criança no banco traseiro.

Data – Volkswagen marcou data para apresentar seu mais importante lançamento nesse ano, o UP!: primeira semana de fevereiro, com vendas a seguir. Carro de entrada, atualizado, diferenciado. Mais barato da linha.

Mais – Antes, na última semana de janeiro, a Audi exibirá o A3 em versão Sedan. Quer, como a Coluna antecipou, aumentar a frota, tornar o produto conhecido, movimentar vendas e passagem nas revendas, antecipando-se à produção local.

Audi A3 Sedan



Imagem – Uma das marcas japonesas fazendo veículos no Brasil quer mudar inteiramente sua forma de se relacionar com a imprensa: reformulará caminhos, posturas, executivos. 

Quer formar imagem de simpatia. O presidente teria perguntado porque, no Brasil, nunca jornalista algum o procura. Descobriu, a assessoria impõe barreiras.

Aliás – Se em produtos os nipônicos são bons de serviço, no relacionamento com jornalistas são abaixo de crítica, descompromissados com informação. 

Tomara dê certo, servindo como novo parâmetro ao grupo da etnia no Brasil.

Hora séria – A Honda está em projeto mundial de crescer em vendas, do 1,7 milhão, ano passado, a 2 milhões, em 2016. 

E a nova família Fit/City, mais o recente SUV que no Japão se chama Vezel, mas aqui terá outro nome, é ferramenta para isto.

Diálogo – Rompendo política de distanciamento, a Ford produziu revista especial para impressionante relação de 43 mil oficinas. Utilizará o nome Motorcraft. 

Conteúdo especial, informações técnicas, mimos como ferramentinhas. Visa facilitar conhecimento e sua aplicação – e explicar porque as peças originais tem qualidade e oferecer descontos especiais.

Porquê – Após três anos de uso pouquíssimos clientes levam seu Ford à rede autorizada, recorrendo às oficinas. 

Daí a Ford querer se aproximar deste grupo. Se não vende serviços, quer vender peças.

Mais, do mesmo – 640 ônibus Mercedes-Benz foram adquiridos pela Viação Pioneira, integrando o transporte público do Distrito Federal. 

Negócio de R$ 177 milhões, financiados pelo Banco Mercedes-Benz, parceiro há 10 anos.

Transporte público em Brasília é uma das mazelas da marcante capital.

Negócio – Volvo Construction Equipment adquiriu o negócio de caminhões off-road da Terex. 

Quer mais participar do mercado de movimentação de terra e mineração. US$ 160 milhões, livres, sem dívidas, e inclui fábrica na Escócia, o tudo a ver com caminhões rígidos e articulados, e estrutura de distribuição no mercado estadunidense. Poucas empresas mudaram tanto de dono e país.

Caminho – Pedro Estácio, o Pedrinho, 15, mais novo dos herdeiros do tricampeão de Fórmula 1, Nelson Piquet, fará 15 corridas em cinco finais de semana na Nova Zelândia. 

Neste ano, em Kart, após vitórias na Itália no FIA Academy, recebeu licença para competir com monopostos.

Pré – É a Toyota Racing Series, com monoposto semelhante aos da Fórmula 3, 200 cv. Com talento e genética pode ser o terceiro Piquet a chegar à Fórmula 1.

Piquets: Nelson, pai, centro. Irmãos Lazlo – corre em motos -, e Pedrinho (d)


Ecologia – Projeto de sustentabilidade pela Mercedes-Benz no Brasil ganhou prêmio mundial da empresa. 

Implantado junto à rede de concessionários da marca, motivou responsabilidades e a produção de um manual de procedimentos.

Implantar e sedimentar práticas ecológicas em oficinas é desafio dos maiores.

Gente – Glauco Lucena, jornalista especializado em veículos, mudança. 

OOOO Após 9 anos na revista Autoesporte, coordenará, pela controladora Fiat, àrea de imprensa da Chrysler. 

OOOO José Luiz Vieira, 81, decano dos jornalistas especializados no Brasil, deixou a Abiauto, associação profissional. 

OOOO Questões paralelas. Perda sensível. OOOO


O adeus da Velha Senhora

Fenômeno industrial, a Kombi encerrou a produção às 22h46, do dia 18 de dezembro, antes mesmo da polêmica discussão sobre prolongar ou retomar sua produção.

Chegou ao Brasil ao início da década de ’50, quando a marca era representada pela Brasmotor. Foi montada por esta e pela nascente VW do Brasil, instalada no Brasil a partir de 1953. 

Após, foi o primeiro produto da monumental fábrica da empresa em São Bernardo do Campo, SP. Primeira e maior das instalações industriais fora da Alemanha.

O arranjo mecânico simples – grupo moto propulsor traseiro – amplo espaço para carregar cargas, em excepcional relação entre peso e carga transportada, ambos em torno de uma tonelada, resistente ao uso, simples para manutenção, e o fato de ser único produto com sua morfologia tornaram-na sem concorrente.

