Coluna nº 4.816 - 26 de Novembro de 2016
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Mercedes fez a festa na FetransRio
Maior evento do segmento de transporte urbano no País, a FetransRio/Fetranspor, em 11ª edição, no Riocentro, RJ, transitou sobre os louros colhidos com os Jogos Olímpicos.
O Rio de Janeiro recebeu o encontro esportivo internacional e preparou a estrutura de transporte: criou 19 corredores para BRTs, com mais de 50 km de extensão; incentivou o Programa EconomizAR, de redução de emissões poluentes; desenvolveu sistema de bilhetagem econômica à prova de fraudes, integrando os modais da cidade – metrô, ônibus e trens.
Na prática, induziu o uso de transporte público, melhorado com a obrigatoriedade de uso de ar condicionado nos coletivos, e colheu como resultado a frota mais nova do país, com 4,32 anos de uso.
De olho neste potencial, a Mercedes-Benz desenvolveu o 500 MDA, um super ônibus articulado, específico para o sistema carioca, capaz de transportar até 220 passageiros; e levou também os chassis 500 U, para encarroçamento e uso urbano, piso baixo, e OF 1721 com suspensão pneumática, além de oferecer, para reduzir o esforço e desgaste do motorista, transmissões automatizadas ou automáticas.
Pode parecer curioso o desenvolvimento de um ônibus especificamente para o mercado carioca.
Não é, mas uma boa base concedendo modificações para percursos e seu uso específico, variando de acordo com as cidades e a estrutura viária a ser utilizada.
Para adequar o produto básico às características a Mercedes está de olho na especialização do mercado do Rio de Janeiro e no implementado hábito de uso do transporte coletivo, desenvolvido após as ações para transporte viário de passageiros para servir à enorme massa de público afluente à Olimpíada.
Além dos produtos em si, a companhia criou facilidades para vende-los: consórcio com menor taxa de administração, sem reserva legal para conter o valor das mensalidades e ajudar ao operador a programar a troca da frota.
As novidades não se resumem ao VLT, mas também aos demais modelos, a partir do comprimento de 15 m – tais gratuidades legais levaram ao aumento para compensa-las com lugares pagantes.
Também criou facilidades de atendimento para panes, com remoção, e desenvolveu um pacote de tecnologia a partir do incremento de sistemas pró-segurança, como o freio funcionando automaticamente ao perceber inatividade do motorista ante aproximação de obstáculo; sinalizador e alerta para mudança de faixa sem uso de pisca-pisca, e outro, de caráter econômico e segurança, medindo temperatura e pressão dos pneus e indicando no painel – depois do custo de pessoal e combustível, pneus são o maior gasto dos operadores e economizá-los é de extremo interesse.
A Mercedes tem no Brasil o maior mercado de ônibus, vendendo 60% da produção mundial.
E por isto mantém um centro de excelência para desenvolvimento de ônibus e caminhões, tendo em vistas as exigências de uso no mercado nacional.
Companhia líder de vendas de ônibus no país e quer manter-se assim. Mas, apesar da liderança, encolhe em vendas – de 2013 a 2016 reduziu-se em 60%.
Tem otimismo. Roberto Leoncini, vice-presidente Comercial, um dos responsáveis pelo crescimento de vendas e participação, entende 2017 como o ano de estabilidade e início de recuperação.
Perguntado sobre o porquê de investimento para escriturar constantes prejuízos, Luís Carlos Moraes, diretor de Relações Corporativas, foi prático: A líder tem que estar preparada para a mudança do mercado. Quando mudar, queremos manter a liderança.
Mercedes 500 MDA
Outros
Mostra curta - três dias; profissional – apenas convidados, clientes e possíveis compradores, em sua parte operadores de transporte coletivo, levou os poucos fabricantes de chassis de ônibus, encarroçadores, produtores de transmissão automática buscando vender a ideia da redução de esforços para o operador, fabricantes de peças e acessórios para ônibus, pneus, combustíveis e lubrificantes.
Dentre as marcas fabricantes de chassis, além de Mercedes, no melhor decorado estande, Volvo levou chassi de sua nova série Artic, articulado para até 210 passageiros e 22 metros de comprimento e versão Grand Artic 300 dita maior ônibus do mundo, biarticulado transporta até 300 passageiros e mede 30 m.
