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quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Alentejo, da medieval capital, Beja, ao romano Vinho da Talha de Vila de Frades, a vila romana Cucufate, à gastronomia e planícies se perdendo no horizonte


Porto fluvial de Pomarão, no Rio Guadiana, que servia à mina de São Domingos


Texto e fotos: Arnaldo Moreira 


Minha viagem deste ano, de 30 dias, a Portugal privilegiou Lisboa, onde fiquei 15 dias, quando aproveitei para andar muito a pé pela cidade, passear em Alfama, e saborear as excelente gastronomia portuguesa em restaurantes da capital e na grande Lisboa, e visitar a Casa dos Bicos, sede da Fundação José Saramago, construída em 1523, na Rua dos Bacalhoeiros, 10, na Baixa, perto do Terreiro do Paço que tem uma riquíssima exposição permanente da obra do escritor português José Saramago. 

Na verdade, o objetivo principal da viagem a Portugal este ano foi conhecer mais o interior do Alentejo, parte dele, é claro, porque a região é a maior do país. 

Portugal, um pequeno país à beira mar plantado, que forma a Península Ibérica com a Espanha, virou um dos mais importantes destinos turísticos da Europa, graças à sua gastronomia, história, cultura e clima, o mais temperado do continente, e excelentes hotéis e pousadas. 

Esses ingredientes são fortes e eficientes elementos captadores de turismo o ano todo. 


Visita imperdível

Olivais no Alentejo se perdem no horizonte

Conheço praticamente Portugal, de lés a lés, porém, o Alentejo é uma região especial, diferente do resto do país. O Alentejo é um pedaço apaixonante de Portugal, suas planícies se estendem até o horizonte, oliveiras aos milhares decoram de verde os campos contrastando com o ouro dos trigais, e vinhedos que mudam de coloração à medida em que os cachos amadurecem e fica mais próxima sua transformação em vinho.

O alentejano é reservado, mas simpático, conversador, características que o tornam um português diferente. Quem não gosta de no final do dia tomar um copo para descontrair numa adega, num café, basta juntarem-se quatro ou cinco alentejanos para logo sairem modas do cante alentejano, hoje tombado como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco. 

Grupo Coral de Aldeia Nova de São Bento, um dos muitos coros intérpretes do
 Cante Alentejano

Cantam modas com poemas regionais: "Se fores ao Alentejo, vai, vai, vai, vai, não te esqueças, dá-lhe um beijo, ai, ai, ai, ai"; "Trago o Alentejo na voz, no cantar da minha gente, ai rios de todos nós, que te perdes na corrente..."; "Aldeia Nova de São Bento plantada no meio do trigo, teu cantar é um lamento, gosto de cantar contigo..."; "Fadinho alentejano"; "Grândola, vila morena", entre tantas outras músicas que são entoadas com absoluta afinação.
  
Vivendo o Alentejo


Com meu amigo de infância Vítor Silva, hoje presidente da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo - a quem presto meus agradecimentos e a quem fico gratíssimo pela deferência especial que me proporcionou - conheci belas e culturas historicamente ricas das cidades do interior alentejano. 



Em Beja, fiquei hospedado na Pousada do Convento, localizado no centro da cidade, um edifício construído no século XIII, para ser um mosteiro franciscano, durante vários séculos em 1850 o convento foi adaptado para abrigar o quartel do Regimento de Infantaria 7, em 1995 foi aprovado o projeto de transformação do edifício Convento Pousada de São Francisco. As antigas celas dos frades foram transformadas em confortáveis apartamentos, na capela são realizados eventos.

O restaurante tem vista e saída para...

 ... a área da piscina. 



A pousada é o meio de hospedagem mais caro da cidade, mas o serviço de café da manhã podia ser melhor levando em conta o valor das diárias.

Estação de trem (comboio) de Beja

Ainda com temperatura em torno dos 10º - que sobe ao longo do dia até os 25º -, no começo da manhã partimos da capital alentejana rumo à Vidigueira, uma vila a 25 km de Beja, por belas estradas.

Eu, minha mulher Lana e Vítor. No fundo a estátua de Vasco da Gama, na Vidigueira. Após a vila romana ter sido considerada um monumento nacional, o IPPAR criou em Vila de Frades um Núcleo Museológico na Casa do Arco, edifício cedido pela Câmara Municipal da Vidigueira.
 
A Vidigueira tem em Vasco da Gama - embora nascido em Sines -, seu filho mais famoso, nomeado Conde da Vidigueira, por D. Manuel I, como presente por ter descoberto o Caminho Marítimo para a Índia. 

Dona de excelentes vinhos e uma rica gastronomia, tem no porco preto base de pratos deliciosos, além dos famosos ensopados e assados, ou nos pratos de peixe, de enguia, sável, saboga, lampreia, taínha, boga, corvina esturjão e robalo além da famosa silarca de cogumelos preparada com ovos e carne frita. 

