Coluna Minas Turismo Gerais
Jornalista Sérgio Moreira
ATENÇÃO : Abrasel realiza treinamento com orientações para identificar bebidas falsificadas e proteger consumidores e empresários
Minas Gerais não registrou nenhuma ocorrência; A Abrasel segue com ações de conscientização, que somente no 1º dia, capacitou mais de duas mil pessoas
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD) e a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) estão realizando uma série de treinamentos online, gratuitos e com certificado, com orientações práticas para empreendedores serem hábeis a identificar bebidas falsificadas de produtos autênticos.
Na primeira edição da capacitação, que foi ministrada por Daniel Monferrari, head de Proteção às Marcas e Segurança Corporativa da Diageo, participaram mais de duas mil pessoas.
Os horários dos treinamentos e links das reuniões podem ser encontrados no Instagram: @abrasel_
Durante o treinamento, os participantes receberam orientações detalhadas sobre como identificar sinais de falsificação em garrafas, tampas, rótulos e líquidos.
Segundo o especialista, a análise começa pela tampa, considerada o principal ponto de segurança dos produtos: tampas originais apresentam acabamento preciso, sem amassamentos ou espaçamentos, e com arte impressa de alta qualidade. Já a presença de lacres plásticos sobrepostos a tampas decoradas é um forte indicativo de adulteração.
Outro ponto de atenção citado por Daniel é o selo fiscal, obrigatório em bebidas destiladas importadas. Produzido pela Casa da Moeda, o selo autêntico possui holografia progressiva que revela apenas uma letra por vez — R, F ou B. Se todas as letras forem visíveis simultaneamente, há a possibilidade do selo ser falsificado
O treinamento também orientou sobre a análise do líquido: garrafas da mesma marca devem ter o mesmo nível de enchimento e líquidos translúcidos, sem impurezas. Diferenças de coloração entre unidades idênticas podem indicar falsificação.
O especialista também reiterou que os rótulos e contrarrótulos precisam ser cuidadosamente analisados. Produtos legítimos apresentam impressão de alta qualidade, com informações obrigatórias em português, como ingredientes, origem e número de registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Além disso, erros de grafia são considerados sinais claros de falsificação.
Além dos aspectos técnicos, o treinamento alerta para os riscos legais e sociais do mercado ilegal. Estabelecimentos que compram de canais informais ou deixam de exercer cautela na aquisição de bebidas podem ser responsabilizados criminalmente. “O mercado ilegal não apenas coloca em risco a saúde pública, como também alimenta redes criminosas, fragiliza a concorrência leal e compromete a arrecadação tributária”, explica Daniel.
Outro ponto de destaque do treinamento é o descarte correto das garrafas vazias. Segundo Daniel, 100% das bebidas falsificadas identificadas em operações policiais foram envasadas em garrafas originais reutilizadas. Por isso, recomenda-se que bares e restaurantes adotem políticas de descarte que incluam a destruição ou descaracterização dos rótulos, evitando que embalagens legítimas sejam reaproveitadas por falsificadores. Programas que fazem a destinação correta de garrafas, como os Eco Pontos e Eco Gestos, são alternativas seguras para o descarte responsável.
Treinamento é etapa importante da prevenção - Sobre a capacitação promovida entre as entidades do setor, Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, declarou: “assumimos a responsabilidade de orientar os estabelecimentos do setor sobre como agir em casos suspeitos, reforçando que a prevenção começa com informação correta. O objetivo do treinamento é orientar sobre os sinais de adulteração e protocolos de segurança, para que nenhum bar ou restaurante seja vítima de falsificadores e, principalmente, para proteger a saúde da população".
O presidente da ABBD, Eduardo Cidade, também destacou a importância da capacitação: "é essencial separar o setor produtivo formal — que cumpre padrões rígidos de qualidade, segurança e conformidade regulatória — da atuação criminosa do mercado ilegal. A expansão desse mercado no Brasil não apenas coloca em risco a saúde da população. Um produto ilegal é vendido, em média, 35% mais barato do que o original e a diferença podendo chegar a até 48%, resultado da alta carga tributária do setor e da impunidade, que estão entre os principais fatores que estimulam o comércio ilícito”.
O presidente da Abrasel no Sul de Minas, SEHAV e ACIV, André Yuki, reforça o compromisso com a integridade dos bares e restaurantes e com a segurança dos consumidores. “A iniciativa conjunta da Abrasel, ABBD e Abrabe representa um marco essencial na luta contra a falsificação de bebidas. A capacitação oferecida é mais do que uma ferramenta técnica — é um verdadeiro escudo de proteção para os empreendedores que atuam com responsabilidade e ética”, ressaltou.
Ainda segundo André, saber identificar sinais de adulteração, compreender os riscos legais e sociais do mercado ilegal e adotar práticas seguras de descarte são atitudes que fortalecem a credibilidade dos estabelecimentos e protegem a saúde da população. “Não podemos permitir que o comércio ilícito continue ameaçando vidas, enfraquecendo o setor de alimentação fora do lar e prejudicando o turismo brasileiro. É hora de agir com firmeza, informação e responsabilidade. Que cada bar, restaurante e distribuidor se torne um agente ativo na defesa da legalidade, da qualidade e da confiança no setor de bebidas. Lembrando que não houve nenhuma ocorrência no Sul de Minas e em Minas Gerais”, concluiu.
