Arreda. Chegam os novos
picapes, potentes, velozes - e perigosos
2012 é o ano da renovação no segmento superior de picapes feitos no Brasil – abaixo há os derivados de automóveis, Ford Courier, VW Saveiro, Fiat Strada, GM Montana, e acima apenas o Dodge Ram importado. Leitor da Coluna sabe, o Ford F 250 saiu de produção.
Motivação principal, soma novas exigências legais de emissões, a Fase L6 do Proconve, programa de controle de emissões veiculares, com as mudanças das linhas dos picapes de origem norte-americanas, GM e Ford.
Dentro da miopia nacional de considerar picape cabine dupla, diesel, transmissão automática como veículo de luxo e presença, a Toyota, líder no segmento mudou levemente a estética frontal – um tapa na fachada – e criou versão flex para manter o Hi Lux, líder no segmento superior.
Em outra japonesa, a Nissan, o tapa foi sob o capô do seu Frontier, criando versões de potência, e categorias por tração: 4x2 com motor 2,5 turbo e 163 cv e 41 kgmf de torque. 4x4, 190 cv, torque de 45,8 kgfm. É, no momento, recordista em cavalagem – ou, para lembrar anúncio da marca, em pôneis. Pouco tempo, o novo Ranger será o mais potente.
Nissan, potência aumentada: 190 cv |
A GM apresentou o novo S 10. Seu leque de versões dá-lhe a liderança numérica no segmento dos médios, graças à sólida rede de concessionários e à imutabilidade do produto. Sem divulgar, trocou o nacional motor MWM por um italiano VM – mesma marca que equipava o picape Dodge Dakota -, potente em 180 cv. A MWM irá reproduzi-lo aqui.
Amplo leque de versões – cabine simples e dupla; decoração e confortos; motores flex e diesel; tração nas duas e quatro rodas; transmissão automática com seis velocidades, opcional nos diesel mais caros.
Próxima da lista, a Volkswagen, nova no pedaço, estreante no segmento demorou a entender, no Brasil picape de luxo é carro de imposição e não de trabalho, exigindo transmissão automática – mesmo se 90% dos usuários não saibam utilizá-la corretamente. Na lista descendente de versões, franciscano degrau inferior com cabine simples, decoração e equipamentos contidos, motor com 122cv e apenas um turbo.
Fim de março, no pico da linha, o Amarok terá potência implementada de 163 cv para 180 cv, e a novidade para mostrar-se melhor dotado: transmissão automática com 8 marchas – mesma de Porsche Cayenne, Audi Q7, VW Touareg.
Bate na mesa com argumento de peso e tamanho para disputar o segmento superior: o motor diesel Duratorq 3.2, em início de desenvolvimento, o mais potente no país: 200 cv e previsíveis 50 kgmf de torque. Diz, será a mais segura do segmento, com nota máxima para impactos frontais nos testes da Euro NCap, entidade européia de avaliação de veículos.
Mitsubishis nada mudaram, mas estão no mercado nestas categorias.
E então
Elevado torque em veículos leves recebem transmissões longas, gerando rotações menores, e o trinômio velocidade alta; consumo e emissões baixos.
Todas tem características comuns: suspensão dianteira independente com molas helicoidais ou de torção, tração traseira através de eixo rígido ancorado ao chassis por feixes de molas longitudinais; capacidade de transportar mais de uma tonelada entre passageiros e carga. Potentes, amplo torque, hábeis a atingir grandes velocidades – usualmente o motor é cortado eletronicamente entre 170 e 180 km/h. Abastecidos, dois passageiros, e merreca de carga, superam duas toneladas.
Características e números perigosos. O eixo traseiro rígido, primário, secular, de carroças e caminhões, não é sinônimo de estabilidade ou de freadas seguras – muito pelo contrário. E deter duas toneladas nas velocidades elevadas usualmente abusadas por estes veículos, é perigo concreto para ocupantes e todos no entorno. Coisa de arrepiar São Cristóvão.
Os novos picapes diesel aceleram muito mais rápido que a grande maioria da frota nacional e atingem velocidades incompatíveis com seu uso original e com o primarismo de sua mecânica.
