Coluna nº 2.217 - 3 de junho de 2017
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Argo, o melhor da Fiat (Divulgação)
O surpreendente Fiat Argo
Desenvolvi alguns parâmetros nesta vida de convívio com automóveis. Coisa não acadêmica, mas fruto de vivência.
Um deles, a batida do fechamento da porta. Pelo som dá para imaginar o cuidado na amarração de forças na carroceria, a rigidez torcional nas curvas, estradas ruins, freadas viris, beirando o pânico.
Foi a primeira surpresa com o Argo, o som seco, firme. Lembrava o Golf. Carro italiano com alguma coisa de alemão, pareceu-me bem.
Andando iniciou moldar conceito. Receptividade auxiliou muito: banco agradável, controles em linha reta visual, comandos próximos.
E equipamentos inusuais à faixa de preço e porte do Argo. Passagem por buracos tem resposta firme, um tum! seco, indicando boa rigidez, boa construção. Bem, impressionou.
Caminho
Para a Fiat, o Argo não é mais um, mas o carro para suprir parte das vendas perdidas com a supressão dos produtos idosos – parte dos Palio, Idea, Punto, Bravo.
Na prática, iniciar novo ciclo operacional para a marca, hoje com fixação em qualidade em projetos, materiais, métodos.
Missão adicional, justificar os investimentos na fábrica Fiat em Betim, MG, pós gastos na usina de Goiana, PE, de onde saem os atuais queridinhos da FCA, Renegade, Compass, Fiat Toro.
Argo é criação do mesmo time da FCA/Fiat, mecânica liderada pelo engº Claudio Demaria; estilo pelo time de Peter Fassbender, acertos de suspensão, direção e freios pela equipe do engº Robson Cotta.
Foram os responsáveis pela formulação dos atuais vencedores. Em design, o conceito do Toro foi aplicado, com linhas retas envolventes, grupos ópticos longos.
No interior, miscela de soluções de Fiat Coupé, como a faixa na cor do carro no painel frontal, as saídas de ar, a parte traseira, movimento dos ponteiros de velocímetro e conta giros – ao ligar giram mais de 300 graus para indicar a passagem de energia, lembram Alfa Romeo.
Nada a ver com o novo Tipo. Projeto para América Latina, plataforma com parte frontal do Palio, nova daí para trás.
Como a Coluna explicou, foca nos líderes Chevrolet Ônix e Hyundai HB20 e resolveu fazer melhor: desenho, construção, uso de aços especiais, estamparia a quente, bem explorando resistência aos impactos externos, perigosa fraqueza do Ônix.
E conseguiu mais espaço interno e porta malas, menor ruído, mais equipamentos, menor consumo, mais disposição.
Rico em composição de itens de segurança e infodiversão, painel arrematado por tela central, projetada como a dos Mercedes, e com 18 cm.
Três motorizações: Firefly 1.0, 3-cilindros, 72/77 cv; torque 10,4/10,9 mkgf; transmissão mecânica 5 marchas; Firefly 1.3, o 3-cilindros com mais 1, 101/109 cv; 13,7/14,2 mkgf de torque; transmissão automatizada, agora chamada GSR; EtorQ 1.8, 135/139 cv, torque de 18,8/19,3 mkgf; e caixas mecânica 5 marchas ou automática 6M. Bem completo, com câmera de ré, desde a versão básica.
Em resumo, o Argo não é apenas mais um, mas a nova cara da Fiat, mirando oferecer produtos superiores à concorrência – como o é.
Fiat Argo Quanto
Versão
|
R$
|
1.0 Drive manual
|
46.800
|
1.3
Drive manual
|
53.900
|
1.3
Drive GSR
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58.900
|
1.8
Precision manual
|
61.800
|
1.8
Precision auto 6 marchas
|
67.800
|
1.8
HGT manual
|
64.600
|
1.8 HGT auto 6 marchas |
70.600
|
As versões 1.3 devem ser as mais vendidas.
C3, evolução oportuna e renascimento (Divulgação)
Câmbio automático seis marchas
relança Citroëns C3 e Aircross
Novo conjunto moto propulsor nos modelos C3 e Aircross: motor 4-cilindros, 1.6, flex, 118 cv com transmissão automática 6 marchas, até então aplicada aos motores turbo. Leitor da Coluna já sabia por antecipação.
Muito evoluiu ante precedente de apenas 4 marchas. Novo agregado, por si só, traria ganhos em agilidade, redução de consumo, mas esses tempos de mercado em início de retomada, exigem fazer festa para atrair clientes. É o caso.
