Coluna nº 3.417 - 25 de agosto de 2017
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Buzz (d) inspirado na mítica Kombi (foto Ingo Barenschee/VW)
I.D.Buzz,
Kombi, agora elétrica, outro caminho da VW
Semana Santa, como ao período se referem colecionadores de veículos em todo o mundo, por indicar os cada mais pululantes eventos de automóveis, de encontros, corridas, leilões, concursos.
É a única semana com 10 dias...
Volkswagen quis fazer, no cenário onde a antecessora Kombi foi tão vista, ponte
entre o passado ali exposto e o futuro no vizinho Vale do Silício.
Encontro referencial, 20 jornalistas mundiais – dois do Brasil, Coluna um deles. Conjuntura permite o raciocínio: atual maior do mundo VW ainda sofre o peso dos danos da emissão de seus motores diesel, englobados sob o nome de Dieselgate; deve mostrar um caminho tecnológico a ser seguido nestes tempos de soluções alternativas:
– Álcool? Híbrido? Elétrico? Hidrogênio?; e contestar recém aparecido competidor sem estrutura, auto financiado com sinais de pagamento de incontáveis unidades, caso da ascendente Tesla.
O anúncio da produção do bus, como chama, as formas a nós identificadas como Kombi, tem esta finalidade. Como disse Piek von Bestenbostel, chefe mundial de comunicação da marca, estamos voltando à corrida.
Conceito
Internamente espaçoso, chão liso – abaixo dele as
baterias -, bancos dobráveis, transformando-se em plataforma, adequado ao
deslocamento familiar, de esportistas e suas tralhas, ou para trabalhos em
variados perfis.
Atual performance impressiona: 370 cv, aceleração de 0 a 100 km/h em
menos de 5s, velocidade final em torno de 160 km/h, autonomia de 270 km,
renovável por carga rápida de 80%, em 30 minutos.
Mas são dados iniciais. Neste
campo onde as inovações se sobrepõem, variarão até a produção em 2022. Conceito
manter-se-á como veículo preparado para ser autônomo, do comprimento em quase
5m, quase dois de largura, e em altura um menos ante a Kombi.
Volante com comandos recua e se encaixa no painel
se o modo de conduzir for autônomo, quando o banco do motorista pode sofrer
rotação para incluí-lo num papo com os demais ocupantes.
Não é apenas produto, mas caminho. Letras I.D.
identificam plataforma de múltiplo uso, para sedãs, station wagons, cupês, utilitários esportivos, mostrando a direção
tomada pela marca.
Significa, como informou Diess, versões para o up!, o Golf,
e a projeção de marca de atingir 1 milhão de vendas, em 2025. Produção inicial na Alemanha,
é cedo para definir extensão ao Brasil, mercado considerado a julgar pela
nacionalidade dos jornalistas presentes à apresentação – Alemanha, Brasil,
Inglaterra e EUA.
Espaço interno facilita transporte de gente e coisas (Ingoi Barenschee/VW)
Mercedes 1929 especial, o Melhor de Pebble Beach
1929 Mercedes-Benz S Barker Tourer, Best of Show (foto Richard Michael Owen/divulgação)
Um conversível Mercedes-Benz com insólita
traseira de barco – boat tail -,
carroceria especial Barker em modelo Tourer foi o Best of Show na 67a edição do Pebble Beach Concours d ‘Élegance, em Monterey, Califórnia. É o
mais refinado encontro mundial e o prêmio alegra proprietário e valoriza o
automóvel.
Vencedor consagrava a fórmula adotada em PB, em
ares de renovação. Neste ano, dentre os 204 veículos expostos, 54 o faziam como
primeira participação.
Volume representou 31 estados norte-americanos e 15
países – havia um Aston Martin DB2 de Changai – e nenhum brasileiro.
Proprietário Bruce R McCaw possuía o carro há
anos, mantendo a pátina do tempo, mas instou-se a restauração total terminada
uma semana antes.
McCaw é sólido acionista da Microsoft e saúde financeira é parcela
sempre considerada em caso de empate – quase ocorrido com seu irmão Bruce, com
Ferrari 315S Scaglietti Spider; e um Packard 1932 – resistente à Grande Quebra
-, modelo 906, dito TwinSix – 12 cilindros em V, formados pela junção de dois
blocos de 6 -, também com carroceria especial Convertible Victoria, pela
francesa Dietrich.
No esforço de oxigenar a fórmula, vitoriosa, porém indutora ao surgimento de muitos eventos assemelhados a dividir público,
nesta edição suprimiram-se as motos e os esportivos de fibra de vidro,
trocando-os por antigos carros conceitos e esportivos de construção e
vencedores de provas domésticas.
