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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Nissan vem aprimorando seus carros no Brasil a cada ano. O Versa, espaçoso, econômico surge com a versão topo de linha Unique. O carro bem acertado, faz de 0 a 100, em menos de 11 s e consumo de 13 km/l, tem melhoria de desempenho e ascensão garantida no mercado. Custa em torno de R$ 70 mil. Começo do 1º trimestre, a Fiat vem com novidades: Punto e versões mais caras do Palio e a Strada serão substituídas enquanto a VW arrumou um jeito de acalmar os apaixonados por Kombi, lançando a Kombi T2, elétrica - sinal dos tempos, investindo, também, em Audis cada vez mais esportivos. E a Ford EcoSport ganha novas mudanças, mas mantem o motor 1.5 (pena não ser turbo).



Coluna nº 0217 - 11 de Janeiro de 2017

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Versa Unique. Hígido e para quem não gosta de dirigir



Bem acertado, o Nissan Versa
Após 1.200 km de condução, ao devolver o Nissan Versa, padrão Unique, o mais elevado da linha, tive uma certeza: reverenciar o responsável pela composição do produto. 


Explico: carros não saem contendo todo o potencial técnico dos fabricantes, mas são compostos em função do público de destino, características do mercado, faixa de preço e de concorrência onde deve atuar. 


Isto permite acertos e muitos erros – nestes, clamoroso, o Alfa Romeo 155 sem ar condicionado.... 

Acredita? Carro importado sem o inafastável conforto nos trópicos? 

Pois, houve. Era para reduzir preço final e tal versão foi ironicamente chamada por executivos da Fiat Brasil de CS, iniciais do autor da proposta.


Pois o/a camarada nissaniano acertou no foco ao definir o produto. O Versa, feito no Brasil sobre a plataforma do March, motor importado do México e transmissão japonesa, é produto aspiracional, ou seja, de desejo por usuários de veículos menores, mais baratos ou desequipados. 

Por isto, deve ser atrativo e alcançável no oferecer características construtivas e noção de status

Considerou outra verdade: poucos compradores o fazem por conhecer o conteúdo da ficha técnica ou habilidades. 

Maioria compra para impressionar os vizinhos, provocar o cunhado, o colega do escritório. 

Com tal objetivo fórmula é bem adequada ante características de automóvel para tal cliente: dimensões, bom espaço no banco posterior, porta-malas generoso, linhas recentes, a aura nipônica à qual o lumpenzinato automobilístico atribui qualidades supremas, e o compôs como se fora um kit impressiona-vizinho: motor 1.6 e transmissão CVT, revestimento com partes em couro; tela de comando e som; trio mais ou menos elétrico – os levantadores dos vidros cumprem apenas 1/8 de sua missão: são automáticos apenas para levantar o vidro do motorista... 

Em segurança, o mínimo legal de freios com ABS e duas bolsas de ar. Tem painel de material áspero, mas de boa aparência, enfeitado, ar condicionado digital, comandos de som no volante.


Andando
No operacional, é honesto nas propostas. Hígido, diriam os médicos. Unidade utilizada empregava motor Nissan 1.6, gerando 111 cv e 15,1 mkgf de torque – foi revista e melhorada pela Renault, e deverá exibir tal reacerto, produzido no Brasil com respectivos 118 cv e 16 mkgf. 


Câmbio de polias variáveis CVT com monitoramento eletrônico. Diz ter opção over drive, uma sobre marcha mas, ao contrário, já funciona na sobre marcha. 

Quando você aperta um botãozinho na alavanca de marchas, reduz. É a under drive.  
Não oferece as pequenas alavancas de avanço e retardo nas marchas, exceto em baixa velocidade quando pode-se puxar a alavanca para a marcha reduzida.

Falha? Vejo como ponto de coerência. Seu comprador quererá espaço, um mínimo de segurança, baixo consumo, bons freios, boa aparência. 

Não será um cultor das artes da condução e por isto o carro faz tudo, escolhendo marchas à sua vontade. 

Se insistir em demandar redução, dependendo da pressão do acelerador reduzirá as marchas virtuais e o motor urrará sob o capô.

Se você tem orçamento contido, precisa de automóvel com cara nova, bom espaço, itens de conforto, econômico, e dispensa prazer ao dirigir, é este. Seria um ótimo veículo para o serviço de táxis.

Em resumo, é ágil – de 0 a 100 km/h, em quase 11s -, boas retomadas, consumo reduzido. 


Dirijo em cidade de trânsito ainda civilizado e obtive mais de 13 km/litro na cidade com gasálcool; álcool, em torno de 10 km. 

Em Brasília, a quase igualdade de preços não justifica o uso do álcool. Preço? Vais ouvir R$ 70 mil, mas pondere condições. O mercado está para o comprador.