Teve motores 1.100, 1.200, 1.400, 1.500, e 1.600, em diferentes configurações: boxer, L4, refrigerados por ar, por água. 
Funcionou a gasolina, a diesel, por álcool ou gasolina e álcool. 

Transportou famílias, cargas, foi sede de negócios individuais – na nascente Brasília foi escritório de depois famoso advogado – e até hoje aplicada, móvel ou não, como base para lava jato, costureiras, chaveiros, e o que mais precisar de espaço. 

De fábrica teve versões para ambulância, carro de polícia, camping, oficina, bombeiros, carrocinha para capturar cães sem dono, carro fúnebre. De tudo um pouco e um tudo.

Poucos veículos tiveram tão amplo leque de aplicações, e nenhum sua ampla vida no Brasil: a velha senhora, que agora deixa o palco, nele trabalhou, diuturnamente, de 1957 a 2013. 

Nas festividades de sua despedida a Volkswagen prepara livro digital – www.kombi.vw - e livro físico.

Última Kombi, dia 18

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edita@rnasser.com.br

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

NATAL DE FELICIDADE E DE AGRADECIMENTO


E pronto, chegamos à véspera de um novo Natal, que muitos desejam pelo momento de confraternização em que corações e mentes sintonizados na mesma onda comemoram a data das mais diversas maneiras e tons, mas todas objetivando um único fim: viver, ser feliz, juntar parentes e amigos, ou até mesmo se refugiar no seu canto e curtir um Natal seu, talvez, lembrando os mais queridos que se foram, fazendo uma retrospectiva do que foi sua vida neste ano. 

A todos esses amigos que me dedicaram atenção, carinho, apoio, que me deram uma força infinita no Blog do Arnaldo Moreira - e só assim esta publicação registrou mais de 410 mil visitas, desde fevereiro de 2012 - quando acreditei nesse trabalho, incentivado pela minha doce Lana - desejo que tenham o NATAL MAIS FELIZ DE SUAS VIDAS, REGADO POR MUITA ALEGRIA E PLENA SAÚDE.

Um forte e sincero abraço do Arnaldo Moreira.

domingo, 22 de dezembro de 2013

COMPRE UM CAMARO PARA SEU FILHOTE. CUSTA R$ 1.049,00



São Caetano do Sul – A empresa Brinquedos Bandeirante em parceria com a marca Chevrolet lança no mercado brasileiro uma versão mini do modelo superesportivo Camaro, um dos destaques na área de brinquedos nesta época de Natal de 2013.

O Camaro R/C – EI 6V tem um design exclusivo e pode ser utilizado de duas formas: a criança dirigindo e acelerando o pequeno veículo, ou com controle remoto, situação na qual o adulto auxilia as crianças iniciantes a interagirem com o brinquedo. O preço público sugerido da miniatura do Camaro é de R$1.049,00.

Equipado com câmbio com as marchas para a frente e também a ré, o modelo tem volante com buzina, botão de acionamento de controle remoto e atinge a velocidade de quatro quilômetros por hora. Movido por bateria recarregável de seis volts, ele conta com carregador automático 127/220 volts e controle remoto. É indicado para crianças de três a seis anos, suporta peso de até 25 quilos.

sábado, 21 de dezembro de 2013

A UNIDADE MINEIRA DA FIAT É A PRIMEIRA FÁBRICA DE AUTOMÓVEIS DO PAÍS A CONQUISTAR ISO 50001. ECONOMIA DE ENERGIA E REDUÇÃO DE EMISSÕES DE POLUENTES. A MARCA INVESTIU MAIS DE R$ 30 MILHÕES PARA MELHORAR A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E AMBIENTAL. A FIAT ESTÁ DE PARABÉNS.


A Fiat acaba de se tornar a primeira fábrica de automóveis do País a obter a ISO 50001, de gestão de energia. 

Para conquistar a certificação, a empresa investiu na disseminação de tecnologias e práticas para a melhoria do desempenho energético em todos os seus processos de produção, desde o projeto até a montagem final. 

Para cada veículo produzido, a redução do consumo de energia chegou a 57% desde 1994. 

Nos últimos cinco anos, os investimentos diretos em gestão ambiental e energia ultrapassaram R$ 30 milhões, além de recursos indiretos que resultaram em melhorias técnicas para a eficiência energética.

A energia que deixou de ser consumida na fábrica de Betim (MG) em função das melhorias realizadas seria suficiente para abastecer durante um ano uma cidade de 80 mil habitantes. 

Para que isso fosse possível, a equipe de Meio Ambiente da Fiat pesquisou cada unidade da fábrica, identificando perdas e buscando oportunidades de redução do consumo. 


