Nº 938 — 28/4/17
Fernando Calmon
ÊNFASE EM EFICIÊNCIA
ENERGÉTICA
O encerramento do Inovar-Auto, no final deste ano, abre
oportunidades de debates sobre a sua evolução.
O programa causou polêmicas por
envolver medidas consideradas protecionistas pela União Europeia e Japão.
Projetado para um período de cinco anos (2012-2017), incluiu muitas exigências
burocráticas e teve saldo final discutível.
Tudo agravado pela severa recessão
econômica que atingiu indústria automobilística e fornecedores.
Introduziu, porém, com sucesso, metas de diminuição de
consumo de combustível.
Foi responsável direto pela boa evolução dos motores
produzidos no País. Tornou conhecido o conceito de eficiência energética com
etanol e gasolina, embora referências em MJ/km não sejam bem compreendidas
pelos motoristas.
Mas todos sentiram uma evolução dos consumos, tanto de
gasolina (E27) quanto de etanol (E100), na tradicional medição em km/l.
Agora surge uma boa notícia. O governo federal prepara para
agosto um novo programa batizado de Rota 2030.
Diretrizes de longo prazo são
tudo o que executivos de empresas e engenheiros precisam para desenvolver tecnologias.
A cilindrada dos motores deixaria de balizar unicamente a carga fiscal sobre
automóveis.
Ainda não se sabem pormenores, mas a taxação poderia considerar emissões
de CO2, um gás de efeito estufa (GEE) ligado umbilicalmente ao
consumo de combustível. Traria liberdade para soluções avançadas e específicas.
Outra ideia seria introduzir o conceito de emissão total de GEE
desde a sua produção até o que sai pelo escapamento dos veículos (no jargão
técnico, do poço à roda).
Forma justa e tecnicamente correta de estimular o uso
de biocombustíveis como etanol.
Há de se valorizar as externalidades dessa
alternativa de baixo carbono total, quando continuam as preocupações mundiais
com CO2 e possíveis mudanças climáticas.
Não se trata de
subsidiar o biocombustível, mas de revisar a taxação sobre os de origem fóssil
a fim de encontrar um equilíbrio para atrair o consumidor e incentivar o
produtor.
Embora ainda sem repercussão fora da comunidade técnica,
chegou a hora de explicar ao governo e aos consumidores as vantagens de
introdução de um novo tipo de etanol com menor teor de água, meio-termo entre
anidro e hidratado.
Seria utilizável puro ou misturado à gasolina sem qualquer
problema técnico, considerando-se a temperatura ambiente média do País.
Essa mudança poderia ser gradual e identificada de início
como etanol premium.
Haveria aumento de autonomia nos motores flex ao utilizar
o combustível renovável, além de ganhos pela melhor adequação às novas
tecnologias.
O custo para desidratar o etanol tem caído com a introdução da
técnica de peneira molecular.
Outra solução de médio prazo contemplaria estímulos ao
veículo híbrido com a combinação de motor elétrico e motor a combustão flex
otimizado para etanol.
O Brasil teria vantagem competitiva quanto ao GEE, pois
um carro médio nacional emitiria apenas 20 g/km de CO2.
Já um modelo
equivalente puramente elétrico, cuja geração de energia para recarregar as
baterias dependesse de usinas térmicas a combustível fóssil (como ocorre na
maioria dos países), se situa hoje entre 30 e 40 g/km de CO2 ou até
100% a mais.
RODA VIVA
PRIMEIRAS unidades
do Argo saem da linha de montagem da Fiat, em Betim (MG), para lançamento no
próximo mês.
Esse novo compacto anabolizado sucede ao Punto. A Coluna antecipa:
serão três versões (Attractive, Essence e Sporting) e sete variações. Motores
Firefly 1,0 e 1,3 L e 1,8 L EtorQ. Opções de câmbio automatizado no motor menor
e automático no maior.
CHEVROLET S10 com motor flex (2,5 L/206 cv/27,3
kgfm) passa a oferecer câmbio automático de seis marchas.
Disponível apenas
para as versões de cabine dupla LT e LTZ. Apesar de seu porte e peso pode
acelerar de 0 a 100 km/h em surpreendentes 9,5 s.
Recebeu classificação A em
consumo no Programa de Etiquetagem do Inmetro: etanol 6,4 km/l na estrada e 5,3
km/l na cidade; gasolina 9,4 km/l e 7,9 km/l, respectivamente. Preços: R$107.990
a 129.990.
DEPOIS de chegar
ao Chile, Peugeot 301 importado da Espanha agora está disponível na Argentina.
Este
sedã tem dimensões próximas a de um médio a preço de compacto como Logan,
Cobalt, Versa e City.
Marca francesa afirmou que o carro não viria para o
Brasil, mas com o fim da sobretaxa do IPI quem sabe? No país vizinho, preços
entre R$ 65.000 e 77.000.
QUEM já circulou
em estacionamentos com aquelas luzes vermelhas e verdes indicando vagas
disponíveis sabe que é mão na roda.
Sistema foi criado pela SmartMotion, do engenheiro eletrônico
português Paulo Lourador, radicado no Brasil.
Depois de implantado em Portugal,
México, Colômbia e Equador, ele planeja entrar no gigantesco mercado americano.
RESSALVAS novo
BMW Série 5 está em sua sétima geração e não sexta, como publicado na coluna da
semana passada.
Quanto ao Mercedes-Benz Classe S, apresentado no Salão de
Xangai, trata-se de uma reestilização de meia vida da atual sexta geração.
____________________________________
fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu comentário