Mascarado, exibe o sítio Tempo, substituto de Palio e Punto está pronto



Março, abril, o 

substituto do Punto e Palios
Fiat começou o ano nas tratativas e providências para produzir o Projeto 326. 


No caso, versão X6H, de hatch, para substituir o Punto e versões mais caras do Palio no mercado latino-americano. 

Plataforma de desenvolvimento doméstico, tendo como base a empregada na última geração do Palio, e a dois outros desdobramentos: sedã, versão X6S, a ser produzido na Argentina, e picape, nominada internamente X6P, no Brasil. 

Com quatro portas, buscará clientes do Grand Siena e Linea com apresentação no Salão de Buenos Aires, junho. Picape substituirá o Strada, ao final do ano.

Fiat manterá política de sua criação, produção paralela do original e do substituto. 


No caso, o 326H ocupará espaço das versões mais caras do Palio. As de menor preço serão mantidas. Idem para a picape atual.

Serão produtos exclusivos para o Continente, com desenvolvimento local, e motorização conhecida em outros produtos: três cilindros 1.0; 1.8 16V e em alguma versão esportivada o 1.4 turbo, dito 1.4T-Jet. 


No geral, itens hoje adotados nos Fiat em seu recente processo de incremento de conteúdo, como conectividade e Stop/Start.

Jipinho
Desdobramento da família, a Fiat iniciou a desenvolver pequeno utilitário esportivo com jeito, cara, e propostas de valentia de Jeep. 


Não seria Fiat, mas o primeiro degrau da marca norte-americana. Coluna noticiou. Planos foram congelados por conta da plataforma. 

A empregada para o Projeto 326 exigiria muitos investimentos industriais para encaixá-la na linha de produção comum a Renegade, Compass e Toro, todos com plataforma própria e diferente. 

E reduzi-la para o pequeno produto é tecnicamente factível, porém tornaria preço final fora de competição. 

Como disse fonte da Fiat, se não for ao mercado mais barato que o Suzuki Jimny, não serve. 


Roda-a-Roda

Salão – NAIAS em Detroit, abrindo ciclo de salões mundiais, expõe tensão sobre a gestão Trump e sua ameaça de mudar acordos econômicos, taxando os carros mexicanos, aumentando impostos de importação. Muito modificará mercado.


Trump – Com bandeira do americanismo, crítica de investimentos produtivos em outros países e a ameaça de taxar em 35% veículos fabricados pelas marcas dos EUA no México, Donald Trump sacudiu a indústria.


Amostra – Ford e FCA cancelaram aplicação de capital no país vizinho centrando a grana nos EUA. 


Ford desviou US$ 1,6 bilhão do México e aplicará US$ 700 milhões em casa para lançar 13 carros elétricos, incluindo Mustang.

Mais – FCA, US$ 1 bilhão para modernizar a fábrica de Warren, nas beiradas de Detroit, e para ela transferirá do México a produção dos picapes RAM de maior tonelagem. 


Informa nada estar relacionado ao novo governo. Mesmo contam Mercedes e Volkswagen, com sólidos investimentos. Ciclos das grandes empresas são muito superiores aos dos governos. 

E? – Andamento do governo Trump, além de escapar de sua inacreditável capacidade de criar confusões, pode ser imaginado como ponto de equilíbrio entre o bom senso e o marketing

E? 2 - Já há consequências: subiram os preços dos imóveis da abandonada Detroit, ante a projeção do aumento de produção e atividade econômica. 


Dúvida em Detroit: a família do futuro presidente ali aplica sua expertise em imóveis?

Mais – Há um Salão do B, em Detroit. Paralelo ao NAIAS, menor, extensamente mais rico, com marcas de preço elevado, ausentes da festa do público. 


Chama-se The Gallery e recebe Bugatti, Lamborghini, Ferrari, Aston Martin, versões de topo de Cadillac, e elétricos Tesla e Faraday. 

Convites a VIPS, entradas a US$ 500, trato de primeira qualidade, bufê autoral, chefe premiado. A quem vai e compra.

Nova Kombi – Depois do Dieselgate - problema de motores diesel emitindo poluentes acima da norma legal -, Volkswagen toma caminho ecológico: em Detroit, mostrou o elétrico Buzz, releitura da Kombi. 


Proposta é multiforma, aumentando espaços, se tornando conversível e condução autônoma.



Buzz (d) se inspirou na Kombi T2, de 1961


Razão e emoção – Na mostra, síntese do Audi Q8, mistura da lógica de SUV com a emoção de cupê, deverá vir à vida nos próximos meses como caminho de estilo a seus utilitários esportivos – cada vez mais esportivos e menos utilitários.


