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sexta-feira, 22 de junho de 2018

The 18th BMW Motorrad Days takes place from 6 to 8 July 2018 in Garmisch-Partenkirchen at the foot of the Zugspitze mountain. The event organisers are expecting some 40,000 motorcyclists from all over the world to attend this year. Lasting three days, the gathering at the Hausberg will once again be dedicated entirely to the international BMW Motorrad fan community and riding fun on two wheels. The entrance is free.



Munich/Garmisch-Partenkirchen
- The 18th BMW Motorrad Days takes place from 6 to 8 July 2018 in Garmisch-Partenkirchen at the foot of the Zugspitze mountain. The event organisers are expecting some 40,000 motorcyclists from all over the world to attend this year. Lasting three days, the gathering at the Hausberg will once again be dedicated entirely to the international BMW Motorrad fan community and riding fun on two wheels. The entrance is free.

In addition to numerous new products, thrilling stunts, celebrities and test ride campaigns, guests can particularly look forward to the now legendary party atmosphere with live music. Whether young or old, the three-day program of activities is so diverse that everyone's taste is catered for – leaving no room for boredom.

Party time, celebrities and high spirits at the Hausberg.
The BMW Motorrad Days has long been established as a must for motorcycle fans from all over the world. Whether from the USA, Japan or Australia, whether sports or touring riders, enduro enthusiasts or customising fans – with such a diversified motorcycle-related programme, beer gardens to enjoy during the day and lots of parties with live music in the evening, everyone will find their own favourite way to enjoy hours of fun. In attendance at the event again this year: actor Hannes Jaenicke along with singer and RR fan Wincent Weiss.


Spectacular stunts, customising and action pure.
The stunt performances go to the very limits of riding physics – such as the BMW Drift Show with Ritzmann Motorsport or the demonstrations by freestyle artists Mattie Griffin and Dirk Manderbach. Meanwhile visitors can marvel at the decades-old tradition of wall-of-death riding in the Original Motodrom – the oldest wall of death in the world. Here, Donald and his team do their rounds over the wooden boards on historical motorcycles in breathtaking style.

Friends of customising and converted motorcycles will find just what they're looking for at the Custom Village, where individual machines can be inspected in detail at close quarters – to the accompaniment of great live music in the evening.


Explore the superb mountain scenery on a motorcycle.
The BMW Motorrad Days also offers the chance to discover one of Germany's most magnificent landscapes on a motorcycle. There are organised whole-day or half-day tours in the Zugspitze region around Garmisch-Partenkirchen as well as panorama tours accompanied by guides who are familiar with the area.

Once again this year there is also a wide selection of current BMW motorcycle models available for test rides on site.

Off-road and enduro riding directly on the event grounds.
Both off-road newcomers and ambitious enduro riders can explore fascinating terrain on the off-road track at the foot of the Hausberg. Under the guidance of professional instructors, visitors can find out just what the BMW GS models are capable of away from asphalted roads.


Trade show and exhibition area as well as a play area for the little ones.
The extensive trade show and exhibition area reflects the full diversity of BMW Motorrad. In addition to numerous product presentations, visitors will also find some fascinating surprises here – not least the BMW Motorrad Concept 9cento. Some 80 exhibitors will be on site, offering advice as well as presenting new ideas and accessories.

Young guests are excellently catered for as well: the play area is packed with fun, hands-on games, while a specially created Kid's Track and Kid's Try-Out Trial Program ensure that the motorcyclists of the future can enjoy an exciting, action-packed weekend. Meanwhile the numerous football fans can be sure not to miss the live broadcasts from Russia.

Intensive shop talk with the BMW Motorrad experts.
At the big BMW Motorrad Exhibition Pavilion, visitors have the chance to engage in a detailed chat with BMW Motorrad developers, engineers and test riders as well as getting a behind-the-scenes glimpse of the BMW Motorrad development department.

What is more,"Meet the mechanic" at the BMW Motorrad Classic Tent gives visitors the opportunity to relive the more than 90-year history of BMW Motorrad. Meanwhile motorcycling globetrotter and photographer Michael Martin provides fascinating entertainment with his almost legendary talks at the BMW Motorrad Cinema.


Live music, party time – and with a little luck maybe even a new motorbike.
But in addition to the action, fun and entertainment, the BMW Motorrad Days is always about enjoying the fun of a party in true Bavarian style. As usual, admission is free and the entire set-up is perfect. The highlights are the evenings in the big beer tent where party heroes Gerry & Gary ensure a thumping atmosphere on the Saturday – this is where even the quietest visitors end up joining in the singing and dancing.