Doces de gila e bolos regionais popias, bolos de mel, bolos folhados e escarapiadas. Ir ao Alentejo sem experimentar a açorda de alho é como ir a Roma e não ver o papa e na Vidigueira ela é especial.

Talhas expostas no Museu do Vinho da Talha 

A Vidigueira lidera com o apoio da Promoção Turística do Alentejo, uma campanha que envolve mais de 20 municípios para que o Vinho da Talha seja considerado Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO. Vidigueira criou há cerca de dois anos o Centro Interpretativo em Vila de Frades que pretende valorizar a prática milenar de produção do Vinho da Talha.

Vila de Frades capital nacional do Vinho de Talha


A manhã nasceu soalheira, o céu azul e a temperatura chegando aos 14º. Vítor Silva chega com seu Mercedes-Benz para me apresentar a capital nacional do Vinho da Talha, Vila de Frades, a menor freguesia do município da Vidigueira, com 25,82 km2. 

O relógio é um dos poucos de Portugal a funcionar por pêndulos e de corda.

Antiga vila romana, Vidigueira, revela vestígios do período neolítico e mantem totalmente preservada a Torre do Relógio do séc. XVI, localizada na Rua Luís de Camões, que recebeu um sino de bronze em 1780. 

Vítor, Arnaldo e Lana no almoço no restaurante País das Uvas, de Antônio Honrado, maior produtor de Vinho da Talha da região, tendo como fundo as talhas milenares

A capital do Vinho da Talha na verdade é Vila de Frades e esse vinho é a grande atração da cidade. As diversas adegas que se espalham por Vila de Frades recebem turistas o ano todo. 


A mais significativa é a  Adega-Museu Cella Vinaria Antiqua, um  espaço recuperado que reconstituiu uma adega romana e a produção original de Vinho da Talha.


Na minha passagem por Vila de Frades, com minha mulher, Lana Carla e Vítor Silva, entrevistei o maior produtor de Vinho da Talha da região, Antônio Honrado, dono da Adega-Museu Cella Vinaria Antiqua e do restaurante País das Uvas, onde almoçamos e onde se localiza a adega romana.

Serviço
A Cella Vinaria Antiqua  e o Restaurante País das Uvas, em Vila de Frades, fica na Rua General Humberto Delgado, 17

Contatos: 
+351 284 441 023 |  // +351 968 793 121
E-mail: enoturismo@honrado.pt
site: www.honrado.pt

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Entrevista

Fiz uma entrevista com Antônio Honrado que falou sobre o Vinho da Talha, sua história e a descoberta histórica da adega romana que estava soterrada numa casa ao lado do restaurante País das Uvas.

ASSISTA A ENTREVISTA E CONHEÇA A ADEGA ROMANA NO
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Link do vídeo:


Blog do Arnaldo Moreira
É um fato histórico que há 2.000 anos, os romanos produziam na região de Vila de Frades, o Vinho da Talha que séculos depois voltou a ser produzido e você é o maior produtor desse vinho. Poderia nos historiar a produção do Vinho da Talha?

Antônio Honrado
O Vinho da Talha começou a ser produzido na região da Vidigueira e Vila de Frades há de 2.000 anos. Foram encontradas nas ruínas romanas de Vila de Frades sementes (a que os portugueses chamam graínhas) da casta Antão Vaz, branco, que estão no Museu da Vidigueira, assim como as ânforas, algumas em perfeito estado. Algumas regiões preferiram não dar continuidade à produção do Vinho da Talha, mas em Vila de Frades esse vinho continuou a ser produzido exatamente da forma como os romanos o faziam.

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A sua família continuou a produzir Vinho da Talha?

Honrado
Meu avô já fazia o Vinho da Talha, que passou para meu pai, eu mantive a tradição e meu filho também já está produzindo. Ele inclusive foi a  São Paulo, fazer um trabalho de implantação do Vinho da Talha no Brasil. 

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Qual a diferença do vinho produzido e comercializado e o Vinho da Talha?

Honrado
A grande diferença é que o vinho da Talha é totalmente artesanal e dá muito mais trabalho e o tempo de maturação é muito maior. Os outros vinhos são feitos muito mais rápido. Para se ter uma ideia, começamos a fazer o Vinho da Talha em agosto, nas vindimas, e só paramos em novembro. As uvas são apanhadas, levadas em caixas para a adega e colocadas nas talhas e como faziam os romanos são remexidas com rodos e paus diariamente, de manhã e à noite. Em outubro, as talhas são atestadas e no dia 11 de novembro, Dia de São Martinho, é feita a prova do vinho.

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O vinho fica nas talhas mais quanto tempo?

Honrado
Até dezembro, nessa época, o vinho já esfriou e pode ser engarrafado. Na garrafa, o vinho aguenta quatro a cinco anos e continua um vinho natural na garrafa. As garrafas são numeradas e têm castas Tinta Grossa, Aragonez, Trincadeira e Alfroucheiro.

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Que destino leva toda a massa que ficou nas talhas? 