Nas cabines de exaustão e insuflamento da Pintura, por exemplo, foram instalados, em 2012 e 2013, inversores de frequência para controlar o uso do motor elétrico responsável pela injeção de ar fresco. 

No sistema anterior, o equipamento funcionava ininterruptamente com 100% da capacidade. 

O investimento foi de R$ 2 milhões e os resultados expressivos: queda de 30% do consumo de energia da unidade de Pintura.

A soma das diversas iniciativas de eficiência energética contribui para que a Fiat torne-se ainda mais competitiva no mercado. 

“Além de significar menor impacto ao meio ambiente, gera economia”, ressalta o gerente de Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho da Fiat Chrysler para a América Latina, Cristiano Felix.

Na planta de Betim, a maior da Fiat Chrysler no mundo, são utilizadas diversas fontes de energia: elétrica, ar comprimido, vapor, água superaquecida, gás natural e combustíveis. 


Atualmente, 99% da energia elétrica usada vem de fontes renováveis (predominantemente hidráulica), incluindo os painéis solares fotovoltaicos instalados na fábrica, que são capazes de gerar cerca de 19,5 mil kW/ano, utilizados para acender lâmpadas. 

Na contabilidade da ecoeficiência, o uso de fontes alternativas de energia fez a diferença para a conquista da certificação. 

Somente com a instalação das lentes prismáticas nos telhados dos galpões, para iluminação interna a partir da luz solar, foi possível a economia de 45.904,32 Kw por ano, o equivalente ao abastecimento de 27 residências no mesmo período. Com essa iniciativa, deixaram de ser emitidas 153 toneladas de CO2 por ano.

Processos
De acordo com Cristiano Felix, grande parte das mudanças para redução do consumo de energia é realizada há mais de 15 anos. 

Na Pintura, em 1997, foi instalado um sistema de reaproveitamento de água quente, resultando em 25% de redução do consumo de gás natural na unidade. 

Já a substituição de compressores de ar comprimido por equipamentos mais eficientes, na mesma época, gerou 5% de redução de consumo energético.

Uma importante ferramenta para a mobilização dos empregados na conquista da ISO 50001 foi a metodologia do World Class Manufacturing (WCM), adotada por todas as empresas do Grupo Fiat no mundo para melhorar a eficiência da produção e eliminar perdas e desperdícios. 

Entre os pilares do WCM está o de energia e todos os profissionais são estimulados a liderar mudanças com ações dentro da rotina do trabalho, consolidando a cultura da prevenção do impacto ambiental e uso consciente dos recursos naturais.

A ISO 50001 foi introduzida no Brasil em 2011 pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 

A norma especifica requisitos para implementação e manutenção de um sistema de gestão da energia, com o propósito de habilitar organizações de todos os portes a buscarem a melhoria contínua de seu desempenho.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

DIA DO MECÂNICO COMEMORADO HOJE 20/12 LEMBRA A IMPORTÂNCIA DESSE PROFISSIONAL, DE QUEM A TECNOLOGIA CADA VEZ MAIS EXIGE MAIOR ESPECIALIZAÇÃO E APERFEIÇOAMENTOS CONSTANTES. SENAIS OFERECE CURSOS PARA INICIANTES E PROFISSIONAIS. FINALMENTE, TODOS OS CARROS VENDIDOS NO BRASIL TERÃO FREIOS ABS E AIR BABS FRONTAIS, OBRIGATÓRIOS.



MECÂNICA ONLINE® 

Nº 56 - 20 / 12 / 2013


20 de dezembro: Dia do Mecânico

Com mais de 100 mil oficinas, mercado 
exige profissional cada vez mais qualificado.



De médico e louco todo mundo tem um pouco. Partindo do conhecido ditado podemos dizer que na hora que precisamos “tratar” de nosso veículo, o melhor médico recomendado é o mecânico. E o que médicos e mecânicos precisam ter em comum? Capacitação, qualificação.

Já passou o tempo onde encontrávamos nas oficinas aqueles lindos pôsteres, mão e roupas repletas de graxa, barba por fazer e por aí vai, é fácil lembrar esse cenário que faz parte do passado das oficinas.

Os verdadeiros médicos, doutores de nossos carros, os mecânicos, são eles que nos dão: segurança, conforto e economia, para nosso lazer, prazer, trabalho e realizações. 


O mecânico é o profissional que cuida da manutenção de veículos, motocicletas, motores e similares, desmontando, reparando, substituindo, ajustando e lubrificando o motor e peças anexas, órgãos de transmissão, freios, direção, suspensão e equipamento auxiliar, para assegurar-lhes condições de funcionamento regular.

Esses profissionais utilizam ferramentas e instrumentos apropriados, para recondicionar o veículo e assegurar seu funcionamento regular. 

Essa profissão sofreu grandes transformações com o decorrer dos anos, limpou seu ambiente de trabalho, organizou sua clientela e aprendeu que para continuar no mercado é preciso se atualizar sempre.

