Coluna nº 1.018 - 8 de Março de 2018
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Em Genebra automóvel dobra a esquina
Agora chamado GIMS – Genebra
International Motor Show -, condensada e prática mostra de automóveis europeus
realizada na Suíça, e há anos com a postura de sinalizador de preocupações e
caminhos para produtos e veículos, atingiu seu ápice prático nesta edição.
Na noite do dia 5, véspera da abertura à imprensa, em sua festa Volkswagen
Night, uma surpresa: em vez da apresentação pontual pelo CEO de cada uma
das 12 marcas sobre novidades, de automóveis, moto Ducati, algum protótipo
especulador do futuro, como tal evento sempre se marcou, houve exposição oral
de Matthias Müller, CEO do grupo Volkswagen.
Falou sobre o desenho da companhia
para moldar o futuro da mobilidade urbana, tornando secundários detalhes como
decoração, maior potência nos motores, variações em transmissões.
À plateia
pensante, exibiu protótipos para a nova era, e das empresas e facilidades para
se adequar ao novo caminho: veículos elétricos com aplicações autônomas.
Um efeito-demonstração do a ser feito
com a tecnologia hoje disponível, para grande mudança conceitual sobre o
automóvel, seu uso racional, o foco em transporte público, a ser administrada
homeopaticamente.
A indústria automobilística não faz revolução, mas evolução.
Iniciará com os elétricos, mas autônomos serão para países com recursos e
cidades com tesouro sólido e infraestrutura urbana, pois tal implantação
consome elevados recursos, e se vale de satélites, meios-fios, placas de
sinalização de trânsito, faixas pintadas no solo para receber sinais e
processá-los, fazendo o veículo andar sem condutor.
É mudança de rumo, traçar conceito e
fazer a indústria e os produtos segui-lo. A implantação exige enorme
envolvimento do segmento acadêmico, start-ups, num objetivo de
encontrar-se com as necessidades da população e das cidades.
A ONU projeta, para 2050, mais de 80% da população mundial morando em cidades, e a mobilidade urbana
será fator fundamental para garantir o ir e vir em veículos, reduzir a frota
circulante, engarrafamentos, emissões.
O automóvel, como bem individual de
transporte, iniciou mudar seu conceito de propriedade. E os fabricantes, como a
Volkswagen, não serão mais fornecedores de veículos, mas parceiros das cidades
no desenvolvimento de soluções para o deslocamento urbano.
Caminho
Maior fabricante mundial de veículos,
VW dá exemplo em casa. Suas principais marcas, onde se incluem os caminhões MAN
iniciam ações pontuais com veículos autônomos no porto de Hamburgo.
O MOIA,
sistema de transporte criado por uma start up de controle
acionário adquirido pela VW, prega o uso de mini coletivos autônomos para 6
passageiros nas cidades, com custo de passagem projetado como idêntico ao de
taxi.
Para mostrar-se engajada a marca
possui oito produtos dedicados, com relevo em Audi Q6 e-tron, primeiro SUV
elétrico, com autonomia de 500 km; o Porsche Mission E, nome da família
elétrica.
No caso, um SUV elétrico capaz de andar fora de estrada, e os VW I.D.
família cujo interior foi projetado pelo brasileiro Marco Antônio Pavone
com partido interessante: tamanho externo idêntico ao dos veículos comuns, como
o Passat, mas espaço interno de carro superior, permissão dada pela ausência
das massas e volumes ocupados pelos suprimidos motor, câmbio. Início de
produção em 2019.
O Salão de Genebra 2018 tem tudo para
ser a referencia de mudança na questão da mobilidade urbana, com a posição
corajosa da VW em alocar E$ 34B – a grosso modo uns R$ 140 bilhões – para
desenvolver novos produtos até 2022.
Sob o aspecto institucional pode-se
inferir, o escândalo Dieselgate, atrevimento da antiga
diretoria consentindo emissões superiores aos limites legais, foi sobrepujado
pelo grande projeto de mobilidade urbana.
Mais
No foco novidadeiro e de caminhos,
vertente assumida pelo GIMS, foi ocasião para exibir novidades. Para o Brasil,
poucas cruzarão nossos portos, e a maior será o VW T-Cross, um utilitário
esportivo.