For anyone who wishes to stay overnight directly on site, the campsite in the nearby field offers pitches for EUR 12. Last but not least, the sale of event pins gives visitors the chance to win two brand new BMW motorcycles – a BMW F 850 GS and a BMW R nineT Racer with special features.

You will find press material on BMW motorcycles as well as BMW Motorrad rider equipment and Original BMW Motorrad Accessories in the BMW Group PressClub at www.press.bmwgroup.com.


quinta-feira, 21 de junho de 2018

Coluna Alta Roda, de Fernando Calmon



Alta Roda                      


Nº 998 —  21/6/18

Fernando Calmon


TEMPO PARA PENSAR


Pode-se afirmar que o anúncio – acaba de ser feito – de um protocolo de intenções para uma aliança estratégica entre os grupos Volkswagen e Ford está longe de representar surpresa. A indústria automobilística mundial passa por desafios imensos e alto grau de incerteza sobre rumos a tomar. 

Nos últimos 20 anos houve forte tendência de consolidação com alianças e fusões. Algumas não deram certo como a DaimlerChrysler; outras se expandiram como Renault-Nissan-Mitsubishi.

O quadro ainda vai se alterar. Essa aproximação entre o gigante alemão e a segunda maior fabricante dos EUA ainda está por ser mais bem esclarecida.

Entrosamento entre eles não é novidade. Em 1986 a Ford esteve perto de se retirar do País em meio à chamada década econômica perdida. Houve uma fusão regional anunciada naquele ano, batizada de Autolatina e com 51% das ações de posse da VW. 

O processo se conclui em 1987 e o “casamento” não resistiu à crise dos sete anos: em 1994 se anunciou o divórcio. Durou mais dois anos até a separação total, porém ambas aprenderam o que deu certo e também o que não funcionou.

Quase um quarto de século depois as duas matrizes se reaproximam. Alianças costumam ser fases transitórias. A franco-nipônica, citada acima, tem dado muito certo, porém deverá acabar mesmo em fusão. 

Só não aconteceu até agora porque o governo francês resistiu até com malabarismos intervencionistas no mercado de capitais.

No caso do grupo germânico e do americano é previsível que a aliança se expanda bem além da linha de veículos comerciais anunciada na nota oficial conjunta do dia 19 último.

As marcas da Volkswagen concentram-se em automóveis (incluem-se SUVs), o maior segmento do mercado mundial de veículos. Nesse setor a empresa, controlada pela família Porsche com 52% de suas ações, já lidera há cerca de 10 anos, mas ao se somarem veículos comerciais (picapes, furgões, ônibus e caminhões) seu domínio é mais recente (últimos quatro anos).

A Ford anunciou recentemente que pretende se concentrar em picapes e SUVs, diminuindo sua presença em automóveis, embora essa estratégia esteja focada mais nos EUA. Apesar de ser uma empresa de capital aberto, a família Ford continua a dar as cartas. Já o Grupo VW tem quase 20% das ações com o governo do estado da Baixa Saxônia.

São situações societárias e estatutárias complicadas para uma futura fusão. Essa hipótese, porém, não se pode rejeitar. A complementariedade das linhas de produtos, a necessidade de investimentos pesados em alternativas de propulsão, conectividade, direção autônoma e serviços de compartilhamento levam essa hipótese ao patamar de algo presumível e até ao nível de quase certeza.

Se tudo caminha para esse desfecho, é bom olhar o que acontece em volta. Outras fusões, preconcebidas de início apenas como alianças, não podem se descartar. A GM, por exemplo, que já foi o maior conglomerado automobilístico do mundo por sete décadas, possivelmente terá que se movimentar nesse xadrez complicado. Talvez a fusão com a FCA, tão almejada por seu atual CEO Sergio Marchionne, não seja tão descabida. Ou, quem sabe, a Toyota (empatia existe).
Tempo para pensar.

RODA VIVA

TOYOTA trabalhará, a partir de novembro, em três turnos na fábrica de Sorocaba (SP), onde produz o Etios e agora o Yaris, ambos nas versões hatch e sedã. Ainda assim pode perder alguma fatia do mercado total por falta de capacidade produtiva se vendas da indústria continuarem a subir em 2018 e 2019. A marca japonesa até prefere essa situação a investir e arriscar ter ociosidade.

PASSO audacioso da Jaguar: primeiro crossover 100% elétrico do Grupo JLR disponível na Europa. O I-Pace, de tração 4x4, dispõe de um motor de 200 cv para cada eixo. Dimensões avantajadas com quase três metros de distância entre eixos e 4,68 m de comprimento. Produção terceirizada será muita pequena. Algumas unidades virão para o Brasil, na faixa de R$ 400 mil.