Para muitos parecia que não seria necessário ter o mecânico, a profissão do passado cresce e se torna atualmente a profissão do futuro. 

Para isso o mecânico agora se torna reparador e precisa se preparar e buscar qualificação, profissionalização, para se manter atualizado com as novas tecnologias e inovações, cada vez mais sofisticadas.


Entre os vários caminhos para buscar sua qualificação, o mecânico pode buscar institutos e treinamentos especializados, com referências no mercado automotivo e do MEC, e que oferecem cursos pagos e gratuitos em todo o Brasil. 

A internet é hoje uma importante ferramenta na formação desse novo conhecimento. 

Vejamos por onde começar:


Senai - Oferece cursos de formação continuada, desde iniciantes até profissionais que já atuam na área e buscam aperfeiçoamento e especialização.

Institutos Federais - Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia cobrem todo o território nacional. 

Já é possível, por exemplo, realizar Curso Técnico em Manutenção Automotiva através do sistema e-Tec Brasil, combinando aulas presenciais com educação à distância.

Etecs e Fatecs - Em São Paulo, o Centro Paula Souza, que administra as Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades Técnicas (Fatecs), oferece gratuitamente cursos técnicos profissionalizantes em Automobilística.


Mecâni
a Online® - Oferece treinamentos on-line sobre mecânica automotiva, estrutura do automóvel, injeção eletrônica e diversas áreas relacionadas com o automóvel. 

Disponibiliza também a Coleção AutoMecânica, com os mais recentes assuntos da tecnologia veicular.

Universidade do Mecânico - Programa nacional de treinamento à distância.

Graduação - Para quem já possui ensino médio completo e deseja ter diploma de engenheiro, as opções são bastante variadas, como os cursos de engenharia mecânica ou mesmo os de engenharia mecatrônica, que combina mecânica, ciência da computação e eletrônica, uma mão na roda para entender os automóveis atuais.


MECÂNICA ONLINE

· ABS e Air bag – O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, declarou que a decisão do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) de manter a obrigatoriedade do air bag e dos freios ABS para os novos veículos a partir de janeiro de 2014 elevará o padrão de segurança dos veículos. 

A medida, segundo ele, vai preservar vidas. “Já perdemos muitas vidas no trânsito. Estes equipamentos efetivamente têm contribuído para diminuir as vítimas de acidentes”, disse.

· Motorcraft – A Ford, por intermédio de sua área de peças, começa a distribuir uma revista especial para 43 mil oficinas independentes do Brasil. 

Chamada Motorcraft, a marca de peças de reposição da Ford, a primeira edição da revista começa a ser entregue no dia de hoje, 20 de dezembro, o "Dia do Reparador".

· Carro do Ano 2014 – O Novo Golf foi eleito o “Carro do Ano 2014”, vencendo 16 veículos finalistas na 47ª edição da premiação promovida pela Revista Autoesporte, da Editora Globo, que ocorreu em São Paulo. 

O júri também elegeu o motor EA211 1.0L três cilindros como o “Motor do Ano até 2.0L” e o Fox 1.0L BlueMotion o “Carro Verde do Ano 2014”.
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Tarcisio Dias – Profissional e Técnico em Mecânica, além de Engenheiro Mecânica com habilitação em Mecatrônica e Radialista, é gerente de conteúdo do Portal Mecânica Online® (www.mecanicaonline.com.br) e desenvolve a Coleção AutoMecânica.
E-mail: redacao@mecanicaonline.com.br


O MUNDO AUTOMOTIVO TUPINIQUIM PARECE ESTAR ENTRANDO NO EIXO DO NOVO MUNDO. JÁ NÃO ERA SEM TEMPO, MUITOS SE LEMBRAM QUE O EX-PRESIDENTE COLLOR CONSIDEROU OS CARROS PRODUZIDOS NO BRASIL VERDADEIRAS CARROÇAS, MAS DE LÁ - IDOS DE 1980 - ATÉ HOJE HOUVE MUITAS MUDANÇAS E 2014 PROMETE MELHORIAS SIGNIFICATIVAS NOS VEÍCULOS A SEREM LANÇADOS. UMA COISA OS BRASILEIROS JÁ CONSEGUIRAM: ABS E AIR BAGS EM TODOS OS MODELOS VENDIDOS NO PAÍS. DIVERSOS CARROS SAIRÃO DE LINHA PARA DAR LUGAR A NOVOS MODELOS MAIS SEGUROS.

Alta Roda 

Nº 764 —20/12/13

Fernando Calmon 


DESGASTE DESNECESSÁRIO

A extensa lista de modelos que sairão de linha em 2013 demonstra que alguns fabricantes, finalmente, se convenceram de não valer a pena passar por tantos desgastes. 

E a senha para esse fim foi justamente a lei que estabeleceu freios ABS e bolsas infláveis, embora razões de mercado também tenham prevalecido.