Duas toneladas acima de 160 km por hora? Com suspensão de carroça? Saia da frente – pelo menos enquanto o Contran não mandar reduzir a velocidade final. Picape a 180 km/hora? Para que?
Roda-a-Roda
CR-V – Quarta edição revista e melhorada, o CR-V Honda mudou estilo, agregou confortos eletrônicos com tela de comandos, fez cortes e simplificou o produto - versão de tração apenas dianteira e transmissão mecânica. Perde a pretensão recreacional do “R” de sua sigla, e se transforma em urbano para cidades sem problemas de trânsito – e há? Parte de R$ 85 mil.
Remendo – Sem plano ou projeto, o Brasil administra a crise do dia. Na área de automóveis é a balança negativa de pagamentos com países com os quais mantém acordos comerciais de isenção alfandegária.
Amigos – Com o México e o desvão de US$ 1,6B, quer baixar cota de importação de US$ 1,4B, média dos três últimos anos. Mais, que o conteúdo mexicano seja de 55%, como se diz ser o brasileiro.
Difícil. A indústria mexicana existe como política de boa vizinhança e redução de preço final por custos menores nos EUA, de onde vai a quase totalidade de suas peças.
Mercado – Projeta a Fundação Getúlio Vargas, a Classe AB crescerá 7,7M de pessoas - mais que a festejada C até 2014. No Brasil, Classe A tem renda aproximada a R$ 10 mil; B, cerca de R$ 7.500; C entre R$ 1.800 e os R$ 7.500 da B. Na prática o mercado de consumo manterá expansão.
Nacionalização – Antes de inaugurar a fábrica que implanta em Piracicaba, SP, a Hyundai já tem 500 funcionários brasileiros: 70% em produto e processo industrial; 150 restantes na administração. Dos 350 operários, 250 são ajudantes, primeiro degrau, ex-alunos do Pólo Automobilístico criado pelo Senai. A Hyundai enviou 200 à Coréia, Turquia e Rússia para aprender e multiplicar conhecimentos.
Carro – O produto, HB em código interno, será pequeno e em versões hatch, sedã e Crossover, motores flex 1.0 e 1.6.
Negócio – Para fomentar vendas dos produtos Chrysler e Jeep trazidos do México – com o IPI incrementado em 30 pontos – a marca criou o Chrysler Group Financial Services, sob a florida árvore do Banco Fidis, da Fiat. Atrai interessados em Chrysler, RAM, Jeep com entrada de 50%, restante em 36 vezes a juros mensais de 0,99%, carência de 70 dias na primeira.
Aritmética – Simulam a venda do recente Compass com R$ 59.940 de entrada. Porém, considerado o anunciado preço de lançamento em R$ 99.900, tal metade indica R$ 119.840 como preço básico. É quase R$ 20 mil ou 20% sobre o valor anunciado. Esquisito!
Aplicativo - Pode aditivar todos os óleos minerais, semi e sintéticos, incluindo caixas de marchas mecânicas e diferenciais. Bom para particulares, ótimo para frotistas.
Tudo – Produtos incluem graxas especiais, trava rosca, inibidor de ferrugem, lubrificante para soltar porcas travadas, etc. Custa R$ 71,00 a embalagem com 237 ml, para adicionar a 10% do volume do óleo do carro.
Papo – Anúncios da Caoa Hyundai informam: “A Hyundai não teve aumento de IPI porque tem fábrica no Brasil.“ Falso. Só os produtos locais, caminhõezinhos e o antigo Tucson, montados em Anápolis, GO, são considerados nacionais e não pagam o aumento. Todos os demais o fazem.
Curiosidade – Ao lançar o picape S10 a GM não informou ter trocado o motor. Não é MWM, mas um VM com produção encomendada à MWM daqui. A VM é antiga marca italiana, em união tardia de GM e Fiat, através da FPT. Atualmente, o melhor diesel V6 no mundo é o VM – e virá no Cherokee.
Menor – Na readequação de motores para se enquadrar na legislação Euro 5, a Ford acertou seu caminhão menor, chamando-o 816 – 8 do peso bruto total, 8t e 160 da potência do motor Cummins 4.5. Pode ter três medidas de entre-eixos: 3,3m; 3,9m e 4,3m.