TRACKER, na versão de topo agora rebatizada como Premier (sigla LTZ, substituída nos EUA, o será aqui também), foca em itens de segurança como ESC (controle de estabilidade) e avisos de colisão frontal e de saída de faixa. Esse SUV compacto mexicano destaca-se pelo motor turboflex (1,4 L/153 cv com etanol), caixa automática 6-marchas, boas posição de dirigir e suspensões.

GOLF 2019 recebeu pequenas mudanças estilísticas – para-choques, grade, faróis, lanternas – e melhorias internas com quadro de instrumentos digital no GTI que ganhou 10 cv, agora 230 cv. Fim do câmbio manual e de motor aspirado. Preços: R$ 91.700 a 143.790. Station Variant inclui as mesmas atualizações. Porta-malas excelente de 605 litros. Preços: R$ 102.990 a 113.490.

MINISSEMINÁRIO organizado pela Mitsubishi, em São Paulo, sobre Futuro das Cidades apontou tendências que vão demorar mais a se concretizar no Brasil. Automóveis poderão ser compartilhados, alugados por períodos variáveis (até por horas) e autônomos. Menos carros rodando poucas horas por dia. Necessidades de estacionamento serão menores.
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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

Assista o vídeo e faça o test-drive num Ford Mustang



Dirigir um Ford Mustang GT é uma experiência única que não está acessível para todos, mas é possível fazer um test-drive virtual do esportivo com o novo vídeo de 360 graus criado pela Ford – veja aqui. 

Produzido com tecnologia de realidade virtual para o programa de treinamento de vendedores, ele agora também está disponível para os clientes que desejarem conhecer o veículo nos distribuidores especialistas da marca.


Os efeitos são mais realistas com o uso de óculos de realidade virtual, mas também é possível curtir as imagens em dispositivos móveis e no computador. A primeira parte do vídeo destaca os itens principais do produto, como o design com faróis e lanternas de LED, o motor V8 5.0 de 466 cv, a transmissão automática de dez velocidades e os freios Brembo de alta performance.

A luz de aproximação que projeta o emblema do cavalo e o porta-malas de 382 litros são outros detalhes que surpreendem, assim como os bancos de couro com ajuste elétrico, aquecimento e resfriamento e o ar-condicionado automático e digital.


O toque tecnológico é dado pelo painel de 12 polegadas totalmente configurável e a central multimidia SYNC 3. Pressionando uma tecla, os seis modos de direção mudam a resposta da suspensão adaptativa, aceleração, tempo de troca de marchas e até o som do escapamento para cada tipo de pista. 

Outro diferencial é o Line Lock, sistema de preaquecimento dos pneus traseiros para arrancadas. Isso, sem esquecer as tecnologias de segurança e assistência ao motorista, como os 8 airbags, o sistema de detecção de pedestres e a assistência de permanência em faixa.

O test-drive foi filmado nas pistas de alta velocidade do campo de provas da Ford em Tatuí, SP, por um piloto de categoria máxima, que poucos profissionais têm no mundo, incluindo “zerinhos” e outras manobras.


Coluna de Carro Por Aí, de Roberto Nasser. Em pauta, VW + Ford= ??? e Salão de São Paulo???



COLUNA DE CARRO POR AÍ - ROBERTO NASSER

           
                 Coluna nº 2.518 - 21 de junho de 2018                                               


 ? = Automundo


Uma Automundo?

Anúncio de Volkswagen e Ford prometendo estudar sinergias e negócios, em especial quanto a veículos comerciais, instam lembrar da Autolatina, empresa reunindo as duas marcas no Brasil e Argentina, tentativa de salvação, entre 1987 e 1995. 

Modelo atual será diferente. Chamam tal avença – acordo, combinação - de Aliança e não será joint-venture, a união de duas empresas criando uma terceira. Também não haverá troca de ações - uma ficaria com percentual da outra -, nem fusão ou incorporação. Prometem sinergia e, como primeiro plano, caminho conjunto para veículos comerciais.

Comunicado frio, seco, com mínimas informações, sugere ter sido solução dez-p’ras-cinco, em cima da hora, talvez para evitar ser furada pela imprensa, causando queda de valor da ações ou desgastes com acionistas. 

Na prática aparenta ser promessa de troca de ideias sobre pontos de vista; potencialidades; ociosidade em instalações industriais, para fabricar veículos de uma em fábrica de outra; sinergia para desenvolvimentos comuns de produtos, partes; união para os futuros passos da autonomia, industrialização em direção ao modelo 4.0 de intensa mudança industrial em métodos e equipamentos.

