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segunda-feira, 28 de abril de 2025

COLUNA DE AVIAÇÃO // VAMOS VIAJAR PELO MUNDO // Apagão na Europa: entenda os impactos diretos aos passageiros aéreos e na cibersegurança // LATAM Airlines Group encerra o primeiro trimestre com lucro líquido de US$ 355 milhões e margem operacional ajustada de 16,8% // TAM Aviação Executiva marca presença em Ribeirão Preto com soluções aliadas do agronegócio // Aeroporto de Navegantes amplia opções de alimentação e inaugura loja do Subway na área de embarque // A Azul retoma em julho os voos de Belo Horizonte para Fort Lauderdale, na Flórida, nos Estados Unidos // Luiza Bezerra de Lima é parte fundamental na decolagem dos mais de 900 voos diários da Azul


Milhares de pessoas ficaram retidas nos aeroportos de Lisboa e Madrid

Apagão na Europa: entenda os impactos diretos aos passageiros aéreos e na cibersegurança


Países como Portugal, Espanha, e outros da UE foram afetados nesta segunda-feira (28)

 

Um apagão de grandes proporções atingiu Portugal e Espanha nesta segunda-feira (28), interrompendo o fornecimento de energia elétrica e serviços de telecomunicações em diversas regiões. A falha, que teve início por volta das 11h30 (horário de Lisboa), afetou sistemas de transporte, hospitais e redes móveis, gerando caos e incerteza sobre a causa do incidente.

Nos aeroportos, a situação foi particularmente crítica. Em Lisboa, as operações foram suspensas por volta das 13h, enquanto os aeroportos do Porto e Faro funcionaram com geradores de emergência. Na Espanha, cidades como Madrid e Barcelona também enfrentaram interrupções nos serviços aeroportuários.

"Em caso de cancelamento de voo por falha técnica ou energética, os direitos dos passageiros são muito semelhantes aos aplicáveis em cancelamentos comuns. O passageiro terá direito de escolher entre a reacomodação gratuita, por qualquer companhia que tenha disponibilidade, na primeira oportunidade, mantendo a origem e o destino da viagem, ou o reembolso integral da passagem", explica Rodrigo Alvim, advogado especializado em Direito do Passageiro Aéreo.

Durante o período em que o voo estiver cancelado ou atrasado, a companhia aérea também deve fornecer assistência material. Isso inclui auxílio para comunicação (como acesso a Wi-Fi de melhor qualidade), vouchers para alimentação e, se necessário, hospedagem em hotel e transporte de ida e volta para o hotel. "Caso o passageiro esteja em uma conexão e prefira retornar para casa, ele poderá solicitar o reembolso integral, além do transporte até o local de origem", complementa o especialista.

Esses direitos se aplicam independentemente de a causa do problema ter sido uma falha elétrica ou outra questão técnica. A grande diferença surge no desdobramento da situação: se a companhia aérea acomoda o passageiro no primeiro voo disponível e presta toda a assistência devida, não há o que se falar em indenização por danos morais, já que o fato se configura como um fortuito externo, pelo qual a companhia não responde.


"Porém, se a companhia deixar de prestar a assistência necessária, demorar excessivamente para reacomodar o passageiro (por exemplo, alocando em um voo dois dias depois, mesmo havendo opções anteriores disponíveis), pode haver a configuração de danos materiais e morais, passíveis de indenização", completa.

As autoridades investigam as causas do apagão. Enquanto a hipótese de um incêndio em linhas de alta tensão no sul da França é considerada, não se descarta a possibilidade de um ciberataque.

Cibersegurança: um alerta para infraestruturas críticas

Para o sócio do Godke Advogados e especialista em cibersegurança, Alexander Coelho, o apagão serve como um alerta sobre a fragilidade das infraestruturas críticas diante de ameaças digitais.


