A Ford Ranger é uma picape que está no mercado desde 1982 e vem recebendo ao longo dos anos modificações que lhe garantiram uma aceitação alta nos países onde é comercializada e o Brasil é um deles.
Estamos curiosos com a nova camioneta que poderá não representar a aposentadoria do modelo antigo. Há possibilidades de ambos permanecerem à venda. Não se sabe ainda se a Ford esperará para apresentar o novo modelo de sua simpática picape no Salão do Automóvel de São Paulo ou a lançará antes desse maior evento automotivo da América do Sul.
O vídeo no seguinte link dá uma ideia dessa funcionalidade:
http://www.youtube.com/watch?v=cdMjhiVyRC0&feature=youtu.be
História do Ford Ranger
O picape médio da Ford existe desde 1982 nos EUA e já passou por extensas reformulações |
Em 1982, após dez anos importando da Mazda -- da qual detinha 25% -- o picape Courier, a Ford norte-americana lançava um modelo médio para substituí-lo: o Ranger. O nome já fora utilizado em um acabamento dos pesados Série F, mas o novo picape era bem mais leve e compacto, destinado a aplicações mais urbanas e serviços menos exigentes.
O primeiro Ranger, modelo 1983, já oferecia versões com tração traseira ou nas quatro rodas, câmbio manual (de quatro ou cinco marchas) e automático (quatro marchas) e dois motores de quatro cilindros: um 2,0 litros, de 72 cv e um 2,3 diesel de apenas 59 cv. Um V6 chegava só no ano seguinte, com 2,8 litros e modestos 115 cv. Com chassi tipo escada e suspensão dianteira Twin-I-Beam, a Ford o apresentava como uma edição reduzida da Série F.
O primeiro modelo, de 1982: motores quatro-cilindros de 59 e 72 cv, estilo simples e mais praticidade no uso urbano que os picapes pesados da série F |
Até então só era oferecido com cabine simples, mas em 1986 surgia o SuperCab, de cabine estendida, com a opção de pequenos bancos traseiros. O Ranger ganhava também injeção eletrônica, passando a 73 cv (2,0) e 140 cv no novo 2,9-litros. No ano seguinte aparecia a versão High Rider STX, com altura de rodagem 35 mm maior que os demais 4x4, e em 1988 o motor diesel recebia turbo, para potência de 86 cv.
Uma reestilização frontal veio em 1989, junto do motor de 2,3 litros com duas velas por cilindro (para menores emissões poluentes), ignição sem distribuidor e 100 cv, além de sistema antitravamento (ABS) para os freios traseiros e mudanças internas. No ano seguinte era oferecido como opção um V6 de 4,0 litros, cabeçote de alumínio e 160 cv de potência: o mesmo importado para o Brasil cinco anos depois, só que lá havia oferta de tração 4x4 e câmbio automático. |
Em 1986 (esquerda) já havia motor V6 de 140 cv. Em 1989 (direita), uma reestilização frontal o deixava parecido com o Explorer e o F-1000 lançados aqui em 1993
No modelo 1992 desaparecia o motor 2,3 para a versão 4x4 e eram adotadas chapas galvanizadas para resistir à corrosão. A maior reformulação do picape ocorria no ano seguinte, com frente mais arredondada, portas maiores e vidros nivelados à carroceria. Chegava também o Ranger Splash, cuja caçamba estreita destacava os pára-lamas, estilo chamado flareside ou também stepside. Versões 4x4 tinham grade diferenciada.
