Fernando Calmon
Nº 1.112 — 27/8/20
BUGATTI DOMINA LISTA
DOS 10 MAIS POTENTES
A corrida por potência e velocidade praticamente nasceu com
os automóveis. Sem contar os de competição pura ou versões de rua destes, a
escalada dos chamados supercarros começou para valer neste século. Trinta anos
atrás um Ferrari F-40 ou um Lamborghini Diablo não alcançavam os 500 cv. Isso
mudaria após a estreia do Bugatti EB110, que “chegou, chegando” com motor V-12,
quadriturbo, de 561 cv.
A marca francesa tem uma história fantástica (fundada
em 1909 pelo italiano Ettore Bugatti), mas faliu, passou por proprietários
aventureiros até ser adquirida pelo Grupo VW, em 1998.
A partir daí, a Bugatti espantou o mundo com o EB 16.4
Veyron, com motor W-16 de exatos 1.001 cv. Lançado no Salão de Frankfurt de
2001, a produção só começou em 2005 e previsão de apenas 300 exemplares.
Recentemente, o jornalista francês Vincent Desmonts listou os 10 automóveis
mais potentes do mundo.
Na realidade são 12 porque houve empates na terceira colocação.
10º: Bugatti Veyron Super Sport – 1.200 cv
9º: Rimac Concept One (elétrico) – 1.241 cv
8º: Hennessey Venom GT – 1.261 cv
7º: SSC Ultimate Aero XT – 1.318 cv
6º: Koenigsegg One:1 – 1.360 cv
5º: SSC Tuatara – 1.369 cv
4º: Rimac Concept S – 1.384 cv
3º: Bugatti Chiron – 1.500 cv
3º: Bugatti Divo – 1.500 cv
3º: Bugatti La Voiture Noire – 1.500 cv
2º: Koenigsegg Regera – 1.509 cv
1º: Bugatti Centodieci – 1.600 cv
Metade dos classificados são Bugatti, produzidos na França. Na
lista há uma marca croata (Rimac), duas americanas (Hennessey e SSC) e uma
sueca (Koenigsegg). Os escolhidos deviam estar em produção (não simplesmente
apresentados) e usar gasolina de 98 octanas (RON) ou, eventualmente,
eletricidade, opções encontradas em postos de combustível ou recarga.
Ficou de fora da lista o modelo realmente mais potente do
mundo com motor térmico por uma razão simples. O Koenigsegg Jesko, apresentado
no Salão de Genebra de 2019, tem um V-8 turbo de 5 litros que desenvolve 1.625
cv com E85, mistura de 85% de etanol e 15% de gasolina. Porém, de fato, ainda
não teve fabricação iniciada. Outro modelo, anunciado e sem previsão de venda,
é o Pininfarina Battista elétrico de 1.903 cv.
No Brasil, cerca de 35.000 dos 45.000 postos existentes vendem
etanol E100 (puro, sem gasolina). Nos EUA são cerca de 4.000, uns poucos na
Suécia e agora também na Tailândia (sempre E85). Se o Jesko fosse calibrado
para 100% de etanol, sua potência teoricamente poderia subir uns 5% para nada
menos de 1.700 cv.
TRACKER TERÁ LUTA
DURA PELA FRENTE
Apesar de o T-Cross ter mantido por dois meses a liderança
do mercado brasileiro, basicamente pelo represamento de vendas da versão para
PCD em razão da pandemia, a briga entre os SUVs compactos deverá se concentrar
entre Renegade, Nivus e Tracker.
Na avaliação do dia a dia, o Chevrolet na
versão Premier mostrou ser um produto bem equilibrado entre conforto, desempenho
e preço. Com 2,57 m de distância entre-eixos oferece bom espaço no banco
traseiro para três ocupantes adultos.
Os materiais de acabamento são agradáveis à vista e ao tato.
O motorista dispõe de banco elétrico e volante com regulagem de distância e altura.
Motor tricilindro de 1,2 litro é mais áspero que o de 1 litro, porém oferece
respostas boas em razão do torque de 21,4 kgm (com etanol) a apenas 2.000 rpm,
da potência de 133 cv, de um câmbio automático de seis marchas convencional
(epicíclico) e peso em ordem de marcha relativamente baixo de 1.271 kg.
Este
último fator permitiu o uso seguro de freios a tambor nas rodas traseiras, mas
o deixa vulnerável a críticas em relação aos concorrentes.
Sistema de Wi-Fi a bordo beneficia-se de uma antena
específica que capta até 12 vezes melhor os sinais para os sistemas de
navegação (Android Auto e Apple CarPlay). Porta-malas de 393 litros é maior que
o do Renegade e menor que do Nivus. Ponto fraco do Tracker é o tanque de
combustível de apenas 44 litros.
PIRELLI INAUGURA SEU
NOVO CAMPO DE PROVAS
O primeiro campo de provas para testes de pneus no Brasil
foi construído em 1988 pela Pirelli, em Sumaré (SP), mas teve que ser
desativado por limitações técnicas e de espaço. Fruto de investimento de R$ 90
milhões a companhia acaba de inaugurar o maior complexo multipista (sete no
total) da América Latina em Elias Fausto (SP), a 120 km da capital paulista.
Em
terreno de 1,65 milhão de m2, oito vezes maior que o anterior, a
área construída de 205.000 m2 inclui todas as instalações de apoio
como boxes de manuseio e salas de reunião.
Além dos vários testes possíveis, que vão de desenvolvimento
a desempenho e durabilidade, o complexo estará disponível também para
fabricantes de veículos, nacionais ou importados, com todos os cuidados de
sigilo.
O Circuito Panamericano, como foi batizado, permite executar até 15
testes simultâneos, em pistas asfaltadas e de terra, para carros, motocicletas
e até caminhões. Está integrado aos outros 11 centros de pesquisas que a marca
italiana instalou no mundo.
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