Deu trato geral no C3: recalibrou o motor e o em volta, como conforto de marcha, em especial quanto a barulhos e vibrações.
No pacote versão de entrada, Attraction a iniciais R$ 58.540. Praticou o mesmo para o Aircross, de gradação iniciada pela versão Live, por R$ 67.990, e à irmã Peugeot pegou cor emprestada, aplicando-a às novidades: é Dark Carmin, pomposo marrom metálico.
Todas versões bem fornidas: transmissão Aisin, japonesa, líder no negócio; direção elétrica, ar, multimédia, computador, pneus ecológicos, trio elétrico.
No Aircross, luzes DRL – acesas ao virar a ignição; rodas em liga leve aro 16”.
Conjunto
Adequação do conjunto ao sul do Equador, empregou 250 profissionais e 132 protótipos rodando 300 mil km, buscando conforto no reduzir ruídos, rapidez e suavidade na troca de marchas, anular vibrações. Citroën quer criar o rótulo.
Em tal messe, alongou a sexta marcha em busca de economia, ante a dosagem de torque do motor, quase 13 quilos a 1.500 rpm, capaz andar em rotações baixas.
Bem dotado: sistema automático de partida a frio; comando de válvulas com aberturas variáveis; bomba de óleo alterna pressão por demanda – gera 1% de economia; cilindros, pistões e anéis com menor atrito; bielas forjadas, de menor peso e alta resistência; tuchos hidráulicos.
Interior com boa vedação térmica e acústica, e infodivertimento. É o caminho sem volta da, como diz Akio Toyoda, líder da empresa familiar, comoditização do automóvel, em transformá-lo num telefone esperto, capaz de transportar o dono.
Via
Uma das marcas com maior queda na recessão nacional, ao combinar motor/caixa confortável, ágil e econômica/estilo/conteúdo lembra os bons atrativos de C3 e Aircross. Manutenção a R$ 1/dia, garantia 3 anos.
Mercedes picape Classe X
Buenos Aires, o 2º Salão Brasileiro
Adefa, associação dos fabricantes argentinos de automóveis, e AMC Promociones organizam o Salón Internacional del Automóvel em Buenos Aires, 10 a 20 de junho.
Será no elegante espaço ferial La Rural, em cinco pavilhões, 30 mil m2. Atração usual, veículos antigos, nesta edição enfatizando Rolls-Royces, antigos argentinos, e da curiosa classificação clássicos modernos. Três museus de automóveis estarão presentes.
É realizado nos anos ímpares, desencontrando com a mostra paulistana, criando cenário para lançar veículos brasileiros, pretendentes ao mercado latino americano.
Edição de 2017, caracteriza isto: cearense Ford pré-apresentará o EcoSport; paranaense Renault exibirá o Kwid; paulista GM o mexicano importado Equinox; Fiat o recém mostrado Argo, e versão sedã a ser argentina.
Atração separada em três estandes diferentes, espécie de trigêmeos trivitelinos, picapes com pequenas diferenças: Nissan Frontier, Renault Alaskan; e Mercedes Classe X.
Os três têm a mesma base e serão produzidos pela Nissan. No segmento Volkswagen, exibirá o picape Amarok com motor diesel V6 3.0.
E renca de chineses; Citroëns Cactus; Fiats 500L e Tipo; Alfas Giulia e SUV Stelvio.
Atração mundial, o Iglesias 1907, primeiro carro construído na Argentina por marceneiro com enorme capacidade realizadora.
Vendas pela internet: (tienda.mercadolibre.com.ar/salon-del-automovil-)
Roda-a- Roda
De novo – Citroën reimporta espanhóis C4 e Gran C4 Picasso, 5 e 7 passageiros. Modelos mais caros da linha no País, marcam-se por espaço interno, cuidados para confortos em viagem. Muita tecnologia – padrão a clientes europeus.
Conjuntos – Motor 1.6 Turbo, desenvolvido com a BMW, 165 cv, transmissão automática 6 marchas. Inova em estilo, espaço, visibilidade, conectividade, e confortos.
Muito - Troca automática de faróis alto/baixo; alerta e correção de mudança involuntária de faixa; lê placas de velocidade; visão 360 graus; Park Assist; sistema ativo de ponto cego; acesso mãos livres.
$ - Cada modelo tem padrões de decoração Seduction e Intensive. Preços a partir de R$ 121.400 versão cinco lugares, e R$ 131.400, com sete.