"O apagão traz à tona é o reconhecimento da cibersegurança como direito fundamental. Em Portugal, essa proteção já está prevista constitucionalmente, o que cria uma obrigação positiva do Estado em prevenir, proteger e reagir a ameaças cibernéticas de maneira eficaz. Em tempos de hiperconectividade, omissões nessa área deixam de ser meros lapsos administrativos e passam a configurar violações de direitos essenciais dos cidadãos", explica o advogado.

"Não podemos ignorar também a dimensão internacional do problema. Infraestruturas críticas são, cada vez mais, interconectadas além das fronteiras nacionais. Isso exige que a cooperação técnica entre países seja elevada a um novo patamar de agilidade, inteligência e confiança mútua. A coordenação entre autoridades públicas, operadores privados e equipes de resposta a incidentes (CSIRTs) não pode mais ser opcional ou cerimonial: ela precisa ser orgânica e funcional", defende Coelho.

 

Fontes:

Alexander Coelho - Sócio da Godke Data Protection & Privacy e do escritório Godke Advogados. Especialista em Direito Digital e Proteção de Dados. Membro da Comissão de Privacidade e Proteção de Dados e Inteligência Artificial (IA) da OAB/São Paulo. Pós-graduado em Digital Services pela Faculdade de Direito de Lisboa (Portugal).


LATAM Airlines Group encerra o primeiro trimestre com lucro líquido de US$ 355 milhões e margem operacional 
ajustada de 16,8%

Santiago, 28 de abril de 2025 – O LATAM Airlines Group informou hoje seus resultados financeiros correspondentes ao primeiro trimestre deste ano, seguindo em uma tendência positiva tanto em seu desempenho operacional quanto financeiro. O grupo encerrou o período com US$355 milhões em lucro líquido, 38% a mais que no primeiro trimestre do ano de 2024, e com uma margem operacional ajustada de 16,8%. Por sua vez, o grupo transportou 21 milhões de passageiros, 3,6% a mais que no mesmo período do ano passado.

 

Além disso, alcançou um primeiro trimestre recorde em rentabilidade financeira com um EBITDAR ajustado (earnings before interest, taxes, depreciation and amortization and rent costs, na sigla em inglês) de quase US$1 bilhão, o que reflete uma gestão disciplinada e consistente do grupo em um contexto de demanda saudável e preferência dos clientes pela proposta de valor do grupo LATAM.

Durante o período, o grupo teve receitas operacionais de US$3,411 bilhões, 2,7% a mais que no ano passado, explicado por um aumento de 1,6% nas receitas de passageiros e um aumento de 9,8% nas receitas de carga. Já o resultado operacional ajustado atingiu US$573 milhões, o que representa um crescimento de 23,9% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

Além da rentabilidade recorde, a LATAM gerou US$585 milhões em fluxo de caixa operacional ajustado e US$189 milhões em caixa líquido durante o primeiro trimestre, encerrando o período com uma liquidez de 28,4% sobre as receitas dos últimos doze meses e uma alavancagem líquida ajustada de 1,5 vezes.

Em termos de capacidade consolidada, medida em assentos-quilômetro disponíveis (ASK), o grupo LATAM cresceu 7,3%, impulsionado principalmente por um aumento de 10,7% nas operações internacionais. A extensa malha do grupo LATAM continuou atraindo passageiros que valorizaram a conectividade oferecida pelo grupo, que passou de 151 destinos em dezembro de 2024 para 153 destinos em 27 países em março de 2025.

Estes bons resultados e o ambiente de demanda estável levaram a LATAM a melhorar sua projeção (guidance) para o ano de 2025. O grupo espera uma margem operacional ajustada atualizada de 13% a 15% (em comparação com a projeção (guidance) anterior de 12% - 13,5% emitida em 3 de dezembro de 2024) e um EBITDAR ajustado de US$ 3,4 a US$ 3,75 bilhões (em comparação com US$ 3,25 a US$ 3,6 bilhões da projeção (guidance) anterior).

