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sexta-feira, 18 de março de 2022

Rio Vamos Vencer reúne trade para discutir ações de fomento ao Turismo do Rio

 



No último dia 16, o trade turístico do Rio e de São Paulo esteve reunido durante todo o dia no Hotel Fairmont Rio de Janeiro, Copacabana, no evento “Tu
rismo – Planejamento e Resultados - A Importância do Rio de Janeiro para o Brasil”, idealizado pela Associação Rio Vamos Vencer.

Durante o encontro, foram apresentadas boas práticas e programas que deram resultados no setor de Turismo, como o Plano Maravilha (1997 – 2000), visando compor uma agenda propositiva que possa contribuir para a recuperação e desenvolvimento do Rio de Janeiro.

“Todo esse nosso esforço é para conscientizar o trade e a classe política, do estado e da cidade, da urgente necessidade da coordenação de esforços, de investimentos e de verbas generosas para publicidade. Não podemos ter uma cidade, com o nosso potencial, desassistida de uma linha mestra de ação para coordenar todos as iniciativas e ações dos agentes que integram essa cadeia e, desta forma, organizar e colaborar com o turismo do país”, enfatizou o presidente da Associação Rio Vamos Vencer, Marcelo Conde, durante a abertura do encontro.

O presidente do RIOgaleão (GIG), Alexandre Monteiro, um dos primeiros a fazer uso da palavra, destacou a importância do Rio no Turismo do Brasil e que o aeroporto foi construído para ser o maior do país. No entanto, a fragmentação da conectividade aérea está dificultando muito a atração de companhias aéreas internacionais.

“É necessário realizar, o quanto antes, a concessão unificada de GIG e SDU como foi anunciado recentemente pelo Governo Federal. Existem exemplos deste modelo em Roma e Paris. Precisamos proteger o maior aeroporto do Brasil e a gestão unificada dos dois equipamentos garantirá o desenvolvimento e o crescimento do destino. É muito difícil a gente ter turismo internacional com a fragmentação de conectividade existente hoje no Rio” ressaltou Alexandre Monteiro.

Marcelo Conde também acredita que uma única empresa administrando os dois equipamentos trará mais equilíbrio e maior desenvolvimento ao setor.

“Não podemos aceitar o Brasil no 52º lugar no ranking mundial. O Rio é a ponta da lança, é a cara do Brasil e precisa voltar a ser a porta de entrada dos turistas estrangeiros. Conclamamos esta cidade a assumir sua posição de liderança e, com isso, coordenar os esforços nacionais na defesa e no crescimento do Turismo”, falou o empresário.

O secretário de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, Vinicius Lummertz, falou sobre sua “Experiência à frente do Turismo em São Paulo” e dividiu com os presentes os desafios do reposicionamento estratégico do turismo no estado, que envolveu diversas ações como a estruturação do turismo de proximidade, a ampliação da oferta de produtos turísticos somados às condições urbanísticas, à promoção nacional e internacional de alto impacto e o investimento gasto em educação

“Entre 2019 e 2021, o PIB do Turismo de São Paulo teve um acréscimo de 4%, passando de 5,3% para 9,3%, e foram criados 10 mil empregos a mais pelo setor”, revelou o dirigente.

O secretário do Estado de Turismo do Rio, Gustavo Tutuca, que não esteve presente ao evento, pois estava representando o Rio de Janeiro na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), prestigiou os presentes com um vídeo destacando as principais iniciativas da pasta nos últimos anos como a campanha “O Rio continua lindo. E perto”, o encontro de negócios o “Rio é de vocês” e o projeto Rio+10, um planejamento estratégico para guiar os próximos 10 anos do Turismo no Rio. Já o subsecretário de Grandes Eventos, Marcelo Monfort, presente ao evento, acrescentou que a desburocratização também é essencial para o fomento do turismo.

