Coluna Fernando Calmon
Nº 1.251 — 18/5/23
Renault terá prévia do novo
SUV compacto ainda em 2023
A marca francesa aposta na renovação do atual Duster que
inclui a estreia da nova arquitetura CMF-B, no Brasil, afastando-se assim da
linha Dacia, sua subsidiária romena. A Renault acaba de anunciar que a produção
de pré-série já começou na fábrica de São José dos Pinhais (PR). O novo modelo,
que ainda não teve o nome revelado, marcará também o início de produção do
motor 1-litro turbo flex no mesmo local. Já é indicativo de preço competitivo
por aproveitar a alíquota menor de IPI para esta cilindrada específica. Segundo
o site Autossegredos, haverá câmbio automático de duas embreagens e não o
tradicional CVT de relações continuamente variáveis.
A estratégia de lançamento inclui uma apresentação estática
na metade do próximo semestre e o início das vendas no primeiro trimestre de
2024, seguindo o que vem sendo feito pela indústria ultimamente. O programa de
investimento de R$ 2 bilhões até 2025 inclui ainda um outro lançamento, provavelmente
do porte do Captur, que pode oferecer versões de cinco e sete lugares.
Há também planos para a nova picape Oroch, igualmente criada a partir da arquitetura CMF-B. Notícias vindas da Argentina indicam que este produto mudaria de fábrica e país, passando a ser produzido lá a exemplo da picape média Alaskan, baseada na Nissan Frontier. Apesar de o ministro de Produção do país vizinho, José de Mendiguren, ter afirmado que estava tudo decidido, a Renault não confirmou qual país foi escolhido.
Aumento de etanol para 30% na gasolina exige testes extras
Por enquanto, há apenas a intenção de aumentar a adição de
etanol anidro (teor de água de apenas 0,4%) de 27% para 30%. Segundo o ministro
das Minas e Energia, Alexandre Silveira, “o aumento do teor de etanol vai
contribuir para a segurança energética do nosso país, com a redução das
importações de gasolina e para a transição energética, pela redução das
emissões de gases do efeito estufa”. Na realidade 3% a mais de etanol não fará
quase nenhuma diferença em termos de segurança energética, embora traga pequeno
ganho nas emissões de CO2.
Mas o ministro foi prudente ao afirmar que haverá avaliação
técnica junto com a indústria automobilística. Na realidade em torno de 85% da
frota brasileira rodante já têm motores flex adequados a qualquer percentual de
etanol. O restante se divide entre diesel e gasolina, podendo afetar motores
mais antigos e de importados que precisam ser considerados. Não há prazo para a
mudança.
Pesquisa do combustível E30 (70% de gasolina e 30% de
etanol) já existe desde 2021, nos EUA, pela Universidade Nebraska-Lincoln.
Relatório final não foi conclusivo porque exigiria testes de maior duração e
com uma frota ampliada. Porém, destacou que a implementação de tal estratégia
pode atuar como solução-tampão para reduzir a taxa de efeito estufa na
atmosfera.
No Brasil, com uma amostragem de oito anos de E27
(obrigatório desde 2015, a partir de E25) a passagem para E30 seria mais interessante
se a gasolina aumentasse sua octanagem. Bastaria manter a atual formulação em
vez de degradá-la. Além disso, problemas de qualidade e adulteração são muito
mais sérios.
Pelo menos as fraudes de volume em bombas nos postos vão diminuir progressivamente. A Dover Fuel Solutions acaba de instalar em um posto de São João de Meriti (RJ) a primeira unidade com assinatura digital obrigatória pelo Inmetro. Evitará a falcatrua chamada “bomba baixa”, quando o volume colocado no tanque do veículo é inferior ao que mostra o visor.
Audi RS 5 Sportback Competition Plus Track: emocionante como o nome diz
A partir de R$ 849.990, poucos carros podem desafiar este modelo da
Audi que alia alto desempenho, prazer de dirigir e esportividade a toda prova.
O sedã-cupê segue a fórmula que a escola alemã de engenharia consagrou ao unir
robustez, alto nível de acabamento, estilo e mecânica apurada. Na versão Track
avaliada no autódromo Velopark, em Nova Santa Rita (RS), os bancos-concha
dianteiros proporcionam perfeito apoio do corpo nas curvas e induzem explorar
todas as qualidades deste modelo com tração integral e comportamento dinâmico impecável.
À altura de rodagem 20 mm menor em relação ao Audi A5 Sportback
convencional, somam-se as rodas de liga leve exclusivas de 20 pol., pneus
275/30 R20 Pirelli P-Zero Corsa (R$ 20.000) e discos de freio carbocerâmicos
(R$ 67.000). Para os mais exigentes há pintura exclusiva por R$ 57.000. Com
preço próximo a R$ 1 milhão, este sedã está num patamar de desempenho que praticamente
enfrenta carros esporte um pouco mais rápidos, como acelerar de 0 a 100 km/h em
3,8 s com velocidade máxima de 290 km/h.
O V-6 turbo de 2.896 cm³ entrega 450 cv e 61,2 kgf.m. A sonoridade a bordo
não esconde que se trata de um motor bem trabalhado e com a elevada densidade
de potência de 155 cv/litro. Suspensões são independentes nas quatro rodas com
amortecedores ajustáveis em três cargas e barras antirrolagem. O conjunto é bem
rígido e exige atenção para evitar buracos. Com 2.826 de distância entre eixos
oferece bom espaço no banco traseiro para dois passageiros e um terceiro com o
natural incômodo.
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