A grosso modo, um Tiguan reduzido, pois construído sobre a plataforma
MQB, nas medidas utilizadas por Polo e Versus, motorização TSI 1,0; 1,6 Flex, e
possível opção de TSI 1,4. No Salão do Automóvel, novembro.
Curiosidades, Lagonda, nome de
automóvel inglês de prestígio, único a quebrar o duopólio de Rolls-Royce e
Bentley, depois modelo da Aston-Martin, transformou-se em marca identificativa
dos elétricos.
Mantém o tratamento de elegância e qualidade britânicos, interior
criado por um decorador, com poltronas, mescla de seda, lã e cashmere, couro,
madeira, pretendendo clientela elevado poder aquisitivo, em especial chineses.
Tem 5,3m de comprimento, e versão longa, 5,8m. Dinamicamente tem autonomia
acima de 500 km. Em 2021.
Num tempo de fusões, concentrações,
sinergias por sobrevivência, surpresa do surgimento de novo produtor, a chinesa
Polestar.
Seu modelo 1 é esportivo elétrico, motor de 600 cv, intentava
produzir 500 unidades/ano, porém ter recebido 6.000 consultas motiva empresa a
re pensar projeto.
Aceita encomendas com sinal de E 2.500 – pouco acima de R$
10 mil -, mas Brasil não se inclui nos 18 mercados visados pela nova marca.
Polestar 1. Nova marcha chinesa, esportivo, elétrico
Porsche Mission E Cross Turismo
Automóvel mais
potente do mundo também apareceu em Genebra. Parece íntimo do altar do Deus da
Velocidade, ao fazer 1.914 cv pela soma de cada motor aplicado diretamente às rodas, indo à velocidade de avião pequeno: 415 km/h, com aceleração de 0 a 100
km/h em 1,87s!
Carroceria e plataforma em fibra de carbono, detendo o peso –
incluindo as baterias de lítio – arranhando os 2.000 kg. Aplica
vetorizador de torque para manter as rodas apontadas para a frente, e para
controlá-lo, 72 centralinas, equivalendo à potência de 22
computadores Mc Book Pro. Preço ? Não divulgado.
Como classificá-lo ao deixar em nível
inferior todos os Super Mega Hiper Uber esportivos?
Rimac C-Two, quase 2.000 cv e 415 km/h de velocidade
Como será o novo Gol? Saiba em julho
Após perder a liderança de mercado e
cair à 3ª posição por razões internas e externas, a Volkswagen vem em arrancada
sustentável mirando a recuperação do primeiro lugar.
Novos produtos,
fortalecimento da rede, consistência na direção comercial e apoio da matriz tem
ajudado no esforço, e mês passado a empresa ascendeu à vice-liderança.
Investimento, nova postura e produtos, como Polo, Virtus e picape Amarok com
motor V6 geram resultados e vendas.
Futuro há, e com reformulações a
empresa anunciou 25 lançamentos nos próximos anos, incluindo cinco SUV e SAV:
dois pequenos no mercado nacional; um sobre a plataforma Golf na Argentina; o
novo Tiguan trazido do México em versões de cinco e sete lugares; e o Atlas,
maior, dos EUA.
O primeiro SUV nacional será o T Cross, mostrado pela empresa
como protótipo quase final no Salão de Genebra. Lançamento mundial em outubro e
presença no Salão Internacional de São Paulo, em outubro/novembro.
No mercado das vendas maiores definiu
o Gol como o carro de entrada, apesar do up! ter dimensões menores. E resolveu,
também, mantê-lo em produção como carro de acesso à marca no mercado sul
americano.
Questão básica é a mudança de linhas, atualizadas com a
presente assinatura de estilo da marca, e a dúvida sobre qual plataforma faze-lo?
A
atual, antiga, limitada, porém de menor custo, ou moderna, em variação da MQB,
base de Polo, Virtus e Golf, flexível a formulações de largura e entre eixos,
mas de custo elevado.
Jüergen Stackmann, da mesa diretora
de marketing e vendas na matriz alemã, juntamente com Thomas Owsianski, vice
presidente executivo para América Latina – operação da VW do Brasil –, em
rápida entrevista durante o Salão de Genebra, esclareceram a continuidade, a
manutenção do nome, a dúvida mesclando custos industriais para definir próxima
geração, o prazo para decisão, projetando três anos para o novo modelo vir à
luz.