Honrado
Aproveitamos esse material para fazer aguardente de Vinho da Talha, a única em Portugal e no mundo. Tudo o que sobra das talhas vai para a destilaria, a massa da uva, os cachos, é tudo espremido e queimado na destilaria, saindo uma aguardente com sabores diferentes.

Adega histórica

O local onde o vinho é produzido é histórico e foi descoberto por acaso. Produzindo o Vinho da Talha nas instalações do restaurante e pretendendo ampliar a produção, Honrado comprou a casa do lado e teve naturalmente fazer obras. "Quando começamos as obras, o teto começou a ceder e resolvemos escavar toda a casa. Derrubamos as paredes do meio e encontramos uma adega que estava soterrada. O piso é o original. Não sabemos ainda a idade exata da casa, mas trata-se de um sítio histórico", contou.

Honrado aguarda que a Universidade de Évora complete o estudo que determinará a idade exata do lugar. "Mas já sabemos que se trata de um sítio histórico, provavelmente com muitas cetenas de anos", acrescentou.


Vila Romana de Cucufate, ruínas de Santiago

Ruínas de Santiago

O município de Vidigueira, além de ser um importante produtor de vinhos, possui um rico sítio histórico do período romano, a Vila Romana de Cucufate, conhecida como Ruínas de Santiagoum monumento histórico em Vila de Frades, o produtor do Vinho da Talha. Trata-se de um complexo do período romano composto por uma mansão, termas, um templo e uma zona de produção agrícola. As ruinas estão localizadas num ponto elevado de onde os romanos tinham visão total da paisagem a sul, até Beja.



O tempo deixou suas marcas nas construções, acredita-se que a ocupação inicial remonta à Idade de Ferro. Por volta de finais do IV milénio. Os nossos antepassados do neolítico final tinham escolhido aquele local de habitat, talvez temporário, uma vez que não foi encontrada qualquer estrutura associada aos materiais arqueológicos dessa época.

Hoje, as ruinas representam a presença de povos milenares muito provavelmente desde a idade do ferro, por volta do IV milênio, mas foram as realizações do período romano que, de forma indelével, marcaram este sítio. Com algumas descontinuidades, transformações e adaptações, a ocupação deste espaço prolongou-se até aos finais do século XVIII.

No período mulçumano (séc. X ou XI) estabeleceu-se no edifício uma comunidade de frades que ali viveu possivelmente até à segunda metade do sec. XII, tendo S. Cucufate por seu padroeiro.


O edifício foi abandonado, talvez por ameaçar cair em ruína. No decorrer das escavações arqueológicas descobriu-se nas traseiras da villa o cemitério medieval dos frades. A adaptação da antiga villa a templo cristão deixou marcas na arquitetura.


A descoberta de pinturas murais nas ruínas de São Cucufate contribuiu para colocar este importante marco da história local no caminho da rota dos frescos. 

As pinturas estiveram durante muito tempo escondidas por detrás de uma camada de cal e tinta.

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Coluna Minas Turismo Gerais



Coluna Minas Turismo Gerais



Jornalista Sérgio Moreira




Teleférico será construído em Lagoa Santa



Um teleférico irá mudar a paisagem do Morro do Cruzeiro e tem como objetivo trazer novas oportunidades de turismo em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O empreendimento de R$ 60 milhões contará também com um grande complexo com restaurantes e outras possibilidades de entretenimento.

A iniciativa reúne empresários de Belo Horizonte e de São Paulo, que irão investir a quantia necessária para construção de um teleférico com 122 cadeiras. De acordo com o empresário Gabriel Gurgel, um dos investidores, a iniciativa tem como objetivo fomentar o turismo local.

“A gente acredita que Lagoa Santa tem um potencial de turismo enorme. O complexo fica a 13 minutos do aeroporto de Belo Horizonte, o que facilita a logística para que turistas visitem. Além de tudo fica no Morro do Cruzeiro, que tem uma vista maravilhosa”, afirma. 

Igreja do alto do morro do Cruzeiro, em Lagoa Santa

Segundo o empresário, além do “teleférico Gurgel”, o complexo contará com uma praça de alimentação, boliche, boate, circuito de trenós e passarela de vidro. “A gente ainda tem uma parceria com a Arquidiocese, que tem como objetivo abrir 100 boxes para venda de artesanato da comunidade mesmo”, complementa.

As obras foram iniciadas em julho. De acordo com Gurgel, o terreno para construção já foi fechado e agora aguardam a autorização da Prefeitura de Lagoa Santa e o alvará. A previsão de duração da obra é de 1 ano e 6 meses e o prazo máximo estimado para entrega de todo o complexo é de 2 anos. “Após a entrega de todo complexo, vamos criar 250 empregos diretos e mais de 500 indiretos. Não mediremos esforços para colocar o nome de Lagoa Santa ainda em mais evidência dentro do cenário turístico e gastronômico nacional e, por que não, mundial”, conta o investidor.

