Coluna de
Capacete de Ouro há 25 anos reconhecendo talentos
A cerimônia deste ano de entrega do Prêmio Capacete de Ouro foi uma verdadeira noite de gala, reconhecimento ao talento de esportistas virtuosos que enalteceram o País.
De campeões do passado que nos deram muita alegria e nos transmitiram entusiasmo e orgulho patriótico aos novos ídolos, passando pelo importante incentivo a jovens promessas que poderão trazer de volta os mesmos sentimentos que já mobilizaram mais de duzentos milhões de fãs. Um reconhecimento que fortalece o automobilismo brasileiro.
Criado há 25 anos para destacar pilotos e profissionais de corridas de automóveis no Brasil e no exterior, o Prêmio Capacete de Ouro foi idealizado em 1997 pela revista Racing e transformou-se no Oscar do automobilismo brasileiro, que todo piloto almeja conquistar.
Anualmente, o evento reúne pilotos, dirigentes, todo o universo automotivo e atrai as empresas do setor pela visibilidade e prestígio que transmite aos que mais se destacam, consagrando-os como astros de um esporte empolgante. Também reconhece a nova geração de pilotos nacionais nas diferentes categorias disputadas no País.
Nesses 25 anos, transformou-se em sucesso também com os fãs, muito embalado nos oito títulos mundiais da Fórmula 1 conquistados com Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna, vitórias que estão eternizadas. Sem esquecer do triunfo de Raul Boesel no Campeonato Mundial de carros Esportes e Protótipos, e de outros nas corridas europeias e norte-americanas, principalmente na categoria Indy, como Rubens Barrichello, Felipe Massa, Tony Kanaan, Hélio Castro Neves e Gil de Ferran, entre outros, sem esquecer dos que aqui ficaram em competições domésticas porque o público não pode ficar sem espetáculos ao vivo e o automobilismo sem gerar novos talentos.
E, neste ano, para também celebrar os 60 anos de atividades da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), a solenidade do Prêmio Capacete de Ouro aconteceu no início de fevereiro no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.
Por que Brasília? Muitos perguntaram.
Nelson Piquet, sem qualquer influência, ao ser homenageado fez um comentário plausível. “Na época de sua fundação, Brasília era um verdadeiro autódromo, com avenidas de asfalto novo, sem semáforos, cruzamentos e lombadas que inspiravam os jovens a acelerar seus carros ou os carros de pais, irmãos ou amigos para tirar alguns pegas. Além disso, passou a ser a nova capital do País e formou muitos pilotos de prestígio”.
E o que a premiação deste ano teve de diferente e empolgante? A presença de líderes e empresários dispostos a investir e a trabalhar para o crescimento forte e vigoroso do automobilismo brasileiro de competição, como tivemos há anos, para que surjam novos campeões e ídolos.
Essas empresas e empresários vão adotar modernos processos de gestão, criar novas categorias para que os jovens saídos do kart possam ganhar a experiência que precisam sem ter que buscar por milhares ou milhões de dólares em patrocínios e se isolar do apoio familiar no exterior, para competir em carros idênticos aos que vão surgindo a cada ano no cenário internacional.
O objetivo desses executivos e das empresas que se uniram em apoio à CBA é incentivar as corridas com a redução do investimento necessário para os pilotos adquirirem a experiência necessária para chegar às categorias mais importantes, como a Fórmula 1, Fórmula E, Mundial de Protótipos e a Indy norte-americana, entre outras.
O Prêmio Capacete de Ouro preenche um espaço que foi ocupado pelo Troféu Victor, primeiro prêmio instituído no automobilismo brasileiro pela revista Quatro Rodas ainda nos anos de 1960, que valorizou o piloto brasileiro e, também, foi muito desejado. Um prêmio em que todos os anos tinha a participação de um astro mundial, entre os quais o argentino Juan Manuel Fangio e o italiano Piero Taruffi.
Quem sabe assim, com esta nova fase, possamos ter novamente um automobilismo esportivo brasileiro forte e atraente para as empresas patrocinadoras, para os pilotos e equipes, e também para os fãs e apaixonados pelas competições, que se acostumaram com as conquistas internacionais, após uma rica sequência de títulos, e ficaram frustrados com o período de ausência de títulos tão importantes e vitórias, sobretudo na Fórmula 1.
Que surjam novos ídolos e campeões mundiais para que possamos festejar e entregar muitos capacetes de ouro!
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Crédito das imagens: Mauro Nery e Rafael Gagliano
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