Assim como ocorreu entre meados dos anos 1990 e 2010, período em que o BMW Group assumiu o controle da MINI, os oito anos posteriores mostram-se férteis para o designers e projetistas da fabricante britânica, tanto em termos de novas tecnologias, recursos e variantes inéditas do icônico MINI Cooper, quanto para o desafio de preservar as diretrizes tradicionais da marca. Confira, abaixo, os carros-conceito mais importantes da MINI da segunda década do Século 21.
Revelado no Salão de Detroit de 2011, nos Estados Unidos, em comemoração aos 10 anos da chegada da MINI à terra do Tio Sam, o Paceman Concept foi definido como o primeiro cupê de atividades esportivas (SAC) do segmento premium compacto.
De porte viril e dinâmico, o protótipo usava a mesma arquitetura do MINI Countryman, que acabara de ser lançado, e combinava características diferentes, que ressaltavam sua esportividade e robustez, como o teto branco, as rodas de 19 polegadas, a suspensão elevada e as linhas de cintura ascendentes.
Com 4,110 metros de comprimento, 1,789 m de largura e 1,541 m de altura, o Paceman Concept era impulsionado pelo mesmo motor usado no MINI John Cooper Works, na época: um quatro cilindros, 1,6 l, turbo, com 211 cv e que vinha acoplado a uma tração integral.
Se o conceito MINI Crossover (2008) tinha como referência o número 4, por conta das quatro portas, dos quatro assentos e da tração nas quatro rodas, o MINI Rocketman saudava o número 3: media pouco mais de três metros de comprimento, vinha com três portas e três assentos individuais, e seu consumo médio era de 3 litros de combustível para cada 100 quilômetros rodados (cerca de 33,3 km/l).
Apresentado no Salão de Genebra, na Suíça, em fevereiro de 2011, o Rocketman tinha chassi feito de plástico reforçado com fibra de carbono (CFRP) e sua carroceria chamava a atenção pela grande área envidraçada e que exibia o desenho da bandeira do Reino Unido no teto – e que se iluminava no escuro.
Para facilitar o acesso à cabine, as portas contavam com um mecanismo inédito de abertura: elas se destacavam da carroceria com a ajuda de dobradiças fixadas a placas móveis de fibra de carbono.
O acesso ao porta-malas também era inusitado: a tampa se dividia em duas partes. A peça superior, feita de vidro e de forma triangular, abria-se para cima; enquanto a de baixo deslizava horizontalmente como uma gaveta.
Em 2012, a MINI lançou uma versão personalizada do Rocketman pintada com as cores da Grã-Bretanha para celebrar os Jogos Olímpicos de Londres.
A MINI também chegou a ter uma picape e ela atendia pelo nome de Paceman Adventure.
Chamava-se assim, pois o projeto, desenvolvido por jovens aprendizes supervisionados por instrutores das fábricas do BMW Group de Munique e Dingolfing, na Alemanha, era baseado na arquitetura do MINI Paceman.
A carroceria do veículo foi cortada atrás das portas dianteiras e a cabine deu lugar a uma pequena caçamba. Na transformação, o protótipo ganhou ainda chassi modificado, suspensão elevada, snorkel, pneus off-road e um rack no teto para acomodar o estepe e faróis auxiliares.
Já o conjunto mecânico do Paceman foi mantido: um motor quatro cilindros, 1,6 l de 184 cv, com câmbio manual de seis marchas e tração integral nas quatro rodas.
Desenvolvido em colaboração com a Touring Superleggera, um estúdio de design com sede em Milão, na Itália, o carro-conceito MINI Superleggera Vision combinava características clássicas e esportivas em um roadster com elegantes detalhes artesanais.
E, embora o desenho aerodinâmico e o motor elétrico proporcionassem uma condução distintamente moderna, sua estética minimalista remetia à emoção das pistas em sua forma mais pura.
E para favorecer a esportividade, o protótipo usou materiais leves em sua construção. A carroceria de duas portas, por exemplo, era de alumínio e os difusores fabricados em CFRP.
Na dianteira, os faróis arredondados e a grade hexagonal se encarregavam de preservar a identidade visual da marca.
No interior, o estilo minimalista é ressaltado pelo painel esculpido em uma chapa de alumínio, pelo quadro de instrumentos, que se resumia a um único mostrador redondo instalado sobre a coluna da direção; e pela transmissão operada por um discreto interruptor cromado situado no console central.
No interior, o estilo minimalista é ressaltado pelo painel esculpido em uma chapa de alumínio, pelo quadro de instrumentos, que se resumia a um único mostrador redondo instalado sobre a coluna da direção; e pela transmissão operada por um discreto interruptor cromado situado no console central.
