Texto e fotos Arnaldo Moreira
Depois de mais de dois meses afastado dos testes de avaliações por conta de uma cirurgia, inaugurei o regresso, com o Honda City Touring, um carro inegavelmente com um bonito e atraente design que se revelou um excelente estradeiro, econômico, seguro e confortável na viagem entre o Rio de Janeiro e Saquarema, de 360 km – ida e volta - no interior fluminense, onde fiz belas fotos explorando o panorama à beira mar.
A versão Touring, a mais
cara, custa a partir de R$ 132.990.
Foto divulgação Honda |
O conforto interno do City avaliado, na versão Touring, tem muito a ver com o espaço generoso que o modelo oferece e é de fato o grande tchan do carro na minha opinião.
Na frente, os bancos - todos em couro - do motorista e do carona receberam estabilizador corporal e boa ergonomia, e ficaram um pouco mais curtos do que no modelo anterior, o que melhorou o espaço para as pernas.
E o banco serve para tirar uma soneca ou quebrar um galho quando se chega a um lugar e os hotéis estão lotados.
A altura atrás é suficiente para acomodar passageiros mais altos e há um bom espaço para as pernas, graças à distância entre eixos de 2,6 m. O carro tem 4,549 m de comprimento, 1,748 m de largura e 1,477 m de altura. O Novo City cresceu 10 cm no comprimento e 5 cm na largura, ficou 0,8 cm mais baixo.
O porta-malas é um dos maiores do segmento com 519 l...
...que cresce para mais de 1.000 l com o banco traseiro rebaixado.
O consumo
nesta época de combustíveis caros é um aspecto importante na escolha de compra
de um veículo, e o Honda City, com tração dianteira, apresenta números satisfatórios:
novo motor flex em alumínio 1.5 DOHC i-VTEC de 126 cv a 6.200 rpm, com injeção
direta (que gera maior taxa de compressão e maior
otimização da queima da mistura ar/combustível) com 15,5
kg de torque com etanol e 15,8 kg com etanol, a 4.600 rpm combinado com o eficiente
câmbio automático CVT, com paddle shifts de 7 velocidades tem consumo de
13,1 km/l, na cidade e 15,2 km/l abastecido com gasolina e com etanol 9,2 km/l
na cidade e 10,5 km/l, na estrada.
O quesito segurança
recebeu a atenção devida. O City ganhou estrutura de deformação progressiva ACE,
freios ABS com EDB, anti lock, controle de estabilidade e tração, assistente de
partida em rampa, seis airbags (2 laterais, 2 frontais e de 2 de cortina), alerta
de pressão de pneus, rodas de 16” com pneus 185/55 - estepe é de uso temporário
-, suspensão dianteira Mac Pherson e eixo de torção na dianteira.
As pancadas secas na
traseira sentidas no Civic e na versão anterior do City foram reduzidas com a instalação
de novos amortecedores com stop hidráulico (como no WR-V), um sistema
composto por uma câmara de desaceleração da haste do amortecedor, que evita o
som de pancada seca, quando o carro passa em buracos. Possui ainda sistema
Honda Sensing de frenagem autônoma de emergência, piloto automático adaptativo,
alerta de permanência em faixa com correção da trajetória e ajuste automático
dos faróis.
O Honda City possui um
eficiente sistema de eliminação do famigerado ponto cego. O retrovisor externo
direito possui uma câmera que ao ligar o pisca-pisca para lado direito e mostra
toda a lateral do carro.
O acabamento do Novo City é
bom interna e externamente. A versão Touring avaliada recebeu um toque refinado com
seus bancos bege claros. O painel superior é forrado de plástico duro e a
frente recebeu um elemento decorativo sobre o porta-luvas.
A frente com o capô largo,
marcado por dois vincos que terminam nos faróis full led com projetor, DRL
também em LED que ficam entre uma faixa cromada que ostenta a logomarca da
Honda e o para-choque gigante em cujos extremos ficam embutidos os faróis
auxiliares de nevoeiro também em led.
Rodeando o carro você acha
uma lateral de linha de cintura alta e as janelas ligeiramente menores do que o
modelo anterior, mas nada que chame a atenção, as maçanetas, assim como os retrovisores - que são na cor do carro
e as rodas de 16” são diamantadas contrastando com a cor azul do City.
A traseira é decorada por elegantes lanternas retangulares em led, que invadem ligeiramente a lateral. No parachoques, há sensores de estacionamento com aviso sonoro no painel de instrumentos.
A tampa do porta-malas é larga e favorece a entrada das bagagens.
No teto, a antena tubarão.
A dirigibilidade do Novo City é segura e leve graças à direção elétrica. A coluna de direção tem ajuste de altura e profundidade, o volante em couro e de excelente pegada, conta com os controles de piloto automático, som.
O acionamento do motor é feito no botão start/stop.
O console central ostenta
o apoio de braços que esconde um fundo porta-objetos, porta-copa e o conjunto da
monopla do câmbio de sete velocidades e outro porta-copos e tomadas de USB e de
12 v e saída de ar condicionado para o banco traseiro.
Painel de instrumentos com computador de bordo digital de 7”, com velocímetro digital – além do analógico tradicional - analógico e informações da funcionalidade do carro, consumo médio, temperatura externa, entre outros.
Finalmente, o sistema multimídia com acesso
a Android Auto e Apple Car Play sem fio é muito amigável e oferece ao motorista todas as informações da operação do carro e
Opinião – Como ex-proprietário da marca Honda, tive um Civic 1.7 de 2002 e depois um New Civic 2014, tenho de frisar que se trata de uma marca confiável, o que não é novidade no mercado. O Novo City melhorou sensivelmente a suspensão, reduzindo o efeito das pancadas secas sentidas no Civic e nos modelos anteriores. O motor, mesmo aspirado ganhou novo fôlego e fico pensando como seria um Novo City com motor turbo. Torço para que o novo Novo City saia com motor turbo. Gostei demais do porta-malas de quase 520 litros. O conforto é um dos pontos fortes do Novo City. Na estrada, o City garantiu ultrapassagens seguras e boas retomadas. O consumo, nos trechos mistos estrada/cidade, em ritmo de teste, fez 14,6 km/l, resultado considerado muito bom.
O carro é oferecido em mais
duas versões: EX, de entrada, que custa R$ 114.300 e ELX que custa R$ 122.400.
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