Pesquisar este Blog do Arnaldo Moreira

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Grandes novidades na Fenatran deste ano, onde reinou um clima de de esperança de retomada do crescimento econômico no País.



COLUNA 
MECÂNICA ONLINE®

20 | OUTUBRO | 2017 




Fenatran 2017 como marco da retomada do crescimento


Termina hoje em São Paulo a 21ª edição da FENATRAN – Salão Internacional de Transporte Rodoviário de Cargas -, evento que acontece a cada dois anos há mais de 40 anos, que pode ser creditada como o início de uma nova fase para os fabricantes de caminhões; implementos rodoviários; pneus; gestão e rastreamento de frotas; autopeças; bancos e serviços (seguros, softwares, financiamentos, consultorias etc).

Com o desarranjo político que temos acompanhado, coube aos empresários a responsabilidade de buscar o início de uma nova fase comercial, pois o segmento amargou de forma muito forte os efeitos da crise financeira e política que assola nosso Brasil nos últimos quatro anos.


Com a presença de cerca de 350 marcas nacionais e internacionais e um público visitante na ordem de 60 mil pessoas de mais de 50 países, o momento não poderia ser melhor para mudanças: uma nova área, compondo 82 mil m² de exposição do São Paulo Expo.

No dia reservado para a imprensa, o Mecânica Online®, juntamente com os demais colegas da imprensa automotiva nacional e internacional, acompanhou todas as coletivas realizadas por DAF, Ford, Iveco, MAN, Mercedes-Benz, Peugeot, Scania e Volvo, com seus anúncios dos recentes modelos das linhas que vão desde o uso urbano até os de aplicação extra-pesada. 

Serviços de conectividade como monitoramento, rastreamento de frota e manutenção flexível também foram destaques nas apresentações.


O primeiro caminhão autônomo já testado em uma operação real para o setor de transporte no Brasil foi um dos destaques da Volvo


O veículo foi concebido para atuar no segmento sucroalcooleiro, um dos mais importantes do agronegócio brasileiro. 


VM Autônomo foi projetado para reduzir a praticamente zero as perdas de produtividade provocadas pelo pisoteamento de brotos na plantação de cana de açúcar. 

Conduzido autonomamente, sem a intervenção do motorista, o caminhão roda por si mesmo ao longo das linhas da plantação, sem passar por cima das soqueiras.

Já a Manutenção Inteligente foi outra novidade da marca, onde uma central de monitoramento conectada e de planejamento, faz o controle de agendamento de manutenções preventivas para os caminhões.  

A Volvo também lança a Gestão de Combustível, uma consultoria remota de consumo de combustível, criada para reduzir gastos com diesel, que chegam a representar 50% dos custos do transportador.


Com um bonito estande, a DAF realizou a estreia dos modelos off-road XF 105 e CF85, aptos para os desafios das indústrias como a canavieira e de celulose. 

Os dois modelos são equipados com motor PACCAR MX 13, de 12,9 litros. O CF85 com potência de 460 cv e o XF105 de 520 cv. 


Entre os destaques dos novos veículos está a tecnologia Hill Start Raid, botão que auxilia na partida dos caminhões em ângulos difíceis de rampa.


Enquanto isso a Volkswagen Caminhões e Ônibus inovou com o primeiro caminhão 100% elétrico totalmente desenvolvido no Brasil, em exposição no estande da MAN. 

e-Delivery foi projetado para entregas urbanas, tem autonomia de até 200 quilômetros e estará disponível nos modelos de 9 e 11 toneladas. 

Para o procedimento de recarga, o modelo abrange duas opções: a rápida, em que é possível assegurar 30% da carga em apenas 15 minutos, e pode ser realizada várias vezes ao longo da rota do veículo para aumentar sua autonomia; ou a recarga lenta, que em três horas atinge a carga máxima.


