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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Quem não realizar o recall do seu carro não terá licenciamento liberado. Salão do Automóvel acabou, mas nascerá o São Paulo Motor Experience, em Interlagos


Luís Carlos Moraes, presidente da Anfavea

São Paulo, 7 de janeiro de 2022 – Os proprietários de veículos automotores que não realizarem o recall estabelecido pelas montadoras no prazo de um ano após o último licenciamento não terão o novo licenciamento liberado pelos Detrans. A advertência foi feita, há pouco, na coletiva de Imprensa mensal da Associação Nacional dos Fabricantes de Veiculos Automotores (Anfavea), pelo secreário Nacional de Trânsito, Frederico de Moura Carneiro, que informou haver até 31 de dezembro de 2021 111.446.866 veículos licenciados no País.   

Apesar da crise global de componentes eletrônicos, indústria automobilística brasileira fecha 2021 com leve recuperação e projeta mais um ano de discreta melhora

A Anfavea divulgou hoje os números do fechamento de 2021, com ligeira melhora na comparação com o crítico ano de 2020, mas ainda aquém do potencial de demanda interna e externa por autoveículos. 

“A crise global de semicondutores provocou diversas paralisações de fábricas ao longo do ano por falta de componentes eletrônicos, levando a uma perda estimada em 300 mil veículos. Para este ano, a previsão ainda é de restrições na oferta por falta de componentes, mas num grau inferior ao de 2021, o que projeta mais um degrau de recuperação”, afirmou o presidente Luiz Carlos Moraes.

Produção – Dezembro foi o melhor mês do ano, com 210,9 mil autoveículos produzidos. Com isso, o ano fechou com 2.248,3 mil unidades, alta de 11,6% sobre 2020. No ranking global de produtores, o Brasil retomou a oitava colocação perdida no ano anterior para a Espanha. Para 2022, a expectativa é de um aumento de 9,4%, com 2,46 milhões de unidades produzidas.

Mercado interno – Como ocorre tradicionalmente, o último mês do ano foi o de maior volume de vendas, com 207,1 mil unidades licenciadas. Mesmo assim, foi o pior dezembro em cinco anos. O acumulado chegou a 2,12 milhões de unidades, apenas 3% acima de 2020, o que manteve o Brasil na sétima colocação do ranking global, por poucas unidades atrás da França. Para este ano, a Anfavea projeta vendas de 2,3 milhões de autoveículos, uma alta de 8,5% sobre 2021.

Exportações – A rápida recuperação após o pico da pandemia em mercados como Chile, Colômbia, Peru e Uruguai ajudou a impulsionar as exportações de veículos brasileiros, apesar das restrições comerciais impostas pelo governo argentino. Com isso, as 376,4 mil unidades exportadas representaram crescimento de 16% sobre o ano anterior. Pela primeira vez, a Argentina representou menos da metade dos embarques nacionais (34% do total). 

Em valores, as exportações tiveram alta ainda maior, de 37,8%, por conta do envio mais representativo de veículos com maior valor agregado, como caminhões e SUVs. Para 2022, a expectativa é de exportar 390 mil unidades, um incremento de 3,6% sobre o ano anterior.

O Blog perguntou ao presidente da Anfavea: Com a inflação em dois dígitos e um custo de financiamento em alta já perto de 30%, como será, na opinião da Anfavea  o comportamento das vendas ao longo de 2022. Até que ponto esse quadro pode afetar as vendas em 2022? A saída seria o aumento das exportações?

Luís Carlos Moraes: "Sim, estamos trabalhando muito forte nas exportações, mas é aquilo que sempre falo, o custo Brasil, é uma dificuldade, dificulta as exportações: a questão dos resíduos tributários, mas temos conversado muito com o governo na tentativa de enquanto a Reforma Tributária não for implementada, a gente ter uma definição dos serviços tributários que afetam as exportações. Há ainda a questão dos créditos tributários a partir de 15 a 20% em que as exportações começam a gerar imposto. Temos feito grandes avanços no sentido de facilitar a relação com as concessionárias e com os consumidores finais nos financiamentos ao consumidor, inclusive na compra de carros usados. No âmbito das importações há bastante espaço para melhorar, seja na redução dos saldos credores, seja na logística, segurança de créditos para exportação. Isso vai ajudar a indústria a ser mais competitiva. Estou falando da indústria da transformação, incluindo a indústria automotiva".

Empregos – As vagas diretas em fábricas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus tiveram ligeira queda em relaç ão a dezembro de 2020, de 0,2%. O setor fechou o ano com 101,1 mil empregados. O quadro é de estabilidade, apesar do fechamento de algumas fábricas no início de 2021 e das constantes paradas de produção em função da falta de componentes eletrônicos nas linhas de montagem.

Expectativas – Na primeira coletiva de imprensa do ano, o presidente da Anfavea adotou um tom de otimismo moderado. “Temos uma indústria resiliente, que trabalhou de forma intensa para proteger seus funcionários nesses dois anos de crise, mitigar perdas e manter investimentos em produtos, dado que entramos em 2022 com uma nova e rigorosa fase do Proconve para veículos leves, que reduz ainda mais as emissões dos automóveis brasileiros”, destacou. 

“Apesar das turbulências econômicas e do ano eleitoral, apostamos numa recuperação de todos os indicadores da indústria, que poderiam ser ainda melhores se houvesse um ambiente de negócios mais favorável e uma reestruturação tributária sobre os produtos industrializados”, concluiu Moraes.

Salão do Automóvel/São Paulo Motor Show Experience

Luís Carlos Moraes anunciou que não haverá mais o tradicional Salão do Automóvel no formato in door. O próximo será um grande evento no Autódromo de Interlagos dedicado às famílias e aos fãs de carros. "Estamos há três anos avaliando um novo conceito. Agora, o Salão do Automóvel será São Paulo Motor Experience nos moldes do que acontece em Las Vegas. Estamos conversando com todo o segmento automotivo e teremos um novo evento", revelou.

No São Paulo Motor Experience visará uma grande interação com o público. Haverá testes nas pistas do autódromo, desfile de carros, exposição de automóveis antigos, painéis e debates sobre o futuro da segurança automotiva, lançamentos de carros, shows de música, enfim será um grande evento dedicado aos fãs de caros e à família. 

O presidente da Anfavea confirmou que a entidade participará da Agrishow que acontecerá em abril e da Fenatran, em novembro.


como aconteceu desde 1960, no Ibirapuera, até 1969, quando, em 1970, passou para o Anhembi, e 2016 aconteceu no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, voltando ao Anhembi no ano seguinte. A última edição foi realizada em 2018 e com o aparecimento da pandemia em 2020, a edição desse ano não aconteceu.

Luís Carlos 







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