Troco – Concorrente, a MAN, compradora da VW Caminhões, reviu os modelos de entrada Delivery, Worker e Constellation, aplicando o conceito Advantech, reunindo a mudança das linhas da cabine, agregação de facilidades eletrônicas aumentando conforto, durabilidade, redução de consumo.
Demonstração – Revivendo antiga prática, a Volvo faz a Caravana Fest-Drive, levando produtos para test drive em todo o país. A idéia é unir bons resultados sempre presentes nestas iniciativas, e tirar dúvidas com relação ao Euro5, nova legislação de emissões que provocou a mudança de motorização em todos os diesel no Brasil.
RH – A Fiat mudou sua política de pessoal: contratou 2,6 mil terceirizados que faziam a sua logística. Resolveu controlar o negócio. Resultado, aumento de salários, redução de custos.
Cultura – O Livro do Carro, novo, atualizado, profusamente ilustrado, com glossário da terminologia da mecânica e as variantes dos nomes de veículos em outros países. Da Editora Globo, é enciclopédia que faz festa aos olhos e ao espírito. 360 páginas, R$ 119,90. Mais? www.globolivros.com.br
Gente – Dino Maggioni, 43, italiano, engenheiro eletrônico, promoção. OOOO Diretor de compras na Europa, vem fomentar negócios e desenvolver fornecedores para reduzir custos, aumentar lucros. OOOO Fernando Julianelli, publicitário, caminho esperado. OOOO Diretor de Marketing da MMCB, montadora de Mitsubishis. OOOO Fernando Solano, jornalista, professor, novo coordenador de Imprensa na mesma montadora. OOOO
1900, o Fiat de São Bernardo do Campo
Quando se fala em Fiat no Brasil há duas referências indissociáveis: começou com o valente 147; e o fez na então bucólica Betim, perto de Belo Horizonte. Mas teve antes, em São Bernardo do Campo, SP, em frente à mata onde se instalou a Volkswagen.
Teve simplória atividade com o importador F Matarazzo nos anos 20: finalização de montagem, agregação nacional, pintura.
A Operação São Bernardo deu-se ao início da década de 50, com o esforço europeu por mercados externos para curar a economia do pós guerra.
O cenário para automóveis convivia com duas medidas desenvolvimentistas baixadas pelo então Presidente Vargas: a primeira exigia aos importados vir sem componentes fabricados no Brasil – correias, mangueiras, bateria, pneus ... 104 grupos. Em seguida, a outra permitia importações aos completamente desmontados.
Isto significava estrutura quase industrial e poucas empresas eram hábeis a tal. Uma delas, a pioneira Varam, à margem da Via Anchieta, ligação S Paulo-Santos, foi co-optada para montar automóveis Fiat.
Quantidade não determinada, lembra o octogenário Marcus Varam, filho do empreendedor Varam Keutenedjian, dos Fiat 1400 em sua transição para o modelo 1900 de 1953, enfatizando a boa relação de tamanho e área interna, a disposição para andar, a resistência e o baixo consumo.
Porém as regras exigiam operações de montadora, as partes desinteressaram-se, e os Fiat Varam findaram-se em 1955.
Voltou em 1976, em Betim, com o 147 abrindo o caminho da liderança de década.
Ford Ranger, mais potente, 200 cv |
Mitsubishis nada mudaram, mas estão no mercado nestas categorias.
E então
Elevado torque em veículos leves recebem transmissões longas, gerando rotações menores, e o trinômio velocidade alta; consumo e emissões baixos.
Todas tem características comuns: suspensão dianteira independente com molas helicoidais ou de torção, tração traseira através de eixo rígido ancorado ao chassis por feixes de molas longitudinais; capacidade de transportar mais de uma tonelada entre passageiros e carga. Potentes, amplo torque, hábeis a atingir grandes velocidades – usualmente o motor é cortado eletronicamente entre 170 e 180 km/h. Abastecidos, dois passageiros, e merreca de carga, superam duas toneladas.
Características e números perigosos. O eixo traseiro rígido, primário, secular, de carroças e caminhões, não é sinônimo de estabilidade ou de freadas seguras – muito pelo contrário. E deter duas toneladas nas velocidades elevadas usualmente abusadas por estes veículos, é perigo concreto para ocupantes e todos no entorno. Coisa de arrepiar São Cristóvão.