Com modelos que procuram desmistificar a tecnologia do futuro para veículos pesados, o estande da Ford Caminhões – marca que comemora 60 anos de presença no Brasildestacou o Cargo Connect, desenvolvido no Brasil e espécie de síntese de tudo que a marca quer popularizar como tecnologia embarcada, como faróis inteligentes, pesagem de carga, assistente autônomo de frenagem, alerta de ponto cego e sistema de diagnósticos para manutenção preventiva, reportada pelo próprio veículo.


Ainda em inovação, a Ford Caminhões apresentou o Boné Alerta, dispositivo inteligente equipado com sensores que monitoram sinais de sonolência do motorista. Assim como muitos dos celulares atuais, o boné é dotado de acelerômetro e giroscópio. 


Quando detecta no motorista movimentos relacionados à fadiga e relaxamento do tônus muscular, ele emite sinais sonoros, luminosos e vibra.


Mercedes-Benz lança sua linha 2018 de caminhões com quase 30 novos recursos de tecnologia, conforto, segurança, desempenho e economia para as famílias Accelo, Atego, Axor e Actros. 


Um dos destaques apresentados é o Actros Série Especial, uma edição limitada de 21 unidades do top de linha da marca que ganha design “retrô” inspirado nos clássicos caminhões L-1111 e L-1113 das décadas de 1960 e 1970, os mais vendidos no Brasil em todos os tempos.


Outra edição comemorativa da Mercedes é a “Sprinter Edição Especial 20 anos no Brasil”, uma série limitada que ganha itens de segurança inéditos na linha, como assistente de partida em rampa e câmera de ré.

No aspecto conectividade destaque para o novo sistema de tele diagnose que identifica, por exemplo, a necessidade de manutenção e, por meio da Central de Relacionamento com o Cliente, aciona o gestor de frota para avisá-lo e propor a melhor solução em eventuais defeitos no motor, câmbio,  embreagem, freio e outros. 

A partir de janeiro de 2018, todos os caminhões Actros comercializados no País sairão de fábrica com o Fleetboard ativado.


Scania, marca que também comemora 60 anos de Brasil com um fantástico estande direcionado para esse momento especialapresentou boas novidades em produtos, como por exemplo, o caminhão Heavy Tipper, pesado com foco na indústria de mineração, e o Super Rodotrem de 11 eixos, com capacidade de 91 toneladas e 620 cv.


Os serviços conectados também mostram a evolução do pós-venda para o segmento, com os chamados Planos Flexíveis que informam o momento ideal para a manutenção. 

Um dos atrativos é o fato de que quanto menor o consumo de combustível, mais baratos ficam os serviços, garantindo descontos de até 16% para os clientes. 

Dentro do pacote de serviços da marca chama atenção também o Driver Coaching, que orienta os motoristas como dirigir melhor e de maneira mais econômica. 

O atendimento pode ser pessoal ou por telefone, e é baseado na coleta de dados que a Scania faz, individualmente, em cada caminhão conectado ao Portal Gestão de Frota.


Além dos caminhões voltados para indústria de cana-de-açúcar e mineração, a Scania – marca com maior quantidade de caminhões por metro quadrado em seu estande, também lança na FENATRAN novos motores para as linhas rodoviárias, de 450 e 510 cv, garantindo economia de até 5% no consumo de combustíveis.

Em uma área especial dedicada aos 60 anos da marca, a Scaniaapresenta dez modelos históricos, a partir da década de 50. 

Entre os que mais chamam atenção está o Scania-Vabis L71 (1957); o L111 S (1979) e o LK 140 (1977), um dos primeiros com cabine avançada (os “caras-chatas”, que hoje em dia dominam o mercado brasileiro). 

Há também uma versão camuflada do P 360 DB 6X6, que, a pedido do Exército, possui motor Euro3, que  permite rodar com qualquer tipo de diesel.


Comemorando 20 anos de operação no País, a Iveco chega com novas opções de caminhões nas linhas Daily e Tector, séries personalizadas da Daily e do Hi-Way, modelo extra-pesado premium da marca. 

A marca também anunciou o investimento de US$ 120 milhões no desenvolvimento de novos produtos nos próximos 24 meses. 


