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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

PREFEITURA DE SÃO PAULO PASSA A DEVOLVER METADE DO IPVA COBRADO PELOS VEÍCULOS ELÉTRICOS E A ABVE ESPERA QUE A INICIATIVA SIRVA DE EXEMPLO A OUTROS ESTADOS E NÍVEIS DE GOVERNO. HOJE, OS CARROS ELÉTRICOS QUE CIRCULAM NO PAÍS SÃO ALGUNS NISSAN LEAF, TÁXIS, OUTROS EMPRESTADOS À POLÍCIA DE ALGUMAS CIDADES E ALGUNS USADOS NAS USINAS HIDROELÉTRICAS, COMO ITAIPU E ALGUMAS EMPRESAS PRIVADAS. UM DOS POUCOS MODELOS À VENDA NO BRASIL É O BMW i3, QUE CUSTA R$ 226 MIL. ENTRETANTO, JÁ HÁ MODELOS HÍBRIDOS DA FORD, O FUSION (R$ 142 MIL), TOYOTA PRIUS (R$ 114.350) E O BMW I8, CUSTA R$ 799.950).


O decreto que regulamenta a isenção de metade do IPVA para os veículos elétricos da cidade de São Paulo, assinado hoje pelo prefeito Fernando Haddad, é um importante passo para a popularização desta tecnologia na avaliação da ABVE-Associação Brasileira do Veículo Elétrico. 




No País, há muito poucas marcas de carros elétricos à venda: o compacto BMW i3 (foto acima), que custa R$ 226 mil e o superesportivo BMW i8, R$ 799.950 (foto acima), o Nissan Leaf, por R$ 200 mil, o Mitsubishi i-Miev, que custa também, R$ 200 mil (foto abaixo). 


Entretanto, o brasileiro pode adquirir vários híbridos também com preços bem salgados: o sedã Ford Fusion Hybrid (R$ 142.000), o hatch Toyota Prius (R$ 114.350), que têm um motor elétrico que alimenta o propulsor a gasolina.

Modelos elétricos Renault já à venda na Europa.
Island Faria Costa, diretor da ABVE, tem esperança que a nova lei gere um efeito cascata, levando outras prefeituras e os governos estaduais e federal a rever a carga tributária que incide sobre os veículos elétricos. 



“O custo de aquisição é um dos grandes impeditivos da disseminação desta tecnologia, que, por outro lado, é muito mais barata no abastecimento e manutenção”, garante. 


A Fiat tem na Usina de Itaipu o modelo Weekend elétrico, experimentalmente.
O veículo elétrico contribui não gera poluição sonora e do ar. Baseados nesse fato, os representantes do setor apresentaram ao prefeito Haddad a proposta de liberar os veículos elétricos do rodízio municipal. 



 “Além de reduzir a poluição, a troca por um único veículo de tecnologia muito mais econômica proporcionará uma redução significativas de gastos para os consumidores”, completa.

A Fedex adotou o Renault Kangoo para suas operações.
A isenção do IPVA deve ser um estímulo para que os paulistanos procurem saber mais sobre o veículo elétrico. 

Quem quiser conhecer as novidades do setor poderá visitar gratuitamente a 11ª edição do Salão Latino-Americano de Veículos Elétricos, que acontecerá, de 24 a 26 de setembro, no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte, em São Paulo. 



Além de carros, o evento terá lançamentos em motos, bicicletas, patinetes, skates e até ônibus – todos movidos a eletricidade.

Atualmente, 5% da frota mundial é elétrica, sendo que o Brasil está muito aquém desse número: estimativas da ABVE indicam que no Brasil há cerca de 3.000 veículos elétricos em circulação. 



“A tecnologia do carro elétrico tem potencial para estimular a substituição da atual frota, com tremendos efeitos sobre toda a cadeia automotiva, incluindo uma forte geração de empregos”, destaca.

Embora seja um tributo estadual, o IPVA tem metade de seu valor repassado às prefeituras dos municípios onde os veículos são emplacados. 



É dessa parte que a Prefeitura de São Paulo está abrindo mão para estimular a migração para uma tecnologia não poluente. 

Este ano, o requerimento da isenção deverá ser feito manualmente, mas a partir de 2016 o sistema estará totalmente automatizado, em formato semelhante ao da nota fiscal paulistana. 

“Os carros elétricos são tão eficientes que o valor gerado pela economia com abastecimento e manutenção chega a cobrir parte significativa de seu financiamento. Mesmo com o aumento da conta da luz, abastecer um veículo elétrico custa menos que um modelo convencional”, revela Island.

A ABVE revela que a frota de carros elétricos no País é de cerca de três mil contra 89 milhões de veículos com motores a combustão. 

Os carros elétricos ainda enfrentam uma tecnologia ainda cara, o tempo de autonomia das baterias e a instalação de pontos de recarga nas cidades, como já existem em muitas cidades do mundo.

No Brasil, ainda se junta a esses problemas a a ausência de vontade política para incentivar sua venda, reduzindo os impostos.

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