Os novos picapes diesel aceleram muito mais rápido que a grande maioria da frota nacional e atingem velocidades incompatíveis com seu uso original e com o primarismo de sua mecânica.
Duas toneladas acima de 160 km por hora? Com suspensão de carroça? Saia da frente – pelo menos enquanto o Contran não mandar reduzir a velocidade final. Picape a 180 km/hora? Para que?
Roda-a-Roda
CR-V – Quarta edição revista e melhorada, o CR-V Honda mudou estilo, agregou confortos eletrônicos com tela de comandos, fez cortes e simplificou o produto - versão de tração apenas dianteira e transmissão mecânica. Perde a pretensão recreacional do “R” de sua sigla, e se transforma em urbano para cidades sem problemas de trânsito – e há? Parte de R$ 85 mil.
Remendo – Sem plano ou projeto, o Brasil administra a crise do dia. Na área de automóveis é a balança negativa de pagamentos com países com os quais mantém acordos comerciais de isenção alfandegária.
Amigos – Com o México e o desvão de US$ 1,6B, quer baixar cota de importação de US$ 1,4B, média dos três últimos anos. Mais, que o conteúdo mexicano seja de 55%, como se diz ser o brasileiro.
Difícil. A indústria mexicana existe como política de boa vizinhança e redução de preço final por custos menores nos EUA, de onde vai a quase totalidade de suas peças.
Mercado – Projeta a Fundação Getúlio Vargas, a Classe AB crescerá 7,7M de pessoas - mais que a festejada C até 2014. No Brasil, Classe A tem renda aproximada a R$ 10 mil; B, cerca de R$ 7.500; C entre R$ 1.800 e os R$ 7.500 da B. Na prática o mercado de consumo manterá expansão.
Nacionalização – Antes de inaugurar a fábrica que implanta em Piracicaba, SP, a Hyundai já tem 500 funcionários brasileiros: 70% em produto e processo industrial; 150 restantes na administração. Dos 350 operários, 250 são ajudantes, primeiro degrau, ex-alunos do Pólo Automobilístico criado pelo Senai. A Hyundai enviou 200 à Coréia, Turquia e Rússia para aprender e multiplicar conhecimentos.
Carro – O produto, HB em código interno, será pequeno e em versões hatch, sedã e Crossover, motores flex 1.0 e 1.6.
Negócio – Para fomentar vendas dos produtos Chrysler e Jeep trazidos do México – com o IPI incrementado em 30 pontos – a marca criou o Chrysler Group Financial Services, sob a florida árvore do Banco Fidis, da Fiat. Atrai interessados em Chrysler, RAM, Jeep com entrada de 50%, restante em 36 vezes a juros mensais de 0,99%, carência de 70 dias na primeira.
Aritmética – Simulam a venda do recente Compass com R$ 59.940 de entrada. Porém, considerado o anunciado preço de lançamento em R$ 99.900, tal metade indica R$ 119.840 como preço básico. É quase R$ 20 mil ou 20% sobre o valor anunciado. Esquisito!
Macio – Recordista em fluidez, com registro no Guiness, o aditivo norte-americano Tufoil promete vantagens econômicas pelo menor atrito entre peças: pelo menos dobrar a vida do motor; conseguir mais 10% em rotações; reduzir consumo de combustível em 5%. Em motores cansados, funcionar maior suave. Lembra as funções do antigo e conhecido Molykote, porém, é mais liso seis vezes.
Aplicativo - Pode aditivar todos os óleos minerais, semi e sintéticos, incluindo caixas de marchas mecânicas e diferenciais. Bom para particulares, ótimo para frotistas.
Tudo – Produtos incluem graxas especiais, trava rosca, inibidor de ferrugem, lubrificante para soltar porcas travadas, etc. Custa R$ 71,00 a embalagem com 237 ml, para adicionar a 10% do volume do óleo do carro.