“A capacidade de adaptação operacional e financeira da LATAM permite que ela esteja bem preparada para enfrentar os próximos meses, aproveitando a agilidade do grupo para entregar resultados sólidos e capturar oportunidades em toda a região. Apesar de um ambiente macroeconômico dinâmico e desafiador, o grupo continua focado em promover o crescimento rentável, elevar a experiência de viagem dos clientes, ampliar o engajamento dos funcionários e gerar valor para os acionistas da LATAM Airlines Group S.A.", disse Ricardo Bottas, CFO do LATAM Airlines Group.

Ainda, foi aprovado um programa de recompra de ações de até 1,6% das ações em circulação durante os próximos 18 meses. A LATAM está executando o programa por meio de uma Oferta Firme em Bloque (OFB) pro rata na Bolsa de Comércio de Santiago por até 9.670 milhões de ações (1,6% do capital social total), a um preço de $15,02 pesos chilenos por ação (aproximadamente US$153 milhões). A OFB estará vigente até 30 de abril próximo.

 

A LATAM recebeu melhorias em sua classificação de crédito. A S&P Global Ratings melhorou a classificação da LATAM para "BB" de "BB-", com perspectiva estável. A Fitch Ratings também melhorou a classificação da LATAM para "BB" de "BB-", com perspectiva positiva.


Cesna Citation GJ3 CEN3


TAM Aviação Executiva marca presença em Ribeirão Preto com soluções aliadas do agronegócio

 

Empresa estará no Hangar Fontoura Nort e no Aeródromo Santa Lydia, apresentando aeronaves e serviços que impulsionam o segmento e são sucesso no setor. 40% das vendas da empresa em 2024 foram para o agro

 

São Paulo, abril de 2025 – A TAM Aviação Executiva, representante no Brasil da Cessna, Beechcraft e Bell, estará em Ribeirão Preto, São Paulo, de 28 de abril a 02 de maio, durante a Agrishow, apresentando e oferecendo as melhores soluções em aviação executiva para o setor do agronegócio.
 

A empresa, que há 17 anos marca presença na cidade durante a maior feira de tecnologia agrícola da América Latina, desta vez ampliará a sua atuação em Ribeirão Preto – um dos principais polos do agro no estado de São Paulo - e promoverá uma experiência em que os empresários do setor poderão conhecer ainda mais de perto seus produtos e serviços.

Beechcarft King Air 260

Para essa ação, a TAM AE montará espaços VIP em dois locais: no Fontoura Nort, um dos hangares da aviação executiva mais movimentados no aeroporto de Ribeirão Preto, e no Santa Lydia, o aeródromo oficial e mais próximo da Agrishow, por onde passam centenas de clientes em direção ao evento.

No Hangar Fontoura Nort estarão expostas cinco das aeronaves de maior demanda no setor do agro: um turbo-hélice Cessna Grand Caravan EX, um Beechcraft King Air 260 e um monomotor a pistão Cessna 182T Skylane. Além disso, haverá voos demonstração com o Cessna Citation CJ3+, um dos jatos líderes da Cessna, amplamente utilizado no agronegócio brasileiro, e com um helicóptero Bell 505.

Já no Aeródromo Santa Lydia, os visitantes poderão ver de perto e em detalhes o Grand Caravan EX, a aeronave versátil da Cessna, que completa 40 anos de fabricação em 2025, além do monomotor Cessna T206H Turbo Stationair HD, que também fará voos demonstração partindo do local.

Além das aeronaves, o time comercial da TAM e das suas representadas estará presente em ambos os espaços para receber os visitantes e ajudá-los a visualizar o potencial da aviação executiva em seus negócios. Quem passar pelos locais ainda terá a chance de vivenciar um pouco do universo TAM, que faz da empresa uma referência em experiência do cliente.