Foco – Em casa, Ford exibiu a face do receio. Líder de mercado com picape F-150, vendo concorrentes crescer, apresentou o F-150, 2018, apenas três anos após atual versão. 


Incremento no uso de alumínio militar na caçamba, chassis em aço para reduzir peso, ênfase na cara de mau e eletrônica de automóvel. Setembro.

Diesel – Novidade, opção diesel: V6, 3,3 litros, 286 cv e parcos 35 mkgf de torque, baixo em relação à cilindrada. Amarok V6 3.0 oferece 51,6 quilos.


Mais – Voltou a ter o Ranger no mercado doméstico, e relançará o Bronco, um 4x4, utilitário esportivo com estamina, mercado deixado pela empresa. 


Eco, IV – O EcoSport, em geração revista, esperada e não aparecida no Salão de S. Paulo, atração em Detroit. 


Carlos Galmarini, da Ford Argentina, disse será lançado no Brasil em maio e apresentado no Salão de Buenos Aires, em junho. EcoSport, mudança estética, motor 1.5, maio.

Atualização – Recebeu atualizações, como nova frente, painel e conectividade. Mecânica terá motor importado de 2.0 ou nacional 1.5. 


Será vendido nos EUA, como SUV de entrada da marca. Mudança local, estepe interno. 

Local - No Brasil, deve tê-lo pendurado externamente. Aqui, ao contrário dos EUA, há demanda por espaço para levar malas.


Rigor –Em ano de retração, poucas marcas cresceram: Porsche, Lexus e Jaguar. Esta, 53% em vendas, turbinadas pelo novo XE, de menor preço. 


No total, Jaguar e Land Rover venderam 7.434 unidades, em 2016, menos 18,5% ante 2016.

Trio – Outros Premium também caíram em relação a 2015. Mercedes liderou nos segmentos onde participa, BMW e Audi quase empatadas, mas BMW fechou o ano liderando com 11.860 unidades licenciadas. 


Reação – Notícia no jornal Folha de S. Paulo sobre cortes de incentivos até 2018 gerou protesto da Abeifa, associação dos importadores. 


Tais vantagens estão no programa Inovar-Auto, aplicado para aumentar nacionalização e reduzir consumo.

Razão – Programa se encerra neste exercício sem atingir resultados – hoje a montagem das marcas aderentes tem nacionalização inferior à do início da indústria automobilística, há 60 anos.


Mais – Freou importações, recolhimento de impostos, empregos. Em números, à implantação País importava 199 mil unidades, 5,82% do mercado doméstico; recolheu R$ 6,5 bilhões em impostos; dava 35 mil empregos. 


Após cinco anos, importações caíram a 35.800, 1,8% no decrescente mercado interno; impostos a R$ 1,2 bilhão; sumiram 21.500 empregos.

Caminho – Para fomentar negócios com caminhões 0 Km, MAN Latin America aderiu à compra e venda de caminhões usados. 


Cresceu 80% ano passado. Mercado dos usados tem 6,8 x 1 de 0 Km e destes fomenta venda.

Novela – TV Globo corrigiu erro no livro de origem à atual série televisiva Dois Irmãos. 


Autor Milton Hatoun citou jipe Land Rover em cenário de 1945. Substituiu por Ford station Woodie, belíssimo, 1942. Land Rover surgiu em 1948.

Valor – Quanto vale um dos 25 Mercedes-Benz 540K Special Roadster?


Considerado o mais belo automóvel já produzido, performance assustadora para o fim da década de ’30. 


Motor L8, 5.000 cm3, produzia 110 hp logo expandidos a 180 com uso do compressor volumétrico: atingia quase 180 km/h.

Leilão – Resposta no primeiro grande leilão de antigos na temporada norte-americana, o RM-Sothelby’s, em Scotsdale, Arizona. 


Projeta-se valor em torno de US$ 8.500.000. Mesma unidade foi vendida, em 2011, por US$ 4.620.000. Voltou ao martelo, em 2013, e cravou US$ 7.480,000, valorização de 62% em dois anos.


Mercedes 540K Special Cabriolet, o mais belo. Quanto vale?


Gente – Oliver Schmidt, da VW of America comandando o departamento de compliance, a ética empresarial, preso pelo FBI. 


OOOO No Dieselgate, escândalo de motores diesel emitindo poluentes acima da norma legal, sempre contestou as acusações do governo americano. 

OOOO Subalterno fez delação reconhecendo a fraude. 

OOOO Eventos aceleraram acordos com os EUA para fim dos processos. OOOO


Os recordes da Toyota em 2016
Ano ruim para o segmento da mobilidade não atingiu a Toyota do Brasil. 