Picape Courier foi a primeira baixa do ano, ainda em abril. Até 31 de dezembro, a relação de fim de fabricação (FdF) será engrossada por Kombi, Mille, Fiorino antigo, Ka e Gol Geração IV (poderia receber os itens citados, mas dará lugar ao UP!). 

FdF não significa fim de vendas, pois há estoques. No caso dos itens de segurança o limite é 31 de março próximo. 

Mas há outros casos. Fiesta Rocam ganhou sobrevida de alguns meses até a chegada do novo Ka. 

O Golf IV, por razões comerciais/industriais e não técnicas, também terá FdF nos próximos dias, mas será comercializado até o final do estoque em 2014.

Kombi é um fenômeno único de longevidade da segunda metade do século passado. Completou 57 anos de fabricação (inclui o primeiro ano, 1957) graças ao uso prevalecente como veículo de trabalho. 


Surpresa maior, o Mille esteve em produção por nada menos de 30 anos (inclui 1984), algo raríssimo no caso de automóveis e ainda porque só ocorreram mudanças superficiais. 

Gol G IV superou o Mille nessa disputa inglória: saiu das linhas de montagem por 34 anos (inclui 1980). 

Mas o líder de mercado teve entre-eixos aumentado e carroceria arredondada em 1994 (apelidado de Bolinha), o que talvez o coloque na história como exemplo digno de purgatório por ter, afinal, compatibilidade com recursos primários de segurança.

Há pessoas que choram o fim de modelos superados por meio de regulamentos de segurança e ambientais ou até empregos perdidos. Nada mais falso. 


Essa mentalidade levou à situação absurda em que governo e parte dos fabricantes aventaram, semana passada, adiar a obrigatoriedade do uso de airbags e ABS por dois anos, a partir de 1º de janeiro próximo.

Depois de embates nos bastidores, recuaram parcialmente. A Kombi sobreviverá por dois anos – única exceção – com desculpas como empregos gerados e pelo uso comercial. 


Estrago institucional, no entanto, já está feito. Péssimo para o País mudar regras a menos de 15 dias de vigorar. 

Volkswagen, inclusive, deve explicações ou compensações a quem já adquiriu as duas séries especiais “Última Edição”.

Governo mostra improvisação. Nos EUA, há 40 anos, houve cronograma diferenciado e limitado para exigências de segurança entre automóveis e veículos comerciais leves. 


Aqui, em 2009, já se sabia que o furgão alemão tinha características únicas e, eventualmente, insubstituíveis. 

O escalonamento de cinco anos, estabelecido pelo Contran, era razoável. Deixar isso para a undécima hora, a fim de agradar sindicalistas ou usuários específicos, é um tremendo desgaste.

Por que governo e indústria não aprendem a lição e estabelecem novas exigências factíveis para os próximos cinco anos? 


Imobilidade é tudo que organizações oportunistas, como Latin NCAP, desejam para conduzir testes e critérios discutíveis.

RODA VIVA

BMW GROUP surpreendeu ao ampliar seu comprometimento com o mercado brasileiro. Já se sabia que o sedã Série 3 (mais vendido da marca aqui e no mundo) e o SUV derivado dele, X1, além do hatch Série 1, modelo de entrada, estavam entre os que entrarão em produção em Araquari (SC). Inclui agora o X3 (arquitetura com base no sedã Série 5) e o Mini Countryman.

PELA primeira vez, BMW e Mini dividirão o mesmo teto de uma fábrica, a partir de outubro de 2014. Cronograma prevê intervalo de apenas três meses para os três primeiros produtos. 


É bem provável que por sair na frente no segmento premium e projetar a maior capacidade instalada (32.000 unidades/ano), existam planos ainda mais ousados, incluindo exportações.

STRADA cabine dupla de três portas não oferece espaço razoável para adultos no banco traseiro, porém no uso urbano a porta extra, atrás, agiliza o acesso na maioria dos casos. 


Impressiona a robustez da solução, mesmo em pisos ondulados e buracos. Melhor combinação é a versão avaliada: motor 1,8 l/132 cv (etanol) e câmbio automatizado, apesar do preço salgado.

CHERY admite ter avaliado mal a competitividade dos produtos importados da China, em meio à contração do número de concessionárias. Queda de vendas foi de 40% em 2013, sobre 2012. 


Inauguração da fábrica de Jacareí (SP), no segundo trimestre de 2014, produtos mais atuais, rede ampliada, centro de pesquisas e unidade de motores ajudarão na virada que ela espera.

PARA ganhar – ou manter, no pior cenário – dinamismo nas vendas, a JAC, segunda marca chinesa a construir fábrica no Brasil (2015), aposta em sistemas multimídia nas linhas J3 e J6. 