Será período de muita conversa e muitíssima especulação, boatos, terrorismo interno e externo sobre passos da nova aliança. (Ontem recebi uma chamada: para saber quem lideraria a área de comunicação no Brasil – VW ou Ford. Tema pequeno, longínquo, porém bom exemplo do varejo de muitas dúvidas.

De real
Coluna antecipou em fevereiro, Ford está em quarto minguante, período de corta-custos. Em maio, situação se acendrou – refinou, purificou -, e a matriz norte-americana deu o norte: retirou sedãs de produção, faz dispensas mundiais, corta investimentos, avisou sair de países sem retorno em lucros, minguar operações, e direcionar-se a operações com suvs e comerciais – caminhões são produzidos apenas no Brasil e na Turquia. 

Quer salvar-se. E ainda encontra inconvenientes: não tem bons resultados na Europa e na China, hoje maior mercado mundial. Mas detém título invejável: é o maior vendedor mundial de picapes, como o F 150.

Em contraposição VW é a maior do mundo na área, lidera na Europa e China, porém sem boa performance nos EUA, apesar de lá ter fábrica.
São dificuldades e facilidades se engrenando.

O que
Possivelmente, como referência fática, um picape VW seja o veículo de acerto inicial entre as duas marcas, considerando a facilidade industrial – é veículo bruto, com chassis. Dizem os expertos, até macaco ensinado monta... Em tal caminho VW exibiu, no recente março, no Salão de New York, seu conceito sobre picape. Maior relativamente ao Amarok, do porte consumido nos EUA, fornecido por Ford, GM, RAM, Honda, Toyota, é o Atlas Tanoak.

Em paralelo, muitas dúvidas internas e externas, sobre departamentos a serem somados, pessoas dispensadas, revendedores tensos. Não se compare com a Autolatina: era regional e joint venture. E deu certo apenas como solução de sobrevivência. Questão foi participação de mercado, VW detinha 40%, Ford apenas 20%. VW saiu com percentual assemelhado, e Ford desabou a insuperáveis 9% - perdeu – e nunca recuperou – metade de sua presença.

Marcas, espaços, compradores, mercado crescem. Salão, não.


Salão: menos expositores
Salão do Automóvel é evento importante, secular, ponto de encontro entre expositores de bens ou serviços e visitantes para conhecê-los e eventualmente adquiri-los. E assim é praticado no largo prazo de convívio com o automóvel. Mostrar-se num Salão é operação onerosa, pois a locação do espaço – no usual a preços beirando o valor de aquisição... -, é apenas um dos componentes da conta. Há produção especial dos veículos – muito mais cuidados e às vezes em cores especiais -, recepcionistas, material informativo, coquetéis, e mais ampla relação de parcelas. Não dá para avaliar acerto do investimento, pois não há vendas para mensurar o resultado.

Há anos, por custos, o empresário Sérgio Habib, dirigindo a Citroën, não a levou à mostra, mas fez pesquisa à saída, indagando opinião dos visitantes sobre carros  stand.  Multidão respondeu ter gostado muito – do que não viu. Uma lição.

Ausência à mostra não é exclusividade local. Neste ano, no Salão de Paris, um dos mais tradicionais do mundo, alternando com Frankfurt no exibir novos produtos a consumidores europeus, marca Volkswagen decidiu não ir, como informou a Coluna 2018 aos 17.maio. 

Marca é líder mundial e provocou fazer contas, e deflagrou desistências em sequência: Ford, Infiniti, Mazda, Mitsubishi, Nissan, Opel, Volvo e Subaru. Quase todas, exceto esta, integram conglomerados diversos, e estes levarão associadas 

Por exemplo, Sköda, Seat, Porsche, Audi, Lamborghini, controladas pela VW, irão. Mitsubishi e Nissan, ausentes, mas Renault, companheira de Aliança, dirá presente. Opel, agora Peugeot, não aderiu – mas essa irá, assim como a Geely, controladora da Volvo. 

Para o Salão Internacional do Automóvel, nosso representante no rol de eventos do setor, S.Paulo, 8-18/novembro, ausências em quantidade. Sem Jaguar Land Rover; Citroën; Peugeot; JAC Motors e Volvo – por enquanto. 

Razão comum, gastos e custos sem recuperação imediata – ou o ciclo de desinteresse pelo automóvel, fenômeno em curso e não enfrentado pelos seus fabricantes.