Empresa fechou exercício crescendo 2,6% nas vendas, relativamente ao exercício passado e, pela primeira vez, atingiu 8,8% de participação no mercado, encerrando o ano como a 5ª marca mais vendida, à frente da Ford. 

É o melhor resultado numérico e institucional da marca desde sua chegada ao Brasil, há 59 anos.

Dentre produtos, o SW4 consolidou liderança no segmento, ampliando vendas em 40%, atingindo 12.175 unidades vendidas, 53% do segmento SUV. 


A HiLux assumiu a liderança nas picapes médias. Pontualmente, o Etios, com correções a partir de sugestões, evoluiu como produto, vendendo 67.768 unidades no mercado interno e iniciando carreira de exportações para Argentina, Paraguai, Peru e Uruguai, com 26.424 unidades. 

Toyota do Brasil enviou 43.561 de seus produtos para a América Latina.

Todas as versões do Etios tiveram crescimento de vendas e participação no exercício. 


Surpreendendo, o sedã Corolla conservou a liderança entre os sedãs médios, vendendo 48%, quase metade, no segmento.

Outro segmento implementado pela Toyota foi o de carros híbridos. O Prius em 4ª geração, lançado em junho, com preço incentivado, teve seu melhor ano de vendas, liderando o setor ao comercializar 486 unidades, 128% sobre 2015. 


As conquistas da Toyota são consequentes às mudanças de parâmetros e processos internos em qualidade, produtividade, gerenciamento de custos e cadeia de valor, resultantes da vinda de Steve St. Angelo como CEO da Toyota para América Latina e Caribe, e Chairman da Toyota do Brasil. 


St. Angelo é indicação pessoal de Mark Hogan, norte-americano integrando o Board da matriz no Japão. 

Ex-vice-presidente Mundial da GM e presidente na filial Brasil, Mark designou St. Angelo para redesenhar a Toyota na América Latina.

Um dos passos importantes foi a decisão de investir na fábrica de Porto Feliz para construir motores destinados ao Corolla e a próxima geração equipada com turbo alimentador.




Toyota Corolla, líder no segmento
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Os mais vendidos por marca e modelo em 2016.



Alta Roda 

Nº 923 —  11/1/17

Fernando Calmon

Vencedores e vencidos

Em ano tão difícil como o de 2016, as preferências do consumidor não mudaram tanto. 

Continuou a forte aceitação de utilitários esporte compactos: cresceram 7% em um mercado que recuou 19%. A maior surpresa aconteceu entre picapes médias. 

A Toro, enquadrada por carregar até uma tonelada, além de garantir liderança, foi a principal razão desse segmento ter subido nada menos de 21% sobre 2015.

Compactos hatches e sedãs continuam a liderar com folga a preferência dos brasileiros. 
Venderam-se no ano passado 1.128.309 unidades, correspondentes a 57% do total. 

No entanto, os SUVs divididos por essa Coluna em quatro subsegmentos responderam juntos por 14%, um resultado anos atrás quase impensável. 

Para se ter ideia, todos os demais segmentos de automóveis reunidos (incluindo stations, monovolumes e crossovers) representaram 10% do total comercializado.

Destaques para os Mercedes-Benz liderando as três divisões em que competiu com BMW, Audi e outros. 

Também impressionou a posição inabalada do Corolla e o Compass, em segundo lugar, com pouco mais de um mês de vendas em 2016.

Classificação da Coluna soma hatches e sedãs da mesma família, independentemente do nome do modelo. 

Sedãs com entre-eixos de significativa diferença classificam-se à parte (Grand Siena, Logan, Etios e outros). Base é o Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores). 

Citados apenas os modelos mais representativos e pela importância do segmento. 
Compilação de Paulo Garbossa, da consultoria ADK.

Compacto
Onix/Prisma, 19%; 
HB20 hatch/sedã, 15%; 
Ka hatch/sedã, 9%; 
Gol/Voyage, 7%; 
Palio/Fire/Siena, 6%; 
Sandero, 5,6%; 
Fox, 3,9%; up!, 3,4%; 
Etios hatch, 3,3%; 
Uno, 3%; 
Etios sedã, 2,64%; 
Grand Siena, 2,6%; 
Mobi, 2,5%; 
Logan, 2,1%; 
Cobalt, 2%; 
Versa, 1,9%; 
Fiesta hatch/sedã, 1,7%; 
March, 1,6%; 
City, 1,4%; 
C3/DS3, 1%. 
Dupla Onix/Prisma consolida-se.

Médio-compacto
Corolla, 39%; 
Civic, 13%; 
Cruze hatch/sedã, 9,5%; 
Golf/Jetta, 9%; 
Focus hatch/sedã, 7%; 
Sentra, 4%; Fluence, 3%; 
Corolla inabalado.

