O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, confirmou hoje que o Brasil conseguiu limitar a importação de veículos mexicanos até 2015, dentro da revisão do regime automotivo bilateral, em US$ 1,450 bilhão, no primeiro ano do acordo, menos US$ 650 milhões do valor de 2011.
O acordo poderá ser fechado definitivamente e anunciado amanhã, no México, pelo ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, que está no país finalizando os termos do acordo com as autoridades mexicanas. Entretanto, a agência Reuters disse que o acordo foi confirmado pelo ministro da Economia mexicano, Bruno Ferrari, e que foram negociadas as cotas, no segundo ano, em US$ 1,56 bilhão e US$ 1,64 bilhão, no terceiro.
O ministro Fernando Pimentel adiantou de tarde, em Goiana, no interior pernambucano, onde participou da solenidade de lançamento da pedra fundamental de uma fábrica de vidros planos para a construção civil, a indústria moveleira e automotiva, que o México está abrindo mão de parte significativamente das exportações.
Na sua opinião, o acordo vai ficar muito razoável para os dois lados, ao citar que as importações de veículos do México deve ficar em US$ 1,450 bilhão este ano, contra US$ 2,1 bilhões no ano passado.
Na sua opinião, o acordo vai ficar muito razoável para os dois lados, ao citar que as importações de veículos do México deve ficar em US$ 1,450 bilhão este ano, contra US$ 2,1 bilhões no ano passado.
O acordo poderá incluir ainda uma "possível elevação do índice de conteúdo regional" dos carros fabricados no México, questão a ser defendida pelo ministro Patriota, de acordo com comunicado do MDIC.
O Jetta da VW também vem do México para o mercado nacional |
O ministro lembrou que com a mudança no acordo, o Brasil espera diminuir o impacto da importação de carros mexicanos, mas, não conseguirá diminuir o impacto, que não será eliminado, "nem pode, afinal, nós somos uma economia aberta. Esse acordo vai incentivar mais a fabricação de autopeças brasileiras para serem incorporadas aos carros que serão exportados para o México".
Os carros vindos do México também estão isentos da alta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), ocorrida no ano passado, para os importados, além de não pagar a taxa de importação. como ocorre com os produtos importados da Argentina e do Uruguai. Para não pagarem um IPI maior, as fábricas têm que atender a uma série de requisitos, entre eles utilizar 65% de peças nacionais nos carros, conteúdo que no México é de 30%.
O México é o maior exportador de veículos da América Latina, com uma produção total de 2,5 milhões em 2011 dos quais 2,1 milhões foram vendidos ao exterior, quase 70% deles aos Estados Unidos.
Em 2011, o México foi o terceiro país que mais exportou carros para o Brasil, perdendo apenas para Argentina e Coreia do Sul. No ano passado, foram importadas de lá 134 mil unidades, enquanto o Brasil exportou apenas 55 mil para o mercado mexicano.
O New Fiesta é um dos carros importados do México pela Ford que ficou isento do aumento do IPI |
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