Texto e Fotos: Arnaldo Moreira
É habitual o jornalista especializado receber das fábricas carros zero quilômetro para avaliar, mas desta vez, o teste é de um veículo com 18.800 km.
Costumo dizer que hoje não existem carros ruins e que a melhor marca de carro é Novo, então para o leitor é super importante oferecer informações sobre um veículo com uma certa quilometra-gem e no caso deste submetido aos rigores dos testes pelos jornalistas. O FIT 2015, modelo 2016, mostrou-se um carro perfeito para as áreas urbanas, mas na estrada não fica a dever a outros superiores. Subiu a serra para Petrópolis, como gente grande.
Na cidade, abastecido com etanol não podemos dizer que seja um carro econômico, mas considerando a diferença do consumo do álcool, superior, ao da gasolina, registrei 285 km rodados com um tanque de 50 litros de etanol, ou seja 5,7 km/l, em ritmo de test-drive.
Esse resultado para um motor 1.5 com 116 cv, e torque de 15,3 kgfm temos de convir que é bem satisfatório, graças ao novo câmbio 16% mais leve do que a transmissão do modelo anterior.
O FIT consegue chegar de 0 100 km/h em 10,9 s, desempenho significativo para o modelo. Vale ressaltar que mesmo andando rápido, a direção elétrica progressiva faz você sentir o carro na mão.
Mas, além da fama, e do proveito, de ser um carro confiável, um inimigo dos mecânicos, por se manter longe das oficinas, um aspeto do FIT me chamou a atenção, o espaço interno, que está mais amplo do que no modelo anterior.
O carro ganhou 30 mm na distância entre-eixos, que ficou em 2,53m, e 98 mm no comprimento, que passou para 2,89 m, o que melhorou sensivelmente os espaços para o motorista e o carona e os passageiros do banco traseiro, que acomoda na boa três pessoas, fazendo jus aos seus 1,69 m de largura.
Ainda, no quesito espaço, é relevante destacar o do porta-malas com 363 litros, podendo chegar, com os bancos traseiros rebatidos a 1.045 litros, o que permite transportar uma bicicleta.
Quem dirigir o FIT na cidade, repleta de quebra-molas, verá que a altura do carro é suficiente para o chão do carro não tocar mesmo nos mais altos.
Na entrada da garagem do meu prédio onde a saia da frente do Ford Focus normalmente, mesmo entrando com cuidado, arrasta no chão, o FIT passou sempre com folga, graças à sua boa altura do solo.
Silêncio e visibilidade
No asfalto da estrada o Fit é um carro silencioso, macio e veloz, com boas respostas nas retomadas, melhores na posição S do câmbio CVT, que garante ultrapassagens seguras, obviamente levando sempre em conta as normas e regras de segurança.
A dirigibilidade no FIT é muito boa. A altura dos bancos, confortáveis, ligeiramente, maior do que num sedan, oferece uma maior visibilidade e favorece na direção, assim como dos instrumentos do painel.
Em torno do velocímetro, luzes que trocam de cor mantém o motorista informado sobre o nível de consumo de combustível.
Se a pressão sobre o acelerador é leve surge uma luz verde - modo econômico. Se a aceleração for maior, acende a luz azul, significando que o consumo é mais elevado.
O modelo atual deste Honda temos que concordar, ficou mais bonito e elegante e até com uma cara mais esportiva e séria, eu acho, e continua agradando as mulheres, que vêem no FIT um carro de direção agradável e econômico.
O FIT EXL conta com uma dose razoável de tecnologia - que pelo seu preço poderia ser mais completa: volante com controles do áudio, do apelidado piloto automático, e atendimento de telefone.
No centro do painel, há a central de mídia, com uma tela de 5", que reproduz as imagens da câmara de ré, em três modos de visualização e conexão bluetooth para reprodução de músicas direto do smartphone e sistema HFT (Hands Free Telephone) para chamadas telefônicas.
Nas portas estão os controles elétricos dos vidros (apenas o do motorista, de dois toques, automático), e dos retrovisores. O volante, de pegada agradável, em couro, tem regulagem de altura e profundidade.
Ar condicionado, infelizmente, não digital dual zone, mas eficiente, travas elétricas das portas, airbags frontais e laterais, rodas de liga leve e uma boa porção de porta-trecos constituem outros itens presentes no FIT.
Lembrando que se trata de um carro com quase 20 mil km rodados, o FIT, especialmente, este EXL, mostrou-se um carro confiável que provou a fama que tem.
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