Segundo dados do IBGE, o setor de agronegócios, sozinho, foi responsável por 22% do PIB brasileiro em 2024. E na TAM AE sua relevância não seria diferente. 40% de todas as aeronaves vendidas pela empresa no ano anterior foram para o setor – um número expressivo, considerando que a companhia é a que mais vende aeronaves executivas no país. 

King Air 260


A novidade é que outras categorias, além dos tradicionais monomotores e turbo-hélices já muito usados no campo, vêm ganhando relevância no segmento. Para se ter uma ideia, 44% dos jatos executivos e 17% dos helicópteros vendidos em 2024 pela TAM AE tiveram como destino o agronegócio, comprovando que o setor abraçou de vez a aviação executiva como uma aliada para alavancar seus negócios.

Vale destacar que a TAM AE também é detentora do maior parque de manutenção para aeronaves executivas da América Latina e tem alta demanda de serviços vinda do agro, em busca de modernização e revitalizações de aeronaves (aviônicos e motores), manutenções programadas e serviços em garantia, sendo o segmento um dos principais clientes da unidade de negócio. A empresa conta com Centros de Serviços em regiões estratégicas para o segmento, como Jundiaí (São Paulo), Belo Horizonte (Minas Gerais) e Goiânia (Goiás).

“Uma parte muito significativa da nossa receita está diretamente ligada ao agro. Este resultado é fruto de um trabalho consistente realizado há muitos anos junto ao segmento, que reconhece nossos produtos e serviços como soluções realmente capazes de impulsionar seus negócios”, afirma Leonardo Fiuza, presidente da TAM Aviação executiva. 

“Neste período, quando os empresários do agronegócio vêm para Ribeirão Preto em busca de ferramentas eficazes e disruptivas, faz todo o sentido trazermos nossa estrutura e nosso portfólio para cá, afinal, a aviação executiva transpassa obstáculos que impactam fortemente o setor, como problemas de deslocamento e trafegabilidade, e pode ser a ferramenta de trabalho ideal para fazê-los chegar mais longe”, completa.

Bel 505 JET Ranger X

De acordo com a ABAG, o Brasil possui 159 aeroportos que operam voos regulares, entretanto, esse número ainda é bem baixo pela dimensão continental do país. Diante desse cenário, para ter acesso a locais de difícil acesso com a agilidade que o agro precisa, cada vez mais empresários do setor recorrem aos quase 4.000 aeródromos espalhados pelo país, muitos deles com pistas curtas e não pavimentadas, nas quais apenas aeronaves executivas podem operar - o que justifica, em parte o sucesso da TAM AE na venda de aeronaves executivas e serviços para o setor.

 

Serviço

 

TAM AE no Hangar Fontoura Nort

Av. Thomaz Alberto Whately - Jardim Jóquei Clube, Ribeirão Preto - SP

28/04 a 02/05

Das 8 às 20h

 

TAM AE no Aeródromo Santa Lydia

Rod. Mario Donegá, km4 - Ribeirão Preto, SP, 14109-899

28/04 a 02/05

Das 8 às 19h.


Aeroporto de Navegantes amplia opções de alimentação e inaugura loja do Subway na área de embarque

Navegantes, abril de 2025 – O Aeroporto Internacional de Navegantes (NVT), administrado pela CCR Aeroportos, acaba de ganhar mais uma opção prática para quem embarca na cidade: foi inaugurada a unidade do Subway, rede reconhecida mundialmente pelos seus sanduíches personalizados. Localizada na área de embarque, a loja oferece uma alternativa rápida e de qualidade para os passageiros que desejam fazer uma refeição antes do voo.

O novo espaço integra o movimento de expansão do mix de serviços dentro do terminal, que recebe em média 7 mil passageiros por dia e tem se consolidado como uma porta de entrada importante para o litoral norte catarinense.


