Coluna Minas Turismo Gerais
Jornalista Sérgio Moreira
Charretes deixam São Lourenço
Uma tendência que vem crescendo nas cidades turísticas mineiras e do Brasil, que ainda usam cavalos puxando carroças e charretes para entretenimento de turistas, é o fim completo dessa prática.
As charretes
estão sendo substituídas por carruagens elétricas, tuk-tuks ou mesmo encerrando
de vez, caso os antigos charreteiros não se interessem em trabalhar com esses
veículos alternativos.
O Parque das Águas São Lourenço, fundado em 1936, é um pedacinho da Mata Atlântica onde diversas espécies da fauna e flora vivem protegidas em meio a 430 mil m² de natureza preservada
Aos poucos, cidades turísticas mineiras vêm buscando alternativas para proibir de vez o uso de veículos de tração animal pelas ruas de suas cidades. Agora é a vez de São Lourenço, cidade com cerca de 47 mil habitantes, no Sul de Minas.
Cavalos puxando charretes não serão mais vistos trafegando pelas ruas da cidade. Essa é a intenção da Prefeitura e foi com base nesse propósito que o Poder Municipal e os cerca 42 charreteiros atuantes em São Lourenço, acordaram no dia 5/08/2022 para encerrarem essa atividade.
Pelo acordo, os charreteiros receberão, a título de indenização, cerca de R$30 mil reais. Com esse valor, podem escolher uma nova atividade profissional ou mesmo investir essa quantia na aquisição de Tuk-Tuk.
Além disso, um projeto de lei a ser enviado à Câmara de Vereadores de São Lourenço, determinará a proibição em definitivo do uso de veículos de tração animal na cidade.
Os tuk-tuks
Por ser mais prático e mais barato que as
carruagens elétricas, o tuk-tuk é uma alternativa mais viável para os
charreteiros que optarem em continuar a levar turistas pelas ruas de São
Lourenço.
Esse tipo de veículo é criação asiática e
muito popular nessa região, principalmente na Índia e Tailândia, além de ser
adotado em alguns países europeus, substituindo as charretes.
Também conhecido como autorriquixá, o tuk-tuk
é puxado por uma motocicleta e nada mais é que um triciclo motorizado com cabine
para transporte de passageiros e mercadorias.
A palavra riquixá é a
palavra mais correta para esse tipo de veículo. Essa palavra tem origem na
língua japonesa. Riquixá um vocábulo com origem na
palavra jinrikisha, em japonês. Jin significa
humano e riki, tração. Ou seja, “veículos de tração
humana”.
Cada vez mais, o autorriquixá ou tuk-tuk, vem se tornando alternativa em substituição aos veículos de tração animal.
Sommelier de Cervejas
Os renomados professores Fabiana
Arreguy e Carlos Henrique de Faria Vasconcelos acabam de lançar no mercado uma
nova proposta para o curso de Sommelier de Cervejas. O curso será ministrado
pela escola EducaBeer, que já tem previsto outros cursos para ofertar.
“O curso busca qualificar o profissional do serviço de bebidas, com foco em degustação e harmonização, pontos chaves para a formação de um especialista em cervejas”, fala Carlos Henrique, mais conhecido no mercado como CH.
crédito Sylvie
Moyen
Fabiana Arreguy é professora, juíza internacional e jornalista especializada na área de cervejas. Conduz o programa da CDL FM Pão e Cerveja e o site no portal UAI. Tem 15 anos de experiência na área.
Carlos Henrique é biólogo de formação, mestre-cervejeiro da Hofbräuhaus BH, professor no curso de gastronomia das Faculdades UNA e Arnaldo, juiz de concursos nacionais e internacionais de bebidas, com 11 anos de experiência na área.
Democrático e acessível, esse não é um curso voltado somente para os trabalhadores da área, e está aberto a todos os interessados, não só profissionais como também hobistas e apaixonados por cervejas.
O curso apresenta alguns diferenciais
dos que já existem no mercado que são: Mais de 100 rótulos de cervejas
degustados; Harmonizações originais e bem construídas; Treinamentos práticos em
serviço; Treinamento em análise sensorial sob bases científicas; Visita técnica
e Conhecimento aprofundado nos estilos cervejeiros.
“Estamos oferecendo algo novo.
Pesquisamos bastante o mercado, novas tendências e com nossa expertise na área
acreditamos que será uma excelente oportunidade para os interessados”, fala
Fabiana Arreguy, que também é jornalista especializada na área de cervejas. O
curso será ministrado aos finais de semana, de sexta a domingo, com aulas
práticas e teóricas. As inscrições já estão abertas! Garanta já a sua vaga.
Instagram: @educabeer
Turismo
indústria em alta
O setor de turismo no Brasil segue em ritmo de crescimento
e demonstrando a sua força também no cenário internacional. Relatório anual do
World Travel & Tourism Council (WTTC), de renomada autoridade empresarial
do turismo mundial, apontou que o Brasil ocupou a 11ª posição como maior
mercado do setor de Turismo do mundo em 2021 (em 2019, estava na 13ª
colocação). Segundo o relatório, o Brasil também registrou a maior demanda de
viagens internas no mesmo ano entre os países pesquisados.