Previsão de visitas nos 10 dias de Salão, 700 mil pessoas. Muito? Não. Há décadas o quantitativo não cresce, independentemente da expansão dos habitantes de S Paulo, do crescimento da frota, aumento de número de marcas, da democratização do automóvel, da mudança do Salão a área maior e de mais conforto.
1955: ao Canadá em Jeep brasileiro

Livro. Operação Abacaxi
Nome gaiato, tanto quanto a ideia, consecução, participantes: em 1955 três escoteiros, com 19 anos, propõem – e têm aceita – ideia de ir de S Paulo ao Canadá participar de um Jamboree, encontro internacional, e o fizeram em 0 Km Jeep Willys de produção nacional pioneira recém iniciada. (Para pensar: tinham quase 50% de nacionalização – mais que alguns carros nacionais de hoje…)

Concordância e apoio não foi da Willys-Overland do Brasil, fabricante do veículo, mas da Agromotor, revenda da marca e uma das pioneiras distribuidoras e sócia da empresa nacional montada para importar, montar e distribuir Jeeps no Brasil.

Chave do negócio, os rapazes foram fazer fundo de manutenção procurando fabricantes de auto peças para, durante a viagem, realizar efeito demonstração da existência de corajosa indústria de componentes e de sua resistência ao insólito e árduo trabalho. 

Reuniram US$ 2.000 – hoje uns R$ 70 mil -, elegeram um tesoureiro – à época não existiam facilidades de comunicação para transferir numerário -, usaram as regras do escotismo para comportamento pessoal e organização de funções, e foram-se ao mundo no Jeep Willys brasileiro, modelo CJ3B. Nele aplicaram as peças produzidas pelos patrocinadores, pintaram-no de Verde e Amarelo. Na prática a teoria do orçamento foi outra: a viagem custou US$ 4.500 de então – uns R$ 150 mil.

Cumpriram o desiderato – desejado, aspirado -, enfrentaram toda a falta de estradas, as limitações do Jeep, e pioneiro motor com válvulas em F – adaptação de baixo custo sobre antigo motor da marca – 2.148 cm3 e modestos 75 cavalos de força, câmbio semi-sincronizado em 2ª e 3ª marchas, reduzidas, e a contida velocidade de cruzeiro em torno de  70 km/h. Enorme conquista pessoal, reconhecida e festejada por todo o caminho.
Exemplo típico, quase épico, da ignorância como a mãe da coragem.

Parte prática, Hugo Vidal, agora 85, empresário aposentado, autor das pequenas passagens formando o livro, exibiu jovem vertente negocial: na viagem foi a oficina/pequena indústria, fabricante de roda livre – mecanismo para desacoplar os semi eixos dianteiros, deixando-o sem tração, melhorando direção, reduzindo consumo -, e obteve a representação e industrialização do sistema AVM. Como àquela época o Jeep foi o veículo mais vendido do país, dá para entender o acerto da coragem em propor e conquistar a representação.
Da viagem, em números, ida e volta, 73 mil km, 377 dias, 19 países.

Operação Abacaxi – Flashes de uma Aventura, é agradável de ler, com foco em públicos vários – apreciadores e colecionadores de Jeeps, de viagens, história e as limitações de então. 180 pags, R$ 95. A fim? www.overlanderbrasil.com


Roda-a-Roda

Lenços – Para os viúvos de Alfa Romeo: Argentina iniciou vender primeiro lote de Giulias e Stelvios – o SUV da marca -, com motorizações 4 cilindros, 2 litros, 200 cv; 2 litros 280 cv, tração total, e V6 2,9 litro e 510 cv, todos com transmissão automática 8 velocidades.

Uau! – Giulia 200 cv, 41.689 Euros (+- R$ 183.193); Giulia 280 cv 56.579 E (+- R$  248.625); Giulia V6 510 cv 115.448 E (+- R$ 507.313). Stelvio 200 cv 46. 879 E (+- R$ 206.000); 280 cv 92.458 E (+- R$ 406.288 ). Stelvio 510 cv – sem preço definido.
Alfa tem representante oficial na Argentina e três revendas.
Para o Brasil, possível – mas por enquanto improvável.

Já vi – Assumindo a operação Chery no Brasil, CAOA faz ofensiva publicitária no jornal Folha de S Paulo. Sobre o QQ, o menor da marca, e até há pouco o mais inadequado dos estrangeiros no país, arranjou referência. Trata-o como A Pequena Maravilha. Coisa antiga. Era dos DKW.

Caminho – BMW voltou a importar o elétrico i3. Mudanças estéticas; agregou o REX, pequeno motor a gasolina dito pomposamente Extensor de Autonomia - 380 km. Apenas elétrico a R$ 200 mil e com REX R$ 212 mil e R$ 240 mil.