A nova Daily City 30S13 chega nas versões chassi cabine e furgão, pronta para atender o mercado de cargas fracionadas em centros urbanos com restrições de circulação. O modelo estará à venda a partir do primeiro trimestre de 2018.


Com modelos como o Peugeot Expert e Peugeot Boxer a marca francesa mais conhecida no Brasil por seus modelos de passeio quer crescer na linha de utilitários leves.

Mas a ideia é ganhar público, também, com o oferecimento dos serviços de pós-venda (o programa Peugeot Total Care), que ganham atrativos especiais para os clientes donos de utilitários.


Peugeot exibe toda sua linha de veículos comerciais. O furgão Expert, construído na mesma base do SUV Peugeot 3008, será comercializada na FENATRAN em condições especiais, a R$ 79.990. Para cargas maiores, a nova Boxer prevista para 2018 tem capacidade para 2700 kg.

Vídeos relacionados:

==========================================
Tarcisio Dias é profissional e técnico em Mecânica, além de Engenheiro Mecânico com habilitação em Mecatrônica e Radialista, desenvolve o site Mecânica Online® (www.mecanicaonline.com.br) que apresenta o único centro de treinamento online sobre mecânica na internet (www.cursosmecanicaonline.com.br), uma oportunidade para entender como as novas tecnologias são úteis para os automóveis cada vez mais eficientes.
Coluna Mecânica Online® - Aborda aspectos de manutenção, tecnologias e inovações mecânicas nos transportes em geral. Menção honrosa na categoria internet do 7º Prêmio SAE Brasil de Jornalismo, promovido pela Sociedade de Engenheiros da Mobilidade. Distribuída gratuitamente todos os dias 10, 20 e 30 do mês.
http://mecanicaonline.com.br/wordpress/category/colunistas/tarcisio_dias/

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

De Olho no Consumo, é o que a maioria esmagadora dos motoristas brasileiros estão, mas há já recursos eletrônicos, nos carros mais modernos, que ajudam no controle do gasto de combustível


Alta Roda
        

Nº 963 — 19/10/17

Fernando Calmon



DE OLHO NO CONSUMO

A utilização de recursos eletrônicos nos automóveis modernos levou à crescente disponibilidade de medidores de consumo de combustível. 

No começo a precisão não era grande, mas agora os resultados permitem ao motorista avaliar consumo médio e instantâneo em várias condições de utilização. Tornou-se dispositivo relativamente barato, presente em computadores de bordo até de modelos compactos.

Em tempos de preços altos e preocupações com emissões de CO2, é um dispositivo bastante útil. Afinal, única forma de combater o efeito estufa provocado por esse gás é economizar combustível. Filtros ou catalisadores não servem, no caso. Ao final, um monitoramento que traz vantagens pecuniárias.

Hoje, os controles de consumo e emissões para homologação são feitos em testes padronizados em laboratórios, a fim de garantir repetibilidade. 

Este cenário começa a mudar na Europa com obrigação, em breve, de certificação nas ruas e estradas em condições reais de uso, o que trará mais credibilidade aos números.

O Grupo PSA (Peugeot, Citroën, DS e agora Opel) se adiantou. No final de 2015, começou a desenvolver um protocolo de aferição em colaboração com duas ONGs e o Bureau Veritas. 

Frota de 60 veículos rodou mais de 40.000 quilômetros, numa iniciativa inédita no setor automobilístico, e tornou possível agora estimativas com respeitabilidade para mais de mil versões de modelos das três marcas.

Trabalho semelhante foi anunciado semana passada no Brasil pelo Instituto Mauá de Tecnologia, de São Caetano do Sul (SP), porém com intuito específico de comparar consumo de gasolina e etanol em motores flex

Foram escolhidos quatro modelos: Fiat Uno 1.0 manual, Hyundai HB20 1.6 automático, Renault Duster 2.0 automático e Toyota Corolla 1.8 automático. 

Depois de instalados medidores de combustível, percorreram 15 vezes o mesmo percurso, em cidade e igual número, em estrada.

