Texto e fotos:Arnaldo Moreira
SUV com motor Ferrari
O certame mostra poderosos carros de marcas premium conceituadas no mundo todo, entre eles a primeira SUV Maserati, toda feita à mão.
A Levante, com 580 kgfm de torque, que faz 5,8s de 0 a 100 km/h tem um câmbio de oito velocidades e motor de 430 cv, fabricado pela Ferrari. Custará no Brasil R$ 750 mil e na versão de 350 cv, R$ 670 mil.
Nos dias 8 e 9, foi a vez dos jornalistas brasileiros e de diversos países da América Latina que vieram conhecer as novidades do setor apresentadas na feira repleta de belos, potentes e modernos carros que veremos circulando pelas ruas e estradas brasileiras, em breve.
Mas, nem tudo foram flores nos dias dedicados à Imprensa, as reclamações dos empresários e executivos das importadoras, preocupados com o futuro de suas empresas diante das dificuldades cambiais e dos impostos absurdos que são obrigados a recolher aos cofres públicos, elevaram o tom das entrevistas.
A reclamação mais enfática partiu do presidente da KIA Motors, José Luiz Gandini, presidente da Associação Brasileiras das Empresas Importadoras (Abeifa) que se mostrou seriamente preocupado com a saúde precária em que se encontram as importadoras de veículos submetidas à taxação de 30 pontos percentuais sobre o imposto de importação de 30%, o que eleva o imposto a pagar para 43%, agravado pelo valor do dólar a R$ 3,20.
- É inviável importar carros para o Brasil nessas condições, mesmo os produzidos no México que têm a taxa de importação zerada. “Isso só é possível com a igualdade de competição, sem subsídios e sem protecionismo, até porque já recolhemos os maiores tributos do mundo, regulados pela Organização Mundial do Comércio”, enfatiza.
Perguntado se mesmo sem o imposto de importação, mas tendo de pagar os 30 pontos percentuais, a KIA terá carros para vender, Gandini respondeu com um lacônico Não.
- Isso significa que a KIA pode fechar as portas?, acrescentei.
- Pode, deixou claro.
Gandini, porém, diante das manifestações de importantes dirigentes da indústria automotiva brasileira, também contrários ao protecionismo e à artificialidade na condução da economia que impedem o Brasil ser mais competitivo no setor automotivo - por meio da inovação, engenharia e desenvolvimento de novos produtos -, acredita que o presidente Michel Temer poderá resolver o problema, já que na sua recente viagem à Índia, posicionou-se contrário ao protecionismo.
José Luiz Gandini ressaltou, por exemplo, que para os modelos KIA Soul EV e Optima Hybrid - disponíveis para comercialização sob encomenda, todos produtos de alta tecnologia - chegarem ao Brasil é necessário que haja taxação diferenciada aos produtos híbridos e elétricos para que sejam viáveis do ponto de vista mercadológico diante dos carros convencionais”.
O presidente da KIA pediu ao presidente Temer a urgente alteração do decreto “que está inviabilizando as importações e levando as empresas a encerrarem as portas, o que já aconteceu com algumas”, como a SSangYong.
Ele defende a redistribuição das quotas que não são usadas pelas empresas cuja importação é muito pequena, enquanto as importadoras como a KIA rapidamente esgotam suas quotas.
A KIA, que já vendeu 400 mil carros sul-coreanos no Brasil e é a maior importadora do País já amarga prejuízos graves: em 2011, a KIA vendeu 80 mil carros, número que este ano já caiu para 10 mil e encerrou 75 concessionárias com a perda de 5.000 postos de trabalho, mas o resultado dessa cobrança nas importadoras gerou redução de empregos de 180 mil para 7.200, e o faturamento em reais caiu 83% e o governo registra uma perda de R$ 120 milhões em impostos
Gandini acredita que o governo definirá essa situação urgentemente, porque as importadoras estão quase sem carros para vender.
Coletivas das novidades
A cada meia-hora, um batalhão de jornalistas se desloca em massa de estande para estande para acompanhar as entrevistas coletivas em que os dirigentes das montadoras vendem o seu peixe descrevendo as qualidades de seus produtos, sempre melhores que as do vizinho, e alguns adiantando os lançamentos futuros.