Monozukuri – Expressão japonesa indica atingir todos os parâmetros de qualidade para execução de um trabalho perfeito. Foi a utilizada pelos auditores japoneses da Nissan ao examinar protótipos e aprovar máquinas e processos destinados à produção do picape Frontier – e também Renault Alaskan e Mercedes Classe X -, em parte da fábrica da Renault em Santa Isabel, Córdoba.

Muda – Deve corrigir isolamento termo acústico e fazer pequenas mudanças estéticas para distinguir do produto mexicano ora vendido no Mercosul.
Produção no segundo semestre. Quanto a preço, se será reduzido em razão da produção Mercosul, não há notícias.

Elas – Mulheres sabem mais e ganham menos da indústria automobilística. Constatação, a merecer atenção geral, surgiu com Paula Braga, no VI Fórum RH promovido pelo portal Automotive Business. Em dados, a força de trabalho feminina cresceu 2%, sendo hoje 17% da indústria – 1 mulher x 6 homens, mas crescimento está relacionado a contratação via redução de custos.

Números – Mulheres ganham até 33,8% menos ante-homens, apesar de 45% das profissionais ter ensino superior ou especialização. Com eles desaba a 29%.

Questão - Enquanto a indústria não perceber que homem é apenas protótipo e mulher o produto final, não evoluirá. O mesmo para administração municipal. Exceto uma ou outra gatuna, no geral fazem melhor serviço nas prefeituras.

Problema – Em nome de uma segurança interna por disfunções em veículos e peças estrangeiras, e outras razões desconhecidas, o Departamento de Comércio dos EUA quer tributar em 25% todos os veículos rodoviários importados – de motos a caminhões - e suas peças. Abriu consulta pública sobre o tema.

Razão – Em política, para entender a razão das coisas, na medida da seriedade do governo – ou falta de -, procure no recolhimento de impostos ou orçamento majorado, e achará a resposta. No caso parece forçar instalação de fábricas nos EUA; reduzir disputa com produtos locais; aumentar recolhimento de impostos.

Mulher – Tema estava restrito a indústria e importadores, quando dona Sandra Button, organizadora do Pebble Beach Concours d’Élegance, para automóveis antigos, tocou a buzina em seu mailling mundial pedindo socorro contra a medida, capaz de alterar o mercado e comprometer a atividade de restauração.

Fim – Brasil fez sobre taxa no governo (sic) petolulista pelo ora processado Fernando Pimentel, governador (?) de Minas Gerais – semana passada, para não ser citado judicialmente, estava em lugar incerto e não sabido. Gente finíssima.

Á ré - Seu Inovar-Auto dizimou o segmento de importados, empresas, empregos. E ao final deixou processos de montagem de veículos em índices de nacionalização pré-governo JK.

Rede – Em meio às investigações sobre mascaradas emissões poluentes em carros Volkswagen, o Dieselgate, Rupert Stadler, presidente da Audi, foi preso. O governo alemão o acusa de fraude, falsidade documental, publicidade enganosa.

E – Audi o suspendeu das funções, nomeando interino Adrian Shot, holandês, diretor de vendas. Questão pode provocar alterações de governança na corporação porque a defesa isentava diretoria da trapalhada, mas as investigações da justiça alemã chegaram ao topo. Não apostaria no retorno de Stadler, mesmo inocentado, ao cargo. Cachorros grandes visam seu posto.

Fora – Em seu sítio, BNDES publicou estudo sobre a falta de evidência de sua co responsabilidade para a greve dos caminheiros. Alguns economistas indicam os mecanismos de financiamento como responsável pelo excesso de veículos ante a redução de frete causada pela retração econômica.

Gente – Douglas Mendonça, jornalista, outro olhar. 
OOOO Encerrou relação de 24 anos com a revista Motor Show, da qual foi diretor e alavancador. 
OOOO Mantém seu Blog Papo de Garagem, no sítio da Motor Show e a coluna Carros e Causos no portal Auto Papo, e inicia colaborar no Autoentusiastas. 
OOOO Gustavo Ruffo, jornalista, bi premiado. OOOO Prêmio pela Associação Brasileira de Engenharia Automotiva com reportagem RenovaBio sobre produção de etanol. 
OOOO Do ramo. 
OOOO Ronaldo Berg, automobilista, ex VW e Audi em assistência ao cliente e competições, ex-aposentado. 
OOOO Contratado pela Caraigá, grande revenda paulistana das duas marcas para supervisionar satisfação dos clientes com produtos e serviços. OOOO Grande aquisição. 
OOOO Philippe de Rovira, economista, sobe. 
OOOO Era o número 1 de finanças na GM Opel e, com a aquisição pela PSA, ascendeu a CFO do grupo. 
OOOO Dhivya Suryadevara, nova CFO da corporação GM. 
OOOO Reportar-se-á diretamente a Mary Barra, CEO, enxugando a empresa. 
OOOO Num comparativo, o antigo General hoje mal é Major, e dona Barra tenta não perder patentes. OOOO Mathias Hofmann, doutor em engenharia, mudança. 
OOOO Novo responsável pela montagem de BMWs. OOOO Não se reporta à presidência da empresa no Brasil, mas á área de engenharia na Alemanha. OOOO
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Coluna Mecânica On Line põe no ar uma pergunta: Será que veículos de "zero emissão" são de verdade "zero emissão"?