O resultado demonstrou que, na média, consumo de etanol ficou entre 70,7% e 75,4% do observado com gasolina. As referências do Programa Brasileiro de Etiquetagem estão entre 66,7% e 72,1%, porém com gasolina padrão que contém 22% de etanol anidro. 


Nos postos de serviço está autorizado até 27% de etanol anidro, o que aumenta um pouco o consumo de gasolina. Daí a utilidade da medição do computador de bordo para aferir o gasto em cada modelo e não deixar de economizar ao abastecer. Outra forma seria fazer cálculos entre abastecimentos ou usar aplicativos com essa função.

No entanto, deve-se observar que adição de etanol à gasolina não aumenta o consumo de forma absolutamente direta à diferença de poder calorífico (energético) entre os dois combustíveis. 

Etanol proporciona melhores rendimentos térmico e volumétrico ao motor. Este pode aproveitar melhor as diferenças, se bem projetado.

Testes recentes feitos na Alemanha pela Clariant em três modelos Mercedes-Benz, por 12 meses, indicaram que se o volume adicionado de 10% de etanol de cana ou celulose à gasolina alemã subisse para 20%, o consumo seria exatamente o mesmo. E ainda ajudaria na redução de CO2 no ciclo de vida do combustível. Nesse aspecto específico (CO2) rivalizaria com um motor Diesel.

RODA VIVA

COMO
se esperava, novo programa de diretrizes de longo prazo à indústria automobilística vai atrasar. Batizado de Rota 2030, esperado para 1º de janeiro próximo, cria estímulos para melhorar segurança e economia dos produtos. 

Renúncia fiscal seria de apenas 0,5% do que recebe o conjunto do setor industrial. Ainda assim, ministérios envolvidos não se entendem.

DOS recentes boatos nos bastidores do setor um é particularmente curioso. O Grupo CAOA, que tem instalações industriais completas e corpo próprio de engenharia, aproveitaria incentivos do Rota 2030 para produzir em Anápolis (GO), além dos atuais produtos Hyundai, um automóvel elétrico de projeto próprio. A empresa nega, mas sem tanta ênfase.

AUDI Q7 tem dimensões generosas (cinco e sete lugares), mas se comporta com agilidade de um SUV menor. A começar pelo diâmetro ideal do volante, posição de guiar e respostas vigorosas do silencioso motor diesel com torque de nada menos que 61,2 kgfm. Há modo de condução semiautônoma, nível 2, sujeito a limitações de nossas ruas: faixas estreitas e mal sinalizadas.

AINDA falta aprovação em plenário da Câmara dos Deputados, mas o projeto de efeito suspensivo de multas de trânsito até última instância, ou seja, depois de julgada pela Junta Administrativa de Recursos de Infração, merece total apoio. 

Hoje, o Código de Trânsito Brasileiro estimula o motorista a não recorrer, ao firmar prazos inviáveis, burocracia e até oferecer descontos.

ENTRE aplicações mais ousadas de inteligência artificial, uma vem sendo desenvolvida pela japonesa Sumitomo, dona das marcas Dunlop e Falken. 

Trata-se do sensoriamento das atividades dos pneus em movimento para um futuro não tão distante. É um algoritmo planejado para medir o desempenho em tempo real, a partir de vibração e rotação geradas.
_________________________________________________________________________________

fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

Salão de automóveis antigos de Buenos Aires aconteceu com absoluto sucesso de que saíram vencedores um Ferrari GTO, e; Hispano, c; Bugatti Atalante. A chinesa Chery colocou à venda sua fábrica no Brasil e já há um interessado: Carlos Alberto de Oliveira Andrade, da CAOA



Coluna nº 4.217 - 19 de outubro de 2017
________________________________________________

Autoclasica. Bugatti Type 57 Atalante, o Best of Show 

Mais relevante dos encontros sul-americanos de automóveis antigos, o Autoclasica, em 17ª edição, registrou recordista participação de quase 1.000 veículos e arranhou 50.000 visitantes. Foi o mais movimentado da sequência do evento.

A rara carroceria do também raro Bugatti foi moldada manualmente pelo francês Gangloff em apenas 17 unidades. O automóvel, um puro sangue para corridas, empregava motor em alumínio, oito cilindros em linha, 3,3 litros, e é um dos Bugatti mais valiosos, estimado em US$ 8M. 

