Nº 923 — 11/1/17
Fernando Calmon
Fernando Calmon
Vencedores e vencidos
Em ano tão difícil como o de 2016, as preferências do consumidor não mudaram tanto.
Continuou a forte aceitação de utilitários esporte compactos: cresceram 7% em um mercado que recuou 19%. A maior surpresa aconteceu entre picapes médias.
A Toro, enquadrada por carregar até uma tonelada, além de garantir liderança, foi a principal razão desse segmento ter subido nada menos de 21% sobre 2015.
Compactos hatches e sedãs continuam a liderar com folga a preferência dos brasileiros. Venderam-se no ano passado 1.128.309 unidades, correspondentes a 57% do total.
No entanto, os SUVs divididos por essa Coluna em quatro subsegmentos responderam juntos por 14%, um resultado anos atrás quase impensável.
Para se ter ideia, todos os demais segmentos de automóveis reunidos (incluindo stations, monovolumes e crossovers) representaram 10% do total comercializado.
Destaques para os Mercedes-Benz liderando as três divisões em que competiu com BMW, Audi e outros.
Também impressionou a posição inabalada do Corolla e o Compass, em segundo lugar, com pouco mais de um mês de vendas em 2016.
Classificação da Coluna soma hatches e sedãs da mesma família, independentemente do nome do modelo.
Classificação da Coluna soma hatches e sedãs da mesma família, independentemente do nome do modelo.
Sedãs com entre-eixos de significativa diferença classificam-se à parte (Grand Siena, Logan, Etios e outros). Base é o Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores).
Citados apenas os modelos mais representativos e pela importância do segmento.
Compilação de Paulo Garbossa, da consultoria ADK.
Compacto
Compacto
Onix/Prisma, 19%;
HB20 hatch/sedã, 15%;
Ka hatch/sedã, 9%;
Gol/Voyage, 7%;
Palio/Fire/Siena, 6%;
Sandero, 5,6%;
Fox, 3,9%; up!, 3,4%;
Etios hatch, 3,3%;
Uno, 3%;
Etios sedã, 2,64%;
Grand Siena, 2,6%;
Mobi, 2,5%;
Logan, 2,1%;
Cobalt, 2%;
Versa, 1,9%;
Fiesta hatch/sedã, 1,7%;
March, 1,6%;
City, 1,4%;
C3/DS3, 1%.
Dupla Onix/Prisma consolida-se.
Médio-compacto
Médio-compacto
Corolla, 39%;
Civic, 13%;
Cruze hatch/sedã, 9,5%;
Golf/Jetta, 9%;
Focus hatch/sedã, 7%;
Sentra, 4%; Fluence, 3%;
Corolla inabalado.
Médio-grande
Médio-grande
Mercedes Classe C, 29%; BMW Séries 3/4, 26%; Fusion, 25%. Classe C é novo líder.
Grande
Grande
Mercedes Classe E/CLS, 35%;
Audi A6/S6/RS6, 21,6%;
BMW Série 5/6, 21,3%.
Mercedes mantém posição.
Topo
Topo
Mercedes Classe S, 46%;
BMW Série 7, 17%;
A8, 15%.
Líder recua só um pouco.
Esportivo
Esportivo
Camaro 39%;
TT, 34%;
WRX, 12%.
Camaro segurou a ponta.
Esporte
Esporte
718 Boxster/Cayman, 31%;
911, 30%;
BMW Z4, 14%.
Equilíbrio alemão.
Station
Station
Weekend, 65%;
SpaceFox, 22%;
Golf Variant, 9%.
Weekend sem adversárias.
SUV compacto
SUV compacto
HR-V, 28%;
Renegade, 26%;
EcoSport, 14%.
Liderança bem disputada.
SUV médio-compacto
SUV médio-compacto
ix35/Tucson, 37%;
Compass, 11%;
Outlander, 8%.
Resultado vai mudar.
SUV médio-grande
SUV médio-grande
SW4, 54%;
Pajero Full/Dakar, 12%;
XC60, 9%.
Líder sem ameaças.
SUV grande
Trailblazer, 26%;
BMW X5/X6, 14%;
Range Rover Sport/Vogue, 10%.
Com mais folga.
Monovolume pequeno
Monovolume pequeno
Fit, 45%;
Spin, 36%;
C3 Aircross, 12%.
Sem surpresas.
Crossover
Crossover
ASX, 58%;
Range Rover Evoque, 24%; Freemont/Journey, 16%.
Picape pequena
Strada, 49%;
Saveiro, 28%;
Montana, 12%.
Strada imbatível.
Picape média
Picape média
Toro, 29%;
Hilux, 24%;
S10, 19%.
Novo líder já esperado.
APESAR de vendas de automóveis e comerciais leves e pesados no último mês do ano passado terem sido animadoras (as melhores de 2016), a quarta queda anual consecutiva trouxe frustrações.
RODA VIVA
APESAR de vendas de automóveis e comerciais leves e pesados no último mês do ano passado terem sido animadoras (as melhores de 2016), a quarta queda anual consecutiva trouxe frustrações.
Afinal, os números foram bem inferiores ao projetado no final de 2015. Exportações conseguiram se destacar: subiram 25% em volume, porém apenas 1,6% em dólares.
PARA este ano, Anfavea fez previsões conservadoras em razão da instabilidade mais política do que econômica.
PARA este ano, Anfavea fez previsões conservadoras em razão da instabilidade mais política do que econômica.
A entidade, entretanto, aponta números positivos para 2017: 12%, produção; 4%, mercado interno e 7%, vendas ao exterior.
Ano de 2016 terminou com apenas 26 dias de estoques totais (abaixo do normal), em parte por efeito estatístico.
CRUCIAL para o futuro da indústria as diretrizes setoriais de médio e longo prazos a serem anunciadas pelo governo federal no segundo semestre.
CRUCIAL para o futuro da indústria as diretrizes setoriais de médio e longo prazos a serem anunciadas pelo governo federal no segundo semestre.
Talvez o programa nem se chame Inovar-Auto II, mas exige consistência, foco em inovação, competitividade e eficiência energética.
VOLKSWAGEN espera recuperar-se do seu pior ano no Brasil: perdeu 45 dias de produção em um contencioso com o grupo Prevent (fornecedor de bancos).
VOLKSWAGEN espera recuperar-se do seu pior ano no Brasil: perdeu 45 dias de produção em um contencioso com o grupo Prevent (fornecedor de bancos).
Em 2017, terá ofensiva de lançamentos como up! retocado e novo Tiguan.
Maior aposta é no Gol, com mesma arquitetura do novo Polo (estreia na Europa, agora em março).
Empresa nega, mas fontes da Coluna indicam início da produção no segundo semestre.
NADA fácil para o Citroën C4 Lounge concorrer no segmento tão povoado como os médio-compactos, em que marcas japonesas imperam.
NADA fácil para o Citroën C4 Lounge concorrer no segmento tão povoado como os médio-compactos, em que marcas japonesas imperam.
Mas o modelo argentino se ajustou ao longo do tempo, em particular no acabamento geral e nos equipamentos de série incluído sistema multimídia.
Motor 1,6 turboflex e câmbio automático de seis marchas são os destaques.
____________________________________
____________________________________
fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu comentário