COLUNA 
MECÂNICA ONLINE® 





Será que veículos de "zero emissão"
 são de verdade "zero emissão"?



Os planos em veículos elétricos já anunciados pelas montadoras somam US$ 150 bilhões e devem gerar vendas de mais de 13 milhões de unidades por ano até 2025, o que equivale a uma taxa de crescimento anual composta de 35%.

Estas são algumas das conclusões do estudo divulgado pelo Conselho Internacional sobre Transporte Limpo.  O estudo considera como os governos estão estimulando a indústria de veículos elétricos e analisa seu mercado global, incluindo a avaliação dos principais fabricantes e as políticas de apoio implementadas para estimular esses investimentos, e conclui que embora a indústria automobilística esteja dando os primeiros passos nessa direção, grandes empresas já se aproximam de economias de escala com mais de 100.000 veículos elétricos por ano.


Recentemente o BMW Group superou a marca de 250 mil veículos eletrificados vendidos no mundo. “Estamos muito satisfeitos em anunciar que há, agora, mais de 250 mil veículos eletrificados do BMW Group rodando pelo mundo”, celebra Pieter Nota, membro do Conselho de Administração da BMW AG responsável por Vendas e pela marca BMW. “Estamos na direção certa rumo à nossa meta declarada de comercializar mais de 140 mil veículos eletrificados neste ano”, concluiu o executivo.

Nos primeiros quatro meses de 2018, as vendas do BMW Group Eletrified totalizaram 36.692 unidades, 41,7% acima do volume alcançado no mesmo período do ano passado. Este avanço considerável nas vendas de modelos eletrificados foi distribuído em diversos mercados, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e China.
Por trás destes números estão políticas públicas que favorecem tanto o lado do consumidor quanto o dos fabricantes. Até o momento, três quartos dos veículos elétricos vendidos foram fabricados na mesma região em que foram comercializados, mostrando a importância das políticas do lado da demanda, para reduzir as barreiras e aumentar o mercado, e os regulamentos e a política tributária para impulsionar simultaneamente os investimentos industriais.


Atualmente os três principais mercados para veículos elétricos no mundo - China, Europa e EUA - são também onde a maioria dos veículos elétricos é produzida. Com base nos anúncios de fábricas de baterias até hoje, espera-se que a maioria das manufaturas globais de células de bateria estejam na China.

"Quem quiser fazer o mercado avançar na mudança para carros elétricos deve buscar políticas que quebrem as barreiras dos consumidores e que também estimulem as grandes empresas a investir", destaca Nic Lutsey, co-autor do estudo. "O mercado está avançando rapidamente e os governos líderes podem garantir que suas indústrias estejam à frente com políticas de longo prazo para veículos elétricos e baterias."


O crescimento dos veículos elétricos ressalta os esforços em todo o mundo de adaptação às regulamentações de emissões de CO2 e para promover os investimentos necessários na indústria para permitir a transição para o acionamento elétrico.
Os Estados Unidos estão considerando enfraquecer sua regulamentação, embora o crescimento do mercado de veículos elétricos na Califórnia esteja aumentando.

A União Europeia está considerando a regulamentação de CO2 de veículos automotores até 2030 com benchmarks de veículos elétricos e está trabalhando simultaneamente para investimentos em bateria muito maiores por meio de sua Battery Alliance da UE.


Para o vice-presidente da Comissão Europeia, Maroš Šefčovič, "As baterias estão no centro da revolução industrial e o desafio de criar uma indústria de produção de baterias competitiva e sustentável na Europa é imenso. Precisamos avançar rapidamente nesta corrida global."