Os traços básicos de estilo estão dados, partindo de dentro para fora,
como atual postura de estilo da marca. Na prática, ganhar espaço para
passageiros, como se fosse um carro grande por dentro e pequeno externamente.
Roda-a-Roda
Ausência – Aguardado no Salão
de Genebra, Li Shufu, bilionário chinês controlador da Geely, da Volvo, Lotus,
London Cabs – e 10% da Mercedes –, não apareceu. Frustraram-se os 10 mil
jornalistas presentes, interessados na nova referência mundial do universo do
automóvel.
Futuro – Imprensa
quer saber fatos e interpretar movimentos, um dos quais visto como óbvio: ele
comprará a FCA?
Quarta produtora mundial, terceira no ranking dos
EUA, operação em 187 países, incluindo o Ocidente e o mercado norte-americano,
onde o Super China, como chamado, já tentou, sem resultados.
Negócio - Comprar a FCA e a
icônica marca Jeep seria casamento perfeito de interesses. No mundo atual fazer
automóveis, mesmo sendo Alfas e Maseratis – Ferrari não integra o portfolio - é
apenas meio de ganhar dinheiro.
E a FCA se transforma em incógnita com a saída,
próximo ano, de seu polemico resgatador, o canadense/italiano Sergio
Marchionne.
Negativo – Renault desmentiu
ser seu novo SUV para o Mercosul o Projeto Kadjar, com cópias para Rússia,
China e Coréia do Sul. Planeja veículo com tal morfologia para espaço acima do
Captur, porém com produto de maior porte.
Kangoo – Nome conhecido de pequeno comercial produzido na
Argentina, batizará seu sucessor, próximo produto da marca, desenvolvido sobre
o Dacia Dokker, rumeno. Faz parte, informa Autoblog.ar, da nova divisão mercadológica
da Renault, de produtos específicos para os integrantes dos BRICS, os
emergentes demandando veículos aptos a suportar suas agruras.
Recall – VW Argentina
convoca proprietários de Amarok V6: aproximados 1.850 tiveram problemas na
direção, causados por deficiência em mangueira de pressão hidráulica do sistema
auxiliar.
Não – Os V6 vendidos no
Brasil estão fora da chamada. Já portam a correção de fábrica.
Situação – Ano de
início de recuperação em produção e vendas de veículos, todas as marcas querem
assinalar números recordes.
Séries especiais, descontos, promoções, ações com
seus bancos – quase todo fabricante em um destes estabelecimentos de crédito
sem agência aberta ao público em geral.
Compensação – Presente
iniciativa da Toyota foi incluir versão mais vendida do Corolla, a XEI, no rol
dos concorrentes pelo público PdD –com exigências especiais e desconto por lei.
Oferece a redução legal de 12% no IPI, e para bordejar a exigência legal de
diminuição do ICMS aplicável em veículos até R$ 70 mil, oferece bônus em valor
equivalente ao desconto do ICMS.
Retífica RN – Coluna 0818 atolou a informação
do lançamento de óleo 20W-50 API SL com base mineral para motores de
motocicletas com motor em ciclo 4T, com habilidades para suprir motores de
automóveis antigos. Atribuiu-o à Mobil, mas é produto da Total…
Gente – Mark
Hogan, norte-americano, ex-presidente da GM no Brasil e vice mundial da
corporação, redução.
OOOO Deixa de coordenar o mercado americano.
OOOO Único não japonês membro da mesa diretora mundial da Toyota, para
crescer na América do Sul formou grupo de confiança, botou ordem nas operações,
preparando a Toyota à expansão.
OOOO Deixou a responsabilidade,
mantém-se membro do board e conselheiro para a operação AL.
OOOO Raul
Anselmo Randon, 88, perfeccionista, passou.
OOOO De uma oficina
perseguiu a qualidade em fábrica de caminhões fora de estrada, equipamentos
rodoviários, produção de maçãs, frutas, vinhos e o queijo Grana Padano RAR.
OOOO Mariana Rios, cantora, atriz, apresentadora, evolução.
OOOO
Embaixadora de Jaguar e Land Rover, tentará agregar charme às marcas.
OOOO Pablo Luchettta, engenheiro, ascensão.
OOOO De
gerente financeiro e de vendas, novo presidente da YPF, empresa argentina de
petróleo e derivados no Brasil. OOOO
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