Médio-grande
Mercedes Classe C, 29%; BMW Séries 3/4, 26%; Fusion, 25%. Classe C é novo líder.

Grande
Mercedes Classe E/CLS, 35%; 
Audi A6/S6/RS6, 21,6%; 
BMW Série 5/6, 21,3%. 
Mercedes mantém posição.

Topo
Mercedes Classe S, 46%; 
BMW Série 7, 17%; 
A8, 15%. 
Líder recua só um pouco.

Esportivo
Camaro 39%; 
TT, 34%; 
WRX, 12%. 
Camaro segurou a ponta.

Esporte
718 Boxster/Cayman, 31%; 
911, 30%; 
BMW Z4, 14%. 
Equilíbrio alemão.

Station
Weekend, 65%; 
SpaceFox, 22%; 
Golf Variant, 9%. 
Weekend sem adversárias.

SUV compacto
HR-V, 28%; 
Renegade, 26%; 
EcoSport, 14%. 
Liderança bem disputada.

SUV médio-compacto
ix35/Tucson, 37%; 
Compass, 11%; 
Outlander, 8%. 
Resultado vai mudar.

SUV médio-grande
SW4, 54%; 
Pajero Full/Dakar, 12%; 
XC60, 9%. 
Líder sem ameaças.

SUV grande
Trailblazer, 26%; 
BMW X5/X6, 14%; 
Range Rover Sport/Vogue, 10%. 
Com mais folga.

Monovolume pequeno
Fit, 45%; 
Spin, 36%; 
C3 Aircross, 12%. 
Sem surpresas.

Crossover
ASX, 58%; 
Range Rover Evoque, 24%; Freemont/Journey, 16%. 

Picape pequena
Strada, 49%; 
Saveiro, 28%; 
Montana, 12%. 
Strada imbatível.

Picape média
Toro, 29%; 
Hilux, 24%; 
S10, 19%. 
Novo líder já esperado.

RODA VIVA

APESAR de vendas de automóveis e comerciais leves e pesados no último mês do ano passado terem sido animadoras (as melhores de 2016), a quarta queda anual consecutiva trouxe frustrações. 

Afinal, os números foram bem inferiores ao projetado no final de 2015. Exportações conseguiram se destacar: subiram 25% em volume, porém apenas 1,6% em dólares.

PARA este ano, Anfavea fez previsões conservadoras em razão da instabilidade mais política do que econômica. 

A entidade, entretanto, aponta números positivos para 2017: 12%, produção; 4%, mercado interno e 7%, vendas ao exterior. 
Ano de 2016 terminou com apenas 26 dias de estoques totais (abaixo do normal), em parte por efeito estatístico.

CRUCIAL para o futuro da indústria as diretrizes setoriais de médio e longo prazos a serem anunciadas pelo governo federal no segundo semestre. 

Talvez o programa nem se chame Inovar-Auto II, mas exige consistência, foco em inovação, competitividade e eficiência energética.

VOLKSWAGEN espera recuperar-se do seu pior ano no Brasil: perdeu 45 dias de produção em um contencioso com o grupo Prevent (fornecedor de bancos).
Em 2017, terá ofensiva de lançamentos como up! retocado e novo Tiguan. 

Maior aposta é no Gol, com mesma arquitetura do novo Polo (estreia na Europa, agora em março). 

Empresa nega, mas fontes da Coluna indicam início da produção no segundo semestre.

NADA
fácil para o Citroën C4 Lounge concorrer no segmento tão povoado como os médio-compactos, em que marcas japonesas imperam. 

Mas o modelo argentino se ajustou ao longo do tempo, em particular no acabamento geral e nos equipamentos de série incluído sistema multimídia. 

Motor 1,6 turboflex e câmbio automático de seis marchas são os destaques.
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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

Os desafios da mobilidade no Planeta foram discutidos, ontem, num Simpósio, promovido pela Ford, no Salão do Automóvel de Detroit, sobre a "Cidade do Amanhã". A montadora prevê para os próximos 10 anos. O Bloomberg vai estudar nove grandes cidades para uma visão do futuro, entre elas São Paulo.


A Ford promoveu um simpósio durante o Salão de Detroit com personalidades e especialistas para debater a Cidade do Amanhã, explorando os desafios da mobilidade, oportunidades e novas soluções que vão moldar o ambiente urbano do futuro – veja o vídeo


De frente, Bill Ford e à direita, na foto, Mark Fields

Bill Ford, presidente do Conselho da Ford, e Mark Fields, presidente Mundial, abriram o evento falando sobre a transformação da Ford em uma empresa de automóveis preocupada com a mobilidade.

O evento teve a participação de Mark Thompson, presidente do The New York Times, moderando um painel com Bill Ford e os prefeitos de Detroit (Mike Duggan), Columbus (Andrew Ginther), Chicago (Rahm Emanuel) e Atlanta (Kasim Reed).