Portões abertos às 10h30 a multidão pagando
US$ 500 – uns R$ 1.600 – para ter o direito de olhar veículos e a variada fauna
humana em torno deles. Dez minutos de filmagem de caras e arrumações em PB dá
para escrever um ensaio sociológico.
Em
2018, não será no tradicional 3o domingo de agosto: o gramado sediará
prova de campeonato de golfe, cumprindo a missão do clube onde está a praia de
cascalho. Será no domingo, 26.
Produções insólitas, segunda atração em PB (foto R Nasser)
Roda-a-Roda
Ximp? – Chinesa Great Wall declarou à FCA, união de
Fiat e Chrysler, querer comprar a icônica e rentável marca Jeep. Será forma de
entrar no mercado ocidental de utilitários esportivos. Jeep Xing Ling
será Ximp?
É? – Tudo é possível com a FCA, descolando-se do
tema automóvel: cortou as origens italianas tornando-se em empresa holandesa;
não ter herdeiro da controladora família Agnelli no quadro executivo, exceto o
CEO; ter separado a Ferrari do grupo.
Na prática tudo pode acontecer –
inclusive nada... Quem não se lembra da história da venda da Alfa Romeo à Audi?
Eclipse – Bom nome de seu esportivo, Mitsubishi
lançará crossover aplicando-lhe o sobrenome Cross. Fez pré-apresentação no Oregon, EUA, durante o eclipse solar quase total, dia 21. Será
importado ao Brasil.
Lá – Na Argentina, vitória do governo Macri
nas eleições primárias, no país e na poderosa Buenos Aires provocou
manifestação positiva nos agentes econômicos e cadeia produtiva na indústria do
automóvel: país terá previsibilidade.
Junto – Resultados eleitorais, presidente
respeitado, segurança jurídica e previsibilidade animam os argentinos. Preveem
grande expansão no mercado, apostando na reação brasileira, positiva nos
últimos meses, mais que tendência.
Precaução – Preocupada com a aproximação do VW
Saveiro da posição de liderança de seus picapes pequenos, Fiat reformulou
Strada, simplificando versões Working e Hard Working, de uso comercial. Topo de
linha Adventure elevou conforto e tecnologia, adotando central Mopar
multimídia, tela de 15 cm.
$ - Gama vai de Working 1.4 cabine simples a
Adventure 1.8 cabine dupla e preços entre R$ 47.250 a R$ 75.500. Fiat prepara
nova geração do Strada, tateia entre agregar conteúdo e controlar custos para
não concorrer com seu Toro.
Mais um - Para ampliar presença no mercado
Hyundai criou versão Pulse Plus do utilitário esportivo Creta. Fica entre 1.6
AT e Prestige 2.0 AT. Motor 1,6, central de multimídia. Ar condicionado
digital, faróis com acendimento automático, vidros elétricos one-touch.
R$ 90 mil.
Começo – Dia 2, após comemorar 60 anos do início de
produção no Brasil – de 1953 até a data apenas montava -, iniciar produzir o VW
Polo. O automóvel vem sendo montado para ajuste de processos e equipamentos.
Design – Marca faz pequenas
apresentações e divulgação de seus dados. Última foi sobre a conquista do
emprego da mão brasileira no estilo do Polo.
Nova plataforma, base para todos
os futuros VW no País, oferece ótima relação entre volume externo e espaço
interno. Novidade será instrumentos digitais.
Novo Polo (foto Divulgação VW)
Governo – É responsabilidade de todos os
pagantes auxiliar o País a cruzar o abismo lulo-dilmista sobre frágil pinguela.
Questão é: os guias da travessia sabem o que fazem, e se não estão
criando um areal após tal pontezinha?
Nem tanto – Em nome de reduzir o rombo nas contas
públicas resolve-se alienar patrimônio – Infraero, Eletrobras, Casa da Moeda,
etccc -, na prática do orçamento familiar vender a empresa da família para
comprar comida.
Medida extrema, sem volta, sem maiores estudos e,
principalmente, calço institucional: quais os cortes feitos para
reduzir gastos orçamentários?
No caso – Assessores, Aspones,
automóveis oficiais, jatinhos, reformas, auxílio-moradia, auxílio-paletó?!,
terceirizados sem necessidade, custos e presenças não aferidos, aluguéis
generosos e desnecessários, enorme lista de itens teriam sido os primeiros da
planilha de custo – se objetivo fosse reduzir despesas. Minha avó, sábia
macróbia, resumiria: vida de papagaio em gaiola – come o poleiro, e cai.