A Azul retoma em julho os voos de Belo Horizonte para Fort Lauderdale, na Flórida, nos Estados Unidos
A Companhia vai disponibilizar três voos semanais até dezembro com chegadas e partidas do Aeroporto de Confins, segundo maior hub da aérea no país
São Paulo, abril de 2025 – A Azul Linhas Aéreas, companhia com maior número de voos e cidades atendidas no país, vai retomar a partir de 2 de julho os voos temporários de Belo Horizonte para Fort Lauderdale, na Flórida, nos Estados Unidos. No total, a Companhia vai operar 158 voos de julho a dezembro, entre partidas e chegadas. A rota faz parte do planejamento operacional da Azul, passando a atender, inclusive, a demanda das férias do mês de julho.

A Companhia disponibilizará três voos semanais, às quartas, quintas e domingos, saindo do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, com partidas previstas para as 12h e com a previsão de chegada às 19h20 nos Estados Unidos. 

Já a operação entre Fort Lauderdale e a capital mineira ocorreu nos mesmos dias da semana, com saídas do aeroporto da Flórida previstas para 21h40 e previsão de chegada em Minas Gerais às 6h50.

"Os voos entre Belo Horizonte e Fort Lauderdale reforçam o compromisso da Azul em oferecer uma malha aérea que atenda às demandas dos Clientes, especialmente nos períodos de férias e do verão americano, com Clientes em busca de lazer. Além disso, reafirma a importância do nosso hub em Confins, que segue sendo estratégico para as operações domésticas e internacionais da Azul", destaca Beatriz Barbi, gerente de Planejamento de Malha da Azul.




Luiza Bezerra de Lima é parte fundamental na decolagem dos mais de 900 voos diários da Azul

 

No dia 21 de abril foi comemorado o dia do DOV – Despachante Operacional de Voo, um profissional que, junto com o comandante e outros tempos operacionais, faz uma aeronave decolar com segurança e eficiência. Na Azul, quem explica a importância desse trabalho é Luiza Bezerra de Lima, de 41 anos, mãe e uma das coordenadoras do Centro de Despacho de Voos da companhia

 

 

São Paulo, abril de 2025 - A Azul, aérea com maior número de voos e cidades atendidas no país, tem mais de 15 mil Tripulantes hoje em várias funções na companhia que, de alguma forma, colaboram para que mais de 900 voos decolem diariamente, com segurança e eficiência, para conectar pessoas e destinos.

 

Mas, entre esses profissionais e especialmente entre os tempos operacionais, há dois que – juntos – influenciam diretamente cada decolagem. O comandante, claro, e o DOV, o Despachante Operacional de Voo, que tem um trabalho essencial para colocar uma aeronave no ar, que atua bem antes dos motores estarem ligados e ainda é pouco conhecido das pessoas – especialmente de quem é de fora do setor da Aviação.

 

A trajetória de Luiza Bezerra de Lima, de 41 anos, uma das coordenadoras do Centro de Despacho de Voos (CDV) – e que acaba de completar 11 anos na Azul – é uma prova de como a profissão ainda precisa ser mais divulgada, até mesmo para continuar atraindo talentos. Ela precisau entrar em uma companhia para conhecer o trabalho pelo qual iria se encantar, buscar formação técnica e receber promoção e reconhecimento.

 

Foram necessários cinco anos de atuação como agente de aeroportos – que ela exerceu em outra companhia aérea, para Luiza deixar de lado, em segundo plano na verdade, suas habilidades manuais e artísticas (que quase a levaram a seguir a profissão de cabeleireira) para, assim, optar pela carreira que gostaria de seguir: DOV, como é chamado o Despachante Operacional de Voo.

 

"Quando conheci a área, consegui que a função principal desse profissional era só cuidar da documentação de uma aeronave. Mas descobri que era muito mais do que isso e nem tão simples assim, quando ingressei no curso de DOV na Escola de Aviação, localizada próxima de Congonhas", explica.