Tal extensão exige sistema de deslocamento viário especial e Volvo mantém departamento especializado para auxiliar governos para tal implantação.
Elétrico
Pouco conhecida no setor, chinesa BYD – Build Your Dreams, dá forma a seus sonhos – levou chassis de seus ônibus elétricos construídos, em Campinas, SP.
Atração maior, o primeiro elétrico articulado do mundo, autonomia de 250 km, carga por regeneração de energia gerada nas freadas e recarga total em 3 horas.
Mede 18 m e tem capacidade de passageiros não declarada. Empresa também oferece chassis para ônibus com 15 m.
Baterias têm tecnologia própria de fosfato de ferro, com vida variando entre 8 e 15 anos de acordo com o modelo.
L’Auto Preferita se impõe
Dentre a crescente criação de prêmios e eleições para indicar os melhores veículos do ano, o L’Auto Preferita, criado pela jornalista Cláudia Carsughi e referenciado por seu pai Cláudio, dos três mais idosos e atuantes como jornalistas de automóveis, em seu segundo ano, medido pelo número de veículos avaliados e pela presença de montadoras mostrou-se já sedimentado.
A escolha é feita por 20 jornalistas com experiência no ramo – o publisher da Coluna De Carro por Aí é um deles – dentre 32 veículos disponíveis no mercado e, neste ano, a novidade de projeto social, vencido pela Toyota com trabalho de preservação de corais no litoral baiano.
Vencedores da edição 2016 do Prêmio L’Auto Preferita Carsughi foram:
· Carro de Passeio 1.0: Volkswagen Novo Gol
· Carro de Passeio 1.1 a 1.6: Peugeot 208 Puretech
· Carro de Passeio 1.7 a 2.0: Audi A4
· Carro de Passeio acima de 2.1: Subaru Outback
· SUV Pequeno: Nissan Kicks
· SUV Médio: Jeep Compass
· SUV Grande: Audi Q7
· Picape Pequena: Volkswagen Nova Saveiro
· Picape média: Fiat Toro
· Picape Grande: Mitsubishi All New L200 Triton
· Carro Premium/Luxo: Mercedes-Benz S63 Coupé
· Carro Híbrido/Elétrico: Toyota Prius
· Projeto Sócio/Ambiental: Toyota “APA – Costa de Corais”
· Marca com maior destaque em 2016: Nissan
Mercedes S63 Coupé, Premium do Ano
Roda-a-Roda
Passado – Já existiu no Brasil. Vemag fabricando DKWs nos anos ’60 tinha-o opcional com o nome Saxomat: era mecânico, com embreagem centrífuga combinada com atuação por servo a vácuo para as trocas de marchas.
Mercedes apresentou evolução no Classe A, fim dos anos ’90. Nos primeiros anos da década seguinte, GM e Fiat fizeram o mesmo no Corsa Auto Clutch e no Palio Citymatic, respectivamente.
Aqui – Processo de incentivo à demissão de 5.000 pessoas vem em andamento e incluiu como contraprestação mudança de plataforma dos veículos para modelo atualizado MQB.
Berlinette – João Pedro Melo, designer, continua messe para materializar seu projeto – renascer a versão Berlinette do Renault A 108/Willys Interlagos.
Tenta com Renault viabilizar ideia utilizando moderno grupo moto propulsor da marca.
Outro - De todas as previsíveis dificuldades em terra de automóvel onde não há, sequer, única marca nacional, nome foi uma delas: Designer descobriu, nome Interlagos foi registrado pela Fiat Automóveis. Assim, chamar-se-á Avazon.
Projeto Berlinette, agora Avazon
Questão – Cia. Siderúrgica Nacional toma providências para reduzir custos de dívida imaginada em R$ 25,8 bilhões.
Dentre estas reajustar em 25% o preço das chapas de aço para uso automobilístico.
Oposição - Aumentar preços finais em 2017, quando o setor espera levantar o nariz e iniciar crescer, é o menos desejado.
Recorde – Pode ser novo registro para o Guiness, o livro dos recordes; Peugeot Hoggar Escapade 2011/2 apreendido em blitz, em S. Paulo, tinha R$ 9 milhões em débito entre multas e impostos.