Tela tátil de 6,2 pol. no painel ou na parte posterior dos encostos de cabeça dianteiros, sem cobrança adicional, é uma fórmula de atrair e evitar descontos que repercutem no valor de revenda.
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fernando@calmon.jor.br e www.twitter.com/fernandocalmon

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

FIAT APRESENTA A SÉRIE ESPECIAL GRAZIE MILLE. CUSTA R$ 31.200, SEM FREIOS ABS E AIR BAGS PARA MOTORISTA E CARONA.


No mês em que completa e comemora seu 12º ano de liderança no mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves, a Fiat apresenta a Série Especial Grazie Mille, com exclusiva tiragem limitada a duas mil unidades do modelo Fiat Mille, que serão numerados e já estão disponíveis na rede de concessionárias Fiat, por R$ 31.200.


A série oferece maior requinte, conforto, conteúdos inéditos e nova cor Verde Saquarema, desenvolvida somente para esta série.
A Série Especial Grazie Mille, contará com conteúdos exclusivos, melhor acabamento interno, além de detalhes estéticos externos e internos que remetem à exclusividade desta série. 

Itens Internos:
• Tecido exclusivo com bordado Grazie Mille 
• Rádio Connect com CD/MP3, viva voz Bluetooth e entrada USB 
• Subwoofer 
• Novo grafia do quadro de instrumentos • Pedaleiras esportivas 
• Nova cor da caixa de ar 
• Logo da Série Especial na soleira das portas 
• Placa com numeração do carro no painel 
• Apoio de cabeça banco traseiro (2) 
• Cobertura do triangulo de segurança e extintor 
• Cobertura completa do porta-malas 
• Sobre tapetes em carpete 
• Forro do teto na cor preta (inclui revestimentos das colunas internas).



Itens Externos:
• Faróis de máscara negra
• Rodas de liga leve aro 13” com pintura exclusiva 
• Ponteira de escapamento esportiva 
• Nova cor exclusiva Verde Saquarema (será oferecido também o Prata Bari).
• Adesivos Grazie Mille
• Frisos laterais
• Pintura da caixa de roda



Esta Série Especial chega ainda com ar condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricas, desembaçador/ limpador do vidro traseiro e retrovisor externo com comando interno.


  • VIVACE 1.0 EVO 2014 2P


    a partir de
    R$ 26.400
  • VIVACE 1.0 EVO 2014 4P


    a partir de
    R$ 28.150
  • ECONOMY 1.4 EVO 2014 4P


    a partir de
    R$ 30.160
  • WAY 1.0 EVO 2014 4P


    a partir de
    R$ 29.180
  • WAY 1.4 EVO 2014 4P


    a partir de
    R$ 33.030
  • SPORTING 1.4 EVO 2013 4P



FINALMENTE, TEREMOS À VENDA NO BRASIL UM CARRO VERDADEIRAMENTE ECONÔMICO, O NOVO UP!, DA VOLKSWAGEN, QUE SERÁ APRESENTADO NOS PRIMEIROS DIAS DE 2014 E VENDIDO DEPOIS DO CARNAVAL. EM ESTRADA FAZ 20 KM/L E SUBSTITUIRÁ O GOL G4. A FORD LANÇARÁ ANO QUE VEM 23 NOVOS PRODUTOS E JÁ SE FIRMA COMO A MARCA DE MAIOR CRESCIMENTO NO MUNDO.


Coluna nº 5113 - 19 de Dezembro de 2013
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Senhores, o novo UP! Brasileiro

Primeira foto do UP! brasileiro. (Nicoabella-Autoblog Uruguay)


Sem alarde a Volkswagen iniciou produção pré-série seu modelo UP!. Menor, mais barato, mecânica avançada em seus três cilindros, demarra outro capítulo da história da VW no Brasil – o dos produtos atualizados.

Nosso UP!, com pré-apresentação nos primeiros dias de janeiro e vendas pós-Carnaval, difere-se do original alemão. 

Visualmente o teto avança mais para a traseira, encontrando a porta posterior, em chapa envolvendo o vidro – no europeu a tampa traseira é em vidro. 

Solução ganha alguns centímetros, criando o terceiro lugar no banco traseiro, com apoio de cabeça aos usuários. 

Trabalho nos bancos frontais esculpe espaço para melhor acomodação. Tanque de combustível aumentado de 35 para 50 litros, em razão de nossas distâncias continentais.

A parte decorativa também é implementada relativamente ao modelo eslovaco, vendido na Europa. 

É mais refinado, pois nossa clientela tem mais idade e exigências quanto a cuidados visuais, como os faróis auxiliares, friso lateral, piscas incluídos nos espelhos retrovisores externos aparentemente os do Fox Cross. 

Há dúvida pouco esclarecida sobre a distância entre eixos ter sido aumentada em 2 cm, indo a 2,45m. Parece pouco crível tal modificação.