Pertence à família Sielecki, dona de larga e refinada coleção, usuais convidados a participar do Pebble Beach Concours d´Élegance em Carmel, Ca.

Disputou o seleto troféu com outras referências, também mítico Ferrari 250 GT, modelado por Mario Boano, e por referencial Hispano Suiza, marca concorrente de Rolls-Royce e Isotta-Fraschini.

90 mil metros quadrados de área expositiva no Hipódromo de San Isidro, a 50 quilômetros de Buenos Aires fazem a festa dos diletantes antigomobilistas, perpassando entre barracas de clubes, de eventos assemelhados, ilhas de veículos separadas por marca ou tipo. 

Aberto na sexta-feira, foi saudado com chuva, transformando o piso da negra terra turfosa num atoleiro preto. Sábado, a presença popular iniciou desencantar, permitindo circular bordejando as poças d´água. 

No domingo, a sensação era de viagem para todos os argentinos. Não havia fila para entrada, as aleias estavam vazias. Confortável aos visitantes, sensação de decepção a expositores, pré pânico entre centenas de vendedores de peças, serviços, literatura.

Segunda feira, lá feriado pelo Dia da Raça – qual é a raça dos habitantes da América do Sul, tão frequentada por levas de imigrantes? –, o negócio desencantou sob o sol poderoso, visitantes em quantidade industrial, filas bem fornidas e o inacreditável fato ocorrido no caminhão-stand da Paty, vendedora de sanduíches, ter-se encerrado o prato típico de eventos a céu aberto, o Choripan – linguiça assada como churrasco e servida num pão com molho criollo, o nosso vinagrete.

Ampla variedade de prêmios para igualmente ampla variedade de tipos de expositores, incluindo carros de corrida, premiação a produtos nacionais, prestígio às motocicletas, segmento em amplo crescimento.

Até a visitantes estrangeiros é perceptível um ar de arrepios quanto à premiação. Família Peres-Companq, dita a de patrimônio mais saudável na Argentina, levou exemplar de Fórmula 1, ex-Michael Schumacher, campeão, para integrar o rol de Ferraris comemorando os 70 anos da marca. 

Não ganhou sequer medalha de bom comportamento, não mereceu citação, exibindo uma abrasão aparentemente viva entre os colecionadores mais destacados do país.

O Autoclassica, estruturado pelo Club de Automoviles Clasicos, é aula de organização e captação de patrocínios, e deveria servir de exemplo aos presidentes de clubes no Brasil. É indicado pela FIVA, a federação da especialidade, como o único evento sul-americano dentre os 10 melhores do mundo. 

Bugatti Atalante 

Ferrari GTO, e; Hispano, c; Bugatti Atalante, trinca vencedora 

VW muda e mantém projeto
O bater de asas da borboleta na floresta amazônica tem a ver com o desabamento de toneladas de neve nos picos do Himalaia? 

Parece contra senso, mas tudo a ver e, em especial, com os movimentos empresariais comandados por holdings, caso da Volkswagen liderando 12 empresas de veículos. 

Mês passado, para reformular sua diretoria, a alemã Audi, uma delas, resgatou da China o executivo Alexander Seitz, então vice-presidente comercial. 

Abriu espaço na operação chinesa e para supri-lo a holding foi pinçar elemento em empresa, outra empresa, a VW. Escolha recaiu sobre David Powells, então presidente da operação no Brasil. 

Aqui havia conquistado as benesses da matriz para reformulação operacional e lançamento de 20 produtos, preparando-a para ascender no mercado, saindo de inexplicável 3ª posição. 

Havia igualmente revitalizado a operação de vendas externas à América Latina e Caribe, incrementando a produção para exportações.

O espaço aberto pelo movimento de sua transferência provocou a transferência, leia-se ascensão, de Pablo Di Si, argentino, homem de finanças, para gerir a VW do Brasil, acumulando com América Latina e Caribe.