Copa terá 10 voos semanais entre Belo Horizonte e a Cidade do Panamá

A Copa Airlines {NYSE: CPA}, subsidiária de Copa Holdings, S.A. e membro da rede global de companhias aéreas Star Alliance, celebra em 2023 os 15 anos de operação de sua rota no BH Airport. O primeiro voo entre a capital mineira e o Hub das Américas®, no Panamá, decolou em 31 de agosto de 2008. A cidade também foi a quarta a receber voos da companhia aérea após o reinício das atividades no Brasil, em novembro de 2020, depois de oito meses de operações suspensas em função da pandemia.

“Este é um momento muito especial para nós, de celebração e fortalecimento do nosso compromisso com os mineiros. Há 15 anos, oferecemos aos passageiros a possibilidade de viajar para mais de 80 destinos e mais de 30 países nas Américas do Norte, do Sul, Central e Caribe, com uma rápida conexão na cidade do Panamá – aonde, inclusive, é possível fazer um Stopover de até sete dias e aproveitar dois destinos com uma única passagem. Continuaremos ampliando a conectividade de Minas Gerais e queremos sempre trazer novidades para este mercado que é tão importante para nossas operações”, comenta Monica Afonso, Gerente de Vendas da Copa Airlines.

Herlichy Bastos, diretor de Operações do BH Airport, também celebra o momento e o fortalecimento do aeroporto como hub de conexões. “É uma imensa satisfação contar com um parceiro de longa data como a Copa Airlines. O voo para o Panamá, bem como as diversas conexões que essa rota permite, contribui para que o mineiro possa viajar para onde desejar no mercado internacional. Seguimos atentos em ampliar a conectividade de Minas Gerais com o Brasil e o mundo, assim como de oferecer a melhor experiência aeroportuária aos nossos clientes”, ressalta.



No dia 31 de agosto, a companhia aérea e o BH Airport reuniram seus porta-vozes e autoridades, como o Miguel Lecaro, Embaixador do Panamá, para celebrar a ocasião do aniversário e anunciar o aumento da frequência dos voos na cidade a partir de 2024. Raphael de Lucca, Country Manager Brasil da Copa Airlines, prestigiou o evento. Ainda pela Copa Airlines, marcaram presença Monica Afonso, Gerente de Vendas da Copa Airlines; e Luiz Fabiano Dias, Executivo de Vendas para as regiões de Belo Horizonte, Manaus e Recife. Além disso, também esteve presente Daniel Miranda, diretor-presidente do BH Airport, e Herlichy Bastos.

Atualmente, a Copa Airlines opera voos diários de/para Belo Horizonte com aeronaves Boeing 737-800A ou 737-800B, que contam com 16 assentos em classe executiva e 144 (ou 138) assentos na cabine principal. Todos os voos possuem serviço de alimentação a bordo, assistentes de voo bilíngues ou trilíngues e sistema de entretenimento Seatback ou telas dropdown. Além disso, parte da frota 737-800 possui o CopaShowpass, sistema de entretenimento digital disponível a partir de dispositivos móveis.

A partir de janeiro de 2024, a companhia aérea aumentará a frequência dos voos na capital mineira. Além dos voos diários que já estão em operação (CM764 e CM765), a Copa Airlines terá uma frequência semanal adicional às segundas e quartas e aos sábados. Os novos voos (CM770) partirão de Belo Horizonte às 11h59 e chegarão às 16h58 no Panamá. Com esta mudança, a companhia aérea passará a ter 10 voos semanais entre Belo Horizonte e a Cidade do Panamá.

Programa de Stopover no Panamá-Comprometida em impulsionar o turismo e contribuir para a revitalização econômica do Panamá, a Copa Airlines e a Visit Panamá relançaram, em 2022, o programa Panamá Stopover, que oferece um incentivo para os milhares de passageiros que transitam anualmente pelo Hub das Américas® no Panamá, por meio de qualquer voo da Copa.

O programa permite que, com o mesmo bilhete e sem custo adicional em sua passagem aérea, o passageiro possa visitar dois destinos, ficando no Panamá entre uma e seis noites e aproveitando a conexão com o país. A ideia é que, com base nas experiências que o Panamá oferecerá aos turistas nesta estadia estendida, a próxima viagem tenha o país como destino principal.

Sobre a Copa Airlines - A Copa Airlines, uma subsidiária da Copa Holdings, é uma companhia aérea líder no transporte de passageiros e de carga na América Latina. Operando há 75 anos, estabeleceu o Hub das Américas®, na Cidade do Panamá, como o principal do continente. Possui uma das frotas mais novas e modernas da indústria de Boeing 737-800 NG e Boeing 737 MAX9, atendendo países da América do Norte, Central e do Sul e Caribe, e oferece pontualidade com performance acima de 90%, uma das melhores marcas do segmento em todo o mundo. Para planejar sua viagem, gerenciar suas reservas, comprar bilhetes com segurança em seis moedas, usar o Web Check-in e encontrar informações sobre as políticas de viagem e requisitos de imigração, visite o site.

