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quarta-feira, 12 de julho de 2023

Coluna Minas Turismo Gerais



Coluna Minas Turismo Gerais


Jornalista Sérgio Moreira





Cordilheira do Espinhaço é a maior cadeia de montanhas do Brasil



A Cordilheira do Espinhaço, a maior cadeia de montanhas do Brasil, patrimônio reconhecido pela Unesco como Reserva Mundial da Biosfera, e o mais novo destino turístico de natureza do nosso mapa. Um conjunto de montanhas monumentais (o segundo maior da América Latina), biodiversidade de fauna e flora com espécies endêmicas, águas cristalinas e um pôr do sol que vai alaranjar a paisagem digna de uma pintura.

A Cordilheira do Espinhaço possui mil quilômetros de extensão, sendo 90% do seu território localizado em Minas Gerais e o restante na Bahia, passando pela Chapada Diamantina. A exuberância da natureza abrange três biomas diferentes (Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga), fazendo jus ao reconhecimento da Unesco.

A região atravessa 172 municípios brasileiros e entre os seus trechos mais bonitos estão as cidades mineiras de Grão Mogol, Botumirim, Cristália, Itacambira e Turmalina, responsáveis pela articulação da criação desse destino tão importante para o turismo nacional. A Cordilheira também abrange cidades como Ouro Branco, Ouro Preto, Catas Altas, Caeté, Serro, Diamantina, Porteirinha, Mato Verde, Espinosa, Olhos-d'Água, Monte Azul, entre outras.

A Cordilheira do Espinhaço como destino turístico, além de uma beleza singular e de ser a única cordilheira do Brasil, o local conta com atrativos que trazem mais visibilidade ao país e impulsionam os empregos e a economia na região



ATRATIVOS – Além da cadeia de montanhas que enriquece a formação geológica, o visitante encontra cânions, lagos, rios, cachoeiras e trilhas de diferentes níveis, podendo apreciá-las a pé ou de bicicleta. Esses atrativos são vistos nos parques que compõem a Cordilheira, como o Parque Estadual de Grão Mogol, o Parque Nacional da Serra do Cipó e o Parque Nacional das Sempre-Vivas. Em Botumirim, uma das cidades do roteiro, há um parque estadual onde foi avistada a rolinha-do-planalto, uma das aves mais raras do mundo.

Mas a região também esconde preciosidades do turismo histórico que só quem a visita consegue encontrar, pois a região é berço da ocupação da descoberta do ouro e diamante no Brasil. Em Grão Mogol, por exemplo, o turista passeia pelo centro da cidade, local tombado como patrimônio histórico estadual. Outro atrativo é a Igreja Matriz Santo Antônio, que já foi escolhida como uma das dez mais imperdíveis do estado, sendo construída em pedra e madeira.

Por lá, também é possível visualizar pinturas rupestres em cavernas milenares e apreciar as delícias da gastronomia mineira e baiana por meio da produção local de vinhos, com destaque para a uva merlot, e de pratos típicos que fazem sucessonosestados.

PROJETO – A apresentação da Cordilheira do Espinhaço como novo destino turístico foi oficializada em março de 2023 por meio de uma parceria entre as prefeituras de Grão Mogol, Botumirim, Cristália, Itacambira e Turmalina. Em 2022, a iniciativa foi abordada no seminário nacional no Ministério do Turismo e, para sua criação, foi contemplado um trabalho de capacitação e estruturação para receber melhor os turistas.

“A partir do projeto, a região só tem a crescer como um destino turístico de natureza, demonstrando riqueza da nossa biodiversidade e apoiando o turismo sustentável e que respeite as tradições da cultura local”, pontua o secretário de Turismo de Grão Mogol, Ítalo Mendes.

Edital para premiação de congadeiros, reinadeiros e irmandades de Minas Gerais



O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), lança o edital de fomento à cultura para premiar congadeiros, reinadeiros e irmandades de Minas. A iniciativa vai destinar R$ 352.133,45. Serão contemplados projetos que contribuam para a transmissão de conhecimento de detentores, mestras e mestres dos saberes de Congados Mineiros, bem como a realização de celebrações, festividades, festas populares, circulação de grupos e coletivos, ações de fortalecimento em rede, dentre outras ações que estimulem a preservação e a salvaguarda dos congados e reinados mineiros.