Como – Diz o Detran paulista, são 1.833 multas por excesso de velocidade, avanço de semáforo – sinal -, conversão proibida, circulação em faixa exclusiva de ônibus. Cardápio amplo em indisciplinas sociais e atos perigosos à vida alheia.
E? – Se proprietário não pagar o débito automóvel irá a leilão, deduzindo do líquido do valor da venda ao montante, cobrando-se o restante – e possivelmente de recebido impossível.
Cana – Apreensão, informa o Detran paulista, foi ação de inteligência para fiscalizar o veículo em roteiro usual, buscando justificativa por irregularidade de trânsito. Não pode haver apreensão por débito de multa.
Muda tudo – Época de integração e conectividade provocará grandes mudanças em todos os perfis de negócios, com prevista contração no número de empregos. Número e percentual se reduzirão.
Na prática – Aplicação de tais facilidades mudará feição dos negócios. Da fábrica à revenda, tendência é de redução do emprego formal.
Mudanças nos próximos anos no emprego e nas relações de consumo serão maiores ante as dos últimos 50 anos, rotulou Valdner Papa, diretor de Relações com o Mercado e a direção educativa da Fenabrave, Federação dos Distribuidores de Veículos.
Negócio – Pirelli utilizará sua estrutura de amplitude nacional para distribuir os pneus sul coreanos da marca Nexen para carros de passeio, SUV e Vans.
Quando você não consegue enfrentar o inimigo, melhor se aliar a ele, devem ter pensado os sul-coreanos, da Nexen.
Meio termo – Vários sistemas eletrônicos, suas informações e comandos permitiram à Bosch desenvolver automatizador da embreagem. Na prática funciona como se o veículo automático, empregando a caixa mecânica.
Passado – Já existiu no Brasil. Vemag fabricando DKWs nos anos ’60 tinha-o opcional com o nome Saxomat: era mecânico, com embreagem centrifuga. Mercedes apresentou evolução no Classe A, fim dos anos ’90.
Agora - Sistema da Bosch o e-clutch(EcS) emprega motor elétrico controlado pela central da injeção eletrônica, cruzando informações com outros sistemas de controle dinâmico, como o sistema de freios ABS.
Há enorme mercado, pois ao usuário é operação confortável de transmissão automática, a preço bem inferior.
Como – A embreagem é de acionamento automático, e troca de marchas é feita manualmente.
Diz a Bosch, o sistema é mais econômico frente a transmissão mecânica e demais automáticos. Vendas imaginadas em dois anos.
Imprensa – Clarkson, Hammond e May, ex-do programa Top Gear, voltaram ao vídeo nesta semana.
Nome do programa mudou: agora The Grand Tour, para indicar sediá-lo cada vez em cidade diferente.
Negócio com a Amazon Video Prime, competidor da Netflix. Sem previsão para o Brasil.
Alfismo - Aficionados de Alfa Romeo em Caxambu, MG, terão 3º Encontro Nacional, no feriado 15 de junho.
Boa organização do grupo ARBR e do AlfaCult. Palestras, trocas de informações, muita camaradagem.
Finor – Aberta a venda de entradas para 67ª edição do Pebble Beach Concours d’Élegance, 20 de agosto de 2017, na pequena praia de cascalho unindo Carmel e Monterey, Califórnia, um dos mais elegantes encontros de antigos.
$? - Três categorias. Nos extremos: público em geral, admissão, das 11 às 17h, vaga para estacionamento, condução até o evento: US$ 325 – uns R$ 1.000;
No topo, estacionamento VIP; direito a entrar à aurora solar, frequentar o fino buffet de dona Sandra Button, chairwoman do evento, circular à vontade, ter crachá de poderoso, ficar nas laterais da rampa de premiação: US$ 2.500 – uns R$ 8.000.
Gente – Antônio Maciel Neto, 59, engenheiro, executivo, presidente da Hyundai-CAOA desde 2013, deixou o posto. Negócio próprio.
OOOO Mauro Correia, 55, engenheiro, ex Ford, vice presidente do negócio, para lá levado por Maciel, sucedê-lo-á.
OOOO Rodrigo Tramontina, jornalista, ex-Peugeot, voltou ao ramo: Assessoria de Imprensa da Volvo automóveis. OOOO