Pela primeira vez na história desta empresa, o substituto tem proximidades com o País. Não é alemão, austríaco ou sul-africano, como soem ser os designados, e alinha grande intimidade com o Brasil, costumes, linguagem – aqui foi diretor da Fiat.

Ex-presidente da VW na Argentina, lá recuperou marca e penetração no mercado, e terá bom desafio pela frente. Recebeu um bom projeto calcado em 10 pontos – desde a valorização dos colaboradores até os novos produtos. 

Segundo crê, o mercado automotivo nacional deverá crescer entre 8 e 10% nos próximos quatro anos, fugindo dos projetados 2,8 milhões. Há esperança de boa performance por mercado e rede de revendedores.

Mercedes inicia apresentar Classe X
Picape, como a Coluna antecipou mundialmente, o Classe X, com previsão de construção na Argentina, em 2018, e vendas, em 2019, iniciou ser apresentado e detalhado. En San Vicente de Tagua-Tagua, Chile, Mercedes faz test-drive à imprensa sul-americana. Argentinos com prioridade.

Questão de cortesia regional, pois o Classe X iniciará ser produzido na Espanha e vendido na Europa ainda este ano. No próximo, outros mercados atrativos ao tipo, África do Sul e Austrália. 

Faz movimento, promove mídia, divulga para ir-se preparando à concorrência com produtos líderes, como Ford Ranger e Toyota HiLux. 

O Classe X é o Nissan Frontier com releitura Mercedes. Como aqui já se descreveu, tem bitolas mais largas 70 mm para maior estabilidade e menos reatividade na suspensão. 

Na prática, tal mudança implementa o conforto na rolagem, e daí intenta ocupar lugar acima da disputa a ser estabelecida entre o Frontier e o Alascan, interpretação Renault sobre o produto.

Virá em três versões, Pure, para trabalho; Progressive, meio termo; Power, com trato Mercedes de uso confortável.

Em motorização, três, diesel: L4, 2.3 e 163 cv, 403 Nm, versão de entrada. Progressive mesmo motor, entretanto com dois turbos, elevando a potência a 190 cv e 450 Nm. Power, versão de topo, V6, 3,0, 258 cv e 550 Nm. Transmissão manual de seis velocidades ou automática de sete, opção de tração total.

O antecessor, picape W115, 240D, dos anos ’70, e o Classe X 

Fábrica de Automóveis. Vende-se
Grande oportunidade. Fábrica nova, instalada em Jacareí, SP, próxima à Via Dutra, a 100 km de S. Paulo. Área de 1 milhão de metros quadrados, 400 mil m2 de área construída, capacidade industrial instalada de 50 mil veículos e motores/ano; centro de distribuição de partes; unidade de fundição de construção recentíssima, direitos de produção, cessão de tecnologia, acompanhamento técnico. Mercado em ascensão.

Preço, US$ 64 milhões por 50,7% das ações.

O comunismo desiste
A Chery capitulou. Única chinesa com fábrica no Brasil, operação relevante com linha de produção, fundição, centro de distribuição de peças, polo de auto peças, empresa não se viabilizou economicamente. 

Por conta de greves contínuas, não consegue produção linear ou cumprir prazos industriais para troca de produtos, além de escriturar prejuízo monumental. 

Por tais condições decidiu vender metade da operação e o mando no negócio, de acordo com anúncio no sítio da Changjiang Equity Exchange da cidade de Wuhu, sede da empresa, relata o Auto News China - http://www.autonewschina.com/en/article.asp?id=16778

Para empresa estatal chinesa situação é novidade. O regime comunista aplicando no capitalista e tomando prejuízos. Um antagonismo dialético.

No Brasil, a empresa a ser vendida desconhece a decisão e no mercado vigora a teoria do interesse na aquisição pelo empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, o Dr. CAOA. 

Sua empresa, montadora de Hyundais, em Anápolis, GO, já andou conversando com a Chery para uma aproximação industrial. 

Questão da sobrevivência ou viabilidade não parece baseada em questões industriais ou mercadológicas, mas tão-somente de caráter trabalhista. 