Variedade – Novo Mini Countryman agora nos revendedores em três versões: Cooper, R$ 145 mil; Cooper S, R$ 165 mil; e já conhecida ALL4, R$ 190 mil.
Kwid – Usualmente, bem informado jornalista Marlos Ney Vidal divulgou preço máximo do próximo produto Renault, um hatch suvenizado: R$ 34.900. Em março, Coluna apostou em R$ 29.900 para versão de entrada.
Mais – Será mostrado no Salão de Buenos Aires. Bom rendimento por parcos 800 kg e motor de 3-cilindros, 1.0, com maior torque na cilindrada.
Duas Rodas – Guilherme Berg, organizador do tradicional encontro de motos em Tiradentes, MG, criou variante na também mineira São Lourenço.
Fórmula vitoriosa expondo marcas, produtos, serviços, e inovou com leilão de motos clássicas.
Mais – Novo Bike Fest reuniu 12.000 pessoas, gerou negócios superiores a R$ 3 milhões, superando expectativas e garantindo futuras edições.
Caminho – Volvo Cars, única montadora de carros Premium sem produção no Brasil, tomou via inexplorada para ampliar vendas: clientes com deficiência. Projeto específico para aproveitar redução de impostos.
Vantagem – Governo federal reduz IPI a 13% nos carros a gasolina e 25% aos diesel. Alguns estados isentam de IPVA. Volvo foca vender SUV XC90.
Alegria – Ano tido como o vale do mercado – vendas de caminhões atingiram nível mais baixo -, Mercedes-Benz festeja: entregou 524 caminhões Atego e Axor, todos 6x4 à Raízen, produtora de álcool, e Borgato, prestadora de serviços.
Pacote - Sócia da Shell, maior exportadora de açúcar de cana no mundo, e Borgato optaram ante capacidade de andar no campo e na estrada, e pacotes de manutenção e rastreamento 24x7, 9 meses por ano.
Sistema – Empresa aplica frota própria e terceirizada, entretanto mantém a gestão da logística sob seu controle. Olho e mão do dono, vacina contra falhas.
Pronúncia – Área de peças e acessórios Chrysler é a Mopar. Nos EUA, dizem Môpar, e na FCA tratam-no Mopár ou Môpar. Versão depende do interlocutor.
Regra – Ao lançamento do Argo, ante citação da pronúncia norte-americana, Carlos Eugênio Dutra, diretor de produto, botou ordem e definiu: aqui é Mopár. .
História – Ford festejou referência histórica em maio: 90 anos do encerrar produção do Modelo T, apresentador do poder da mobilidade. Ao início da década de ’20 o T representava metade da frota mundial.
Conceito – Expôs a mágica da redução de preços por escala. Em 1908, a US$ 800 e ao final, em 1927, por US$ 295.
Resultava das operações sequenciadas, a linha de montagem. Vendeu mais de 15 milhões de unidades mundo afora.
Derrapagem – Em comunicado, Ford Brasil festeja o maio de 1919 citando-o como o início da montagem do T no Brasil.
Teria sido à rua Florêncio de Abreu, hoje dedicada a ferramentas chinesas em S. Paulo. Nem um, nem outro.
Pioneirismo – Primazia foi do baiano Antônio Navarro Lucas. Conquistou a representação Ford para Bahia, Sergipe e Alagoas, e em Salvador instalou linha de montagem tirando 10 unidades mensais a partir de julho de 1918, dois anos antes da marca iniciar sua montagem na capital paulista.
Linha de montagem da Navarro Lucas, 1918. Pioneira. (reprodução jornal A Tarde)
Gente – Alexandre Biagi, antigomobilista, industrial, reconhecimento.
OOOO Sua Uberlândia Refrescos recebeu prêmio de Qualidade Coca-Cola por qualidade, segurança no trabalho, meio ambiente.
OOOO Melhor operação nacional dentre as franquias da marca.
OOOO Raul Anselmo Randon, empreendedor perfecionista, láurea.
OOOO Doutor Honoris Causa em Ingegneria Gestionale pela Universidade de Pádua, Itália.
OOOO Randon implantou linha de implementos de transporte, fabricou caminhões fora de estrada, tem intensa produção de maçãs, e recentemente vinhos e queijos RAR.
OOOO Segundo brasileiro a receber tal título. Antes, o escritor Jorge Amado.
OOOO Renata Carvalho, jornalista, mudou de lado.
OOOO Deixou o programa de tv Autoesporte e assumiu Gerência de RP e Imprensa Citroën. OOOO
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