Uma rodada de palestras TED – formato criado pela organização sem fins lucrativos TED, de tecnologia, entretenimento e design, com até 18 minutos – reuniu representantes da UPS, da Fundação de Mulheres de Nova York e da TED para a proposição de ideias sobre transporte, sustentabilidade e justiça social na nova era.

Houve ainda uma exibição prévia exclusiva do novo filme do economista Jeremy Rifkin, “A Terceira Revolução Industrial”, e uma discussão coordenada pela revista eletrônica VICE com empresários, pensadores e líderes empresariais sobre as mudanças no cenário urbano, oportunidades de emprego e crescimento econômico na Cidade do Amanhã.

“Pela primeira vez na história do planeta, metade da população mundial vive nas cidades, onde os problemas de mobilidade são mais agudos à medida que as suas populações crescem”, disse Bill Ford. 

“Esse é um problema que vai muito além dos congestionamentos. Representa um enorme desafio para a humanidade, que afeta o nosso bem-estar e o acesso a cuidados médicos, água potável, alimentos, um lugar seguro para viver e mesmo a capacidade de encontrar trabalho”, identificou.

“Já no longo prazo – 30 anos ou mais – vemos a aplicação em grande escala dessas tecnologias, conectadas por sistemas operacionais sofisticados, gerando coisas que anteriormente eram tidas como impossíveis, como uma redução significativa das emissões, número de acidentes próximo de zero e acesso universal à mobilidade”, completou o presidente da Ford.

Para os próximos cinco a 10 anos, a Ford prevê que com a introdução de veículos autônomos, o crescimento dos veículos elétricos e conectados e a nova infraestrutura de tecnologia, o transporte começará a se tornar mais acessível e as cidades mais saudáveis, seguras, produtivas e fáceis de transitar.


Parceria com Bloomberg Philanthropies
A Ford iniciou uma parceria com Mike Bloomberg e a fundação Bloomberg Philanthropies, braço social da empresa de comunicação, no projeto que reúne prefeitos de todo o mundo para criar novas soluções de mobilidade e a Cidade do Amanhã. 

Num vídeo, Mike Bloomberg disse que sua instituição vai estudar nove grandes cidades para uma visão do futuro, incluindo São Paulo e Buenos Aires na América do Sul.

Com investimento de R$ 142 milhões, a cidade de Salto contará em outubro deste ano com um fábrica de pastilhas e lonas Cobreq


Em Salto, interior de São Paulo, a nova fábrica da TMD Friction do Brasil, tradicional fabricante de pastilhas e lonas de freio com a marca Cobreq e parte do grupo japonês Nisshinbo, está finalizando o investimento de R$ 142 milhões nesta planta (o maior investimento do grupo em outro continente).

A inauguração oficial será em outubro de 2017. E do lançamento da pedra fundamental, em maio de 2014, até hoje, cerca de 95% das obras já foram concluídas, estando, agora, em fase de transferência das linhas de produção de Indaiatuba para Salto, dois municípios no interior paulista e distantes 15 km um do outro.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Com novo design e novo motor diesel, a Ford carrega fundo no acelerador para manter a liderança nas vendas da icônica picape F-150 2018. A novidade, em três versões: uma V6 3.0 Power Stroke, a Diesel, uma V6 de 286 cv, e uma V8 5.0, ambas a gasolina, está exposta no Salão do Automóvel de Detroit.


A Ford mostrou no Salão de Detroit, nos Estados Unidos, a F-150 2018, picape que tem a liderança de 40 anos no segmento e de 35 anos como veículo mais vendido do mercado norte-americano. 


As novidades da F-150 estão no design, na tecnologia e nos motores, incluindo um inédito e primeiro motor diesel da linha, o V6 3.0 Power Stroke, além de versões aprimoradas V6 e V8 a gasolina.

A nova F-150 será lançada no segundo semestre, três anos depois da chegada da atual geração, com carroceria de liga de alumínio de nível militar de alta resistência. 


Ela traz visual dianteiro e traseiro renovado. O nível de tecnologia chega a incluir assistência de frenagem com detector para proteger pedestres, uma grade evolução em picapes.

"Os usuários de picapes estão sempre procurando melhorar sua produtividade, tanto no trabalho como no lazer", diz Joe Hinrichs, presidente da Ford nas Américas.

Desde 1977, ela é a picape favorita dos Estados Unidos e nunca perdeu a liderança. "A nova F-150 é o exemplo mais recente do compromisso da Ford de ir mais longe com a contínua inovação para nossos clientes", diz o executivo.