O sindicato dos metalúrgicos da região, o vale do Paraíba, por suas constantes greves e geração de insegurança já conseguiu exportar produção empregos da General Motors para a Argentina. 

O Cruze e sua motorização seriam feitos em São José dos Campos, SP. Repete o caso com a Chery, mas a fama de métodos objetivos precede o Dr. CAOA.



Roda-a-Roda

Volta e vai – Apesar da negativa, Ferrari prepara um utilitário. Código de referência é personalizado, sendo referido como FUV – Ferrari Utility Vehicle. Coisa para 2020. Quer ser o único no segmento, superior a todos os demais.

Será? – Proposta difícil. No segmento com foco no mesmo equilíbrio entre conteúdo, propósito e clientes, existirão Bentley Bentayga, Aston Martin, hoje dito Concept, e Lamborghini Urus.

Mais – Ford iniciou produzir o EcoSport, em Craiova, Romênia, fornecedora do produto para a Europa. Planta também produz o motor EcoBoost 1.0. Mercado europeu de utilitários esportivos cresceu 27% ano passado.

Erado – A superação de vendas do Hyundai HB20 pelo Renault Kwid, exibe consequência adicional: o produto coreano ficou subitamente envelhecido se comparado à novidade. Marca registrada do país, os múltiplos planos, os cortes, tem vida curta.

Mexida – Para ampliar faixas de atuação e melhor aproveitar o bom momento de demanda de seus produtos, Ford adicionou versões S e Tecno ao Ka. Preços entre R$ 44 mil e R$ 52,7 mil. Para o sedã Ka+, versão Advanced e preços de R$ R$ 55,7 mil e $ 60,7 mil.

Ampliação - Toyota abriu o leque de opções para o picape Hilux e a utilitário esportivo SW4 modelia 2018. Hilux tem onze versões, SW4 sete, ambos com três a diesel e quatro flex. 

Marca formatou Hilux diesel 4x4, cabine dupla, seis marchas mecânicas e SW4 diesel, automática de cinco marchas exclusivamente para vendas em frotas.

Quanto – Preços em largo espectro. De R$ 109 mil a quase R$ 253 mil. No leque de veículos, surgiu a opção SW4 com 7 lugares.

Importância – Pela primeira vez a BASF incluiu em sua projeção de cores uma especial para a América do Sul. É o Visual Arete, verde metálico intenso com tons azulados. Segundo a poética descrição do fabricante, ela dança entre o brilho e o mistério, proporcionando sofisticação aliada ao equilíbrio, além de trazer força e resiliência... Consegue entender e visualizar? Nem eu!
________________________________________________

Equipes e pilotos de diversos estados brasileiros atravessaram na tradicional balsa que corta as águas serenas do Velho Chico através da represa de Três Marias de 11 a 15 -10, em busca do lugar mais alto do pódio, no Off Road Festival Morada Nova 2017



A pequena e simpática Morada Nova de Minas localizada na região central do estado e que tem sua história ligada às aguas do Rio São Francisco foi palco da grande festa off road – OFF ROAD FESTIVAL MORADA NOVA 2017 entre os dias 11 e 15 de outubro de 2017.


Equipes e pilotos de diversos estados brasileiros atravessaram na tradicional balsa que corta as águas  serenas do Velho Chico através da represa de Três Marias a partir de quarta feira (11.10) em busca do lugar mais alto do pódio.


Uma grande estrutura foi montada no Parque de Exposições com shows de diversas bandas animando as noites para ninguém ficar parado.


Além da final do Campeonato Mineiro de Rally de Velocidade 2017, aconteceu também a 4ª Etapa do Campeonato Brasileiro de Moto Trial 2017, o Super Prime para Gaiolas, Protótipos e Afins e encerrando no domingo com o passeio de motos pelas trilhas da região.


Destaque para a presença do deca campeão brasileiro de motocross Jorge Negretti convidado especial da organização.