Sobre o BH Airport - A BH Airport, concesionaria do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) formada pelo Grupo CCR, uma das maiores companhias de concessão de infraestrutura da América Latina, e por Zurich Airport, operador do Aeroporto de Zurich, o principal hub aéreo da Suíça e considerado um dos melhores aeroportos do mundo, além da Infraero, estatal com experiência de mais de 40 anos na gestão de aeroportos no Brasil. Mestras da Culinária de Igarapé são homenageadas no Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea

Cristo Protetor de Encantado, a maior estátua cristã do mundo.

Um momento histórico e significativo, ocorreu dia 30 de agosto,, no Vaticano, quando o Papa Francisco deu a benção ao fragmento da palma da mão direita do imponente Cristo Protetor de Encantado, a maior estátua cristã do mundo.

A cerimônia foi testemunhada por uma comitiva da Associação Amigos de Cristo Protetor, composta pelo vice-presidente da entidade, Robison Gonzatti, a coordenadora de Logística, Vanessa Goldoni, e o Padre Genoir Pietra, da Paróquia de Encantado. 



Antes da chegada ao Vaticano, a comitiva brasileira fez uma emocionante parada no Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em Portugal, para conhecer o local e orar em busca bênção para esta missão ímpar. Fátima, conhecida por suas aparições marianas e peregrinações religiosas, proporcionou um momento de reflexão profunda antes da etapa final desta jornada espiritual.

O fragmento da palma da mão direita do Cristo Protetor, que agora carrega a bênção do Papa Francisco, será levado de volta a Encantado, no Vale do Taquari, onde permanecerá por algumas semanas antes de iniciar uma peregrinação nacional em várias catedrais. Essa iniciativa visa divulgar ainda mais a grandiosidade e a importância espiritual do Cristo Protetor de Encantado, uma estátua que se tornou um símbolo de fé e devoção para muitos.



O Cristo Protetor impressiona com seus 43,5 metros de altura, tornando-se a maior estátua cristã do mundo, superando até mesmo o famoso Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Esta peça monumental é um testemunho da fé e da devoção de uma comunidade que uniu esforços para construir, sem verbas públicas, uma representação majestosa de Cristo.

O Papa Francisco expressou sua gratidão à Associação Amigos de Cristo Protetor pela dedicação em promover a fé cristã e pela iniciativa de compartilhar um pedaço significativo desta estátua com o mundo. Este fragmento benzido, abençoado pelo Pontífice, agora carrega não apenas a história e a devoção de Encantado, mas também simboliza a união espiritual que transcende fronteiras e línguas.

Simpósio Conversas de Cozinha

Celebrar a nova cozinha mineira é também reconhecer a história, os saberes e os ingredientes tradicionais da terra de Minas Gerais que forjaram a cozinha mineira clássica. Foi com esse pensamento que as Mestras da Culinária de Igarapé foram homenageadas, no dia 2 de setembro,, no I Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea, realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS).



No encerramento do simpósio Conversas de Cozinha, a secretária de Estado Adjunta de Estado de Cultura e Turismo, Milena Pedrosa, entregou as honrarias às mestras. Elas criaram a Associação das Mestras da Culinária de Igarapé (ASMECI), em 2012, e fundaram o Festival Igarapé Sabor, que chegou à sua 5ª edição neste ano. A secretária-adjunta ressaltou a importância do trabalho realizado por essas mulheres que são detentoras de saberes e fomentam a cozinha mineira.

“São mãos lindas que produzem um legado incrível, e trazem essa cozinha mineira clássica para um novo conceito contemporâneo. Minas Gerais já faz essa fusão com muita criatividade e hoje estamos celebrando e agradecendo a essas mestras maravilhosas”, reverenciou Milena Pedrosa.

Vice-presidente da ASMECI, Ubalda Alves de Oliveira se disse muito feliz com o reconhecimento. “Receber esta homenagem hoje é muito gratificante. É aí que a gente vê o valor que tem a nossa gastronomia mineira. Este evento aqui é maravilhoso”, contou a mestra, que começou a cozinhar vendo a mãe. “Minha mãe saía para levar comida para o meu pai na roça e eu ficava lá, montava o fogareirozinho no chão, colocava a panelinha ali e fazia um guisadinho. Assim fui tomando gosto pela gastronomia”, lembrou.

A trajetória é parecida com a de Maria Nunes da Silva, a veterana do grupo, nascida e criada em Igarapé. “Cozinho desde os 7 anos de idade. Sempre fui pequena, então meu pai fez um caixotinho para eu alcançar o fogão. Eu amo cozinhar, cozinho por amor”, contou Maria, para quem a arte da gastronomia é uma das mais importantes que existe. “Cozinhar é uma arte, e é uma arte maravilhosa. Pegar a matéria-prima e transformar em coisas saudáveis e gostosas”, relatou Maria.