Serão premiados 20 inscritos, que receberão R$ 17.606,67 (valor bruto) cada. O modelo do edital é premiação a pessoas físicas. Por esse caminho, congadeiros, reinadeiros e irmandades poderão ser premiados por sua tradição, desburocratizando o acesso aos recursos do Fundo Estadual de Cultura (FEC). A seleção será feita segundo critérios como conceito, conteúdo, viabilidade de execução, capacidade técnica, transmissão geracional, regionalização, democratização do acesso, acessibilidade e presença de ações afirmativas, entre outros.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, afirma que o edital faz parte do compromisso da Secretaria na valorização das tradições afro-mineiras. “Os congados, reinados e irmandades são de vital importância na cultura mineira. O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) já catalogou quase 800 Reinados e Congados em 263 municípios. Acabamos de encerrar as inscrições do edital Afromineiridades, com R$ 3 milhões para mestras, mestres e detentores de saberes de expressões culturais afro-mineiras. Agora, com o mais este edital do Fundo Estadual de Cultura, ampliamos ainda mais o acesso aos recursos para essas pessoas e grupos que compõem aspectos fundamentais da nossa mineiridade”, declarou Leônidas.

Foto: Consuelo de Abreu



A proposta inovadora será custeada por meio de emenda parlamentar da Deputada Andréia de Jesus, que também é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A parlamentar implementou parceria com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult).

“A Secult acatou a nossa proposta, que é inédita no Estado. Fortalecer esses grupos é muito importante, pois esses ternos exercem importante função identitária dentro e fora das guardas, a importância da resistência e o empoderamento da cultura afro-brasileira. Os Congados divulgam a cultura negra, que é um dos pilares do povo brasileiro, ademais transitam pela cultura oral, cultura local, identidade e patrimônio, demonstrando que é mais que uma festa, ele é resgate, educação, empoderamento”, explica Andréia de Jesus.

Inscrições e requisitos-As inscrições serão abertas na próxima segunda-feira (17/07), e permanecerão até às 23h59 do dia 18 de agosto, por meio da Plataforma Digital Fomento e Incentivo à Cultura. Cada pessoa só poderá inscrever um projeto, que deverá prever atividades de forma presencial. Antes de realizar a inscrição, é necessário que o proponente seja cadastrado e aprovado na plataforma online.

Fotos: Consuelo de Abreu

Para participar da seleção, quem propõe o projeto precisa ser maior de 18 anos, morar em Minas Gerais, ter experiência da realização de atividades culturais há mais um ano, ser diretamente responsável pela execução do projeto e ser classificada como pessoa detentora, mestra ou mestre de Congados mineiros. Para efeito do edital, os indivíduos classificam-se da seguinte maneira:

Mestras e Mestres: pessoas físicas, de grande experiência e conhecimento dos saberes, fazeres e expressões culturais populares e tradicionais, reconhecidos pela comunidade onde vivem e atuam, com longa permanência na atividade desempenhada e dotadas da capacidade de transmissão dos conhecimentos artísticos e culturais.

Detentor: Denominação dada às pessoas que integram comunidades, grupos, segmentos e coletividades que possuem relação direta com a dinâmica de produção e reprodução de determinado bem cultural imaterial e/ou de seus bens culturais associados, para as quais a prática cultural possui valor referencial por ser expressão da história e da vida de uma comunidade ou grupo, de seu modo de ver e interpretar o mundo, ou seja, sua parte constituinte da memória e identidade. Os detentores possuem conhecimentos específicos sobre esses bens culturais e são os principais responsáveis pela sua transmissão para as futuras gerações, pela continuidade da prática e dos valores simbólicos a ela associados ao longo do tempo.

Já os requisitos para o projeto são: ser considerado de interesse público; ter caráter prioritariamente cultural; visar à valorização, à promoção e à proteção do patrimônio cultural mineiro, bem como a livre criação, divulgação, produção, pesquisa, experimentação, capacitação e fruição artístico cultural; contribuir para a garantia do pleno exercício dos direitos culturais e de democratização do acesso aos bens e serviços culturais; visar à promoção do desenvolvimento cultural regional; e conceber a cultura como lugar de reafirmação e diálogo entre as diferentes identidades culturais e como fator de desenvolvimento humano, econômico e social.

