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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Enquanto no Brasil, o estado se desenvencilha de sua responsabilidade social, privatizando os transportes públicos, o governo português do 1º ministro Antônio Costa assinou, hoje, em Lisboa, a passagem da Carris, dona dos bondinhos (elétricos) e ônibus (autocarros) que pertencia ao Ministério do Meio Ambiente para a Câmara Municipal de Lisboa: " Desobrigamos assim os portugueses de financiarem os transportes dos lisboetas". Espera-se agora que o serviço passe a funcionar com eficiência

O bondinho romantizando a bela imagem do Terreiro do Paço, na beira do Rio Tejo. 


Depois de muita reclamação dos portugueses e turistas do serviço prestado pela empresa Carris, responsável pelos transportes públicos, de Lisboa, os elétricos (bondinhos) e ônibus (autocarros) que servem a cidade de Lisboa, o primeiro-ministro de Portugal, Antônio Costa, assinou um protocolo com a Câmara Municipal da cidade (que ele já presidiu) passando para o município a gestão dos transportes públicos lisboetas.


O elétrico na frente do Arco da Rua Augusta, no Terreiro do Paço.

“Desobrigamos uma boa parte dos portugueses de financiarem os transportes dos lisboetas, mas asseguramos aos lisboetas que a empresa, que é fundamental para a sua mobilidade, passa a ser gerida em nível Municipal”, sublinhou o primeiro-ministro, que esteve em visita ao Brasil, recentemente.

O elevador da Glória sai dos Restauradores e sobe até Santa Isabel, uma das sete colinas de Lisboa, colada no Bairro Alto.

O chefe do Governo lembrou que “este acordo já podia ter sido assinado há uns anos, não fosse o fanatismo ideológico que entendia que nenhuma entidade pública podia gerir bem uma empresa pública e que só a privatização permitiria uma boa gestão”.


O velho elétrico, que circula até hoje, passando na frente da Igreja da Estrela

Lembrando que a função da Carris, que estava ligada ao Ministério do Ambiente, é “transportar pessoas”, Antônio Costa congratulou-se com o “entusiasmo” de Fernando Medina, o prefeito (presidente da Câmara) de Lisboa, ao falar da empresa transportadora que “não anunciou despedimentos, mas contratações, e que não anunciou encerramentos de linhas, mas a criação de duas novas redes”.


“Não é possível gerir uma cidade sem que a sua rede fundamental seja gerida por quem gere a cidade. Que sentido faz gerir a via pública e não o que circula na via pública?”, questionou Costa.

Os novos elétricos passando no Cais da Ribeira, a caminho do Terreiro do Paço.

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