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terça-feira, 28 de outubro de 2025

Elétricos chineses inundam mercado



Texto Arnaldo Moreira

O mercado automotivo brasileiro ganhou novos contornos com a chegada dos carros elétricos chineses ao País de uma forma absolutaente agresssiva e com a disposição de vir para ficar o que se traduz nos fartos investimentos aplicados na construção de montadoras já efetivadas, a BYD Build Your Dreams, ou em português Construa Seus Sonhos - que inteligentemente se adiantou e comprou em Camaçari, na Bahia, a fábrica da Ford, - que trocou Brasil pela Argentina - já em plena produção.

Outra marca chinesa, a GWM (Great Wall Motors) que também vislumbrou no mercado brasileiro uma fonte de bons negócios construiu sua fábrica em Iracemápolis (SP), onde começou a produção no último mês de agosto de carros elétricos e híbridos. 

Entretanto, as tradicionais montadoras instaladas no País GM, Stellentis, Renault, Toyota e Volkswagen não deixaram por menos e anunciaram investimentos significativos para a produção de veículos elétricos e híbridos no País, adaptados dos modelos a combustão que já lançaram ou estão lançando no mercado

No meio dessa amálgama comercial surge - o que faz lembrar a Troller e antes a Gurgel -, a empresa Lecar,  100% brasileira, de Vitória, no Espírito Santo, que está construindo sua própria fábrica de 500.000 m2, para produzir de carros elétricos e híbridos que estima entrar em operação em março de 2026, disposta a enfrentar a concorrência das poderosas multinacionais.

Hoje, são 16 as marcas chinesas vendendo carros elétricos no Brasil, mas apenas uma, a Chery, sócia da Caoa, fabrica seus carros no País. Mas são as marcas chinesas que vendem 76% dos elétricos que desembarcam no Brasil. A Geely Auto acabou de desembarcar no porto de Paranaguá (PR) o primeiro lote do Geely EX2, veículo mais vendido na China em 2025, e que chega ao meas vendas iniciadas no Brasil em novembro.

Um produto com características próprias, o carro elétrico enfrenta a restrita autonomia de suas baterias, que encurta a possibilidade de viagens mais longas. Para driblar essa dificuldade, a alternativa é o carro híbrido que combina um motor a combustão e um motor elétrico. 

Quem optar pelo híbrido convencional em que a bateria é recarregada automaticamente pelo motor a combustão não tem que se preocupar com autonomia já o híbrido plug-in em que a bateria não é recarregada pelo motor a combustão precisa ser conectado à tomada para recarregar, mas continuará andando sem problema mesmo que a bateria elétrica descarregue.

Com toda essa chusma de elétricos, haverá mercado consumidor que atenda às expectativas das montadoras? O número de carros elétricos e híbridos circulando pelo País, em julho deste ano já superou o meio milhão, sendo a maioria híbridos convencionais e plug-in. A estimativa da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) é que as vendas de eletrificados leves ultrapassem 200 mil unidades até o final de 2025. O tempo o dirá!


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