Ajuste – O ganho tecnológico no
desenvolvimento de motores, menor cilindrada, maior potência específica, mais
economia, menores emissões, forçam fabricantes de óleo lubrificante correr
atrás.
Vizinho – Elaion, marca da YPF, estatal
petrolífera argentina, apresenta tecnologia anti-stress, pacote de aditivos
para garantir lubrificação adequada, atendendo exigências da maioria dos
fabricantes de motores Otto, Flex, Diesel.
Caminho – Mercedes-Benz abriu inscrições a
Programa de Estágio 2018. 70 vagas nas fábricas de São Bernardo do Campo e
Iracemápolis, SP; Juiz de Fora, MG, e escritórios em S. Paulo, Betim, MG, Rio de
Janeiro, Recife, Porto Alegre e Brasília.
Mais:
Resumo
– Harley-Davidson
mudou slogan mundial: All for Freedom, Freedom for All. Quer unir
o legado institucional da marca com o sentimento de liberdade oferecido pela
motocicleta. É parte da estratégia global para os próximos 10 anos. Está
no hashtag #FindYourFreedom.
Novos – Na ocasião, 115º aniversário da marca,
apresentou cinco releituras de motos Touring e oito novas Big-Twin e sua
suspensão soft-tail.
Novos design, acertos de chassis,
implemento na motociclística, como novos motores Milwaukee-Eight. Adiantam a
corajosa promessa de 100 lançamentos até 2027.
Recorde – País curioso o Brasil. Notícia da
reprovação do Chevrolet Ônix em testes de impacto, expondo passageiros a perigo
de morte, aumentou suas vendas.
Também, informação de venda da fábrica de motos
Ducati por sua controladora Audi, não freou o animus comprandi nacional:
em julho, empresa atingiu maior percentual de participação no mercado: 5,14%.
Será - Não cita a questão e entende
resultados como consequentes à reestruturação da rede de revendedores, reajuste
de preços, e novos produtos, como a Monster 1200 S, de produção iniciada em
Manaus, a R$ 75.000.
Negócio – Mercedes-Benz venceu concorrência do
SAMU para compra de furgões a serem transformados em ambulâncias: 800 unidades do
Sprinter.
Negócio, 2 – Com o cessar de produção dos Fiat
Ducato, e o desistir da importação do Ford Transit, mercado se ampliou para Mercedes
e Renault.
Mais - Franceses Peugeot e Citroën antes
montados pela Fiat, serão importados. Novidade, modelos de menor porte, de
montagem iniciada no Uruguai e exportações ao Brasil. Outubro. Concorrentes ao
Mercedes Vito.
Conforto – MAN caminhões exibiu VW Delivery
13.160 câmbio automatizado, freios com ABS, EBD, controle de tração e auxiliar
de partida em rampa.
Fiat Argo
e o conceito Premium
Há algum tempo estrangeirismos
rotulam produtos e serviços no Brasil. A expressão Premium, para ser entendida
como superior, é a mais durável delas e auxiliou tornear mais exigências pelo
comprador de automóveis novos.
Como indústria, a FCA interpretou-a e decidiu aplicá-la
ao projeto do seu recente Argo. Focado para concorrer com Hyundai HB20 e
Chevrolet Ônix, buscou base de estilo nacional, processo de construção de
qualidade superior, talento italiano para aproveitar área interna, acabamento
acima da média dos concorrentes.
Desde a primeira vista, o Argo se impõe pelas
formas, atual assinatura estética da Fiat também presentes em Toro e Mobi,
sugerindo ter maiores dimensões.
As opções mecânicas, desde os
motores dos novos Firefly de três cilindros
1.0 e quatro cilindros 1.3, e Etorq 1.8 Flex, às transmissões mecânica e GSR
automatizada cinco marchas e automática seis marchas, finamente compatibilizadas, ao emprego do
sistema Start/Stop e direção elétrica para reduzir consumo, somaram-se à
preocupação com o interior, incluindo a interconectividade, nova exigência dos
compradores.
No caso, aplicou a central multimídia Uconnect, em tela de 18 cm, com
Apple CarPlay e Android Auto. Na parte ligada à rolagem, conteúdo superior como
controle eletrônico de estabilidade (ESC), controle de tração (TC) e auxiliar
de partida em elevações (Hill Holder).
Amarrando o pacote para a vida posterior
à venda, juntou baixo valor nas revisões e no seguro. Com os argumentos do Argo
Fiat mira liderança no segmento.
Fiat Argo
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