Quem também mostrou que planejamento dá resultado foi o executivo Gérard Bourgeaiseau, que esteve à frente do Plano Maravilha, implementado entre 1997 e 2000, e que contou com o engajamento dos setores público e privado.

“Um dos objetivos do plano era desenvolver novos produtos e criar estratégias para aumentar a captação, a permanência e o gasto médio dos turistas. Neste período, o número de turistas que desembarcou no Rio passou de 4 milhões (1997) para 7 milhões (2000), e a receita gerada subiu de US$ 1,18 bilhões (1997) para US$ 2,65 bilhões (2000). Precisamos urgentemente pensar num novo plano para o Rio”, reforçou o executivo.

Durante o debate “A Importância do Planejamento no Turismo”, que reuniu importantes nomes do Turismo, Marcelo Conde destacou que o potencial do Rio e do Brasil é gigantesco, mas que é preciso vontade política. O deputado Federal Otávio Leite complementou e disse que precisamos elevar o Turismo como prioridade política do país.

“Precisamos de vontade política, de orçamento garantido, de governança transparente unindo as esferas públicas e privadas e de ousadia para que o Turismo se fortaleça. Esse é o nosso maior desafio”, declarou o deputado Federal.

O diretor Executivo do Rio+30, Paulo Manuel Protásio, fez coro.

“Temos todos os elementos para uma grande virada, mas precisamos do comprometimento das representações políticas para conseguir fazer isso”.

O senador Carlos Portinho ressaltou que é necessária também uma continuidade política.

“Não podemos permitir que planos e políticas públicas se percam a cada gestão que muda. O Turismo não tem essa volatilidade. Precisamos unir as três esferas do governo, de forma que cada uma saiba o seu papel e possa se complementar”, destacou Carlos Portinho.

O vice-presidente da Hotéis Rio, José Domingo Bouzon, reforçou que é uma decisão política fazer do turismo a principal fonte de receita do Rio e do Brasil.

“Precisamos que os governantes tenham decisão política de investir no Turismo e de transformar o setor na principal fonte de renda nacional”.

E o diretor Comercial do Fairmont, Michael Nagy, reforçou que os políticos já sabem tudo o que deve ser feito, mas falta coragem para assumir esse papel de liderança.

Outro ponto levantado durante a conversa foi a necessidade de fomentar o turismo de proximidade. O presidente do Rio CVB, Carlos Werneck, acredita que é necessário agir primeiro localmente e defendeu a importância da mobilidade entre as cidades do Estado, permitindo que os visitantes possam desbravar todos os destinos.

“Isso faz com que o dinheiro circule. Os cariocas gostam de viajar pelo próprio estado, mas esbarram na falta de mobilidade. Uma viagem para a região dos lagos, por exemplo, que está a menos de três horas da capital, pode durar até oito horas por conta da falta de uma infraestrutura adequada”.

O empresário Arthur Repsold ressaltou que a estrutura turística de uma cidade tem que ser pensada levando em consideração um equilíbrio na oferta de produtos, buscando estimular a diversidade e ajustar a oferta e a demanda.

O Secretário Municipal de Turismo do Rio, Bruno Kazuhiro, se comprometeu a levar os assuntos discutidos ao prefeito Eduardo Paes, reconheceu que o Rio precisa se vender e que, para isso, é preciso verba e planejamento.

Também participaram do encontro o presidente do Trem do Corcovado, Savio Neves; a diretora de Negócios e Marketing do Bondinho Pão de Açúcar, Ana Lucia Selvatici; a delegada da DEAT, Patrícia Alemany; o embaixador Ido Aharoni Aronoff, através de videoconferência e a presidente da WTTC até 2021, Gloria Guevara, por vídeo.

Os assuntos abordados no período da tarde serão divulgados em breve e a cobertura completa do evento está disponível no canal do Youtube da Associação Rio Vamos Vencer, através do link:


https://youtu.be/4uYjVcH6fa4.

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