Ainda mais forte...
A combinação exclusiva de materiais avançados, duráveis ​​e resistentes à corrosão torna a nova F-150 ainda mais forte. O chassi de aço e a carroceria de liga de alumínio de alta resistência reduzem o peso e garantem a maior capacidade de carga útil da categoria.

Todas as versões da Ford F-150 2018, desde a XL à topo de linha Limited, exibem uma aparência ainda mais robusta, com nova grade, faróis e para-choques. 


A tampa traseira da caçamba e as lanternas também são novas e as rodas têm seis opções de design, de 17 a 22 polegadas.

A cabine oferece duas novas cores de bancos, além de vários detalhes de acabamento que diferenciam as versões. 


O modelo F-150 Lariat, com pacote esportivo, tem as barras duplas da grade pintadas na cor da carroceria.


Ainda mais inteligente...
A Ford F-150 traz tecnologias inovadoras e exclusivas que aumentam a eficiência e a confiança do motorista, ao mesmo tempo em que mantêm os ocupantes conectados.

O novo piloto automático adaptativo com “stop and go” combina radar e câmera para monitorar o tráfego e manter uma distância definida do veículo à frente, podendo até parar completamente. 


O assistente de frenagem com detector de pedestre ajuda o motorista a evitar colisões.

O novo modem 4G LTE cria um ponto de acesso Wi-Fi que permite conectar até 10 dispositivos móveis ao mesmo tempo, praticamente em qualquer lugar. E o sistema de áudio B&O PLAY tem alto-falantes, som e sintonizador de ponta para oferecer uma experiência rica e envolvente.

Essas tecnologias se juntam a outros recursos de assistência e conveniência exclusivos no segmento, como sistema SYNC 3 com FordPass – serviço de assistência remota com atendentes –, câmera de visão 360 ​​graus, sistema de permanência em faixa e alerta de ponto cego com tecnologia otimizada para trailer.


Ainda mais capaz...
A Ford mantém a liderança em desempenho na nova F-150 com a linha mais avançada de motores e uma nova transmissão automática de 10 marchas, exclusiva no segmento. 


Ela é também a primeira picape grande a oferecer sistema “auto start-stop” de série em toda a linha.

O novo motor V6 3,3 litros com injeção direta oferece a mesma potência de 286 cv e torque 35 kgfm do V6 3.5 anterior, com mais eficiência. 


O novo 2.7 EcoBoost de segunda geração traz tecnologias avançadas de dupla entrada de admissão, injeção direta, baixo atrito interno e maior robustez para melhorar os níveis de potência, eficiência, qualidade e durabilidade.

O motor V8 5.0 de aspiração natural também traz melhorias significativas para aumentar a potência e o torque. 


A linha conta ainda com o primeiro motor diesel oferecido na F-150, o 3.0 Power Stroke, projetado e desenvolvido pela Ford.

As coisas continuam ruins para as importadoras de carros. O governo não atendeu ainda ao pleito que o presidente da Abeifa vem repetindo que o governo precisa acabar com os 30 pontos percentuais no IPI pra que o setor possa se recuperar, já que a concessão de incentivos está totalmente descarta por ora. A Abeifa rebate a tese de renúncia fiscal do Inovar-Auto. Em 2016 foram vendidos no País menos de 200 mil carros. Os brasileiros habituaram-se a carros de qualidade e gostam muito dos importados


11/01/2017 – “A tese de renúncia fiscal do Inovar-Auto não existe porque o programa nasceu em outubro de 2012 já com a premissa de que as montadoras não recolheriam os 30 pontos percentuais extraordinários do IPI”. 



A afirmação é do presidente da Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, José Luiz Gandini, ao basear-se na reportagem intitulada “Incentivos fiscais de R$ 3 bilhões podem ser extintos até 2018”, publicada hoje na Folha de S. Paulo.

“O projeto embrionário do Inovar-Auto, que surgiu dentro do Programa Brasil Maior, em setembro de 2011”, esclarece Gandini, “teve objetivo muito claro de segurar o setor de veículos importados, que chegou a comercializar 199 mil unidades, 5,82% do total de 3,4 milhões de unidades do mercado interno naquele ano. 


Foi uma dura punição aos veículos importados porque, a partir daquele ano, as vendas anuais do setor caíram drasticamente, chegando a apenas 35,8 mil unidades em 2016, ou seja, participação de somente 1,8% do mercado interno”.


Para o presidente da entidade, “desde o primeiro momento, a Abeifa se posicionou favorável ao Programa Inovar-Auto como instrumento de política industrial, como o próprio nome se define, de incentivo à inovação tecnológica e adensamento da cadeia produtiva de veículos automotores. 


De fato, a qualidade dos produtos nacionais melhorou, mas o objetivo do programa de maior conteúdo local e elevação da eficiência energética dos veículos ainda não foi alcançado”.