Para a diretora executiva da Abrasel no Sul de Minas e SEHAV, Ana Luísa Alves, a participação dos associados e empresários nas capacitações é fundamental para que o setor esteja cada vez mais preparado e protegido contra a ação de falsificadores. “O conhecimento é a principal arma para garantir a segurança dos clientes e a credibilidade dos estabelecimentos. Também é importante alertar os consumidores: fiquem atentos na hora de pedir seus drinks, observem a procedência das bebidas e deem preferência aos bares e restaurantes que já conhecem e confiam. Desconfiem sempre de preços muito abaixo do mercado, pois podem ser um indício de adulteração. A união entre empreendedores bem informados e consumidores conscientes é essencial para fortalecer o setor de alimentação fora do lar, preservar vidas e combater o comércio ilegal”, enfatizou.
Confira a cartilha feita pela Abrasel: https://abrasel.com.br/site/assets/files/77961/treinamento_como_identificar_uma_marca_autentica_2.pdf
Aeroporto Internacional de BH destaque no país
O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, administrado pelo BH Airport abre o último trimestre do ano reafirmando a dedicação em oferecer a melhor experiência aeroportuária aos clientes, entregando mais comodidade, conforto, segurança e praticidade em melhorias e modernização da infraestrutura.
Ainda neste mês de outubro, o terminal internacional mineiro irá reinaugurar o Desembarque 1 para os passageiros, uma obra de responsabilidade do Poder Público, que envolveu o aporte de aproximadamente R$ 15 milhões do BH Airport, mediante compromisso de ressarcimento pela Infraero.
O projeto traz inovação tecnológica e arquitetônica para o Desembarque 1, que passa a contar com um fluxo de circulação mais ágil, novo layout para as esteiras de bagagem, elevador, escadas rolantes, banheiro, climatização, câmeras de monitoramento e sistemas eletrônicos de última geração, em uma área total de 2 mil metros quadrados. “Esta é mais uma importante iniciativa para transformar as chegadas e partidas no nosso aeroporto em experiências agradáveis, tranquilas, práticas e confortáveis. Como bons mineiros, buscamos sempre receber os passageiros com a nossa hospitalidade, em um ambiente ao mesmo tempo acolhedor, moderno e eficiente”, ressalta o CEO do BH Airport, Daniel Miranda.
As obras do Desembarque 1 são remanescentes de um conjunto de investimentos da ordem de R$ 250 milhões previstos para o aeroporto. “Esse pacote deveria ter sido entregue pela empresa pública antes da concessão do aeroporto, como parte da preparação para a Copa do Mundo. As modernizações comtemplam intervenções no terminal de passageiros, com novas opções comerciais, modernização da fachada, sistemas elétricos, eletrônicos, climatização, sistema de transporte e inspeção de bagagens, além de conclusão de intervenções no pátio de aeronaves”, esclarece o CEO do BH Airport.
Ao longo dos anos 11 anos de concessão, foram investidos cerca de R$ 1,3 bilhão em infraestrutura, incluindo a construção do Terminal de Passageiros 2, que ampliou a capacidade de atendimento de 10 para 32 milhões de pessoas por ano. Os investimentos também foram aplicados em reformas nos terminais, melhorias viárias, intervenções na pista de pouso e nos pátios, além da ampliação da pista de pouso e decolagem, que hoje tem 3.600 metros e é a terceira maior do Brasil. Em tecnologia, a inovação passou pelo sistema de atendimento e embarque, beneficiando tanto os passageiros quanto as companhias aéreas, além do novo e-gate, equipamento de checagem eletrônica de passaportes que permite a verificação da documentação em segundos.
“Vale destacar que a nossa estrutura nos permite operar aeronaves de grande porte e ampliar a conectividade internacional, fortalecendo o papel estratégico do BH Airport como hub de conexões”, reforça Daniel Miranda. Nesse sentido, a consistência direciona a evolução dos números. Comparando o período pré-pandemia (2019) com 2025, o BH Airport registrou avanço de 20% na movimentação de passageiros, enquanto a média brasileira teve crescimento de 9%.
No comparativo entre 2025 e 2024, de janeiro a setembro de 2025, mais de 9 milhões de passageiros passaram pelo terminal, o que representa um crescimento de cerca de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No setor de cargas, o BH Airport movimentou mais de R$ 11 bilhões em mercadorias importadas em 2024, alta de 60% sobre o ano anterior. Entre janeiro e agosto de 2025, o Hub Logístico Multimodal do BH Airport movimentou mais de 9 mil toneladas, somando operações de importação e exportação, o que representa um crescimento de 11% em comparação ao mesmo período de 2024. “Nossa estratégia é integrar diferentes modais, do aéreo ao marítimo e terrestre. Ou seja, buscamos oferecer soluções completas para importadores e empresas dos mais diversos segmentos”, conclui Daniel Miranda.
Com localização estratégica e um dos principais hubs do país, o BH Airport atende cerca de 70 destinos nacionais e internacionais. Desde 2014, o aeroporto é administrado por uma concessão, formada pela Motiva, uma das maiores companhias de concessão de infraestrutura da América Latina, e por Zurich Airport, operador do Aeroporto de Zurich, o principal hub aéreo da Suíça e considerado um dos melhores aeroportos do mundo, além da Infraero, estatal com experiência de mais de 50 anos na gestão de aeroportos no Brasil.
Bienal da Gastronomia em BH
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