Alta Roda
A Fiat se apresenta ao mercado de forma objetiva – vender 50.000 unidades por ano – contra os atuais seis concorrentes (S10, Hilux, Ranger, L200, Amarok e Frontier) que em 2015 representaram 116.000 veículos.
Sua dirigibilidade é nada menos que a referência no segmento. Estrutura monobloco e suspensão traseira independente multibraço, direção eletroassistida bem calibrada e posição de guiar mais próxima possível de um automóvel explicam essa diferença.
Estilo, outro de seus pontos fortes, nasceu aqui mesmo e se destaca por ser menos radical que o do Cherokee.
A fábrica espera uma divisão de 40% para motores flex (sem possibilidade de câmbio manual, provisoriamente diz a Fiat) e 60% para diesel (nesse caso é possível câmbio manual).
Rigidez torcional é elevada e a Fiat espera conseguir cinco estrelas nos testes de impacto.
DEPOIS de a guinada econômica argentina adotar câmbio flutuante em relação ao dólar, seguindo o Brasil, aumentou a possibilidade de início de um verdadeiro livre comércio entre os dois maiores integrantes do Mercosul, a partir de julho deste ano. Acabaria o intervencionista e complicado sistema de “equilíbrio” entre importações e exportações, imposto pelo país vizinho.
PEUGEOT 308, mesmo sem estar alinhado ao modelo oferecido hoje na Europa, tem ótimos equipamentos de série e bom acabamento.
APESAR de o mergulho de unidades vendidas internamente, de 2015 sobre 2014, ter sido de 27% (quase um milhão de unidades) o faturamento do setor encolheu em torno de 8% apenas.
CORREÇÕES: Na coluna da semana passada, referência ao Kwid é sobre modelo homônimo fabricado na Índia.
Nº 876
Fernando Calmon
Há muito tempo a Fiat deseja entrar no lucrativo segmento das picapes médias de cabine dupla para cinco passageiros.
TORO CHEGA COM AMBIÇÕES
Há muito tempo a Fiat deseja entrar no lucrativo segmento das picapes médias de cabine dupla para cinco passageiros.
Em 2007, a marca italiana desistiu de acordo com a Tata porque a picape indiana era tosca demais.
A líder das picapes compactas, Strada, é homologada para apenas duas pessoas atrás.
A Toro resolve essa situação e se apresenta como alternativa racional por ter 43 cm a menos em comprimento que a média dos concorrentes e a mesma capacidade nominal de uma tonelada (incluindo passageiros) na versão a diesel.
A Fiat se apresenta ao mercado de forma objetiva – vender 50.000 unidades por ano – contra os atuais seis concorrentes (S10, Hilux, Ranger, L200, Amarok e Frontier) que em 2015 representaram 116.000 veículos.
Para tanto, mostra pelo menos dois atributos imbatíveis. A começar pelos preços – R$ 76.500 (4x2, motor flex e câmbio automático de seis marchas) a R$ 116.500 (4x4, diesel e automático nove marchas).
Isso ocorre, entre outras razões, por herdar o trem de força do Renegade e pela grande diferença de IPI entre SUV (diesel, 25%) e picape (10%).
Sua dirigibilidade é nada menos que a referência no segmento. Estrutura monobloco e suspensão traseira independente multibraço, direção eletroassistida bem calibrada e posição de guiar mais próxima possível de um automóvel explicam essa diferença.
Os 2,99 m de distância entre-eixos oferecem espaço para três adultos atrás que viajam com encosto em posição menos vertical que a maioria dos concorrentes. Túnel central também é mais baixo.
Estilo, outro de seus pontos fortes, nasceu aqui mesmo e se destaca por ser menos radical que o do Cherokee.
Audacioso na medida certa chama atenção nas ruas e demonstra que a FCA brasileira atingiu níveis internacionais.
A inteligente tampa da caçamba bipartida, bastante leve e prática, ajuda no acesso. Ela serve de base a um extensor opcional para objetos compridos muito bem projetado, aproveita as lanternas originais e inclui suporte para cópia da placa traseira.
No interior, há materiais menos nobres que os do Renegade, justificável pelo preço e eventual uso em serviço pesado.
Destaque para desenho e anatomia dos puxadores de portas e alças de apoio nas colunas dianteiras.
A Toro perdeu o freio de estacionamento elétrico, mas nesse ponto é como todas as outras picapes.
Tela multimídia de apenas cinco polegadas é pequena para os padrões atuais.
A Fiat não perdeu tempo e colocou o macaco no lugar antes
previsto para o extintor.
Strada de cabine dupla de três portas deve perder clientes para a Toro.
Motor flex passou de 132 cv para 139 cv e, se já era fraco no Renegade, piorou um pouco em razão de a picape ter peso em ordem de marcha cerca de 10% maior.
Neste caso, o automático recebeu relações de marchas mais curtas,
sem resolver esse ponto.
Parodiando o ditado, não basta ser robusta precisa parecer robusta. Demanda tempo para tal, mas no uso em asfalto (mesmo ruim) já parece suficiente.
AUDI Q3 começa a sair da linha de S. José dos Pinhais (PR), mês que vem, mas motor turbo de 1,4 L será movido apenas a gasolina, como o Jetta montado em S. Bernardo do Campo (SP).
RODA VIVA
AUDI Q3 começa a sair da linha de S. José dos Pinhais (PR), mês que vem, mas motor turbo de 1,4 L será movido apenas a gasolina, como o Jetta montado em S. Bernardo do Campo (SP).
Ao contrário do Golf (estrutura MQB) com o mesmo motor na versão flex, os dois primeiros usam arquitetura anterior (PQ35) e exigiriam investimento adicional. BMW e Mercedes são flex.
DEPOIS de a guinada econômica argentina adotar câmbio flutuante em relação ao dólar, seguindo o Brasil, aumentou a possibilidade de início de um verdadeiro livre comércio entre os dois maiores integrantes do Mercosul, a partir de julho deste ano. Acabaria o intervencionista e complicado sistema de “equilíbrio” entre importações e exportações, imposto pelo país vizinho.
PEUGEOT 308, mesmo sem estar alinhado ao modelo oferecido hoje na Europa, tem ótimos equipamentos de série e bom acabamento.
Versão de câmbio manual e motor 1,6 l/122 cv oferece desempenho honesto para um médio-compacto.
Já motor 1,6 turbo/173 cv (etanol) e câmbio automático 6-marchas representa a melhor relação preço-desempenho do segmento.
APESAR de o mergulho de unidades vendidas internamente, de 2015 sobre 2014, ter sido de 27% (quase um milhão de unidades) o faturamento do setor encolheu em torno de 8% apenas.
Fabricantes com preço médio superior padeceram menos que os chamados Quatro Grandes. Estes vendem carros mais baratos e sofreram prejuízos grandes.
CORREÇÕES: Na coluna da semana passada, referência ao Kwid é sobre modelo homônimo fabricado na Índia.
Quanto ao Gol produzido em 1995, tinha catalisador, mas carburador só incluía assistência eletrônica.
Neste exemplo, importa a diferença de emissões de NOx: em vinte anos caiu de 1,4 g/km para apenas 0,03 g/km, ou seja, redução de 97%.
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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2
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