Coluna Fernando Calmon
Nº 1.194 — 31/3/22
GNV FICA COMPETITIVO,
MAS RISCOS AUMENTAM
Sempre que há um
reajuste mais forte nos combustíveis para automóveis (gasolina e etanol), como
ocorre agora, aumenta a procura por kits de gás natural veicular (GNV). Não se
trata propriamente de uma conversão porque não há mudanças de grande extensão
nos motores a gasolina ou flex. Por outro lado, há necessidade de respeitar as
normas técnicas e seguir toda a legislação para uma instalação segura.
O cálculo para saber
se vale a pena o investimento depende da quilometragem anual percorrida. No
caso de táxis e carros de aplicativo que costumam rodar 50.000 km/ano a
economia chega a R$ 15.000 em 12 meses: uma vantagem financeira de peso.
Quanto aos demais
motoristas é preciso fazer contas. Um kit GNV instalado e legalizado custa hoje
em torno de R$ 5.000 e cada inspeção anual, R$ 300. Há ainda uma inspeção especial
a cada cinco anos. Trata-se de um teste hidrostático para avaliar a integridade
do cilindro e o preço fica em torno de R$ 350. Em relação aos incentivos, há um
desconto de 62% no IPVA, no Estado do Rio de Janeiro, mas no Estado de São
Paulo é bem menor, 25%, semelhante a outros Estados.
Aos preços médios atuais
do GNV, em torno de R$ 5,00/m³, os vendedores de kit GNV estimam que é
vantajoso a instalação para quem roda em torno de 25.000 km/ano. Não se trata
de regra exata, pois há outros custos envolvidos. O peso adicional dos
cilindros reflete na durabilidade de pneus, molas e amortecedores e isso
precisa ser levado em conta.
Na venda do carro
usado há uma tendência de desvalorização maior, quando o cilindro é retirado
para colocação em outro veículo. Os furos de fixação na estrutura ficam e os
lojistas de veículos usados costumam depreciar.
Outro problema é o
número elevado de carros sem regularização, segundo a Associação Nacional dos
Organismos de Inspeção. Pesquisa feita nos 37 maiores postos de GNV na Grande
São Paulo indica que 70% dos 3.000 veículos que abasteciam não tinham registro
no Renavam. A checagem obrigatória não ocorre em muitos casos porque a inspeção
avalia o veículo como um todo e quem tem alguma pendência teme ser reprovado.
Na medida que esses
veículos envelhecem os riscos de explosão ao abastecer aumentam, se as
inspeções deixarem de ser feitas.
Picape Ram 3500 é superlativa até no preço
Apesar de dimensões praticamente
iguais aos modelos 2500 e 1500, a topo da linha Ram, a 3500, oferece mais
equipamentos, além de carga útil (1.752 kg) e de reboque (9.081 kg) superiores.
O motor Diesel de 377 cv/117 kgfm ganhou 12 cv (3 cv e 7 kgf.m extras), mas com
peso em ordem de marcha (3.600 kg) maior que a 2500 o desempenho acaba sendo o
mesmo.
Ram 3500 dispõe de
estribos laterais retráteis elétricos (fixos na Laramie, de entrada) e
acabamento interno superior, incluindo apliques de madeira legítima. Volante só
permite ajuste manual de altura, mas a regulagem dos pedais é elétrica. Central
multimídia tem tela de 12 pol. e conexão sem fio. No console central cabe um laptop
de 15 pol. e inclui duas tomadas de 115 V. Há nove portas USB, o que atende
também os passageiros do banco traseiro.
Novidade da versão Longhorn
é o equivalente à quinta roda dos caminhões no centro do assoalho da caçamba,
que permite a capacidade máxima de reboque. Um modo de utilização rara no
Brasil. Ram 3500 exige carteira de habilitação categoria C, igual à de
motoristas de caminhões.
Os preços vão de R$
484.990 a R$ 529.990.
ALTA RODA
ECLIPSE CROSS 2023 chega com
modificações estéticas que corrigem pontos polêmicos da versão anterior. Conjunto
óptico frontal ficou melhor com a DRL em posição mais alta. Foi eliminado o
vidro-espia da tampa do porta-malas. Apesar de o volume deste ter decrescido de
473 litros para 451 litros, o formato agora permite acomodar melhor a bagagem,
argumenta a Mitsubishi. Para-choques novos alongaram o comprimento total em 14
cm (agora, 4,54 m). Na versão de topo a central multimídia JBL tem apenas 7
pol. Pacote de segurança ativa inclui mitigação de colisão frontal. Preços: R$
186.990 a 232.990.
EM CADA GERAÇÃO (esta é a sexta) o Mercedes-Benz Classe C perde sisudez e
aposta na esportividade. O C 200 AMG Line ganhou 2,5 cm na distância entre
eixos, melhorando o espaço interno. Interior foi totalmente renovado com
destaques para a central multimídia de 11,9 pol. e quadro de instrumentos
digital. No dia a dia o motor 1,5 turbo de 204 cv entrega desempenho um pouco
abaixo do desejável nessa faixa de preço, embora a relação peso-potência de 8,1
kg/cv seja razoável para uma versão de entrada (no C 300, 258 cv e 6,5 kg/cv). Comportamento
em curvas, freios e precisão de direção, impecáveis.
VERSÕES GR-S estreiam no Corolla
Cross e Hilux. O crossover recebeu para-choque com tomadas de ar maiores na
dianteira, novas rodas (18 pol.) e opção de teto preto: R$ 188.490. Na picape, potência
subiu para 224 cv e torque para 55 kgf.m. Há molas e amortecedores reforçados,
novas rodas (17 pol.) e apliques externos e internos que caracterizam bem a
nova versão: R$ 348.790.
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www.fernandocalmon.com.br
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