Luiza conta que foi lá onde avançou com sua formação técnica que aprendi, na prática, que é preciso assimilar muita matemática, teoria e desenvolver o conhecimento técnico para passar do primeiro módulo. “Em uma sala que começa com 70 a 80 alunos nesse curso, apenas 10% continuam, seguem para o segundo módulo e, menos do que isso ainda, passa pela avaliação e certificação da ANAC”, explica. Mas insistir nessa trajetória, segundo ela, vale muito a pena.

 

Luiza fez parte dessa minoria que terminou o curso, mas continuou como agente de aeroporto, mesmo formada, aguardando uma oportunidade para trilhar o caminho que sonhava na Aviação. E isso aconteceu há exatos 11 anos, quando passou em uma seleção para DOVs na Azul Linhas Aéreas.

 

Vivência: o que faz e qual a importância de um DOV


A Tripulante da Azul foi desvendando todas as possibilidades de atuação e a importância do tempo de DOV com o tempo e no dia a dia de trabalho. Ela, que sempre teve planos de ser mãe, se sentiu à vontade – de permanecer em solo – para desenvolver um trabalho que é essencial para colocar as aeronaves da Azul no ar – todos os dias.

 

“Só com a autorização de um comandante junto a uma documentação elaborada de um DOV habilitado para aquele tipo de aeronave é que um voo tem permissão de ocorrer”, resume Luiza sobre a importância do Despachante Operacional de Voo. “Pelo menos três horas antes de decolar já tem uma equipe de DOVs cuidando de todos os dados que irão garantir a segurança de um voo”, completa.

 

A coordenadora do CDV da Azul detalha o trabalho que é dividido entre DOVs, de júnior ao sênior, além dos coordenadores de turno e com os despachantes técnicos: leitura e análise dos boletins emitidos pelos aeroportos com o relatório de algum evento que possa impedir o voo; das ferramentas oficiais de despacho emitidas pelos órgãos públicos e DECEA, incluindo dados como os de meteorologia; verificação dos itens da MEL (sigla em inglês para a lista mínima de equipamentos necessários para que uma aeronave decole com conforto e sem riscos à Tripulação e aos Clientes), entre outras avaliações essenciais relacionadas ao espaço aéreo e que são reportadas e avaliadas em conjunto com o CCO (Centro de Controle Operacional) e com a área de Rotas e ATC (Controle de Tráfego Aéreo) da Azul.

 

Hoje, seu filho Guilherme tem cinco anos e ela conta orgulhosa como conseguiu mais do que se formar e seguir uma carreira, mas também conta como seus planos deram até mais certo do que ela imaginava. “Não me esperava tornar coordenadora de uma equipe de DOV, mas acredito que esse seja o resultado de uma trajetória de muito estudo, muita dedicação e vontade de sempre observar a carreira dos mais experientes e de trocar conhecimentos com os meus colegas”, conta.

 

Antes de se tornar uma das coordenadoras do time de DOVs da Azul, Luiza passou muito do seu conhecimento para os novos profissionais e, mais do que orgulho de sua própria carreira – que, em um curto espaço de tempo, contorno com quatro promoções, ela também tem muito orgulho de seus alunos. Um deles, por exemplo, também se desenvolveu na companhia e hoje está na equipe de Rotas e ATC e se tornou colega de trabalho de Luiza. Ambos conversam diariamente e, graças à dedicação de “professora e aluno”, são responsáveis por transformar a experiência de voar dos Clientes da Azul na melhor viagem de suas vidas.

 

E Luiza continua inspirando tanto os novos DOVs quanto sua equipe. Entre tantos desafios que já aconteceram, ela destaca que todo despacho é mais uma oportunidade para continuar deixando o céu do Brasil ainda mais Azul. E assim Luiza continua animada a contribuir para que a companhia mantenha os voos seguros e eficientes, enquanto ela segue com sua rota, voando também na carreira.


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