Enfim, um evento com gosto de quero mais! 
A sexta-feira feira, 13, foi dia de sorte para os participantes da final do Campeonato Mineiro de Rally de Velocidade 2017 na Fazenda Bom Jardim do Grupo Alterosa (a etapa final aconteceu no sábado 14.10). 


Foram dois dias de intensas disputas. Uma prova exigente, difícil, onde não faltou garra, suor e determinação, porém que agradou a todos e confirmou a força da competição. 


A combinação entre as especiais técnicas e velozes, além do forte calor fez com que pilotos e navegadores tivessem que literalmente “suar a camisa” para chegar ao fim e garantir as primeiras colocações no campeonato.


Na classificação geral, oito décimos de segundo separaram o paulista Guilherme Cysne de Bruno Correia de Oliveira. Richard Amaral foi o campeão nos quadriciclos, e Marco Antônio Pereira, nas motos. 


Lucas Teixeira e Rafael Dias foram os melhores na cross-country; Andrey Iltis e Emerson Showboy dominaram entre os carros, assim como Gabriel Silva Paiva, entre os autocross


Guilherme Cysne sagrou-se campeão geral e também venceu na UTV Pro. 


Na Turbo Light, festa de Bruno Correia de Oliveira, com Daniel Luiz Guerra Costa levando o caneco na Super Production 1.000. 


Paulo Feitosa ficou com o título na UTV Over 45, enquanto Luiz Flávio Cabral dominou na 900cc. André Melo Lima de Souza foi o vencedor na 800cc.


No sábado (14.10), foi a vez das gaiolas e protótipos acelerarem na pista montada na Praia Pública Pontal do Guará durante o dia. 


Lucas Cruz, de Nova Lima, MG foi o campeão na categoria Gaiola AP Baja, Cleyton Santos de Pompéu MG na Protótipo, João Paulo Mazelli na Gaiola Turbo e Valdiney Gonçalves “Ney” de Rio Acima MG na Jeep 4X4 também levaram os canecos. 


Já à noite na Arena do Parque de Exposições foi a vez do show da moçada do Trial com suas manobras radicais que exigiam dos competidores pericia e concentração, levantou a plateia que assistia a 4ª Etapa do Campeonato Brasileiro de Trial. 


Desta vez, os pilotos de diversos estados brasileiros encararam uma etapa noturna, em um circuito indoor e enfrentaram obstáculos como carcaças de carros, pneus de caminhão, caçambas, enormes manilhas e troncos em busca do lugar mais alto do pódio.

Os líderes do campeonato após a 4ª etapa:

Cat. Super: Rafael Moraes – UNIFAE/Cascão Trial Show

Cat. Avançados: Leonardo C. Martins – Enduro HP Moto Trial Brasil

Cat. Novatos: Leonardo C. Freitas – Moto Trial Brasil

Cat. Feminino: Jessica Soares – Team Red Baron Yamaha


Christiano Tirado, diretor da CBM enfatiza: "Sem dúvida foi uma prova muito bem organizada, com excelente público e contou com a participação de pilotos de diversos cantos do país. Agora só falta mais uma etapa para definir os campeões da temporada 2017".


No domingo (15.10), encerrando a grade de eventos após concentração no Parque de Exposições, os participantes seguiram para o passeio de moto através das trilhas da Serra da Pedreira e Indaiá com a presença do super campeão de motocross Jorge Negretti.


“Fizemos o melhor para que o Morada Nova tenha sido o melhor de Minas. Grato aos pilotos e equipes que estiveram conosco, e em especial aos patrocinadores e apoiadores que contribuíram de uma forma ou de outra para o sucesso do evento. Esperamos revê-los em breve!” finaliza Júlio Oliveira da comissão organizadora.


O evento teve o patrocínio de Red Hot Energy Drink, Catuaba Selvagem, Prefeitura Municipal de Morada Nova de Minas, Polícia Militar de Minas Gerais, Pop Art Publicidade, Moto Trial Brasil, Rally Clube Minas Gerais.


Texto e fotos: Angelo Savastano / Savastano Photo Sport

ACESSE TODAS AS POSTAGENS E SAIBA TUDO SOBRE O MUNDO AUTOMOTIVO.