O editor Luis Otávio Pires, do Acelera Bandnews e Portal Bhaz, de Belo Horizonte, realizou uma entrevista sobre o novo SUV Ford Terrotory e seu lançamento no Brasil com a Assessoria de Imprensa da montadora que o Blog publica abaixo:
O fato do Territory ser fabricado na China é um dos desafios que a Ford deve trabalhar para uma melhor aceitação no mercado brasileiro?
Ford: Não acho que isso será um desafio. Ninguém está preocupado se o tênis ou celular é feito na China e sim confiam na marca. O Territoty é um produto feito pela Ford, com o padrão de qualidade da Ford. Mudamos alguns componentes de cola, para que o cheiro tivesse um cheiro Ford, que o brasileiro estivesse acostumado. As pessoas vão focar nos atributos de qualidade, durabilidade, tecnologia e desempenho.
Quais seriam os modelos que a Ford vê como principais concorrentes do Territory no mercado brasileiro?
Ford: Compass e Tiguan, principalmente.
Em um segmento que cresce tanto no País e com muitas opções, qual a expectativa de vendas da Ford (volume e participação)?
Ford: Não vamos entrar neste detalhe num ambiente de pandemia, onde as previsões estão difíceis. Quanto do ponto de vista de produto e peças em caso de necessidade de reposição estamos muito bem equipados. Ele já começa a chegar nas revendas em agosto e qualquer variação de demanda vamos nos adaptar; não vai faltar carro.
Como manter o Territory com preço competitivo diante do câmbio nas alturas, já que a maioria dos competidores no segmento tem fabricação nacional?
Ford: A gente vai trabalhar em um dólar médio; a gente sabe que podem acontecer variações mas não devem ser tão grandes. Se isso acontecer pode ser que tenha um reflexo, por enquanto não reflete no preço.
Até o fim de 2020, há limitação no volume de unidades para o mercado brasileiro? E como será a venda online do Territory?
Ford: Não temos limitação e estamos prontos para atender as demandas. Temos o programa “compre sem sair de casa” e como todos os veículos o Territory se inclui nesta opção de venda online.
Boa parte das SUVs são feitas para rodar nas cidades, mas não aguenta muito o dia a dia da área rural. Como a Territory aguentará a rotina de buracos das cidades ou o peso do off road?
Ford: As validações foram feitas no pavimento do Brasil, como alterações nos pneus e suspensão para conforto e ruído. A dedicação desse carro é mais cidade, não tem 4x4 mas aguenta sim o que as outras aguentam, como sítio, fazenda, estrada de terra. Ele não é um Troller e é preparado para o que foi desenvolvido. Hoje, as SUVs são mais urbanas. Foi desenhado para o consumidor que quer uma utilidade maior no urbano. Mas no nosso DNA temos muita experiência nesta utilização mista, globalmente. Com uma vantagem que nós somos uma das poucas montadoras que tem um departamento para desenvolver esses veículos, com uma pista de desenvolvimento dedicada (Tatuí).
O Territory vai ter alguma série especial personalizada, como o Ecosport tem?
Ford: Não.
Como será a logística, transporte e entrega?
Ford: Não vai faltar produto. Está tudo dentro do planejamento, não haverá este problema
Há ancoramento superior central do isofix?
Ford: Sim.
Quando se menciona que o Compass é um concorrente, foi levado em consideração que as vendas do mesmo são representadas em grande parte por vendas diretas? Há uma pretensão de venda do carro por CNPJ?
Ford: Sim, levamos isso em consideração. Mas no nosso caso não temos política especial para PJ. Esta questão é uma decisão comercial de cada montadora. Vamos seguir outro caminho.
Por que não há opção de motor flex? O quanto isso pode afetar o interesse pelo consumidor?
Ford: Essa questão do flex não é tão relevante na decisão de compra, por isso preferimos não fazer. Se esse perfil mudar vamos reagir Achamos não ser relevante na decisão de compra.
O motor 1.5 Ecoboost tem peças compartilhadas com o motor 1.5 usado no EcoSport?
Ford: Não compartilha, mas trabalhamos em ter componentes comuns, como velas, óleo.
A hostilidade de Donald Trump e Jair Messias em relação à China pode prejudicar o fluxo de importação da China? Se isso ocorrer, há planos de produzir um SUV médio na região?
Ford: Não tem nenhum tipo de relação do Trump com o fornecimento de carros ou outros produtos da China que não seja para os Estados Unidos. Tanto que o fluxo ainda é enorme de produtos que vão para os EUA e América do Norte vindos da China.
Esse motor é a primeira aplicação no Brasil?
Ford: Sim. Motor e transmissão
Já temos crash-test com resultados do Territory?
Ford: Sim. Testes foram feitos na China atendendo o ChinaNCap, onde o Territory ganhou cinco estrelas. Não tem ainda teste do LatinNcap. Os importados chegam ao País com o aval das entidades de teste internacionais.
Há alguma previsão de trazer uma versão 2.0 turbo com 4x4 para competir com Tiguan R-Line e até versões Diesel do Compass?
Ford: Não há previsão ou outro segmento. Nosso foco é o que estamos fazendo. Para que haja melhor relação custo/benefício para o consumidor. E acho que acertamos na mosca, com um produto muito bem definido em relação aos concorrentes. Na faixa onde ele concorre temos relação mais competitiva em relação a conteúdo e custo.
Com o Territory, a Ford acha que pode vendê-lo mais fácil para os clientes fiéis do EcoSport ou reconquistar os clientes do Edge?
Ford: Nós queremos oferecer o melhor portfólio, a gente entende que tem uma tendência maior de venda para o Eco, por causa do preço. É uma opção, a gente entende. Mas para esses clientes que não estavam sendo totalmente atendidos, o Territory é a melhor opção.
Mercado PcD? A Ford vai entrar com o Territory?
Ford: Não, por causa da legislação. Não há isenção, mas se o cliente PcD quiser comprar será muito bem atendido.
Na gama da Ford, ficar um espaço largo na faixa de preço entre 110 mil do EcoSport top e os 163 mil do Territory. Como a Ford vai atuar nessa faixa de mercado?
Ford: Nesse momento a gente não tem um produto nesta faixa de preço, mas há algumas condições de financiamento para suportar o cliente que está buscando realmente um produto dentro da nosso portfólio.
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