Apresentado em agosto de 2017, o MINI Electric Concept adiantou alguns detalhes do primeiro modelo de produção totalmente elétrico da marca, a ser lançado em 2019.
Além de exibir o design icônico da MINI, o carro-conceito elevou a outro patamar o legado de veículo urbano e a tradicional sensação de estar a bordo de um kart, desta vez, inserida à era da mobilidade eletrificada.
O potente motor elétrico do protótipo resultava em uma condução divertida e, ao mesmo tempo, completamente adequada para o uso diário e isenta de emissões.
Por se tratar de um veículo elétrico, o design do conceito trazia elementos que favoreciam à aerodinâmica e à maior autonomia das baterias.
Os faróis arredondados e a grade hexagonal frontal, itens emblemáticos visuais da MINI, ganharam nova interpretação para ressaltar as tecnologias livres de emissões e que são identificadas pelas cores prata, de acabamento fosco, e amarela.
Outro destaque do MINI Electric Concept eram os componentes produzidos por meio de impressão em 3D, caso dos equipamentos voltados para aprimorar a aerodinâmica do veículo: spoilers, difusores e detalhes das rodas.
Em 2017, a MINI celebrou o cinquentenário do triunfo no Rali de Monte Carlo e os 20 anos da apresentação do carro-conceito MINI ACV 30, considerado do protótipo que inspirou a atual identidade visual dos modelos MINI.
Para comemorar esses dois marcos históricos, a fabricante britânica apresentou o protótipo John Cooper Works GP, que irradiava o purismo da esportividade da MINI por meio do design claramente influenciado nas pistas de corrida.
Resumidamente, o MINI John Cooper Works GP Concept reunia em um único veículo, visual particularmente intenso, tecnologia de motores turbo, suspensão projetada para uso em circuitos fechados e equipamentos voltados para um desempenho emocionante e irretocável.
O protótipo também combinava todos os atributos que contribuíram para a carreira vitoriosa do MINI clássico no automobilismo; entre eles, dimensões compactas, balanço curto, bitolas largas, peso otimizado, baixo centro de gravidade e distribuição equilibrada de carga por eixo.
E o estilo extremamente esportivo, evidenciado pela presença de grandes difusores de ar, na frente e atrás, para-choques alargados e volumosas caixas de roda, era reforçado por acabamentos de CFRP, e outros materiais leves, e pelas cores preta, vermelha e laranja que estampavam a carroceria.
Por dentro, o cockpit trazia apenas o essencial para uma condução radicalmente dinâmica: gaiola de proteção, volante esportivo multifunção, bancos tipo concha e cintos de quatro pontos de fixação.
As tecnologias de última geração estavam representadas pelo Head-Up Display, para manter a atenção do piloto na pista, e pelos controles de suspensão que podiam ser ajustados por meio da tela sensível ao toque do instrumento central do painel.
A MINI surpreendeu os visitantes do Salão de Nova York, nos Estados Unidos, no início deste ano, com a apresentação de um protótipo movido exclusivamente com eletricidade, mas inusitadamente trajado com a carroceria de um Mini clássico.
Este modelo extraordinário foi a concretização do desejo da fabricante britânica de valer-se da condução puramente elétrica como uma nova forma de abordagem de um ícone.
O Mini Clássico Elétrico combinou o visual mítico do carro compacto mais querido do mundo com a tecnologia inovadora que impulsionará a mobilidade urbana do futuro.
Com este protótipo único, a MINI demonstrou claramente o seu compromisso de preservar a tradição inconfundível da marca enquanto passa a adotar a inovadora tecnologia de emissões zero.
O Mini Clássico Elétrico foi o resultado de uma viagem imaginária no tempo, em que a história do modelo clássico avança para um próximo capítulo.
Com isso, o modelo original, surgido na segunda metade do século 20, passou a tornar-se um simpático embaixador da consciência ambiental e de uma forma de mobilidade sustentável cujo futuro acabava de começar.
O Mini Clássico Elétrico, apresentado em Nova York, permanecerá como um modelo único e que foi desenvolvido a partir de um exemplar antigo do Mini Cooper, alvo de uma cuidadosa restauração.
A pintura externa, na cor vermelha, foi adornada pelo teto branco e pela tampa do motor decorada por listras brancas. O logotipo em amarelo, que identifica os modelos eletrificados da MINI, podia ser visto na ponta do capô e nos cubos das rodas.
Além da aparência, o MINI Clássico Elétrico seguiu fiel à marca em termos de comportamento dinâmico. O poder espontâneo de seu novo motor elétrico permitiu uma nova interpretação da inconfundível sensação go-kart que alçou o pequenino carro britânico à fama mundial.
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