Igarapé e o legado da Cozinha Mineira - A vocação de Igarapé para a cozinha mineira vem de longe. O município criou seu primeiro festival gastronômico em 2005, o Igarapé Bem Temperado, que coexiste com o Festival Igarapé Sabor. Ambos são realizados anualmente, durante quatro dias – um em maio, o outro em julho –, e recebem investimentos via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

O sucesso dos festivais é internacional. Em 2019, o Igarapé Sabor recebeu menção honrosa da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no “Concurso Saberes e Sabores: as Mulheres Rurais no resgate da alimentação tradicional saudável e na proteção à biodiversidade”.

Maria Nunes da Silva e Ubalda Alves de Oliveira participam desde o primeiro festival, em 2005. Além disso, as mestras compartilham o fato de serem doceiras. “Trabalho com os doces há uns 20 anos. Comecei de brincadeira, só para a gente comer em casa, mas aí foram gostando, pedindo mais. Hoje, graças a Deus, é o meu sustento. Faço vários doces de compota, licor de canela. E faço o melhor pão de mel do Brasil, na minha opinião. Eu amo”, brincou Ubalda.

A mestra Elizabeth das Dores Pinto chegou ao festival um pouco depois, em 2008. Nascida em Belo Horizonte, ela foi morar em São Joaquim de Bicas, perto de Igarapé, pouco antes de se aposentar. Plantou árvores frutíferas de todos os tipos em seu quintal e, quando as frutas apareceram, a dúvida sobre a destinação foi o empurrão que precisava para entrar no evento culinário da cidade.

“Quando aposentei, em 2006, pensei ‘O que eu vou fazer com essas frutas?’ Aí eu tive a iluminação de Deus de fazer licores, doces e geleias. Hoje, eu tenho mais de 40 sabores de licores”, contou Elizabeth, que lança um novo sabor de licor a cada festival e é conhecida como Beth dos Licores.

“As mestras da culinária de Igarapé são importantes por preservarem a tradição da comida mineira no uso de ingredientes cultivados nos quintais de casa, e também por serem guardiãs do saber culinário que foi aprendido com suas mães e avós. Esse costume estimula as famílias a preservarem a memória gastronômica que faz parte do patrimônio imaterial da cultura igarapeense”, explicou Vivian Rocha, assessora da Secretaria de Cultura e Turismo de Igarapé.

Tradição que gera o novo-Para Maria da Silva, uma das grandes alegrias da homenagem recebida pelo Governo de Minas Gerais é ver reconhecida a tarefa de transmitir o legado da cultura alimentar, das festas, dos doces e das comidas mineiras para as gerações atuais e futuras.

“Estamos aqui celebrando a cozinha contemporânea, e é importante lembrar que ela vem lá da raiz. Os chefs de cozinha mesmo dizem que, sem os pratos rústicos, eles não teriam essa base para inovar, fazer os pratos melhores, com essa pegada moderna. Então essa cultura alimentar do passado é a base”, declarou Maria, para quem a bandeira da alimentação saudável tem papel de destaque na cozinha.

“Nós produzimos as nossas verduras, os nossos legumes, sem agrotóxico, tudo com adubo orgânico. A gente trabalha muito defendendo a saúde neste sentido. Eu aprendi a aproveitar as folhas, transformar em farinhas para combater anemia, faço geleias para combater anemia. Esses conhecimentos são fundamentais”, defendeu.

Fazendo coro com a colega de associação, Elizabeth das Dores Pinto enalteceu essa busca em conciliar o novo e o tradicional. “Eu estou muito emocionada com essa homenagem, estou para explodir de tanta felicidade. E ela casa muito bem com o nosso trabalho de reconhecer a origem e o contemporâneo”, finalizou.

Homenageados - Além das Mestras da Culinária de Igarapé, foram homenageados pelo apoio à gastronomia e à nova cozinha mineira, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Oswaldo Miranda Júnior; Bruno Bethonico, da Frente da Gastronomia Mineira; o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas e do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo Souza e Silva; o prefeito de Tiradentes, Nilzio Barbosa; o secretário de Turismo de Tiradentes, Guilherme Carvalho; e o prefeito de Igarapé, Arnaldo Chaves.

Uruguai recebe lançamento do Festuris

A 35ª edição do Festuris - Feira Internacional de Turismo de Gramado foi lançada dia 31 de agosto, em Montevidéu, no Uruguai. O encontro, que ocorreu no Ministério do Turismo, aconteceu de forma exclusiva para agentes de viagens, imprensa e algumas autoridades locais.

Na ocasião, os CEOs do evento, Marta Rossi e Eduardo Zorzanello entregaram, oficialmente, o convite País de Honra Convidado do Festuris ao ministro do Turismo do Uruguai, Tabaré Viera. “Eu estou muito feliz em receber esse evento aqui em Montevidéu. Festuris é a feira mais importante para o Uruguai e estamos apostando muito nesta edição. Seguiremos parceiros”, disse o ministro. 