Mecânica conhecida com o citado motor EA211, 1.0, três cilindros, 12 válvulas, 82 cv, em produção em São Carlos, SP, transmissão de cinco marchas. 

Para completar o pacote de adequação ao perfil do comprador nacional, outra exclusividade no portfólio: opção do câmbio automatizado, único 1.0 a portá-lo. 

Econômico. Em estrada livre, calcule 20 km/l de gasolina. A relação consumo x rendimento viabiliza o uso do álcool.

O UP! será o Volkswagen de entrada, substituindo o cansado Gol G4.
Divergem dados quanto ao desenvolvimento das diferenças introduzidas no UP! brasileiro. Fontes asseguram ser trabalho nacional, outras, trabalho realizado na pista de provas da VW na Alemanha, por aqui inexistente.

O bom trabalho jornalístico da apresentação pioneira – antes os carros foram vistos apenas com painéis para disfarçar as formas - é do bom sítio uruguaio Autoblog.UY, com fotos de Nico Abella, surpreendendo grupo de UPs! em fotos de publicidade em Montevidéu, Uruguai.


Vista lateral 


Roda-a-Roda

+ um – Final de janeiro, a Geely, chinesa, em acordo com a Nordex, montadora uruguaia, e o grupo nacional Gandini, inicia distribuir seus produtos no Brasil.

Bom negócio – Fazer automóvel no Uruguai é ótimo. País formidável para se viver, facilidades legais para mesclar peças importadas com adições locais, e tremendo mercado fronteiriço, o Brasil.

Não disse? - Nos primeiros 11 meses deste ano as exportações uruguaias de veículos chegaram a US$ 522 milhões, representando 14.574 veículos. Brasil consumiu 9.533 unidades, US$ 136 milhões. 

Importamos Cherys, Lifans, Kias Bongos. Lá a Renault faz caminhões, não enviados ao Brasil. Exportações são 95% da produção.

… 2 – Fevereiro passado dirigi, em Genebra, o VW XL1, capaz de fazer 100 km/litro de diesel. Num sanduíche com colegas internacionais, boa parte deslumbrada com o resultado, disse não acreditar no produto como veículo, nem em vendas. 

Via-o demonstração de poder de Ferdinand Piech, presidente do conselho da marca, e base para outros produtos, com mais jeito de automóvel e quase tão econômicos.

E? – Fui olhado com comiseração e generosidade. Tez morena, terceiro mundista, em seletíssimo grupo mundial a dirigir o carro, era um sacrílego vindo de longe, mal informado. Um sem noção.

E? – Informo, feliz, acerto da previsão: a VW não levou adiante o XL1, mas enfiou sua tecnologia num UP! e, combinando pequeno motor diesel turbo, dois cilindros, 800 cm3, de sua criação e produção, 48 cv (35kW) com gerador e motor elétrico – de idêntica potência. Gasta mais para andar 100 km: 1,1 litro de diesel!

O UP! diesel/elétrico. 100 Km/Litro 


Negócio – A aliança PSA/GM feita quando esta adquiriu 7% da secular empresa familiar francesa, uniram compras, logística, e desenvolvimento de projetos e motor, deu um breque: a GM venderá as ações. E projeto de dois carros sobre plataforma Peugeot e de motor pequeno foram cancelados.

Novidades – Mantida sinergia negocial, desenvolvimento de dois veículos em plataforma PSA, um multiuso sobre o 3008 e criação de SUV pequeno, sobre o 208, cujo irmão será lançado no Brasil neste ano.

Xing Ling – Aparentemente para deter prejuízos e perdas, a PSA, controladora de Peugeot e Citroën venderá sensível parte de suas ações à chinesa Dongfeng. E uma das exigências para o negócio é o afastar da GM, sócia de outra chinesa.

Reação
– A Ford é a marca de veículos de maior crescimento mundial neste ano, elevando vendas em 11,74% relativamente a 2012 e crendo superar 5 milhões. 

Em 2014, lançará 23 novos produtos no mundo, dobro deste ano. Líder de vendas, o Focus, picapes da série F, e na prática alívio geral: sobrevivência da luxuosa marca Lincoln, antes em crise.

Vida nova – 23 de janeiro Mercedes apresentará o CLA, seu sedã pequeno e charmoso, aguerrido vendedor, interessado em ocupar a clientela de entrada na marca, catapultando, como informou a Coluna passada, o Classe C e seus preços para cima. O CLA custará em torno de R$ 140 mil.

Bom senso – A Presidente esvaziou o balão eleitoreiro soprado pelo ministro Guido Mantega, da Fazenda: adiar a obrigatoriedade, a partir de 1º de Janeiro, de uso do air bags e ABS. O adiamento permitiria manter VW Kombi e Fiat Mille em produção.

... II – Alegação irresponsável e eleitoreira partindo de São Bernardo, preservar empregos. 