A Fiat apresentou sua icônica joia, o conversível 124 Spider, relançado este ano na Itália, com motor de 160 cv, turbo, e as novas versões da picape Toro, flex, com motor 2.4 de 186 cv e 24,9 kgfm, abastecida com etanol e 174 cv e 23,5 kgfm, com gasolina, incluindo sua recém-lançada versão 2.4 Freedom Flex e a apresentação da série especial Black Jack, além da picape Fiat Strada – quatro em cada 10 picapes vendidas no País, são Fiat.
A KIA mostrou os 10 novos modelos que compõem seu novo portfólio de vendas no Brasil, que serão vendidos dependendo da solução do governo Temer.
Em complemento, a Kia Motors mostra ainda os modelos Grand Carnival, Mohave, Picanto (mecânico e automático), Quoris (top), Soul, Soul EV e o Sorento, em seu estande de 2.115 metros quadrados.
Mas tem mais: o Niro (projetado para ser híbrido), Cadenza GDI e o Optima GT, além dos produtos de linha de frente, o Sportage, o Sorento, e o comercial Bongo, que não estará na mostra mas é importante no portfólio brasileiro da Kia Motors por ser fabricado no Uruguai.
- É inviável importar carros para o Brasil nessas condições, mesmo os produzidos no México que têm a taxa de importação zerada. “Isso só é possível com a igualdade de competição, sem subsídios e sem protecionismo, até porque já recolhemos os maiores tributos do mundo, regulados pela Organização Mundial do Comércio”, enfatiza.
Perguntado se mesmo sem o imposto de importação, mas tendo de pagar os 30 pontos percentuais, a KIA terá carros para vender, Gandini respondeu com um lacônico Não.
- Isso significa que a KIA pode fechar as portas?, acrescentei.
- Pode, deixou claro.
Gandini, porém, diante das manifestações de importantes dirigentes da indústria automotiva brasileira, também contrários ao protecionismo e à artificialidade na condução da economia que impedem o Brasil ser mais competitivo no setor automotivo - por meio da inovação, engenharia e desenvolvimento de novos produtos -, acredita que o presidente Michel Temer poderá resolver o problema, já que na sua recente viagem à Índia, posicionou-se contrário ao protecionismo.
José Luiz Gandini ressaltou, por exemplo, que para os modelos KIA Soul EV e Optima Hybrid - disponíveis para comercialização sob encomenda, todos produtos de alta tecnologia - chegarem ao Brasil é necessário que haja taxação diferenciada aos produtos híbridos e elétricos para que sejam viáveis do ponto de vista mercadológico diante dos carros convencionais”.
O presidente da KIA pediu ao presidente Temer a urgente alteração do decreto “que está inviabilizando as importações e levando as empresas a encerrarem as portas, o que já aconteceu com algumas”, como a SSangYong.
Ele defende a redistribuição das quotas que não são usadas pelas empresas cuja importação é muito pequena, enquanto as importadoras como a KIA rapidamente esgotam suas quotas.
A KIA, que já vendeu 400 mil carros sul-coreanos no Brasil e é a maior importadora do País já amarga prejuízos graves: em 2011, a KIA vendeu 80 mil carros, número que este ano já caiu para 10 mil e encerrou 75 concessionárias com a perda de 5.000 postos de trabalho, mas o resultado dessa cobrança nas importadoras gerou redução de empregos de 180 mil para 7.200, e o faturamento em reais caiu 83% e o governo registra uma perda de R$ 120 milhões em impostos
Gandini acredita que o governo definirá essa situação urgentemente, porque as importadoras estão quase sem carros para vender.
Coletivas das novidades
A cada meia-hora, um batalhão de jornalistas se desloca em massa de estande para estande para acompanhar as entrevistas coletivas em que os dirigentes das montadoras vendem o seu peixe descrevendo as qualidades de seus produtos, sempre melhores que as do vizinho, e alguns adiantando os lançamentos futuros.
A montadora italiana mostrou ainda os novos motores 1.0, flex, de 3 cilindros do Novo Uno e do novo Mobi Live One e tem exposta tua a sua gama de veículos.
Sob a bandeira da Fiat, a Jeep tem em seu estande seus dois carros pernambucanos, o Renegade - 7º modelo mais vendido no País - inaugura 2017 com o Compass, que oferece mais 5% de potência e menos 10% de consumo.
A 3ª geração do Serato, produzido no México, cuja venda começará neste mês de Novembro por R$ 76.990,00 e cujas reservas de compra já podem ser feitas.
No estande estão a Carnival, uma vitoriosa van que faz sucesso em vários países, o sedã Cadenza com sistema de alimentação direto e o sedã Optima com injeção direta e turbo.
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