Na mecânica, o V6 2,9-litros passava a 3,0, com 145 cv, permanecendo o 2,3 e o 4,0. A versão Splash Super Cab 4x4, lançada um ano depois, faria grande sucesso com o público jovem. Em 1995 a segurança era beneficiada com a oferta de bolsa inflável para o motorista e freios antitravamento (ABS) nas quatro rodas, de série nas versões 4x4 e nas V6 4x2. Os motores 2,3 e 3,0 ganhavam 10 cv e mudava o painel -- poucas unidades chegaram ao Brasil, em 1994, ainda com o antigo --, sendo oferecidos bancos de ajuste elétrico e disqueteira para seis CDs no SuperCab. |
Sucesso entre os jovens: a versão Splash, com caçamba estreita e pára-lamas destacados. Foi com este estilo frontal que o Ranger chegou ao Brasil, em 1994, ainda importado dos EUA
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A bolsa inflável do passageiro vinha em 1996, com sistema de desativação para se levar cadeira infantil nesse assento, e os motores passavam a ter garantia de 160 mil km sem maiores intervenções, apenas manutenção básica. No ano seguinte o câmbio automático vinha com cinco marchas e a caçamba do Splash era oferecida em outros acabamentos.
Um novo aspecto frontal era adotado em 1998, aliado a mais torque para o V6 3,0; já o 2,3 passava para 2,5 litros e 117 cv. A cabine simples ganhava espaço e mudanças no chassi o deixavam mais robusto; a suspensão dianteira Twin-I-Beam dava lugar a uma de braços sobrepostos, usando mola helicoidal ou barra de torção conforme a versão. A tração integral trazia acionamento a vácuo, podendo ser engatada em velocidade, sem ruído, pelo comando no painel. |
A opção com cabine estendida até o ano de 1997 era encontrada no Brasil apenas na versão STX. Geralmente completa com piloto automático e bancos elétricos. A partir de 1998 a cabine estendida independia da versão, XL e XLT eram encontradas com esta configuração, com a novidade das 4 portas (portas traseiras "suicidas"). |
No modelo 2001 americano, novas mudanças frontais que só vieram para o Brasil no modelo 2005. Os motores são os mesmos 2,5 e 4,0 V6 oferecidos no Brasil até 2002, mais um 3,0 V6 de 154 cv.
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Desde então, o picape médio ganhou uma versão 4x2 com estilo fora-de-estrada -- a Trailhead, com suspensão elevada e rodas de 16 pol --, duas bolsas infláveis de série e outra reestilização frontal, no modelo 2000. Este ano chegaram o conjunto fora-de-estrada FX4, o V6 de 3,0 litros com potência de 154 cv e um sistema de áudio com CD e MP3 (toca músicas obtidas na Internet). O Ranger não é mais a última palavra em seu segmento, mas mantém um público fiel, nos Estados Unidos ou fora deles.
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No Brasil, a partir de 1998, a Ranger deixou de ser importada dos EUA para ser trazida da Argentina como o modelo abaixo. |
Nos exemplares argentinos o acabamento não é no mesmo nível das americanas, a suspensão é mais rígida (barra de torção) para enfrentar terrenos esburacados e consequentemente menos confortável. Foi uma mudança não muito bem vista pelos proprietários. Muitos reclamam até hoje dos modelos argentinos. Entretanto foi com ele que a Ranger veio com opcão de motores a diesel e tração nas 4 rodas para o Brasil. Porém não disponível o cobiçado modelo splash que não era mais oferecido depois de 98. Este da foto é americano.
Em 2003 a Ford deixou de oferecer o motor V6 e o modelo de cabine estendida (Supercab). Deixando órfãos os admiradores desta combinação. | |
Em 2005, finalmente as novas modificações na frente e no painel vieram, estas últimas com o motor International 3.0 a diesel commom rail de 163cv no Lugar do Power Stroke 2.8 litros com turbo de geometria variável. Porém as últimas informações é que nem o motor 4cil 2.3 16V a gasolina será mais comercializado na cabine simples. Assim, até que o mercado mude, apenas a combinação cabine dupla + motor diesel é que deve ser mantida. A não ser que alguém se aventure a pagar altos impostos e fazer uma importação independente para pegar um modelo americano como o da foto ao lado. |
Foto do modelo Limited Two Tone diesel 3.0 4x4 2005 vendido no Brasil.
Fonte: Comunidade Ranger.
Fonte: Comunidade Ranger.
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