Além da cultura uruguaia ser próxima a dos brasileiros, o país está presente no Festuris desde a segunda edição do evento, em 1990. “A distinção de país convidado de honra leva em consideração os anos de relacionamento, além de ter sido um dos primeiros países a investir na internacionalização do evento”, apontou Marta.


Eduardo complementou a fala da Marta apresentando as novidades do Festuris em 2023. “Será a maior edição de todas. Em aproximadamente 26 mil metros quadrados de evento haverá, sem dúvidas, muita geração de negócios, networking e experiências inesquecíveis. Esperamos todos de 9 a 12 de novembro, em Gramado, aqui do ladinho, no Rio Grande do Sul”, reforça o convite. 



Representando o vice-prefeito de Gramado, Luia Barbacovi, que não pode comparecer, Marta e Eduardo realizaram uma apresentação da cidade aos agentes de viagens presentes.

Turistas observam em Parado as majestosas baleias jubartes



As águas do litoral de Prado, na Bahia, estão vibrantes e cheias de vida, pois a tão aguardada temporada das baleias jubarte está em pleno vapor! Os amantes da natureza e entusiastas da vida marinha têm agora a oportunidade imperdível de testemunhar a grandiosidade dessas criaturas majestosas enquanto elas fazem sua jornada anual pela região.

De acordo com o Instituto Baleia Jubarte, estima-se que a população das jubartes brasileiras seja de aproximadamente 20 mil animais. Com quase 16 metros de comprimento e 40 toneladas. O turismo de observação de baleias (whale watching) cresce em todo o planeta como consequência direta do fim das atividades de caça e do aumento gradual da população de jubartes.

A melhor época do ano é agora! A temporada de reprodução das baleias jubarte é um fenômeno natural que ocorre todo ano, de junho a novembro, sendo ela um dos momentos mais esperados pelos turistas.

A cidade de Prado está se transformando em um verdadeiro santuário de baleias jubarte, proporcionando uma experiência única para moradores e visitantes. Este destino é um dos melhores lugares do mundo para ver as baleias jubarte, localizado no litoral sul da Bahia, na região conhecida como Costa das Baleias.

Além do Prado, os encantadores destinos de Cumuruxatiba e Corumbau também oferecem uma visão privilegiada da migração das jubartes. Cada local tem sua própria magia e atrações características, garantindo uma experiência memorável a todos os visitantes, desde os curiosos de primeira viagem até os observadores experientes.

A observação dos animais só pode ser feita de barco, por meio de passeios oferecidos pelas agências de turismo local. As embarcações partem de Prado, Cumuruxatiba e Corumbau.

Um teleférico irá mudar a paisagem do Morro do Cruzeiro e tem como objetivo trazer novas oportunidades de turismo em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O empreendimento de R$ 60 milhões contará também com um grande complexo com restaurantes e outras possibilidades de entretenimento.

Encontros de negócios entre Minas e Curaçao



O 1º Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea – Caipiblue, evento gratuito e aberto ao público, começou dia 1 de setembro e teve extensa agenda de negócios, gastronomia e cultura até o dia 3 de setembo. No dia 1 de setembro, o Encontros de Negócios, teve representantes de Curaçao e produtores mineiros de diversos segmentos, tais como vestuário, calçados, tecnologia, construção civil, mel e cachaça.

O evento é uma iniciativa do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG) e da Fundação Clóvis Salgado.

O objetivo do encontro, mediado pelo Sebrae Minas, foi apresentar o potencial de exportação dos produtos mineiros, bem como conhecer as necessidades e particularidades do mercado de Curaçao, estreitando laços culturais e econômicos com a ilha caribenha.

No Museu Memorial Minas Gerais Vale, a conversa iniciou logo pela manhã, às 9h. Fazendo as boas-vindas a Curaçao, o Subsecretário de Turismo de Minas Gerais, Sérgio de Paula, enfatizou as semelhanças culturais entre a ilha e Minas Gerais, destacando o momento do estado no cenário nacional. “Minas se posicionou como segundo principal destino do Brasil. É o estado que mais cresce no turismo, mas não apenas; também cresce nos negócios. Tenho certeza de que este festival, que vai até domingo (3), trará grandes frutos para Minas Gerais, para o nosso turismo e, principalmente, para a geração de emprego e renda e o desenvolvimento econômico para todos aqui presentes”, disse.

Logo em seguida, a Diretora de Relações Exteriores do Ministério de Desenvolvimento Econômico de Curaçao, Vanessa Tore, subiu ao palco para falar sobre as belezas, necessidades e oportunidades econômicas do país. Um dos principais atrativos é o fato de que a ilha, por constituir o Reino dos Países Baixos, faz parte da União Europeia. Por isso, Curaçao possui benefícios para exportar para a Europa e também Estados Unidos, com que tem tratados de isenção fiscal.

“Minas Gerais pode, por exemplo, exportar insumos para Curaçao e lá nós industrializamos, colocamos um valor agregado. Daí este produto consegue entrar nos mercados da América do Norte e Europa com muito mais facilidade”, explicou, acrescentando que a ilha possui zona franca e porto muito moderno.

