28 de fevereiro de 2024 – A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) projeta um ano de crescimento para as vendas internas e externas de máquinas rodoviárias. Já as máquinas de uso agrícola terão um leve recuo.
“Embora os números destes segmentos tenham certa volatilidade em função de serem ferramentas de trabalho, que dependem de uma série de fatores econômicos, de crédito e até climáticos, o mais importante é que desde 2019 as nossas associadas de máquinas vêm investindo em média R$ 1,5 bilhão/ano em capacidade produtiva e P&D, além das mais modernas tecnologias de produtividade, descarbonização e segurança”, afirmou o presidente da ANFAVEA, Márcio de Lima Leite.
O setor de máquinas rodoviárias, que engloba tratores de esteira, retroescavadeiras, pás carregadeiras, escavadeiras hidráulicas, motoniveladoras, rolos compactadores, minicarregadeiras e manipuladores telescópicos, mantém-se aquecido no país. Após o recorde histórico de 39.015 unidades vendidas em 2022, o setor teve uma queda de 22,1% no ano passado, fechando com 30.399 unidades – mesmo assim, o segundo melhor ano do segmento no país.
Para 2024, a ANFAVEA projeta vendas de 31.800 unidades, alta de 5% em relação ao ano anterior. A expectativa pela liberação de recursos para obras do PAC e o Marco do Saneamento são vistos como grandes oportunidades para aquecer as vendas de máquinas de construção já neste ano.
Também a exportação desses equipamentos autopropulsados vive uma fase bastante positiva. O ano passado fechou com 16.611 unidades enviadas para outros países, aumento de 9,5% sobre 2022. E a previsão é de nova elevação neste ano, agora de 7%, o que deve representar um volume de 17.800 unidades.
Máquinas agrícolas em patamar elevado de vendas
O setor de máquinas agrícolas viveu uma forte expansão no início desta década, em compasso com os resultados históricos do agronegócio brasileiro, inclusive durante a pandemia. Foram três anos de crescimento consistente, com um pico de mais de 70 mil unidades vendidas em 2022, entre tratores de roda e colheitadeiras de grãos.
O ano passado foi marcado pela cautela entre os agricultores, em função do clima adverso e de problemas de financiamento para os clientes. Com isso, as vendas de 60.981 unidades representaram recuo de 13,2% em relação ao excelente 2022. E este ano, ainda afetado por questões climáticas, preços das commodities e condições de crédito, deverá registar 54.300 unidades comercializadas, 11% a menos que no ano anterior.
Já as exportações de máquinas agrícolas deverão manter certa estabilidade, com envios de 8.500 unidades, 3% a menos que em 2023.
Fabricantes de tratores ajudaram na criação da ANFAVEA
Durante a primeira coletiva exclusiva para o setor de Máquinas na longa história da ANFAVEA, foi destacada a importância desse tipo de veículo na trajetória de quase 68 anos da entidade, inclusive com a participação de dois fabricantes pioneiros de tratores na ata de fundação da Associação.
Desde 1960, foram vendidas 2,4 milhões de máquinas e exportadas 578 mil unidades. Hoje, o Brasil é hub de produção desses equipamentos para seu grande mercado interno (quarto maior do mundo em máquinas agrícolas e sexto em máquinas rodoviárias) e também para exportação, atendendo mais de 120 países.
As cinco associadas da ANFAVEA geram mais de 160 mil empregos diretos e indiretos, com uma sólida cadeia de 10,2 mil fornecedores, além de uma ampla rede de concessionárias espalhadas por todo o país, 964 pontos no total.
Agenda positiva para 2024
A ANFAVEA e suas associadas têm uma extensa agenda de ações para este ano, com foco na ampliação dos mercados interno e externo, e consequente aumento da produção de máquinas no país.
Algumas ações são transversais aos segmentos de máquinas agrícolas e rodoviárias, a exemplo dos desdobramentos de programas federais como o Nova Indústria Brasil e o MOVER – Mobilidade Verde e Inovação, com seu foco na reindustrialização, na neoindustrialização e na descarbonização.
A bandeira da conectividade em áreas remotas continua crucial para o aproveitamento de todas as potencialidades tecnológicas das modernas máquinas produzidas no Brasil. Já a redução do Custo Brasil e os acordos bilaterais são fundamentais para ampliar a competitividade internacional dos produtos brasileiros.
Para o setor agrícola, as condições de financiamento do Plano Safra são sempre um instrumento importante para o acesso dos clientes aos mais modernos equipamentos, bem como uma política de renovação de frota.
Já para o segmento de máquinas rodoviárias, de construção e de mineração, há forte expectativa com as condições de licitação do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e com o Marco do Saneamento, programas com forte potencial de geração de negócios e de aumento de produção de equipamentos.
“A ANFAVEA defende as suas fabricantes associadas, que investem em fábricas e produtos modernos, adensamento da cadeia de fornecedores, geração de empregos de qualidade e uma ampla rede de garantia e assistência técnica aos clientes nas áreas mais remotas do país. Isso é muito diferente de montadoras ou importadores que não geram empregos, riqueza e conhecimento ao país. Esses fatores devem sempre ser levados em conta em cada programa de estímulo à compra de máquinas autopropulsadas”, defendeu o Presidente Márcio de Lima Leite, durante a coletiva.
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