Papo – Anúncios da Caoa Hyundai informam: “A Hyundai não teve aumento de IPI porque tem fábrica no Brasil.“ Falso. Só os produtos locais, caminhõezinhos e o antigo Tucson, montados em Anápolis, GO, são considerados nacionais e não pagam o aumento. Todos os demais o fazem.
Curiosidade – Ao lançar o picape S10 a GM não informou ter trocado o motor. Não é MWM, mas um VM com produção encomendada à MWM daqui. A VM é antiga marca italiana, em união tardia de GM e Fiat, através da FPT. Atualmente, o melhor diesel V6 no mundo é o VM – e virá no Cherokee.
Menor – Na readequação de motores para se enquadrar na legislação Euro 5, a Ford acertou seu caminhão menor, chamando-o 816 – 8 do peso bruto total, 8t e 160 da potência do motor Cummins 4.5. Pode ter três medidas de entre-eixos: 3,3m; 3,9m e 4,3m.
Troco – Concorrente, a MAN, compradora da VW Caminhões, reviu os modelos de entrada Delivery, Worker e Constellation, aplicando o conceito Advantech, reunindo a mudança das linhas da cabine, agregação de facilidades eletrônicas aumentando conforto, durabilidade, redução de consumo.
Demonstração – Revivendo antiga prática, a Volvo faz a Caravana Fest-Drive, levando produtos para test drive em todo o país. A idéia é unir bons resultados sempre presentes nestas iniciativas, e tirar dúvidas com relação ao Euro5, nova legislação de emissões que provocou a mudança de motorização em todos os diesel no Brasil.
RH – A Fiat mudou sua política de pessoal: contratou 2,6 mil terceirizados que faziam a sua logística. Resolveu controlar o negócio. Resultado, aumento de salários, redução de custos.
Cultura – O Livro do Carro, novo, atualizado, profusamente ilustrado, com glossário da terminologia da mecânica e as variantes dos nomes de veículos em outros países. Da Editora Globo, é enciclopédia que faz festa aos olhos e ao espírito. 360 páginas, R$ 119,90. Mais? www.globolivros.com.br
Imponente, rico em ilustrações e
atualizado, o Livro do Carro.
Gente – Dino Maggioni, 43, italiano, engenheiro eletrônico, promoção. OOOO Diretor de compras na Europa, vem fomentar negócios e desenvolver fornecedores para reduzir custos, aumentar lucros. OOOO Fernando Julianelli, publicitário, caminho esperado. OOOO Diretor de Marketing da MMCB, montadora de Mitsubishis. OOOO Fernando Solano, jornalista, professor, novo coordenador de Imprensa na mesma montadora. OOOO
1900, o Fiat de São Bernardo do Campo
Quando se fala em Fiat no Brasil há duas referências indissociáveis: começou com o valente 147; e o fez na então bucólica Betim, perto de Belo Horizonte. Mas teve antes, em São Bernardo do Campo, SP, em frente à mata onde se instalou a Volkswagen.
Teve simplória atividade com o importador F Matarazzo nos anos 20: finalização de montagem, agregação nacional, pintura.
A Operação São Bernardo deu-se ao início da década de 50, com o esforço europeu por mercados externos para curar a economia do pós guerra.
O cenário para automóveis convivia com duas medidas desenvolvimentistas baixadas pelo então Presidente Vargas: a primeira exigia aos importados vir sem componentes fabricados no Brasil – correias, mangueiras, bateria, pneus ... 104 grupos. Em seguida, a outra permitia importações aos completamente desmontados.
Isto significava estrutura quase industrial e poucas empresas eram hábeis a tal. Uma delas, a pioneira Varam, à margem da Via Anchieta, ligação S Paulo-Santos, foi co-optada para montar automóveis Fiat.
Quantidade não determinada, lembra o octogenário Marcus Varam, filho do empreendedor Varam Keutenedjian, dos Fiat 1400 em sua transição para o modelo 1900 de 1953, enfatizando a boa relação de tamanho e área interna, a disposição para andar, a resistência e o baixo consumo.
Porém as regras exigiam operações de montadora, as partes desinteressaram-se, e os Fiat Varam findaram-se em 1955.
Voltou em 1976, em Betim, com o 147 abrindo o caminho da liderança de década.
1900, de 1952, 60 hp ... O Fiat de São Bernardo |
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