Processo seletivo-A avaliação será feita pela Comissão Paritária Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura de Minas Gerais (Copefic), que avaliará os projetos de acordo com os critérios técnicos e de fomento. Os critérios técnicos somam 30 pontos e compreendem conceito e conteúdo do projeto; viabilidade de execução do projeto; e capacidade técnica relativa à ação proposta.

Os critérios de fomento, por sua vez, valem 70 pontos. Eles estão distribuídos entre os seguintes aspectos: democratização do acesso e acessibilidade; regionalização e Interiorização - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e número de habitantes); contribuição da atuação para continuidade e transmissão geracional; ações afirmativas e protagonismo.

O edital- O edital está disponível na íntegra do site da Secult-MG. O documento foi elaborado com base nas técnicas de linguagem simples, direito visual e design editorial, sob orientação do Laboratório de Inovação em Governo (LAB.mg).

A mudança na apresentação foi feita para garantir uma maior clareza das informações, mais rapidez na navegação pelo documento e leitura mais agradável. Com isso, o Governo de Minas espera melhorar a compreensão do que é necessário para um bom projeto e facilitar o acesso a esta política pública de fomento cultural.


Marta Rossi é a primeira mulher a receber Medalha de Mérito da Academia Brasileira de Eventos e Turismo

Por indicação da diretoria e aprovação unânime da Academia Brasileira de Eventos e Turismo, a empresária Marta Rossi é a primeira mulher a receber a Medalha do Mérito Acadêmico na história da instituição. A entidade tem como um dos principais compromissos conceder Diplomas, Medalhas de Honra ao Mérito e outras honrarias, para homenagear indivíduos e entidades que contribuíram ou contribuem, de forma considerável, para o progresso e aprimoramento dos setores.

Até o presente momento a Academia, por meio das indicações do seu Colégio Acadêmico, já outorgou medalhas do mérito acadêmico para personalidades como o ministro Walfrido dos Mares Guia (2013), o reitor Gabriel Rodrigues (2014), o presidente Fernando Henrique Cardoso (2015), o publicitário Nizan Guanaes (2016), o empreendedor Ozires Silva (2017), o empresário Armindo Dias (2018), o criativo Danilo dos Santos Miranda (2019), o empreendedor cultural Roberto Medina (2020) e o promotor de eventos José Victor Oliva(2021). 


A empresária Marta Rossi e o presidente da Academia Sérgio Junqueira


Este ano, Marta fez história na Academia sendo a primeira mulher a receber a medalha. “Me sinto muito honrada em receber essa deferência, pois acredito que a inclusão da figura feminina no meio turístico é mais que fundamental para o progresso do trade. Confesso que muita emoção bateu no peito, além de muito orgulho, porque serei a primeira mulher, entre os já homenageados, a receber este título”, declara a empresária.

Marta Rossi - Ha anos, o nome Marta Rossi se tornou sinônimo de turismo em meio ao trade. Graduada em Relações Públicas pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Marta atuou na Prefeitura de Gramado desenvolvendo projetos educacionais com apenas 17 anos. Entretanto, foi em 1980 que a gramadense ingressou no segmento do Turismo, trabalhando nos principais hotéis da cidade. Em 1988, ao lado de Silvia Zorzanello, iniciou uma transformação para o mercado turístico regional e estadual. As profissionais criaram a empresa Marta Rossi e Silvia Zorzanello Feira e Eventos. Visionárias, cientes da grande demanda de turismo de negócios presente no Brasil, as sócias criaram o Festival Internacional de Turismo de Gramado, que desde 2015 leva o nome de Festuris. O evento ficou consagrado e, em 2023, terá a realização de sua 35ª edição de forma ininterrupta. Em 2022, o Festuris reuniu 12,5 mil participantes, 2,7 marcas em exposição e 40 destinos internacionais.

Academia Brasileira de Eventos e Turismo foi fundada sem fins lucrativos em 17 de fevereiro de 2006 e possui um colegiado formado por 40 membros nacionais e 20 internacionais, sendo mulheres e homens referências nos segmentos de eventos e turismo. Há cerca de cinco anos, diversos profissionais do setor, despertaram para uma discussão plena sobre a importância atual e expressiva dos eventos, não só no contexto do turismo, como da hospitalidade e da sociedade como um todo.

 Informações para a coluna enviar para

@sergiomoreira63
sergio51moreira@bol.com.br

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