Outro aspecto que pode atrair empresários mineiros é a carência de produção local. A ilha importa praticamente todas as suas frutas, carnes, trigo e outros gêneros alimentícios, sendo também uma porta de entrada para demais países do Caribe. "Temos grandes expectativas para esta parceria. Sendo uma pequena ilha e um estado em desenvolvimento, não conseguimos produzir para o nosso povo e para os nossos turistas tudo o que consumimos. Queremos que Minas possa tornar-se um fornecedor de alimentos e outros produtos de que necessitamos, para garantir uma elevada qualidade de vida ao povo de Curaçao", disse Vanessa Tore.

Foto: Renata Garbocci

Voo direto Curaçao-Belo Horizonte aumenta as chances de negócios


Quem também marcou presença no encontro de negócios foi o Diretor de Turismo de Curaçao, Hugo Clarinda, que destacou o aumento do fluxo de brasileiros desde a inauguração do voo direto da ilha ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, inaugurado em junho deste ano. “Antes, recebíamos cerca de 800 turistas brasileiros por mês. Depois do voo, esse número saltou para 3 mil por mês, um crescimento muito grande”, contou o diretor, acrescentando que nosso país é o 5º maior emissor de turistas para Curaçao.

O súbito aumento indica as inúmeras oportunidades de negócios, sobretudo nos segmentos diretamente ligados ao turismo. Conforme notou Vanessa Tore, o grande número de hotéis em construção tem demandado mão de obra qualificada, setor que estava representado por entidades como o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (SINDUSCON) e a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA-MG).

Para o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva, a iniciativa é uma oportunidade para apresentar a qualidade e a variedade dos produtos mineiros, incluindo o artesanato, a cachaça e a moda, além de nossas soluções inovadoras para os setores da construção civil e do agronegócio. “Queremos nos conectar com potenciais compradores de Curaçao, ampliando as oportunidades para o estabelecimento de novas parcerias comerciais, da nossa rede de contatos internacionais e, o mais importante, valorizando a origem do que é produzido no estado e divulgando os destinos turísticos de Minas Gerais para outros países”, disse Marcelo de Souza e Silva.

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terça-feira, 5 de setembro de 2023

Produção de 227 mil autoveículos é a segunda melhor do ano. Vendas mantêm bom ritmo após fim dos incentivos. Anfavea quer chineses elétricos e híbridos com Imposto de 35%

O mercado automotivo mostra um bom desempenho em agosto


São Paulo, 5 de setembro de 2023 – A produção de agosto praticamente igualou o recorde do ano, que foi de 228 mil unidades em maio. As 227 mil unidades produzidas no mês representaram alta de 24% sobre julho. No acumulado do ano, já são 1,542 milhão de autoveículos produzidos, com uma leve queda de 0,4% em relação aos primeiros oito meses de 2022.

De acordo com o balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), os emplacamentos recuaram, o que já era esperado em função  do fim dos descontos oferecidos pelo governo federal para modelos até R$ 120 mil. 
Foram 207,7 mil unidades licenciadas em agosto, 7,9% a menos que em julho, que teve o recorde do ano. 

Numa análise que exclui da conta os modelos subsidiados, foram 160 mil unidades sem bônus vendidas em julho, ante 205 mil em agosto, o que confirma um viés de recuperação do mercado, embora ainda de maneira tímida. As vendas acumuladas do ano estão em 1,432 milhão de unidades, volume 9,4% superior ao do ano passado.

Cresce a presença chinesa na América Latina
As exportações tiveram leve alta de 13,8% no mês, mas sobre uma base baixa de julho. Foram 34,5 mil unidades embarcadas, totalizando 292,1 mil no ano, baixa de 12,8% sobre o mesmo período de 2022. 

“Além da queda de volumes, o que mais nos preocupa é a perda de participação dos produtos brasileiros nos mercados da América Latina”, alertou o presidente Márcio de Lima Leite.

“Até 2021, o Brasil era o país que mais exportava para os países vizinhos. No ano passado a China tomou a dianteira, com 21,2% de presença, ante 19,4% do Brasil. Precisamos urgentemente aumentar nossa competitividade para exportar, ou perderemos ainda mais terreno em nossos principais destinos, não só para a China, mas para outros países emergentes da Ásia, como Índia, Tailândia e Indonésia”, afirmou Leite.

Em relação à presença chinesa no Brasil, o presidente da ANFAVEA louvou as marcas que planejam se instalar como fabricantes, mas ressaltou que é preciso retomar o Imposto de Importação de 35% para modelos elétricos e híbridos, que têm a China como principal país de origem – foram mais de 30 mil unidades apenas neste ano.

“Pode ser de forma gradual, ou por cotas, mas é preciso haver uma regra que incentive e dê previsibilidade à produção local de veículos elétricos”, concluiu Leite, destacando que podemos ter em breve a mesma situação dos países vizinhos, com mais de 20% de importações chinesas sem a contrapartida da geração local de empregos.

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