Recentemente,
a companhia JetSmart anunciou novos voos no Brasil, conectando o país com
cidades da Argentina (Buenos Aires) e do Chile (Santiago), a partir de
dezembro. Decisões que buscam maior conectividade aérea. Além disso, em julho,
representantes do Ministério do Turismo participaram de encontro com
integrantes do WTTC, onde discutiu-se, por exemplo, o interesse em atrair
investimentos privados para o Brasil através do Portal de Investimentos. A
iniciativa reúne um portfólio online de projetos voltados ao setor de turismo,
com o objetivo de aproximar setores público e privado.
O
relatório da WTTC revelou o impacto econômico e de emprego relacionados a
viagens e turismo entre os anos de 2019 e 2021, apresentando um cenário
positivo para a América Latina. A pesquisa mostra que, apesar dos impactos da
crise sanitária da Covid-19, o ano de 2021 foi marcado por uma considerável
recuperação. A América Latina demonstrou uma tendência de crescimento de 4%
para os próximos dez anos, quase o dobro previsto para a economia da região no
mesmo período, estimada em 2,3%.
Após
sofrer duros impactos da pandemia da Covid-19 nos últimos anos, o setor do
turismo deve alcançar o nível de faturamento pré-crise no início do próximo
ano. A expectativa é que as micro e pequenas empresas do setor atinjam o
patamar de estabilidade no primeiro semestre de 2023 e que, a partir do segundo
semestre do próximo ano, consolide o crescimento e supere o faturamento de
períodos anteriores.
Os dados fazem parte de um estudo realizado pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre os fatores que impactam a competitividade da cadeia de Turismo brasileira, em especial os pequenos negócios de meios de hospedagem, além do turismo de negócios e eventos, que devem ser beneficiados com a retomada econômica pós pandemia da Covid-19. O setor de turismo foi um dos mais afetados desde o início de uma das maiores crises sanitárias mundiais e as micro e pequenas empresas, que representam 97% do total de empreendimentos desse segmento, chegaram a registrar perdas superiores a 80% do faturamento.
O
presidente do Sebrae, Carlos Melles, pontua que esse período inicial de
recuperação será motivado principalmente pelo aquecimento do consumo por
viagens dentro do Brasil e por uma demanda reprimida causada pela pandemia.
“Muitos brasileiros estão substituindo as viagens internacionais por
domésticas. Além da alta do dólar, da queda no poder de compra das famílias e
do conflito internacional entre a Rússia e Ucrânia, os brasileiros estão mais
motivados a conhecer os encantos do nosso país. Esse é um bom momento para os
pequenos negócios se prepararem”, ressalta Melles.
O
presidente ainda revela que para aproveitar o aumento da demanda interna do
turismo, os donos de pequenos negócios precisam estar atentos às tendências e
mudanças de comportamento do consumidor durante a pandemia. “O empreendedor
precisa entender que ele deve estar alinhado ao movimento do mercado e avaliar
o que é necessário fazer para se adaptar e garantir a sustentabilidade do
negócio, inclusive para atender uma demanda futura”, avalia.
De
acordo com o estudo, a retomada dos negócios turísticos não se apresenta
igualmente para todos as atividades do segmento. Setores como meios de
hospedagem, transporte aéreo e aluguel de bens móveis têm nível de recuperação
superior a outros segmentos, com retorno gradual da demanda à medida que as
restrições da pandemia foram flexibilizadas. Já as atividades recreativas,
culturais e desportivas e o transporte rodoviário foram os mais afetados e vão
levar mais tempo para recuperar o nível anterior à crise. O estudo do Sebrae e
da FGV ressalta que apesar dos meios de hospedagem fazerem parte do grupo que
possui boas expectativas para o verão de 2023, eles devem ficar atentos ao
controle de custos, principalmente porque muitos tiveram que recorrer a crédito
para se manter no período. “Pela própria natureza do serviço, o setor de
hospedagem possui um custo muito alto para se manter. Mesmo que o negócio não
tenha muitos hóspedes, é preciso arcar com as despesas de mão de obra e custos
fixos de energia, por exemplo. Então, isso pesa muito nas contas de um hotel ou
pousada ao contrário de uma empresa que vende um produto e pode estocá-lo”,
explicou o presidente do Sebrae.
Ele recomenda que o dono de um pequeno empreendimento no
setor de turismo busque soluções alternativas para minimizar os altos custos
sem prejudicar a qualidade. “É preciso avaliar o tempo todo o que pode ser
feito para diminuir esses custos sem perder a qualidade do serviço oferecido,
seja por meio de eficiência energética ou outras alternativas disponíveis”, reflete.
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@sergiomoreira63
sergio51moreira@bol.com.br
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