Alguém soprou no ouvido presidencial: que produção cresceu relativamente a 2013 – sem dispensas; que no processo industrial fim de produto começa muito tempo antes, desmobilizando fornecedores – não é ordem para o dia seguinte; que, houvesse desemprego, seria nos fornecedores dos tais equipamentos; que os custos gerados pelos acidentes, danos e perdas humanas são enormes ao País e à Fazenda.

Pia – Reunião em Brasília para consensuar, presentes governo federal, Anfavea, sindicato e Volkswagen teve encerramento romano: o governo lavou as mãos, passou a decisão à Volkswagen sob pressão eleitoreira do sindicato dos metalúrgicos do ABC. 

007 - Aos 23 de dezembro, véspera do fim de ano, quando tudo se transforma em brinde, a população saberá se ganhou – com o fim dos carros sem ABS e air bag -, ou perdeu, com sobrevida para a velha senhora, considerada exceção. Se, será espécie de 007 automobilístico.

A dona – A Volkswagen estará em férias, a produção da Kombi ter-se-á encerrado. Taticamente informa, aí, então, considerará a possibilidade de reatar a produção, remontando o processo de compra, produção e junção de peças. 

Espera-se, alguém governo federal dê um basta no conceito atual, que vê o Brasil como parte da Grande São Bernardo do Campo. 

Imagem – Para se preservar e dissociar sua imagem de confusão, violência e práticas antidesportivas, a Nissan, montadora em instalação no Rio de Janeiro, cancelou seu patrocínio ao Vasco da Gama. 

Tô fora - Elementos de sua torcida se meteram em atos de selvageria contra o Atlético Paranaense, em Joinville, e a empresa considerou inaceitável violência, incompatível com sua postura de patrocinar o esporte. Prejú de R$ 21 milhões, até 2017. Dias mais difíceis virão.

Lei – Diário Oficial de 13/12 traz Resolução 465/2013 do Contran regulamentando bicicletas elétricas, limitando assistência – ajuda externa – seja apenas por pedal. 

A Dafra, montadora universal em Manaus, comemora: seus produtos estão enquadrados.

Lei, 2 – Alguns postos já têm, e todos terão a partir de 2014, a nova gasolina S 50. S de Súfur, enxofre, e 50 o número de partículas, agora reduzido dos atuais 800 para 50 partes/milhão. Toda a gasolina é refinada pela Petrobrás. 

Melhor - O enxofre é retirado por reação química, utilizado para outros produtos, e a gasolina menos poluente amplia a operação do motor por atacar menos o óleo lubrificante. 

Maior ganho, por menos sacrifício químico, aos motores com injeção direta, caminho irreversível. Não se fala em aumento de custos – se os há -, em ano eleitoral.

Mobilidade – Bicicletas elétricas se transformam em opção ao uso do carro. Na Bélgica, empresas incentivam a troca pagando o equivalente a R$ 0,70/km, compensados por incentivo fiscal do governo.

Gente
– Luiz Carlos Moraes, 54, economista, 35 anos de Mercedes-Benz, trabalho em dobro. 

OOOO Acumulará Diretoria de Relacionamento Corporativo, com Relações Públicas e Imprensa.

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Quase outra história
A Fiat está no Brasil há mais de século e industrialmente tentou vir pioneiramente na década de ’50, quando seus modelos 1400 e 1900 eram montados pela Varam Motores, em São Bernardo do Campo, SP. 

Não deu certo, mas não abandonou a ideia de ter um pé no País, tentando vir pela metade, com sua associada francesa Simca, no Governo JK.

O projeto, chamado Vedette, segunda geração deste automóvel Simca, e nele da Fiat teria o planejamento da fábrica – a mais moderna então – e o motor, um 2.0, V8, vencedor ao tracionar o Fiat Otto Vu, esportivo em 114 unidades produzidas. Da combinação surgiria o Simca brasileiro.

O motor sugeria muito. Afinal, era exceção nos rótulos aplicáveis aos carros iniciando nossa indústria: ou eram fracassados, ou estavam em fim de vida. Ao contrário, projeto recente, em alumínio, 2 litros, 8 cilindros em V a 70 graus, 16 válvulas, comando no bloco, projeto de Dante Giacosa, mago criador do Cisitalia, dava muita potência de fábrica: chegou a 127 cv em versão Siata.

Poupar recursos para os primeiros passos para o mercado comum europeu e a decisão de implantar a marca na França, concorrendo com a associada, mudaram o projeto. 

A Fiat saiu do negócio; a Simca veio com o Vedette III, o Chambord, e motor antigo, na origem o Ford 60.

Fosse com o Otto Vu, 8V, – assim chamado porquanto a Fiat imaginava ser a expressão V8 de registro pela Ford -, por sua atualidade e bons resultados, com certeza o panorama dos motores de então e das competições teria sido inteiramente outro.

Motor 8V. 2.0 de potência igual à do Opala 4.1 nos anos ’80.
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