Num artigo publicado por Parker Treacy, cujo título é Veículos de "zero emissão" são de verdade "zero emissão"? [Uma nova análise], ele considera o aspecto da análise de toda cadeia de produção do veículo elétrico e não apenas quando ele é entregue para o cliente.
Os 'veículos elétricos de emissão zero' mais famosos como Tesla, BMW i3 e Nissan Leaf vendem a imagem de um futuro mais limpo e melhor. Mas se você analisar o processo de criação desses automóveis desde sua fabricação até a eventual eliminação, quantas emissões ao longo da vida eles realmente liberam?


Produção - Quantas emissões são lançadas durante a produção do veículo? Isso inclui todas as emissões dos fornecedores para a produção, mineração, entrega e empacotamento das peças.

Uso do Veículo - Quantas toneladas de CO2 são emitidas na queima de combustível comparado com a quantidade emitida na geração de eletricidade para um carro elétrico?


Descarte do Veículo 
Quantas emissões são gastas durante o descarte do veículo?
Um exemplo ilustrativo das instalações de produção de bateria da Tesla e os processos envolvidos na sua montagem considera que a produção de baterias dá origem a 150-200 quilos de equivalente de CO2 por quilowatt-hora de bateria produzida. Tesla Model S, por exemplo, tem uma bateria de 100 kWh, o que significa que quando alguém compra o carro, ele(a) já está levando para casa uma bateria que criou uma média de 17,5 toneladas de CO2 em seu processo de produção.

Segundo The Guardian, uma revista britânica, um carro de médio porte gasta 17 toneladas de CO2 durante o processo de produção. Esse número é semelhante ao de um carro elétrico, não incluindo a bateria. Contudo, os carros elétricos precisam ser leves, o que significa que eles incluem muitos metais de alto desempenho.

Outros, metais raros estão espalhados por todo o carro, principalmente nos ímãs que estão em tudo, desde os faróis até a eletrônica de bordo. Então, enquanto um carro tradicional gasta só 17 toneladas de CO2, um carro elétrico gasta um total de 34,5 - resultado de 17,5 na bateria e mais 17 no resto dos componentes.
Mesmo assim, um carro elétrico gera mais ou menos 2x mais CO2 do que um carro tradicional. A bateria dentro dos carros elétricos é muito suja e gera muita emissão.


É verdade que um carro elétrico tem "zero emissões". Mas de onde vem essa eletricidade?

Nos EUA, apenas 30% da eletricidade vem de fontes renováveis como a hidrelétrica, nuclear e solar. Logo, os carros elétricos fazem pouca diferença porque ao invés de queimar combustível no carro, está queimando combustível, gás natural, ou carvão para criar aquela eletricidade.

Em resumo, um carro tradicional cria 3x mais CO2 durante a vida útil, mas ainda gera menos emissões que o carro elétrico quando incluído as emissões com a sua fabricação

O descarte é a reciclagem das peças e também a gestão dos resíduos. As emissões de descarte são tipicamente menos que 1% das emissões da vida do veículo e são 0,3 toneladas para carros elétricos (assumindo a reciclagem responsável da bateria) e 0,15 toneladas para um carro tradicional.


Então, será que veículos de "zero emissão" são de verdade "zero emissão"?

No total, carros elétricos criam menos emissões, mas eles produzem muito mais na produção e menos no uso. Você também acaba mudando o problema de petróleo para cobalto e lítio, produtos com processo de mineração bem sujo, que são os componentes principais nas baterias.

No fundo, os problemas não foram resolvidos. Apenas mudaram o problema de materiais de uso como combustível para materiais de produção como a bateria.

Você precisa usar um carro elétrico minimamente por 3.8 anos para de verdade criar menos emissões. Para carros de frota e outros carros super usados e com uma vida mais curta, provavelmente carros tradicionais serão mais limpos. Dito isso, a tecnologia de bateria está acelerando bastante e deve dobrar em potência nos próximos 7-8 anos, segundo o banco Liberum.

Ainda com a tecnologia de bateria acelerando, existem carros tradicionais leves que tem menos emissões de vida que alguns carros elétricos.

Por exemplo, carros de 500 Kg como o francês Ligier microcarro ou o “kei car” do Japão tem as menores emissões de qualquer carro. 
Então, se você quiser de verdade criar menos emissões até a tecnologia de bateria ser aperfeiçoada, a melhor coisa a se fazer é usar um carro com menos peso!

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Tarcisio Dias é profissional e técnico em Mecânica, além de Engenheiro Mecânico com habilitação em Mecatrônica e Radialista, desenvolve o site Mecânica Online® (www.mecanicaonline.com.br) que apresenta o único centro de treinamento online sobre mecânica na internet (www.cursosmecanicaonline.com.br), uma oportunidade para entender como as novas tecnologias são úteis para os automóveis cada vez mais eficientes.

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