“Em paralelo, vale ressaltar que, nos últimos cinco anos de vigência do Inovar-Auto, o setor de veículos importados, ao comercializar, 199 mil unidades em 2011, recolheu aos cofres públicos impostos da ordem de R$ 6,5 bilhões.


Em 2016, o montante de impostos não ultrapassou a R$ 1,2 bilhão. Além disso, o nosso setor, em 2011, empregava 35 mil brasileiros e hoje está reduzido a 13,5 mil empregos diretos”, elucida Gandini.


“Por isso, a Abeifa volta a insistir que os pleitos pelo fim dos 30 pontos percentuais no IPI precisam ser atendidos, para que o setor inicie seu processo de recuperação", deixou claro o presidente da Abeifa.


Ele ressalta que como o governo no momento não permite incentivos de qualquer natureza, por ora, ao menos a liberação das cotas não utilizadas por outras marcas em 2016. Com esta alteração não há benefícios fiscais, pois as cotas existem e não estão sendo utilizadas por algumas marcas que perderam seu canais de distribuição ou encerraram suas atividades ou até foram descredenciadas do Inovar-Auto, portanto sem qualquer renúncia fiscal. Com esta simples alteração, não corremos o risco de gerar mais desemprego no setor com o fechamento de mais concessionárias e com certeza aumentaremos nossos recolhimentos de tributos aos cofres públicos, mas sobretudo estaremos em consonância com a agenda positiva que o governo Temer deseja estabelecer para o País", finaliza Gandini.


Evitar que uma porta, ao ser aberta, danifique outro veículo ou bata em um obstáculo, finalmente está perto de se tornar realidade.


Alta Roda 

Nº 922 — 11/1/17

Fernando Calmon 

ABERTURA SEGURA DE PORTAS



A empresa alemã Kiekert, uma dos maiores fabricantes de fechaduras do mundo, resolveu investir no projeto de um grupo de estudantes do grau médio de Colônia (Alemanha) para desenvolver um sistema que batizou de i-protect, apresentado este ano ainda em forma de protótipo em um colóquio na cidade de Munique, naquele país.

Fechaduras são mecanismos que podem ter de 35 a 150 componentes, só perdendo em complexidade para o motor. 

Como não é um dispositivo tão barato, pelo grau de segurança exigido, seus fabricantes tentam agregar valor ao seu negócio, caso da Kiekert. 


Um dos desenvolvimentos da companhia é uma fechadura com LED que adverte outros veículos e pedestres que a porta está sendo aberta. 

Trata-se de um dispositivo mais efetivo do que luzes nas laterais internas das portas que podem ser vistas tarde demais para evitar um acidente.

Dessa forma, a Kiekert está impulsionando as pesquisas que tornarão viável o i-protect, que funciona de forma aparentemente simples: um sensor embutido na porta reconhece o que se passa em torno do automóvel, envia um sinal avaliado pela central eletrônica do veículo que trata de bloquear a abertura. 

Esta operação se faz por meio do limitador que ajuda a sustentar a porta aberta, utilizando um comando eletromagnético. 

É altamente preciso, capaz de parar o movimento alguns centímetros antes do obstáculo.

O dispositivo identifica objetos estáticos de qualquer tamanho ou forma ao longo de todo o ângulo de abertura da porta. 

O sistema de retenção, totalmente mecânico, deixa para corrente elétrica a função de abrir e frear, o que torna o manuseio da porta bem mais confortável, inclusive para pessoas que se queixam de certo peso para operá-las, especialmente quando o veículo está em um aclive desfavorável e se precisa vencer a força da gravidade.

Segundo a Kiekert, houve algumas tentativas anteriores de achar uma solução para abertura segura de portas, mas o sistema agora desenvolvido conta com a tecnologia correta. 

A empresa prevê que o i-protect entrará em produção em 2020 e o está negociando com um fabricante de carros — não revelado, claro. 

Por enquanto, só pode detectar objetos estacionários, mas o próximo estágio ampliará o campo de atuação para identificar veículos em movimento, incluindo motocicletas, bicicletas e até pedestres.


Provavelmente não será um equipamento barato, mas em termos de segurança pode se tornar atraente para marcas premium

A versão básica que só detecta objetos estáticos deverá custar menos, mas diminui prejuízos que uma abertura de porta descuidada ou mesmo em locais muito apertados costumam produzir no próprio carro ou nos de terceiros.

Para oficinas mecânicas das concessionárias, que enfrentam valores de imóveis cada vez mais elevados nos grandes centros urbanos, com relação tanto ao tamanho dos boxes de serviços quanto das áreas de estacionamento, um dispositivo como o i-protect viria em boa hora
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